Missias Dias destaca projeto que distribui microtratores para trabalhadores rurais
Por Pedro Emmanuel Goes / ALECE
Deputado Missias Dias (PT) - Foto: Junior Pio
O projeto de indicação que dispõe sobre a distribuição de microtratores para os trabalhadores rurais foi tema do discurso do deputado Missias Dias (PT), em pronunciamento durante a sessão plenária itinerante, realizada no município de Baturité, durante a manhã desta quinta-feira (28/09).
Para o parlamentar, a aprovação do projeto 170/23, em pauta na votação de hoje, é de grande importância, pois contribui para o aprimoramento da produção do homem do campo. A proposta também prevê implementos agrícolas para o aprimoramento das políticas de incentivo à agricultura familiar no Estado do Ceará.
“Ouvimos muito que essa região é de muita produção e daqui sai alimento pra todo o estado do Ceará. Daí a importãncia de desenvolver tecnologias para que o homem do campo avance nessa produção”, disse.
Conforme Missias, seu projeto vai de encontro ao anuncio feito pelo governador Elmano de Freitas, sobre o investimento de R$ 285 milhões para a construção de uma fábrica de microtratores e implementos agrícolas no Maciço de Baturité.
Edição: Lusiana Freire
NOVA PEC para derrubar decisões do STF tem apoio de 175 deputados e começa a tramitar na Câmara
Por Iander Porcella e Giordanna Neves / O ESTADÃO DE SP
BRASÍLIA - A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite ao Congresso derrubar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a tramitar na noite de ontem na Câmara, após o autor, deputado Domingos Sávio (PL-MG), conseguir 175 assinaturas em apoio ao texto. Era necessário o aval de pelo menos 171 parlamentares para que o texto fosse protocolado no sistema da Casa.
A PEC faz parte de uma ofensiva de grupos políticos conservadores do Congresso, principalmente da bancada ruralista, contra decisões recentes da Corte, como a que derrubou a tese do marco temporal para a demarcação das terras indígenas.
A proposta estabelece a competência do Legislativo para anular decisão do STF transitada em julgado (sem mais possibilidade de se recorrer) que, nas palavras do autor, “extrapole os limites constitucionais”. Para isso, seria necessária a apresentação de um requerimento com apoio de um terço dos membros tanto da Câmara, quanto do Senado. Depois disso, o pedido para reverter a decisão da Corte teria de ser aprovado por três quintos das duas Casas.
“O STF, que é, sem dúvida, o guardião da Constituição brasileira, tem agido, no nosso entendimento, em desrespeito à Constituição, em desrespeito a essa Casa, não só legislando o que não é competência dele, mas, muitas das vezes, rasgando a Constituição. Já há aqueles que dizem que no Brasil, não há mais Constituição, há 11 constituições ambulantes”, disse Sávio ontem, em referência ao número de ministros da Corte.
“O estado democrático de direito se sustenta no princípio da independência e harmonia entre os poderes. Para que este princípio basilar seja assegurado é fundamental que exista respeito equilíbrio entre os poderes, isto se dá pelo sistema de pesos e contrapesos, ou seja, nenhum poder é soberano sobre o outro”, diz a justificativa da PEC.
O relator havia prometido que a proposta só iria permitir ao Congresso derrubar decisões STF não unânimes, mas o texto protocolado não menciona essa limitação. Cita, como critério, decisões transitadas em julgado que “extrapolem os limites constitucionais”.
A discussão sobre a PEC surgiu em junho do ano passado, em meio a crescentes acusações de ativismo judicial no Judiciário, mas acabou caindo em descrença após avaliações de que seria apenas um “blefe”, além de inconstitucional. Mas agora foi retirada da gaveta, como antecipou a Coluna do Estadão.
Ontem, o presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), criticou o ministro Luís Roberto Barroso, próximo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Na visão do deputado, o magistrado tem posições políticas muito fortes e não é aberto ao diálogo.
“O perfil pessoal do ministro Barroso não é de muito diálogo. É um ministro que tem posições políticas muito fortes, muito firmes. Não espero que haja muita abertura de diálogo nesse sentido. Por isso, a gente precisa ter muito claro qual é o papel de cada um e o que cabe a cada um dos Poderes”, declarou Lupion. Com a aposentadoria da atual presidente do STF, Rosa Weber, Barroso assume hoje o comando da Corte Constitucional.
