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Câmara aprova alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal que afrouxa limites de gasto com pessoal

Ana Pompeu / folha de sp

 

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (28) uma alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal que afrouxa limites de gasto com pessoal de estados e municípios

A proposta teve 370 votos favoráveis, 15 pela rejeição e 2 abstenções. Ele precisava de 257 votos sim para ser aprovado. A matéria segue agora ao Senado Federal.

O projeto altera a LRF para retirar dos limites de despesas com pessoal os gastos com terceirização e organizações da sociedade civil. A ideia é aumentar a margem de gastos com funcionários e evitar que entes da federação descumpram o teto imposto pela legislação.

A LRF prevê que a despesa total com pessoal não pode exceder percentuais da receita corrente líquida, definidos em 50% para União e 60% para estados e municípios. O projeto faz alterações no texto da lei original no trecho em que são definidos itens não computáveis como despesas para o atendimento dos limites.

O novo texto prevê que ficam de fora do cálculo despesas com pessoal nos casos de contratação de empresas, de organizações sociais, de organizações da sociedade civil, de cooperativas ou de consórcios públicos, "quando fique caracterizada prestação de serviços". Além disso, gastos que caracterizem "fomento público de atividades do terceiro setor por meio de subvenções sociais" também não precisam ser computados.

Segundo a proposta, esse tipo de despesa será considerada como "outras despesas de pessoal" na lista de exclusões agora ampliada. Empresas terceirizadas de limpeza urbana, contratos de gestão hospitalar, por exemplo, poderão entrar nesse grupo.

No passado, estados e municípios já recorreram a esse tipo de entendimento para maquiar comprometimento de contas, o que causou questionamentos.

No relatório do projeto, menciona-se que o projeto vem para esclarecer "divergências interpretativas, inclusive no âmbito dos tribunais de Contas" e que os casos seriam exceções.

O deputado Gilson Daniel (Podemos-ES), autor do projeto, agradeceu ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) por ter decidido pautar o projeto. De acordo com ele, a medida foi tomada a pedido da Confederação Nacional dos Municípios e da Frente Nacional dos Prefeitos.

"Existe uma mudança que incluiu aos municípios, no gasto de pessoal da LRF, o gasto com terceirizados, que não era computado anteriormente, aquele serviços que contrata como a merendeira, o gari, a prestação de serviços. Isso impacta mais de 3.000 municípios brasileiros e estados", disse.

O deputado Claudio Cajado (PP-BA) chegou a questionar se a mudança não serviria para flexibilizar a LFR.

"O texto exclui ou não o pagamento de pessoal pelas terceirizadas? É importante entender. Se exclui, seria uma forma de aumentar os gastos com pessoal de forma a fazer com que os municípios e outras entidades gastem a mais do que prevê a LRF", disse.

Gilson Daniel defendeu que o projeto tem outro objetivo. "Não é disso que se trata. São os terceirizados nunca computados como pessoal. A partir dessa decisão, seria computado. Mas não afeta o teto de gastos", afirmou.

"É só para dar condições aos municípios e fazer justiça a eles", encerrou.

Por sua vez, o deputado Helder Salomão (PT-ES) apresentou outra ressalva. "Sob a ótica das finanças públicas, a matéria abre espaço para ampliar a prestação de serviço público. Mas isso significa sim aumento de gasto com pessoal-fim, ou seja, alocado diretamente para prestação de serviços", disse.

Segundo ele, ao longo dos anos, a mudança pode ter outro tipo de impacto. "Deixo um alerta. Vai depender muito das decisões dos gestores, porque pode abrir um precedente para a precarização do serviço na medida em que se opta pela terceirização dos serviços", afirmou.

Alece TV anuncia interrupção provisória de sinal no interior do Ceará

Por Guilherme de Andrade /ALECE

 

 

O sinal da Alece TV (31.1) ficará fora do ar no interior do Estado do Ceará a partir desta sexta-feira (23/08), em função de uma manutenção programada na antena que envia o sinal para o satélite. A emissora comunica que a interrupção deverá durar, pelo menos, uma semana. O espectador poderá acompanhar a programação da Alece TV ao vivo e na íntegra pela internet

A manutenção se faz necessária para melhorar a qualidade e garantir estabilidade do sinal transmitido. A equipe da Alece TV já está trabalhando para que o serviço seja concluído em breve e o canal retorne ao funcionamento normal. 

Para seguir por dentro de todas as atrações da emissora, basta acessar o site da Alece, clicando aqui. Por lá, o telespectador pode acompanhar ao vivo a programação completa do canal. 

SOBRE A ALECE TV

A Alece TV é o canal de televisão da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, dedicada a transmitir informações e conteúdos de interesse público, promovendo a transparência e a participação cidadã.

