Renan Calheiros e Eduardo Girão trocam farpas nas redes sociais após ação no STF
O ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), foi ao Twitter, na tarde desta quarta-feira (16), para disparar críticas contra o senador eleito pelo Ceará, Eduardo Girão (Pros). O cearense usou o mesmo espaço nas redes sociais para rebater o colega de parlamento.
Na publicação, o senador alagoano afirma que Girão, "a pedido de Tasso e a exemplo de Lasier", entra no STF "contra o Senado". O parlamentar diz ainda que o cearense é "ex-dono da Ultralimpo, Empal, Ceará, Thompson, Servis, que enganou mais de 40 mil empregados".
Hora de temperar o otimismo com realismo
*Luiz Felipe d'Avila, O Estado de S.Paulo
16 Janeiro 2019 | 03h00
O otimismo voltou a reinar no Brasil. As pessoas com quem deparei neste início de ano revelam fé, esperança e confiança no futuro do País. O sentimento de que o Brasil vai voltar a crescer e se livrar das mazelas da corrupção, do aparelhamento do Estado e do legado do PT – que nos deixou 13 milhões de desempregados, a maior recessão econômica da História do País e o maior esquema de corrupção do mundo – predominou nas rodas de conversas. Lembrei-me das palavras de São Paulo na sua carta aos hebreus: “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem”. Nós ainda não vemos sinais do novo Brasil, mas já vivemos um clima de euforia, como se eles já estivessem despontando no horizonte. Pesquisa recente indica que 65% dos brasileiros acreditam que o governo Bolsonaro será ótimo e bom. A Bolsa de Valores abriu o pregão de 2019 atingindo seu índice recorde. Mas para o otimismo reinante não se transformar em sonho de uma noite de verão precisamos alinhar nossas expectativas com nossas ações.
CPF DEVE SER CHAVE PARA SERVIÇOS PÚBLICOS, AVALIA O GOVERNO
O governo prepara a apresentação de uma medida que promete facilitar a vida de quem precisa usar serviços públicos, como a consulta do saldo da conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou o pedido de segunda via da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A ideia é integrar informações existentes em vários órgãos e permitir o uso do CPF para acessá-los. A proposta está em fase final de estudo por um grupo de ministérios, que inclui a Economia e a Justiça.
Na prática, uma vez implantada a medida, não será mais preciso carregar o número de PIS/Pasep, Carteira de Trabalho ou CNH. Com o número do CPF, será possível ser reconhecido pelos bancos de dados do governo. O CPF terá a função de uma chave. A ideia é replicar o que já acontece em alguns setores da iniciativa privada. Quando um membro de um programa de milhagem liga para a empresa aérea e não lembra do seu número da carteira de fidelidade, geralmente o atendente pede o número do CPF e identifica o usuário.
ESTUDIOSA DO POLITICAMENTE CORRETO AFIRMA QUE ELE NÃO EXISTE. É UM “INIMIGO IMAGINÁRIO”
Elisa Martins / ÉPOCA
9 PERGUNTAS PARA WEIGEL
1. Qual é sua definição de politicamente correto?
Para mim, politicamente correto é um sinônimo de educação. Essa é minha definição. Para outras pessoas, críticas do conceito, politicamente correto quer dizer algo ruim, uma espécie de censura que impede que as pessoas falem livremente sobre todos os assuntos. O curioso é que nenhuma figura pública importante se descreve como politicamente correta. O termo tem alto peso político, tanto para quem o defende como para quem o critica.
2. Qual é a origem do termo?
O termo ganhou força nos Estados Unidos num momento de discordância nacional, no final dos anos 80, início dos 90. Antes disso, era usado por negros ativistas, pessoas de esquerda, feministas e membros do movimento estudantil. É importante salientar que, quando ainda era um termo usado por minorias, tinha uma conotação irônica. As pessoas chamavam umas às outras de politicamente corretas como uma piada, para chatear quem agia com muita retidão ou quem se dava muita importância. Depois, nos anos 90, deixou de ser um termo usado apenas por minorias. Foi quando a nova direita passou a usar o termo para criticar principalmente professores e acadêmicos em universidades, dizendo que eles eram radicais em suas falas no campus e que quem não seguia essas regras era hostilizado e punido. Tinha uma implicação política, os professores eram acusados de ensinar ideias radicais e de esquerda, que poluiriam a mente da juventude americana. Outro termo que começou a ser usado foi “marxismo cultural”. Soube que Jair Bolsonaro e seus filhos o usam bastante no Brasil.
SOBRE PROGRAMAS DE GOVERNO, FACÇÕES E CONVERSA MOLE
Fortaleza e Rio de Janeiro estão separadas por 2.600 quilômetros. Mas, pelo menos em segurança pública, as duas cidades poderiam estar lado a lado, irmanadas na incapacidade do Estado de dar ao cidadão uma chance razoável de voltar para casa inteiro ao fim de cada dia. A capital do Ceará vive há duas semanas a forma aguda da doença crônica à qual os cariocas já se acostumaram.
Atribui-se o que está acontecendo no Ceará ao endurecimento das regras para o sistema carcerário, mudança causada pelo novo secretário de Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque — aliás, a secretaria também é nova, não existia até 1º de janeiro, quando tomou posse o governador reeleito do estado, o petista Camilo Santana.