“A constante invasão de competências ou a usurpação de competências por parte do poder Judiciário tem que cessar. A representação popular cabe a nós, parlamentares, legitimamente eleitos pelo sufrágio universal”, afirmou o deputado do PP. “Questões de costumes da sociedade brasileira não são respeitadas por decisões de 11 ministros da Suprema Corte”, emendou, ao mencionar o aborto, as drogas, a “garantia da legítima defesa”, em referência ao armamento, e a defesa da propriedade privada.
“Não cabe à Suprema Corte dizer como e quando devemos fazer as coisas”, criticou Lupion, em contraponto ao argumento de que o STF julga pautas de costumes porque o Congresso se omite nos debates. Antes de se aposentar, Rosa Weber votou a favor da descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação. O julgamento, então, foi interrompido por Barroso.
O STF também discutiu nas últimas semanas a diferenciação entre usuários e traficantes de maconha e derrubou o marco tempo para a demarcação de terras indígenas, defendido pelos ruralistas.
A partir de agora, para a PEC ter tramitação é preciso submeter a proposta à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e depois a uma comissão especial.
PEC para derrubar decisões do STF tem apoio de 175 deputados e começa a tramitar na Câmara
Por Iander Porcella e Giordanna Neves / O ESTADÃO DE SP
BRASÍLIA - A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite ao Congresso derrubar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a tramitar na noite de ontem na Câmara, após o autor, deputado Domingos Sávio (PL-MG), conseguir 175 assinaturas em apoio ao texto. Era necessário o aval de pelo menos 171 parlamentares para que o texto fosse protocolado no sistema da Casa.
A PEC faz parte de uma ofensiva de grupos políticos conservadores do Congresso, principalmente da bancada ruralista, contra decisões recentes da Corte, como a que derrubou a tese do marco temporal para a demarcação das terras indígenas.
A proposta estabelece a competência do Legislativo para anular decisão do STF transitada em julgado (sem mais possibilidade de se recorrer) que, nas palavras do autor, “extrapole os limites constitucionais”. Para isso, seria necessária a apresentação de um requerimento com apoio de um terço dos membros tanto da Câmara, quanto do Senado. Depois disso, o pedido para reverter a decisão da Corte teria de ser aprovado por três quintos das duas Casas.
“O STF, que é, sem dúvida, o guardião da Constituição brasileira, tem agido, no nosso entendimento, em desrespeito à Constituição, em desrespeito a essa Casa, não só legislando o que não é competência dele, mas, muitas das vezes, rasgando a Constituição. Já há aqueles que dizem que no Brasil, não há mais Constituição, há 11 constituições ambulantes”, disse Sávio ontem, em referência ao número de ministros da Corte.
“O estado democrático de direito se sustenta no princípio da independência e harmonia entre os poderes. Para que este princípio basilar seja assegurado é fundamental que exista respeito equilíbrio entre os poderes, isto se dá pelo sistema de pesos e contrapesos, ou seja, nenhum poder é soberano sobre o outro”, diz a justificativa da PEC.
O relator havia prometido que a proposta só iria permitir ao Congresso derrubar decisões STF não unânimes, mas o texto protocolado não menciona essa limitação. Cita, como critério, decisões transitadas em julgado que “extrapolem os limites constitucionais”.
A discussão sobre a PEC surgiu em junho do ano passado, em meio a crescentes acusações de ativismo judicial no Judiciário, mas acabou caindo em descrença após avaliações de que seria apenas um “blefe”, além de inconstitucional. Mas agora foi retirada da gaveta, como antecipou a Coluna do Estadão.
Ontem, o presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), criticou o ministro Luís Roberto Barroso, próximo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Na visão do deputado, o magistrado tem posições políticas muito fortes e não é aberto ao diálogo.
“O perfil pessoal do ministro Barroso não é de muito diálogo. É um ministro que tem posições políticas muito fortes, muito firmes. Não espero que haja muita abertura de diálogo nesse sentido. Por isso, a gente precisa ter muito claro qual é o papel de cada um e o que cabe a cada um dos Poderes”, declarou Lupion. Com a aposentadoria da atual presidente do STF, Rosa Weber, Barroso assume hoje o comando da Corte Constitucional.