A Alece TV tem sintonia em outros 50 municípios cearenses, além de Fortaleza. Para conferir o número do canal disponível (31.1, 9.2 ou 7.3) na respectiva cidade, confira a relação no site da Casa clicando aqui.

Edição: Clara Guimarães

Por emendas parlamentares republicanas

Por Notas & Informações / o estadão de sp

 

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade manter uma liminar que suspendeu as emendas parlamentares impositivas até que a sua execução siga critérios de publicidade e rastreamento. É preciso ter claro o teor e o alcance da decisão. A Corte não criminalizou as emendas – e nem poderia, dado que foram previstas pela Constituição. Tampouco impôs restrições a questões que devem ser objeto de concertação entre o Executivo e o Legislativo, como o volume das emendas, suas modalidades ou seu caráter impositivo.

 

A tendência do Congresso a manter o status quo foi inviabilizada pelo Supremo. A tendência do governo de restaurar o status quo de antes de 2015, quando as emendas eram residuais e o Executivo controlava toda a execução – podendo inclusive contingenciar 100% ou usá-las exclusivamente como moeda de troca para granjear apoio –, não é realista nem desejável. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. É preciso encontrar um ponto de equilíbrio.

 

Restaurar a transparência, como exige o STF, é condição necessária, porém não suficiente para conferir às emendas um caráter republicano. A opacidade, que chegou ao paroxismo com o chamado “orçamento secreto”, facilita a corrupção e permite que alguns parlamentares recebam mais recursos que os demais, violando a equidade representativa. Já outras distorções no estado atual desse dispositivo, como o seu volume elevado, a descoordenação das políticas públicas ou a ineficiência dos gastos, precisarão ser resolvidas por arranjos entre os Poderes eleitos.

 

Desde a última legislatura, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV tem publicado uma série de consultas a especialistas em Orçamento a fim de oferecer propostas para uma nova cultura orçamentária. Eles notam que em democracias avançadas o papel do Legislativo na coordenação das políticas públicas é cada vez maior. Isso é razoável e legítimo. Afinal, os parlamentares também são representantes eleitos e conhecem de perto as necessidades de quem representam.

 

O problema no Brasil é que o Congresso assumiu a alocação de uma parcela exorbitante dos gastos federais sem se comprometer com a necessária coordenação desses gastos conforme os objetivos da União. Infladas e pulverizadas, as emendas servem a propósitos paroquiais e imediatistas. Mesmo que passem a ser distribuídas com transparência e equidade, o problema da eficiência e produtividade persistirá.

 

Em sua Carta de abril, o Ibre compilou cinco recomendações principais para aprimorar a interação entre Legislativo e Executivo: i) capacitar o Congresso, melhorando sua estrutura técnica e qualificando o método de definição das emendas; ii) promover uma avaliação de retorno econômico e social das emendas, estabelecendo critérios mínimos para inclusão no Orçamento; iii) regulamentar a indicação dos beneficiários das emendas de comissão, mitigando a volta da dinâmica do orçamento secreto, em que um parlamentar pode dispor do Orçamento como quiser; iv) criar condições para fiscalizar as transferências especiais, as chamadas “emendas Pix”; e v) fortalecer as comissões temáticas (de saúde, educação, etc.) para ampliar sua interação com as áreas setoriais do governo, ao mesmo tempo que devem ganhar mais força política no Congresso.

 

O volume desproporcional das emendas em qualquer comparação internacional também precisaria ser limitado a um teto. As comissões podem articular todos os anos um banco de projetos aptos a receberem mais dotações por meio de emendas. Organismos do Congresso, como a Instituição Fiscal Independente, podem assumir um papel no desenho de prioridades e mensuração do retorno das emendas.

 

Além disso, será preciso robustecer órgãos de fiscalização, como a Controladoria-Geral ou o Tribunal de Contas da União, para adaptá-los à nova realidade orçamentária.

 

Essas não são as únicas nem necessariamente as melhores soluções. Mas o fato é que, se quer mais poderes sobre o Orçamento – o que, repita-se, é legítimo –, o Congresso precisa se dispor a assumir mais responsabilidades.

Senado aprova desoneração de 17 setores e municípios

Por Gabriel Hirabahasi (Broadcast) e Giordanna Neves (Broadcast) / o estadão de sp

 

Senado aprovou nesta terça-feira, 20, o projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores e dos pequenos e médios municípios. A votação foi simbólica, ou seja, sem que o voto dos congressistas fosse computado, fruto do acordo do governo com a oposição. A negociação em torno da proposta levou meses e causou uma série de desgastes ao Palácio do Planalto, até o texto final ser formulado em acordo entre o governo, setores econômicos, prefeitos e parlamentares. O texto agora segue para a Câmara dos Deputados.

