Em Davos, Bolsonaro almoça sanduíche em restaurante popular de supermercado
Jamil Chade, enviado especial, O Estado de S.Paulo
22 Janeiro 2019 | 12h03
DAVOS - São 3,5 mil participantes, mais de 300 eventos e 70 chefes de Estado e de governo. Mas o presidente Jair Bolsonaro optou por ir almoçar nesta terça-feira, 22, em um restaurante popular de um supermercado local, repleto de funcionários do “baixo clero” do Fórum Económico Mundial, em Davos.
Simon Hecker, um brasileiro que mora na Suíça, chegou a fazer um vídeo e fotos do presidente. “Ele estava tomando uma Coca e comendo sanduíche”, disse. “Eu estava almoçando quando, de repente, ele passou.”
A assessoria de imprensa do governo não revelou o destino de Bolsonaro quando ele deixou seu hotel para almoçar. Apenas insistiram que “não tinham a informação”.
O destino da Justiça do Trabalho
Notas & Informações, O Estado de S.Paulo
22 Janeiro 2019 | 05h00
Em mais uma demonstração da politização do Poder Judiciário, juízes trabalhistas promoveram ontem, em dez Estados, atos de protesto contra a sugestão do presidente Jair Bolsonaro de extinguir a Justiça do Trabalho e transferir as ações trabalhistas para a Justiça Federal. Com apoio de advogados e procuradores trabalhistas, os manifestantes impediram o tráfego de veículos em frente a tribunais, durante algumas horas, e lançaram manifestos para “demonstrar a relevância da instituição”.
A proposta de extinção da Justiça do Trabalho foi apresentada por Bolsonaro em entrevista que concedeu dois dias após sua posse. Ele a justificou em nome da supressão de “entraves que dificultam a vida de quem produz”. Segundo o presidente, o Brasil tem um excesso de leis trabalhistas, o que encarece os custos dos empregadores sem que isso resulte em salários mais altos para os empregados. “É pouco para quem recebe e muito para quem paga. Alguém ganha R$ 1 mil e o patrão gasta na verdade R$ 2 mil. Algo está errado. Nos Estados Unidos quase não tem direito trabalhista. Até um ano e meio atrás no Brasil eram em torno de 4 milhões de ações trabalhistas por ano. Temos mais ações do que o mundo todo junto. Não adianta ter direito e não ter emprego. Qual país do mundo que tem Justiça do Trabalho?”, disse Bolsonaro.
Sujo, PT trata Flávio Bolsonaro como mal lavado.
Com a presença de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, parlamentares da legenda reuniram-se em Brasília na noite desta segunda-feira (21). Ao final do encontro, Gleisi e o deputado Paulo Pimenta, líder do partido na Câmara, cobraram punição para o senador eleito Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor Fabrício Queiroz, investigados sob a acusação de realizar movimentação suspeita em suas contas bancárias.
Alvo da Lava Jato, Gleisi recordou que Jair Bolsonaro, o pai de Flávio, chegou à Presidência tachando o PT de corrupto. "Ele disse que iria acabar com a corrupção. Colocou o Sergio Moro, algoz do presidente Lula, no Ministério da Justiça para dizer que uma das principais bandeiras seria o combate à corrupção. Eles têm que explicar isso à sociedade. Todos precisam ser investigados."
Câmara antecipa 'cotão' para deputados pagarem despesas com viagem a Brasília para posse
Plenário da Câmara dos Deputados — Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados decidiu antecipar o pagamento da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar para os deputados pagarem as despesas com a viagem a Brasília para a cerimônia de posse.
A cerimônia está marcada para 1º de fevereiro e, segundo a Câmara, o ato da Mesa Diretora não gera custo extra, somente antecipa o repasse de dinheiro que aconteceria depois da posse dos parlamentares. Esta é a primeira vez que a medida é tomada, conforme a Casa.