“A constante invasão de competências ou a usurpação de competências por parte do poder Judiciário tem que cessar. A representação popular cabe a nós, parlamentares, legitimamente eleitos pelo sufrágio universal”, afirmou o deputado do PP. “Questões de costumes da sociedade brasileira não são respeitadas por decisões de 11 ministros da Suprema Corte”, emendou, ao mencionar o aborto, as drogas, a “garantia da legítima defesa”, em referência ao armamento, e a defesa da propriedade privada.
“Não cabe à Suprema Corte dizer como e quando devemos fazer as coisas”, criticou Lupion, em contraponto ao argumento de que o STF julga pautas de costumes porque o Congresso se omite nos debates. Antes de se aposentar, Rosa Weber votou a favor da descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação. O julgamento, então, foi interrompido por Barroso.
O STF também discutiu nas últimas semanas a diferenciação entre usuários e traficantes de maconha e derrubou o marco tempo para a demarcação de terras indígenas, defendido pelos ruralistas.
A partir de agora, para a PEC ter tramitação é preciso submeter a proposta à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e depois a uma comissão especial.
Pacheco vê com naturalidade definição sobre o marco temporal pelo Congresso
O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, afirmou nesta quarta-feira (27) que vê com naturalidade a competência do Poder Legislativo em deliberar sobre o marco temporal para reconhecimento e demarcação de terras indígenas. Ele destacou que a medida não representa embate com o Judiciário. Na semana passada, a tese contra o marco temporal alcançou maioria de votos no Supremo Tribunal Federal (STF).
— É natural que o Congresso Nacional possa decidir a esse respeito e isso pode inclusive subsidiar o Supremo Tribunal Federal em relação ao entendimento quanto a esse tema. É muito natural, não há nenhum tipo de adversidade ou de enfrentamento com o Supremo Tribunal Federal, é apenas uma posição do Congresso, considerando que nós reputamos que temas dessa natureza devem ser deliberados pelo Congresso Nacional — afirmou Pacheco.
O PL 2.903/2023 foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na manhã desta quarta-feira (27). A proposta, que ficou mais conhecida como PL 490/2007, foi aprovada pela Câmara dos Deputados no final de maio, após tramitar por mais de 15 anos. O projeto fixa o marco temporal em 5 de outubro de 1988, dia da promulgação da Constituição federal.
De acordo com o texto, para que uma área seja considerada “terra indígena tradicionalmente ocupada”, será preciso comprovar que, na data de promulgação da Constituição federal, ela vinha sendo habitada pela comunidade indígena em caráter permanente e utilizada para atividades produtivas. Também será preciso demonstrar que essas terras eram necessárias para a reprodução física e cultural dos indígenas e para a preservação dos recursos ambientais necessários ao seu bem-estar.
Desenrola Brasil
Pacheco também afirmou que, na segunda-feira (2), poderá ser votado pelo Plenário do Senado o projeto que define as regras do programa Desenrola Brasil (PL 2.685/2022). O projeto está na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde pode ser votado nesta quinta-feira (28).
Fonte: Agência Senado
Dois partidos e 22 frentes parlamentares fazem ato em repúdio à atuação do STF

Coordenadores de 22 frentes parlamentares da Câmara dos Deputados, juntamente com o PL e o Novo, fizeram um ato conjunto nesta quarta-feira (27) para repudiar julgamentos recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), finalizados ou em andamento, em temas como drogas, aborto e direito à propriedade. Segundo eles, as decisões invadem a competência do Congresso Nacional de legislar sobre esses assuntos.
Na última semana, o STF negou a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas, que era defendida por setores ruralistas. Ainda na sexta-feira, a ministra Rosa Weber deu prosseguimento à ação que discute a descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação. Por fim, em agosto, a Corte acumulou cinco votos para afastar criminalização do porte de maconha para consumo próprio.
“A gente sabe que cada Poder deve se restringir ao seu papel e essas frentes, reunidas com o Partido Liberal e com Partido Novo, vêm aqui defender as prerrogativas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal”, disse o líder do PL, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ).