 

O novo relatório da proposta foi apresentado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA) nesta terça-feira, 20, e seguiu o acordo firmado com os setores produtivos e os prefeitos ao propor uma reoneração gradual para as empresas e para os municípios até 2027.

 

Nesta terça-feira, para viabilizar a votação do projeto, Wagner decidiu retirar um dispositivo que aumentava a cobrança do Imposto de Renda sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP) — um tipo de remuneração da empresa aos acionistas — de 15% para 20% como compensação da perda de receitas pela desoneração. A implementação da medida exigiria um período de noventena (90 dias para passar a valer) e só valeria a partir do ano que vem. Por isso, era encarada pelo governo como uma “garantia”, mas mesmo assim a oposição criticou o aumento de imposto, o que levou o relator a abrir mão do dispositivo.

 

Na reta final das negociações, Wagner também abriu mão do dispositivo que delegava o julgamento do Imposto Territorial Rural (ITR) para os municípios que optarem por essa medida. A proposta, com o programa de cadastro de benefícios fiscais, havia sido incluída na medida provisória do PIS/Cofins, que teve sua parte principal devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e deve caducar (perder a validade).

 

Além do JCP, o parlamentar incluiu em seu texto vários capítulos com medidas de compensação que vão repor a perda de R$ 25 bilhões aos cofres da União este ano. Ele não detalhou, no entanto, o potencial de arrecadação de receitas de cada proposta.

 

Segundo o relator, as medidas devem gerar mais R$ 25 bilhões a R$ 26 bilhões aos cofres públicos e resolvem especificamente o buraco fiscal nas contas de 2024, já que muitas dessas propostas são limitadas e não trarão efeitos nos exercícios seguintes. Em relação ao rombo no orçamento causado pela desoneração no ano que vem, o senador reiterou que o assunto deverá ser discutido no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que deve ser enviado ao Congresso no dia 31 de agosto.

 

Número de trabalhadores

Wagner reduziu mais uma vez o quantitativo de trabalhadores que as empresas teriam de se comprometer a manter para serem beneficiadas com a alíquota sobre a receita bruta, em vez da taxação sobre a folha.

 

Em vez de se comprometerem a manter o mesmo quantitativo ou aumentar o número de funcionários, as empresas serão obrigadas a manter ao menos 75% dos empregados. Isso significa que uma redução de até 25% do quadro de funcionários não significará a perda do direito à desoneração por parte dessas empresas. Na primeira versão do parecer, Wagner havia determinado que o porcentual seria de 100%. Depois, reduziu para 90%, mas ainda assim enfrentou resistência por parte dos senadores.

Esse trecho foi incluído de última hora por Wagner em seu relatório na semana passada e foi alvo de contestação por diversos senadores. Desde a divulgação do parecer, o petista se mostrou disposto a negociá-lo.

 

O relator incluiu em seu texto vários capítulos com medidas de compensação que vão repor a perda de R$ 25 bilhões aos cofres da União este ano, dentre elas: atualização de bens no Imposto de Renda; repatriação de ativos mantidos no exterior; renegociação de multas aplicadas por agências reguladoras; pente-fino no INSS e programas sociais; uso de depósitos judiciais esquecidos; uso de recursos esquecidos; e o programa de cadastro dos benefícios fiscais concedidos pelo governo.

 

Segundo o relator, as medidas devem gerar entre R$ 25 bilhões a R$ 26 bilhões aos cofres públicos e resolvem especificamente o buraco fiscal nas contas de 2024, já que muitas dessas propostas são limitadas e não trarão efeitos nos exercícios seguintes. Em relação ao rombo no orçamento causado pela desoneração no ano que vem, Wagner reiterou que o assunto deverá ser discutido no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que deve ser enviado ao Congresso na sexta-feira, 30.

 

Como funciona a desoneração

 

O texto da desoneração da folha de pagamentos segue o acordo já firmado com os setores produtivos, que prevê uma reoneração gradual a partir do ano que vem e até 2027. A desoneração em 2024 substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários por uma taxação de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. A partir do ano que vem, os empresários passarão por uma cobrança híbrida, que misturará uma parte da contribuição sobre a folha de salários com a taxação sobre a receita bruta.

 

  • Em 2025, as empresas pagarão 80% da alíquota sobre a receita bruta e 25% da alíquota sobre a folha.
  • Em 2026, as empresas pagarão 60% da alíquota sobre a receita bruta e 50% da alíquota sobre a folha.
  • Em 2027, as empresas pagarão 40% da alíquota sobre a receita bruta e 75% da alíquota sobre a folha.
  • A partir de 2028, as empresas retomarão integralmente o pagamento da alíquota sobre a folha, sem o pagamento sobre a receita bruta.

