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De Assis Diniz ressalta crescimento na agropecuária do Ceará

Por Luciana Meneses /ALECE

 

Dep. De Assis Diniz ( PT ) - Foto: José Leomar

 

O deputado De Assis Diniz (PT) ressaltou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta terça-feira (24/09), os dados do crescimento agropecuário no Brasil e no Ceará divulgados pelo presidente Lula durante a Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, no último domingo (22/09).

Os números divulgados fazem parte da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM 2023) desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apontam um novo recorde no valor de produção do País ao atingir a marca de R$ 122,4 bilhões, alta de 5,4% em relação ao ano anterior.

De acordo com o parlamentar, o Ceará lidera a produção de camarão no Brasil, com produção de 57% do camarão do País, sendo Aracati e Jaguaruana os dois maiores produtores nacionais. “Tivemos um crescimento de 19,6% em 2023 em comparação ano anterior. A produção cearense de camarão criado em cativeiro atingiu 72,7 mil toneladas em 2023, com valor de produção de  R$ 1,3 bilhão, um aumento de 25%”, destacou. 

De Assis Diniz apontou também os altos números na produção de leite e mel no Estado. Segundo ele, somente na Bacia Leiteira de Quixadá são produzidos mil litros de leite por dia. “A cada 100 litros de leite, você tem um emprego formal gerado e quatro ocupações. Estamos falando da segunda maior cadeia produtora de leite do Nordeste. E ficamos como o 2° maior estado produtor de mel, com 13,8% da produção nacional”, salientou. 

Em aparte, o deputado Missias Dias (PT) afirmou que parte do crescimento da agricultura do Ceará se deve à parceria com o Banco do Nordeste e suas iniciativas para ajudar a vida do homem do campo. “Sabemos da relevância desse banco para o pequeno e médio agricultor. Muito nos orgulha ter um banco público a serviço do trabalhador e que fortalece tanto nossas cadeias produtivas”, elogiou.

Já o deputado Danniel Oliveira (MDB) defendeu um maior incentivo na tecnologia e no aprimoramento da cadeia produtiva do Estado. “Temos muito talento, e acredito que, com tecnologia, podemos aprimorar ainda mais a nossa cadeia produtiva. A castanha, por exemplo, vem do nosso Estado, é exportada para os EUA para ser caramelizada e volta para o Brasil para ser vendida mais cara, algo que é vendido barato e comprado caro. Esse dinheiro faz falta ao cearense”, opinou. 

Edição: Lusiana Freire

Comissão de Educação Básica debate situação de ensino para jovens e adultos no Ceará

Por Guilherme de Andrade ; ALECE

 

- Foto: Divulgação Governo do Estado do Ceará

 

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), por meio da Comissão de Educação Básica, realiza, nesta quarta-feira (25/09), audiência pública para debater a situação da educação de jovens e adultos (EJA) no estado do Ceará. A iniciativa é do deputado Missias Dias (PT) e acontece nos auditórios 1 e 3 do Complexo de Comissões Técnicas da casa, a partir das 14h.

O parlamentar informa que a audiência visa “contextualizar, melhorar e aprimorar a Política da Educação de Jovens e Adultos (EJA), para que o Ceará continue avançando como Estado que prioriza a educação, os direitos e a qualidade de vida de sua população”. 

Missias ressalta ainda que a EJA é um programa fundamental para a redução do analfabetismo, além de servir como um caminho para os jovens e adultos acessarem a educação, para que assim possam garantir uma formação até a conclusão do ensino médio. 

Atualmente, Fortaleza conta com nove Centros de Educação de Jovens e Adultos (Cejas), enquanto o interior do Estado tem 23. De acordo com o Censo Escolar de 2015, os Cejas totalizaram 37.940 matrículas no formato presencial. Atualmente existe também o programa Nova EJA, efetivado pela Prefeitura de Fortaleza, que está distribuído em 35 polos. 