Segundo ele, após o diálogo com as frentes ontem na liderança do partido, ficou acertado que representantes do movimento vão buscar diálogo com o presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre a votação de propostas que garantam “a força e o papel do Poder Legislativo”.
Obstrução
Côrtes anunciou ainda a intenção do partido e de membros das frentes parlamentares de obstruir as votações na Casa. “A obstrução pode ser feita por partido político. O PL está em obstrução, o Novo também. Os demais partidos estão no governo, mas esse movimento é suprapartidário. E vai ter que acontecer uma solução política”, concluiu.
Coordenador da Frente Agropecuária, o deputado Pedro Lupion (PP-PR) reforçou o discurso em defesa das prerrogativas do Parlamento e disse que o movimento das frentes significa um basta. “Não aceitamos interferência no Poder Legislativo. Ontem não tivemos deliberação, hoje não temos e amanhã não teremos. Isso é uma obstrução. Estamos dando um basta a esse completo e indesejável desmonte do Legislativo”, disse.
Marco temporal
Lupion citou como positiva a aprovação nesta quarta-feira (27), pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, de projeto que define o marco temporal como regra para demarcação de terras indígenas no País. A tese do marco temporal só permite a demarcação de terras que já eram ocupadas por comunidades indígenas antes da Constituição de 1988.
Coordenadores das frentes da Segurança Pública, Alberto Fraga (PL-DF); Católica, Eros Biondini (PL-MG); e mista do Biodiesel, Alceu Moreira (MDB-RS), criticaram especificamente os julgamentos ainda em andamento sobre o aborto e o porte de maconha. “A sociedade brasileira tem acompanhado indignada e estarrecida as movimentações na direção de aprovar o aborto e de aprovar as drogas”, criticou Biondini.
Participaram do evento as frentes parlamentares:
- da Agropecuária;
- da Segurança Pública;
- em Defesa da Vida e da Família;
- dos CACS (caçadores, atiradores e colecionadores);
- Contra as Drogas;
- Evangélica;
- Católica;
- em Defesa de Educação Sem Doutrinação Ideológica;
- Produtores de Leite;
- pela Defesa das Prerrogativas;
- de Defesa das Pessoas com Deficiência;
- do Livre Mercado;
- do Comércio e Serviço;
- do Biodiesel;
- do Brasil Competitivo;
- do Cooperativismo;
- dos Rodeios e Vaquejadas;
- do Semiárido;
- Mista Contra o Aborto em Defesa da Vida;
- das Comunidades Terapêuticas;
- Evangélica do Senado; e
- do Empreendedorismo.
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Sargento Reginauro solicita audiência para debater usina de dessalinização
Por Lincoln Vieira / alece
Deputado Sargento Reginauro (União)
O deputado sargento Reginauro (União) anunciou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (27/09) que solicitou à Casa a realização de audiência pública para discutir a instalação da usina de dessalinização da Cagece na Praia do Futuro.
Segundo ele, o debate é para trazer ao Poder Legislativo instituições como Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); Marinha do Brasil; o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Governo Federal, entre outros convidados, para debater o tema. “Os deputados precisam se debruçar sobre isso. Precisamos debater aqui”, alertou.
A obra teria como finalidade abastecer 30% da população de Fortaleza, conforme o parlamentar, entretanto, para ele, a escolha para instalar o equipamento será em um local onde estão os cabos de internet que abastecem o Ceará, o Brasil, a América do Sul e parte da África. “A Cagece aponta a necessidade de acelerar a obra para evitar desabastecimento, mas, segundo informações estamos com uma das melhores reservas de água no Castanhão e o Governo do Estado disse que não iríamos precisar das águas do rio São Francisco”, ressaltou.
Sargento Reginauro salientou que a instalação do empreendimento pode gerar prejuízos, como a falta de internet e o aumento no valor da cobrança a população. Ele frisou que as informações não estão claras e que o Estado corre o risco de ficar sem internet. “Precisamos de água, mas quanto vai custar? Qual o valor? Empresas de telecomunicações como a Claro informaram que o Brasil corre risco de ficar sem internet e a culpa vai ser do Ceará. O vice-presidente da Claro disse isso”, alertou.