No novo parecer, o relator reduziu o quantitativo de trabalhadores que as empresas terão de se comprometer a manter para serem beneficiadas com a alíquota sobre a receita bruta, em vez da taxação sobre a folha.

 

Em vez de se comprometerem a manter o mesmo quantitativo ou aumentar o número de funcionários, as empresas serão obrigadas a manter ao menos 75% dos empregados. Isso significa que uma redução de até 25% do quadro de funcionários não significará a perda do direito à desoneração por parte dessas empresas.

 

Na primeira versão do parecer, Wagner havia determinado que o porcentual seria de 100%. Depois, reduziu para 90%, mas ainda assim enfrentou resistência por parte dos senadores.

 

Esse trecho foi incluído de última hora pelo senador em seu relatório na semana passada e foi alvo de contestação por diversos parlamentares. Desde a divulgação do parecer, o petista se mostrou disposto a negociá-lo.

 

No caso dos municípios, o texto também estabelece uma “escada”. Neste ano, está mantido a alíquota previdenciária de 8% aprovada no ano passado pelo Congresso. Em 2025, esse imposto será de 12%. Em 2026, de 16%. Em 2027, por fim, voltará a ser de 20%.

 

Revisão de gastos

O parecer também prevê um endurecimento nas regras de adesão e atualização de cadastros do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do seguro-defeso, auxílio pago a pescadores artesanais durante o período em que ficam proibidos de exercer a pesca. Ambos programas são alvos do pente-fino do governo federal para aliviar em R$ 25,9 bilhões a peça orçamentária de 2025.

 

Na nova versão do parecer, divulgada nesta terça-feira, 20, Wagner também endureceu as normas para revisão de benefícios sociais por parte do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), permitindo um bloqueio cautelar dos recursos em caso de fraudes. O texto estabelece que, após identificados indícios de irregularidades na concessão dos benefícios administrados pelo INSS, o valor poderá ser bloqueado por ato do Poder Executivo se não houver ciência do beneficiário em até 30 dias após notificação do órgão.

 

O que é a desoneração da folha

A desoneração da folha de pagamentos foi instituída em 2011 para setores intensivos em mão de obra. Juntos, eles incluem milhares de empresas que empregam 9 milhões de pessoas. A medida substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% incidente sobre a folha de salários por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Ela resulta, na prática, em redução da carga tributária da contribuição previdenciária devida pelas empresas.

 

Por decisão do Congresso, em votações expressivas, a política de desoneração foi prorrogada até 2027, mas acabou suspensa por uma decisão liminar do STF em ação movida pelo governo federal. A alegação é que o Congresso não previu uma fonte de receitas para bancar o programa e não estimou o impacto do benefício nas contas públicas. O Legislativo, porém, argumenta que medidas foram aprovadas para aumentar as receitas da União e que a estimativa de impacto estava descrita na proposta aprovada. O ministro da Fazenda anunciou, então, um acordo para manter a desoneração em 2024 e negociar uma cobrança gradual a partir do próximo ano.

 

O cerne da discussão passou a girar em torno das compensações da desoneração da folha de pagamentos. A equipe econômica insiste em uma medida que represente receitas para os próximos anos.

 

Ela vale para 17 setores da economia. Confira abaixo quais são:

  • confecção e vestuário
  • calçados
  • construção civil
  • call center
  • comunicação
  • empresas de construção e obras de infraestrutura
  • couro
  • fabricação de veículos e carroçarias
  • máquinas e equipamentos
  • proteína animal
  • têxtil
  • TI (tecnologia da informação)
  • TIC (tecnologia de comunicação)
  • projeto de circuitos integrados
  • transporte metroferroviário de passageiros
  • transporte rodoviário coletivo
  • transporte rodoviário de cargas

Oposição fará pedido de impeachment de Moraes, após revelação sobre mensagens no TSE

Por Roseann Kennedy e Adriana Victorino / O ESTADÃO DE SP

 

Após a revelação de que o gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)Alexandre de Moraes deu ordens de forma não oficial para a produção de relatórios por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a oposição no Congresso já se articula para pedir o impeachment do magistrado. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o movimento de Moraes foi feito por mensagens para embasar decisões do próprio ministro contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito das fake news e das milícias digitais. Moraes, por sua vez, diz que TSE tem ‘poder de polícia’ e que relatórios solicitados foram ‘oficiais e regulares’.

 

A senadora Damares Alves (Republicanos) afirmou nesta terça-feira (13) que o senador Eduardo Girão (Novo) apresentará um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, e sugeriu que o magistrado renuncie “pelo bem da democracia”.