Foram convidados para compor a mesa da audiência representantes do Ministério Público do Ceará; Secretaria de Educação do Ceará (Seduc/CE); Secretaria Municipal de Educação (SME); mandata Nossa Cara, representada pela vereadora Adriana Gerônimo (Psol); representação do Fórum Cearense da EJA; presidente da Comissão de Educação da OAB e um aluno de EJA, com indicação a ser feita pelo Fórum Cearense da EJA. 

Edição: Clara Guimarães

Assembleia Legislativa aprova projeto que assegura gratuidade no transporte durante as eleições

Votação de Matérias - Foto: José Leomar

O Plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) aprovou, nesta terça-feira (24/09), projeto de lei do Poder Executivo que estabelece a gratuidade no transporte metroviário e rodoviário intermunicipal e metropolitano para passageiros nos períodos de votação das eleições gerais e municipais.

 

De acordo com a proposição 110/2024, o objetivo é garantir aos cidadãos o pleno exercício do direito ao voto, notadamente para quem reside em município diferente do domicílio eleitoral.

 

A proposta visa eliminar barreiras financeiras que podem levar à abstenção, garantindo que todos os cidadãos, independentemente de sua condição econômica, possam se deslocar até os locais de votação. O projeto reforça ainda a importância da participação cívica e fortalece a democracia, permitindo que os eleitores exerçam seu direito fundamental de escolher seus representantes.

 

Foram aprovados ainda outros três projetos de lei de autoria do Executivo estadual. O PL 107/24 altera a Lei n.º 16.880, de 23 de maio de 2019, que criou a Superintendência de Obras Públicas (SOP) através da fusão do Departamento de Arquitetura e Engenharia e do Departamento Estadual de Rodovias. A proposta tem como objetivo aprimorar a gestão aeroportuária do Ceará, permitindo à SOP celebrar parcerias e contratos que visem à melhoria na manutenção e exploração das infraestruturas aeroportuárias estaduais.

 

O projeto 108/24 faz alterações na Lei n.º 17.129, de 12 de dezembro de 2019, que regulamenta o recebimento de doações de bens móveis e serviços, com ou sem encargos, por órgãos e entidades da administração pública estadual direta e indireta. 

 

O objetivo da proposta é fortalecer as normas que regem a doação de bens e serviços por pessoas físicas e jurídicas de direito privado, incentivando a colaboração para a implementação de políticas públicas e a melhoria da gestão administrativa. As mudanças visam preencher lacunas legais relacionadas ao procedimento de chamamento público para receber essas doações, garantindo que as parcerias com a sociedade civil sejam realizadas em conformidade com os princípios constitucionais administrativos.

 

Já o PL 109/24 busca autorização legislativa para o pagamento de indenizações a proprietários ou posseiros de imóveis residenciais, comerciais ou terrenos afetados pela desapropriação necessária à construção de infraestruturas dos sistemas de abastecimento de água. 

 

Essas obras estão integradas ao Programa de Infraestrutura de Abastecimento de Água, que visa melhorar a distribuição hídrica nos municípios de Barro, Mauriti, Brejo Santo, Jati e Penaforte, conforme o Decreto Estadual n.º 35.831, de 10 de janeiro de 2024. O projeto assegura que as famílias impactadas, mesmo aquelas com imóveis não regularizados, recebam uma indenização social justa, abrangendo tanto as benfeitorias quanto a terra nua.             

Edição: Lusiana Freire

AS Emendas de parlamentares vão parar em empresas de suplentes e até em posto de gasolina de deputado

Por Daniel Weterman / O ESTADÃO DE SP

 

BRASÍLIA – Um volume milionário de emendas parlamentares enviado por congressistas foi parar em empresas da família de suplentes, aliados políticos e de outros colegas do Congresso Nacional. Segundo investigação do Estadão, o caminho do dinheiro mostra que recursos do Orçamento da União beneficiaram empreiteiras, distribuidoras e até o posto de gasolina de um parlamentar, incluindo repasses sem a comprovação pública de entrega de bens e serviços para a população e gastos em período eleitoral.