O deputado assinalou ainda que sem internet não consegue agendar consultas e que tudo funciona por meio da internet. “Não é ficar sem internet para acessar só rede social. Não é só isso! Imagine o Brasil um dia inteiro sem Pix?”
O parlamentar abordou ainda a redução dos voos a Fortaleza, segundo ele, em 5,1% comparado com 2022, no Aeroporto Internacional Pinto Martins. Segundo ele, matéria da imprensa justifica que a redução é porque o hub da empresa aérea Gol está instalada em Salvador, na Bahia. "Tem algo errado. O turista está deixando nosso Estado. O Camilo investiu para trazer novos voos ao Estado.
Sargento Reginauro cobrou ainda do Governador Elmano de Freiras a solução dos problemas de segurança no Estado. A administração estadual pode resolver em parceria com o Governo Federal que, conforme ele, “deu carta branca” para solucionar o problema. “O que acontece? Foi incompetência? Falta de vontade política? Inabilidade? vamos dizer ao povo que a criminalidade não tem solução? Tem solução!”, asseverou.
Em aparte, o deputado Cláudio Pinho (PDT) criticou a Cagece. Ele disse que o Ceará tem 600km de litoral, entretanto, Cagece escolheu onde está os cabos de internet. “Imagina o Brasil ficar sem internet. Não custa nada procurar outro local para instalar a Usina de Dessalinização”, comentou.
O deputado Danniel Oliveira (MDB) pontuou que o problema não é a falta de água, mas o modo que se utiliza. Ele disse que em Israel é utilizado 15 milhões de metros cúbicos por ano para abastecer oito milhões de pessoas.
Já o deputado Moésio Loiola (Progressitas) ressaltou que a queda na procura de voos para Fortaleza é normal e que o problema da violência é uma estatística nacional e não só do Ceará.
Edição: Adriana Thomasi
Cláudio Pinho celebra inauguração do serviço de oncologia no HRVJ
Por Narla Lopes / alece
Deputado Cláudio Pinho (PDT) - Foto: José Leomar
O deputado Cláudio Pinho (PDT) comemorou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará, nesta quarta-feira (27/09), a inauguração do serviço de oncologia no Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), atribuindo esse avanço ao trabalho de fiscalização da oposição no Estado.
O parlamentar parabenizou o governador Elmano de Freitas pela sensibilidade em abrir um serviço que beneficiará centenas de cearenses. Destacou ainda a importância da medida para quem precisa se deslocar de seu município até Fortaleza para fazer o tratamento, aliviando a pressão sobre hospitais na capital que prestam o serviço.
Cláudio Pinho solicitou que o HRVJ também seja aberto para emergências, visando desafogar hospitais em Fortaleza, como o Instituto Dr. José Frota (IJF) e o Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Para ele, garantir acesso a serviços de saúde nas regiões é fundamental.
Ainda durante o pronunciamento, o deputado criticou a situação da saúde pública em São Gonçalo do Amarante, que possui um orçamento de R$ 114,7 mil para a saúde, no entanto as pessoas não têm transporte para fazer o tratamento de hemodiálise em Fortaleza.
“Quem entende sabe que, se não fizer o tratamento, o paciente vai a óbito. As pessoas carentes estão sem esse direito porque a prefeitura não disponibiliza carro para os pacientes poderem se deslocar. Alguns precisam vir três vezes por semana. Isso é fundamental para a vida, e nós precisamos garantir esse direito”, destacou.
O parlamentar elogiou o prefeito de Fortaleza, José Sarto, pelo lançamento do programa que chamou de "saúde mais veloz", que passou a disponibilizar carretas móveis para oferecer serviços de saúde à população, enquanto postos de saúde estão em reforma. O parlamentar também lamentou a insegurança vivida por moradores de algumas comunidades em Fortaleza, destacando a necessidade de ações urgentes do Governo Estadual para resolver o problema.
Em aparte, o deputado Queiroz Filho (PDT) elogiou a iniciativa do Passe Livre Estudantil proposto pelo prefeito de Fortaleza, destacando seu impacto positivo na educação. O deputado Antônio Henrique (PDT) acrescentou que, enquanto muitos prometeram sem cumprir, o prefeito Sarto demonstra responsabilidade administrativa ao implementar o Passe Livre, mesmo que essa não tenha sido uma promessa do gestor.