 

“Temos mais de uma dezena de senadores que já manifestaram interesse em assinar. Se 5% do que foi divulgado hoje for verdade, espero que o ministro ainda durante esta noite ou esta madrugada, coloque a cabeça no travesseiro, reflita bastante e no raiar do dia apresente o pedido de renúncia. Vai ser mais fácil para todo mundo. É o mínimo que ele poderia fazer agora pela garantia de nossa democracia”, disse a senadora, que afirmou que os parlamentares farão uma coletiva de imprensa neta quarta-feira (14), às 16h, para detalhar o pedido.

 

Ao Estadão, Girão afirmou que o pedido de impeachment já seria feito como parte de uma campanha nacional programada para ser lançada no mesmo dia, às 15h, em frente à Presidência do Senado. As ações devem ocorrer até o dia 7 de setembro para recolher assinaturas de outros senadores, além de deputados.

 

As novas informações reveladas, segundo Girão, irão dar mais “robustez” ao pedido. “As equipes estão estudando até agora, mas só vamos protocolar no dia 9. Então, tem tempo, inclusive ouvindo os juristas”, disse.

 

Para o senador, este é um dever que os parlamentares têm depois de “tantas violações a direitos humanos”, já que apenas o Senado tem o poder de iniciar um processo de impeachment de ministros da suprema corte. “Acredito que chegou a hora do Senado se levantar em defesa da verdadeira democracia”, ressaltou Girão.

 

Deltan, Musk e bolsonaristas reagem nas redes a revelação sobre atuação de Moraes

Após a revelação do caso, diversos parlamentares da oposição se manifestaram. O senador Cleitinho (Republicanos-MG) foi um deles: “Urgente! Sobre o Ministro Alexandre de Moraes: não vou prevaricar e espero que os outros senadores façam o mesmo”, afirmou, em referência ao possível pedido de impeachment.

 

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou que o caso é “gravíssimo” e que revelaria, “um esquema de perseguição” de Moraes contra bolsonaristas. ”Vamos cobrar para o Senador cumprir seu papel constitucional. O Brasil não merece um Ministro da mais alta Corte de Justiça, agindo assim...”, afirmou.

 

O ex-deputado Deltan Dallagnol (Novo) disse que as mensagens “comprovam suspeitas que existiam desde de 2019″ sobre a atuação do ministro e defendeu o impeachment de Moraes sob a justificativa de que o magistrado “usurpou a função pública do Procurador-Geral da República”.

 

Outras personalidades, como o bilionário Elon Musk, investigado no inquérito das milícias digitais, também reagiram à notícia. Musk comentou “Wow”, na publicação do jornalista Gleen Greenwald no X (antigo Twitter) em que ele divulga a reportagem.

 

Por outro lado, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), afirmou que a matéria é “sensacionalista e não corresponde à verdade”. Para o petista, a reportagem deve somente “alimentar o movimento de tentar desacreditar o STF para incidir no julgamento do inelegível”.

Reforma Tributária: deputados devem garantir eficiência e imparcialidade do Comitê Gestor do IBS

Francelino Valença / FOLHA DE SP

 

Com um sistema tributário complexo e intrincado, o Brasil já dava sinais, há décadas, para a necessidade de uma reforma tributária sobre o consumo que modernizasse os instrumentos arrecadatórios, reduzisse a burocracia e eliminasse a guerra fiscal entre os estados brasileiros.

A reforma que tramita no Congresso Nacional traz grandes avanços, mas precisa amadurecer em relação ao Projeto de Lei Complementar 108/24, que institui o Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), e que será analisado pelos deputados em breve.

O país buscou adotar o que há de melhor no mundo em relação ao IVA (Imposto sobre o Valor Agregado), e não há dúvidas quanto à importância da criação do Comitê Gestor para a operacionalização do novo modelo de imposto compartilhado pelos entes federados. Sem precedentes na estrutura tributária brasileira, a implementação desta entidade pública trará avanços. No entanto, é essencial realizar ajustes na proposta para evitar conflitos de interesse e garantir a eficiência da administração tributária.

O texto atual do PLP 108 apresenta uma característica sem paralelo nos países desenvolvidos que adotaram o IVA: a participação paritária de contribuintes nas instâncias julgadoras. A possibilidade de os contribuintes julgarem a si mesmos cria um cenário surreal e inaceitável, que compromete a parte mais moderna do IVA e pode resultar em decisões tendenciosas (mesmo com a possibilidade do voto de minerva do fisco), comprometendo a imparcialidade e a eficácia da administração pública e do sistema tributário.

 

As instâncias de julgamento tributário, assim como em outros âmbitos da Justiça, não devem outorgar aos que sofrem a incidência da norma a competência de afastá-la. Esses espaços decisórios devem ser compostos essencialmente por servidores públicos, de modo a impedir que possíveis infratores, seus representantes legais ou os beneficiários de uma decisão possam atuar como julgadores nos processos. Vale ressaltar que nenhum país desenvolvido permite a participação de contribuintes nas instâncias julgadoras. Como podemos permitir que aquele que possa sofrer a sanção da lei decida se é ou não culpado?