 

Um dos deputados citados pela reportagem diz não ver ilegalidade no recebimento, os demais envolvidos não se manifestaram (leia mais abaixo).

As emendas parlamentares entraram na mira do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu os repasses até que haja transparência, rastreabilidade, planejamento e respeito às regras fiscais. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a cúpula do Congresso Nacional ainda não chegaram a um acordo, mas se encaminham para uma conclusão que pode aumentar o valor dos repasses.

 

O deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA) mandou R$ 4 milhões em emenda Pix para a prefeitura de Zé Doca (MA), cidade de 40 mil habitantes a 300 quilômetros de São Luís, e governada pela sua irmã, Josinha Cunha (PL), entre 2022 e 2023. No total, o município foi contemplado com R$ 80 milhões em emendas entre 2020 e 2024, incluindo verbas indicadas diretamente pelo parlamentar, por meio do esquema do orçamento secreto e por emendas de comissão, duas modalidades de repasse de recursos do Orçamento para bases eleitorais dos congressistas.

 

Com o dinheiro em caixa, a prefeitura contratou empresas ligadas a Maranhãozinho para prestar os serviços. A gestão municipal assinou oito contratos com a Distribuidora Rodrigues Oliveira LTDA para compra de merenda, material escolar e material de expediente entre agosto do ano passado e abril deste ano. As aquisições somam R$ 2,8 milhões. A prefeitura não apresentou informações do quanto de fato pagou para a empresa até hoje.

A firma está em nome de André Rodrigues Seidel, irmão de Luciano Rodrigues Seidel, conhecido como Luciano Galego, suplente e colega de partido de Maranhãozinho, que preside o PL no Estado. Os dois aparecem em fotos juntos e se tratam como aliados de primeiro hora. Luciano abriu outras empresas do mesmo gênero no mesmo endereço, que também tiveram contratos com prefeituras do Maranhão.

 

A prefeitura não indicou o dinheiro da emenda Pix como fonte dessa e de nenhuma contratação no orçamento municipal. O recurso permite, no entanto, uma engenharia orçamentária para permitir gastos em qualquer área, sem identificação nem prestação de contas. Se o dinheiro da emenda paga uma coisa, sobra para outra. A divulgação do que foi feito com o recurso público é uma exigência da Constituição e foi cobrada por decisões do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU).

 

Além de pagar a empresa do suplente, a prefeitura de Zé Doca voltou a contratar empreiteiras envolvidas no escândalo do orçamento secreto, durante o período pré-eleitoral deste ano, usando recursos herdados do esquema, revelado pelo Estadão e derrubado pelo Supremo. Foram R$ 3,4 milhões para a empresa Terraplam Construções e Comércio executar pavimentação de ruas, drenagem e reformas de ponte de madeira, R$ 15,9 milhões para a Pentágono Comércio e Engenharia asfaltar estradas de terra e R$ 843 mil para a Atos Engenharia realizar reformas em unidades de saúde.

As três empresas foram investigadas por suspeita de envolvimento com Maranhãozinho. O deputado já foi flagrado carregando maços de dinheiro em uma operação da Polícia Federal. As despesas incluem dinheiro de emendas de comissão e de recursos próprios do município, turbinado pela emenda Pix.

 

No caso das emendas de comissão e do orçamento secreto, documentos do governo federal permitem rastrear a destinação, mas não quem são os padrinhos dos recursos. Além de Maranhãozinho, outros deputados indicaram verbas para a prefeitura de Zé Doca por meio do orçamento secreto, conforme noticiou o Estadão na época do escândalo. A Polícia suspeita de ligação entre as empresas beneficiadas e o deputado do PL, que seria responsável por “vender” as emendas. O processo corre em sigilo no Supremo.

 

Procurados, o deputado Josimar Maranhãozinho, a prefeitura de Zé Doca e as empresas não se manifestaram.