Edição: Adriana Thomasi
Gabriella Aguiar convida para audiência sobre estatuto da pessoa com obesidade
Por Lincoln Vieira/ alece
Deputada Gabriella Aguiar (PSD) - Foto: José Leomar
A deputada Gabriella Aguiar (PSD) convidou, durante o segundo expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (27/09), os parlamentares e sociedade para participarem de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Casa, na quinta-feira (28/09), às 14h, no Complexo de Comissões Técnicas da Alece, para discutir a instalação do Estatuto da Pessoa com Obesidade no Ceará.
Segundo ela, o debate é inspirado na história da vida da deputada estadual Simone Pereira (MDB), do Piauí, autora do projeto de lei ordinária nº 30/2023, que criou o Estatuto da Pessoa com Obesidade. “A nossa iniciativa foi inspirada na experiência de vida da parlamentar, cuja experiência de vida a instigou a lutar pelos direitos da pessoas com obesidade”, explicou.
Gabriella Aguiar ressaltou que a proposta da parlamentar do Piauí, sancionada pelo governo local, no último dia 06 junho, a inspirou a apresentar o projeto de lei nº 791/23, para proteger os direitos da pessoa com obesidade no Ceará. “A lei faz referência à deputada Simone Pereira, que, além do brilhantismo como especialista em gestão pública e assistência social, tem mais de 30 anos de trabalho público”, salientou.
A deputada reforçou que a história de luta da parlamentar significa “força e esperança” para as pessoas que sofrem com a obesidade. Para ela, Simone Pereira luta com empenho pela proteção, combate ao bullying, pelo tratamento adequado, assistência social e inserção no mercado de trabalho. “Com o mesmo intuito, propusemos projeto de lei e audiência pública para discutir o tema”, informou.
Gabriella Aguiar disse que a obesidade não é uma escolha, nem falta de caráter e nem moral, mas uma questão de saúde pública que requer atenção e cuidado. “Segundo o IBGE 26,8% da população adulta no Brasil tem obesidade, por isso é necessário garantir o acesso aos serviços de saúde adequados e integrados, que ofereçam prevenção, diagnóstico, acompanhamento e intervenção multidisciplinar”, asseverou.
A deputada anunciou ainda que Tauá vai receber o Fórum de Política da Pessoa Idosa no próximo dia 03 de outubro, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) Campus Tauá, para discutir o processo de envelhecimento e ainda oferecer conhecimentos teóricos e práticos sobre cultura de paz e rede de proteção da pessoa idosa no Ceará.
A parlamentar anunciou que, na oportunidade, será assinado o Termo de Adesão de municípios para elaborar estratégias de politica da pessoa idosa no Ceará. “O fórum, que é da Secretaria de Direitos Humanos do Ceará e da Prefeitura de Tauá, marca o início de uma série de ações que acontecem durante o mês de outubro sobre a promoção de saúde a pessoas idosas, afinal entramos no mês de outubro, que é dedicado aos idosos”, assinalou.
Lembrou ainda que é autora do projeto de lei 233/23 sancionado pelo governador Elmano de Freitas, que instituiu a campanha Outubro Prateado, de conscientização ao envelhecimento saudável, no Calendário Oficial de Eventos do Ceará, para realizar debates sobre a conscientização da necessidade de envelhecimento saudável.
Edição: Adriana Thomasi
Comissão do Senado reage a STF e aprova marco temporal na demarcação de terra indígena
Por Gabriel Hirabahasi / o estadão de sp
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 27, projeto de lei que estabelece a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas. Por 16 votos a 10, a CCJ deu aval ao texto, em uma vitória da bancada ruralista contra o governo – especialmente os partidos de esquerda. A votação também foi uma resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, na semana passada, decidiu revogar o marco temporal permitindo criação de reservas em áreas ocupadas por indígenas independentemente da data de ocupação. A proposta pode ser votada no plenário do Senado ainda nesta quarta.
Senadores de partidos de centro e direita que têm cargos no governo (como PSD, União Brasil, PP e Republicanos) votaram a favor da proposta. O texto do relator, o senador Marcos Rogério (PL-RO), restitui o princípio do marco temporal na demarcação de terras indígenas. Por essa regra, os indígenas só teriam direito à demarcação de terras que ocupassem no momento da promulgação da Constituição Federal de 1988.