Já a estrutura dos fóruns do Comitê Gestor da proposta atual está alinhada com as respectivas funções: o Comitê de Harmonização da Administração Tributária está vinculado às administrações tributárias, enquanto o Comitê de Harmonização Jurídica está ligado às procuradorias. Ao analisar o PLP 108 nos próximos dias, no entanto, os parlamentares devem estar atentos à pressão de categorias profissionais que buscam integrar a administração do Comitê Gestor em instâncias que não são compatíveis à natureza.

A recente tentativa dos advogados públicos de obterem representação para além do Comitê de Harmonização Jurídica, onde está prevista sua atuação consultiva em relação a controvérsias jurídica, é inadequada, invade competências e fere os princípios da administração pública, ameaçando a eficiência e a autonomia das instâncias.

Pior, o próprio Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, dispõe que a advocacia é incompatível com a função de julgamento em Órgão de deliberação coletiva da Administração Pública; com cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública ou funções que tenham a competência do lançamento, da arrecadação ou da fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; lançando por terra os anseios daqueles que defendem acumular o exercício da advocacia pública com a possibilidade de deter poder decisório em instância responsável pela coordenação das atribuições supra descritas.

Apesar de alguns queixumes, as procuradorias estaduais já estão, sim, devidamente representadas no Comitê Gestor do IBS no projeto atual, com as competências que lhe são inerentes, a exemplo da cobrança e da representação judicial relativas ao IBS, bem como a participação no Fórum de Harmonização Jurídica. Ao fisco, caberá a fiscalização, a tributação e o julgamento, atribuições próprias da administração tributária.

Os deputados federais desempenharam um papel importante com a aprovação da regulamentação da Reforma Tributária (PLP 68/24), que agora está sendo analisada pelo Senado Federal. No entanto, para que o novo sistema tributário seja bem-sucedido, é crucial a atenção máxima dos parlamentares para que a implementação do Comitê Gestor e do processo administrativo tributário garanta uma gestão livre de influências externas, que não sejam do interesse público. É importante evitar distorções e assegurar a imparcialidade e a funcionalidade na administração dos tributos, de modo a atender de forma equilibrada os interesses de toda a sociedade sem aumentar a carga tributária.

Congresso pode desengavetar novo tipo de emenda ao Orçamento em recado ao Judiciário e ao Planalto

Por Iander Porcella (Broadcast) e Victor Ohana (Broadcast) / O ESTADÃO DE SP

 

BRASÍLIA - Lideranças da Câmara avaliam retomar a discussão sobre criar uma nova modalidade de emenda parlamentar: a emenda de bancada partidária. O movimento é uma reação à ofensiva do Judiciário e do Ministério Público sobre os repasses de verbas de deputados e senadores. Deputados também veem digitais do Palácio do Planalto nos questionamentos sobre a transparência da destinação dos recursos.

 

Na última semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra as chamadas emendas Pix, (batizadas com esse nome em referência ao sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central), que são uma forma de repasse direto de recursos para as prefeituras.

 

A emenda de bancada partidária - que se somaria às emendas individuais, de bancada estadual e de comissão - foi proposta no ano passado pelo relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, deputado Danilo Forte (União-CE). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e os líderes partidários, contudo, acabaram enterrando a sugestão na época. A ideia de Forte é que a nova modalidade de emenda possa substituir a de comissão, que também tem sido questionada no STF.

 

Diante do impasse judicial sobre as emendas, o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Júlio Arcoverde (PP-PI), resolveu travar a análise da LDO de 2025 até que haja um entendimento. É nesse projeto que pode entrar o novo tipo de emenda proposto por Forte.

Emendas parlamentares são recursos no Orçamento da União que podem ser direcionados pelos deputados e senadores a seus redutos eleitorais para, por exemplo, realizar obras e implementar políticas públicas.

 

A emenda partidária fortaleceria as maiores legendas do Congresso, que teriam mais recursos sob seu controle, de forma proporcional ao tamanho da bancada. O líder de cada sigla ficaria responsável por dividir as verbas entre os parlamentares. Um fator que pesou para a ideia não ser levada para frente no ano passado foi uma avaliação do Centrão de que o poder ficaria muito pulverizado entre os líderes, o que poderia reduzir a força política da cúpula do Congresso. Além disso, as próprias lideranças tiveram receio de ficar muito expostas, já que cada deputado ou senador poderia cobrar o líder de seu partido para receber emendas.

 

Os questionamentos no Judiciário sobre a transparência das emendas, contudo, incomodaram o Congresso e fizeram com que as lideranças reconsiderassem a criação da nova emenda.