O projeto foi aprovado em maio na Câmara dos Deputados por 283 votos a 155. Na semana passada, porém, o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a tese do marco temporal. Ao julgar um caso de Santa Catarina, os ministros do STF decidiram, por 9 votos a 2, que o entendimento é inconstitucional e fere os direitos dos povos indígenas.
Além da tese do marco temporal, o relatório aprovado pelos senadores também prevê uma flexibilização da política de não-contato dos povos indígenas isolados, permitindo que entidades privadas tenham contato com esses povos para viabilizar ações consideradas de utilidade pública.
Outro ponto polêmico é a autorização para garimpos e plantações de transgênicos em terras indígenas e a celebração de contratos entre indígenas e não-indígenas para explorar atividades econômicas nos territórios tradicionais.
ESTADÃO / POLÍTICA EDVAR EDVAR Bancada ruralista reage ao STF, inicia obstrução e adere à PEC que limita poderes do tribunal
Por Levy Teles / O ESTADÃO DE SP
BRASÍLIA — Em reação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do marco temporal e por conta da retomada de temas como aborto e porte de drogas, a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) e outras bancadas iniciaram obstrução e declararam apoio a um projeto de emenda à Constituição (PEC) que pretende sustar decisões da Corte, como revelou a Coluna do Estadão. Deputados planejam não marcar presença no plenário e em nenhuma comissão para impedir a formação de quórum e barrar votações em qualquer instância da Câmara.
Como mostrou o Estadão, a FPA anunciou a união com as bancadas evangélica e da bala em reação ao STF. A posição dos grupos indica o ultimato dado ao Senado para aprovar o princípio que só permite demarcação de terras indígenas ocupadas até 1988, ano da promulgação da Constituição. O marco temporal foi revogado pelo Supremo na semana passada.
O projeto de lei que restitui a vigência do marco temporal está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O relatório passará por votação no colegiado nesta quarta-feira, 27, para então ir a plenário. Não há expectativa que a proposta vá imediatamente a plenário em caso de aprovação na CCJ.
Como também mostrou o Estadão, deputados aproveitaram a última sessão da CCJ para mandar mensagens ao Supremo. “Não podemos aqui abrir mão da nossa prerrogativa de legislar, senão fechemos o Congresso de uma vez e aguardemos que todas as questões sejam resolvidas pelo STF”, disse Sérgio Moro (União-PR).
Ao lado de outras frentes parlamentares identificadas com pautas conservadoras, a bancada ruralista publicou uma nota oficial nesta terça-feira, 26, Os grupos dizem que não aceitarão interferência na prerrogativa do Congresso Nacional legislar. “Tomaremos as devidas medidas para reestabelecer o equilíbrio entre Poderes”, afirmou o texto.
O presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), afirmou que já dialoga com líderes dos partidos a fim de abrir espaço para discutir a PEC que pode sustar decisões não-unânimes do STF. “A gente precisa fazer um movimento político que demonstra a insatisfação do Poder Legislativo com essa invasão de competência”, disse. “A gente quer abrir uma comissão especial para discutir o texto. Para isso, precisamos do apoio dos líderes. Vamos conversar com eles.” Ele se reunirá com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na noite desta terça-feira para tratar do tema.
A PEC, de autoria do deputado Domingos Sávio (PL-MG), altera a Constituição Federal e diz que seriam necessários 1/3 de membros da cada casa — isto é, 171 deputados e 27 senadores — para apresentar proposta de decreto legislativo que susta decisões sem aprovação unânime do STF. “Não há que se falar em um ‘Poder Supremo’ para o Judiciário, mas antes em dever Supremo de assegurar o respeito às leis elaboradas por aqueles que detém o poder que emana do povo”, justifica o parlamentar.
Sávio já tinha apresentado a PEC no ano passado e fez ajustes. A nova versão da PEC reduziu o número de deputados necessários para propor um decreto legislativo para revogar decisões do STF. Na versão original, a proposta dizia que a maioria absoluta dos deputados tinha que endossar a apresentação do decreto legislativo. Na nova versão, basta a adesão de 1/3 da Casa.