 

O pano de fundo do imbróglio é uma disputa de poder entre o Executivo e Legislativo, arbitrada pelo Judiciário. No governo Bolsonaro, o Congresso criou o orçamento secreto, que consistia no repasse de emendas de relator sem transparência e de uma forma que dificultava a fiscalização. O esquema, revelado pelo Estadão, foi declarado inconstitucional pelo STF após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Parte dos recursos do antigo orçamento secreto, contudo, continuou nas mãos do Congresso, após um acordo feito com o Planalto. Agora, os parlamentares veem nova ofensiva do governo federal, em aliança com o Judiciário, para retomar mais poder sobre o Orçamento. Em novembro de 2023, ao anunciar a nova emenda, sob o código “RP5″, Forte disse que ela seria abastecida com os recursos do antigo orçamento secreto que estavam sob responsabilidade de ministérios do governo Lula.

 

Ao Estadão/Broadcast, Forte voltou a defender a criação da emenda, agora considerada pelos líderes. “Tudo que não precisamos agora é de conflito entre os Poderes. É uma interferência indevida (do Judiciário) no Legislativo a pretexto de transparência, que é algo que inserimos com muito zelo na LDO, inclusive ampliando os mecanismos de fiscalização”, afirmou.

 

Atualmente, são três modalidades principais de emendas parlamentares no Orçamento da União: as individuais, a que cada deputado ou senador tem direito; as de bancada estadual; e as de comissão. As duas primeiras são impositivas, ou seja, de pagamento obrigatório, mas o Planalto consegue controlar o ritmo de liberação e, inclusive, usá-las para barganhar apoio em votações.

 

Na quinta-feira, 8, Lira se reuniu com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, para tratar de emendas. Ele estava acompanhado do advogado da Câmara, Jules Queiroz, e apresentou a visão do Congresso sobre os repasses. Para a PGR, o sistema de repasse das emendas pix gera perda de transparência, publicidade e rastreabilidade das verbas federais e ofende princípios constitucionais como o pacto federativo e a separação dos Poderes.

 

“As chamadas ‘emendas Pix’, desprovidas das ferramentas de fiscalização constitucionais, arriscam a se convolar em instrumento deturpador das práticas republicanas de relacionamento entre agentes públicos, propiciando o proveito de interesses distintos dos que a atividade política deve buscar”, afirmou Gonet, na ação ajuizada na quarta-feira, 7, no STF. Gonet também destacou que a decisão sobre a destinação da verba é feita pelo parlamentar, que não é obrigado a indicar a finalidade e o uso dos recursos.

 

A ação citou dados apresentados pela Associação Contas Abertas, Transparência Brasil e Transparência Internacional. Esses números indicam que, em 2022, os parlamentares distribuíram R$ 3,32 bilhões por meio dessas emendas. Em 2023, o número duplicou e atingiu R$ 6,75 bilhões. Ainda segundo as entidades, 80% das emendas Pix distribuídas em 2023 não especificam quem foi o destinatário.

 

Esse tipo de emenda já foi questionada em ação apresentada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), mas Gonet disse que há dúvidas sobre a legitimidade da associação para fazer o questionamento, já que sua linha de atuação não tem relação com o tema.

 

O relator da ação movida pela Abraji, o ministro Flávio Dino, atendeu a um pedido da associação e determinou uma série de medidas para garantir a transparência no manejo das “emendas Pix”. Dino também é relator de ação que questiona as emendas de comissão, que têm sido usadas como moeda de troca política no Congresso após o STF decidir pelo fim do orçamento secreto.

 

O ministro determinou medidas para a total transparência dos repasses, em uma tentativa de acabar de vez com a prática do orçamento secreto, mas o Congresso alegou ao STF que “não tem como colaborar” com os dados dos “patrocinadores” das emendas de comissão. Dino montou uma comissão representativa para dar efetivo cumprimento à decisão do STF que barrou o orçamento secreto. O grupo fechou um cronograma de atividades para organizar as informações sobre as emendas parlamentares que ainda permanecem secretas.

Sargento Reginauro cobra valorização do Corpo de Bombeiros do Ceará

Por Ricardo Garcia / ALECE

 

Deputado Sargento Reginauro (União) - Foto: Junior Pio

 

O deputado Sargento Reginauro (União) defendeu, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quarta-feira (07/08), realizada de forma presencial e remota, uma maior valorização do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará pelo Governo do Estado.

Segundo o parlamentar, nas últimas 48h, a Região Metropolitana de Fortaleza registrou dois incêndios de grandes proporções em fábricas, que foram controlados pelo Corpo de Bombeiros. Para o deputado, apesar da ação efetiva da corporação em episódios como esses, é preocupante a carência de efetivo da categoria.

“O estado do Ceará só não passa uma vergonha nacional em relação ao trabalho do Corpo de Bombeiros por sorte, por proteção divina. Estamos esperando uma nova tragédia acontecer, como aconteceu no desabamento do Edifício Andrea, em que tivemos a ajuda de bombeiros civis, empresas e de toda a sociedade civil comovida com a tragédia”, apontou Sargento Reginauro.

De acordo com ele, não há efetivo suficiente para atender a toda a população do Ceará. “Não tenho o menor receio em afirmar que não temos uma força operacional nem de mil homens atuando no Estado para atender as ocorrências”, avaliou.

Sargento Reginauro cobrou uma ação mais efetiva do governador Elmano de Freitas em prol da categoria dos bombeiros. “Estamos esperando uma tragédia de grandes proporções acontecer para que o governador Elmano tenha a noção de que investir no Corpo de Bombeiros é investir na proteção de vidas”, ressaltou.

Em aparte, o deputado Cláudio Pinho (PDT) endossou as cobranças do colega, reforçando a necessidade de valorizar cada vez mais o trabalho dos profissionais do Corpo de Bombeiros.

Edição: Lusiana Freire

De Assis Diniz celebra expansão do programa Pé-de-Meia para mais de um milhão de estudantes

Por Gleydson Silva / ALECE

 

Deputado De Assis Diniz (PT) - Foto: Junior Pio

 

O deputado De Assis Diniz (PT) celebrou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quarta-feira (07/08), a expansão do programa Pé-de-Meia para mais de um milhão de novos estudantes, conforme anúncio do Governo Federal, por meio do Ministério da Educação.

De acordo com o parlamentar, o pagamento para os novos beneficiários começa a ser feito já neste mês de agosto. Poderão participar do programa, conforme o deputado, alunos do ensino médio público cuja família estiver inscrita no Cadastro Único para programas sociais do Governo Federal (CadÚnico) e tiver renda per capita de até meio salário mínimo. Já os alunos da educação de jovens e adultos (EJA) receberão a partir de setembro.

“O programa impacta e transforma a vida dos nossos filhos, aqueles que não nasceram em berços esplêndidos, que precisam lutar, buscar espaço no mercado de trabalho. São aqueles que sua estrutura familiar não lhes deu condições para isso. Então, esse recurso está garantido”, afirmou De Assis Diniz.

O deputado defendeu ainda as viagens que o governador Elmano de Freitas tem feito, alvo de críticas de opositores do Governo. De acordo com ele, o chefe do Executivo cearense tem feito viagens sempre em busca de investimentos para o Ceará. “O Estado tem feito esforços de diálogo para trazer esses investimentos. Temos hoje uma descentralização na saúde, com os hospitais regionais. Estamos levando tratamento de oncologia para o interior, traumatologia nos hospitais regionais, entre tantas outras iniciativas”, pontuou. 

Entre os exemplos de impacto de viagem apontados pelo deputado e que beneficiam o Estado está o hidrogênio verde, com 34 protocolos de entendimento assinados. Outros seriam o avanço da Transnordestina, o Eixão das Águas e uma montadora de veículos. “São ações que imagino que o bom senso não nos leve a imaginar que o governador vai sair daqui de ônibus ou de bicicleta”, ponderou. 

O deputado De Assis Diniz (PT), em aparte, enfatizou os investimentos que o Governo do Estado tem feito nas mais diversas áreas, sobretudo para a população que mais precisa. “Temos hospitais públicos que mais parecem particulares, de primeira qualidade”, disse. 

Edição: Lusiana Freire

 

 

Gabriella Aguiar destaca 18 anos da Lei Maria da Penha e necessidade de mais ações

Por Giovanna Munhoz / ALECE

 

Deputada Gabriella Aguiar (PSD) - Foto: Junior Pio

 

A deputada Gabriella Aguiar (PSD) destacou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quarta-feira (07/08), realizada de forma presencial e remota, os 18 anos da Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

A parlamentar assinalou que a lei é considerada um marco na defesa das mulheres, mas enfatizou a necessidade de buscar mais mecanismos e ações que busquem prevenir a violência contra a mulher. "Registros mostram que a violência contra a mulher aumenta a cada ano. Os números registrados até junho já superam os do ano passado, registrados no mesmo período, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública", apontou.

Gabriella Aguiar destacou ainda os números do Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), que registraram crescimento de 6,5% nos crimes de estupro este ano. "Já são 83 mil casos registrados. No Brasil acontece um estupro a cada seis minutos", lamentou.

Segundo a deputada, é necessário buscar cada vez mais ações e mecanismos que busquem proteger as mulheres. "O presidente Lula sancionou medidas protetivas na Lei Maria da Penha, assegurando a preservação das vítimas. São iniciativas dessa natureza que precisamos apoiar e buscar implantar para melhorar os números e superar a violência contra a mulher", apontou.

Edição: Vandecy Dourado

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