 

Emenda Pix é usada para pagar posto de gasolina de deputado na Bahia

 

Na Bahia, as emendas Pix foram parar em um posto de gasolina do deputado Dal Barreto (União-BA) em Nova Itarana, município com 8 mil habitantes a 270 quilômetros de Salvador. A prefeitura recebeu R$ 16,7 milhões em recursos entre 2020 e 2024, dos quais R$ 290 mil foram indicados pelo ex-deputado Abílio Santana (PSC-BA) e pagos ao Auto Posto Portal da Cidade para abastecer carros da gestão municipal em 2021.

O estabelecimento está registrado em nome de Arina Silva dos Santos na Receita Federal. Para quem telefona para o número registrado, porém, quem atende é o deputado Dal Barreto. O mesmo número e o mesmo e-mail estão informados em outros postos do parlamentar. Em 2022, ele informou à Justiça Eleitoral ter participação na empresa, no valor de R$ 38 mil em quotas de capital.

 

Ao Estadão, Dal Barreto confirmou que era o proprietário do posto em 2021, mas disse que vendeu o estabelecimento há dois anos para o empresário Abenil Junior, que não aparece como sócio na Receita. “Talvez ele não tenha se atentado a alterar (o número do telefone)”, disse o congressista.

 

O deputado diz não ver problemas de o estabelecimento receber dinheiro público. “Não tem outro posto na sede da cidade. O mais próximo fica a 20 quilômetros”, afirma. Dal Barreto é proprietário de uma rede com 150 postos de gasolina em 10 Estados do Brasil. “A minha gestão empresarial é separada da minha gestão política.”

 

Os R$ 290 mil se tratam apenas do que o município declarou ter usado diretamente de emenda Pix para abastecer carros da prefeitura no estabelecimento em 2021. O posto de Dal Barreto, porém, recebeu um total de R$ 3,1 milhões dos cofres da prefeitura entre 2021 e 2024.Neste ano, o próprio deputado destinou R$ 4,1 milhões em emendas Pix para a cidade. Segundo ele, a escolha do que será feito com o dinheiro é feita pelo município. “Eu fui o deputado mais votado de lá e por conta disso a gente tem ajudado.”

 

Cobrado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o município afirmou ao governo federal que pretende usar o dinheiro para obras, atividades culturais e custeio da Secretaria de Administração, Saúde e Educação, sem informar quais projetos e quais serviços específicos. Procurada pela reportagem, a prefeitura de Nova Itarana não se manifestou.

 

O uso de suplentes e aliados políticos para escoar e intermediar dinheiro do orçamento secreto foi revelado pelo Estadão em outros casos. O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, direcionou emendas para a prefeitura de Vitorino Freire (MA), onde a irmã dele é prefeita, e o recurso foi parar em empreiteiras de amigos e ex-assessores.

 

O senador Davi Alcolumbre (União-AP) direcionou recursos para empresas de um suplente direto no Amapá. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), indicou verbas do orçamento secreto para compra de kits de robótica suspeita de superfaturamento em prefeituras de Alagoas. Um ex-assessor de Lira foi pego em uma operação da Polícia Federal intermediando as negociações.

 
 

Câmara aprova emendas do Senado a projeto com regras para a contratação de pessoas do espectro autista

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (11) emendas do Senado ao projeto de lei que define regras para estimular a contratação, como empregado, aprendiz ou estagiário, de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A matéria será enviada à sanção presidencial.

 

De autoria da deputada Iza Arruda (MDB-PE) e outros, o Projeto de Lei 5813/23 foi aprovado com um texto da deputada Flávia Morais (PDT-GO), modificado pelas emendas, relatadas em Plenário pelo deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE).

 

Em seu relatório, Benevides Filho recomendou a aprovação de todas as cinco emendas do Senado ao PL 5813/23, que incentiva a inserção de pessoas com transtorno do espectro autista no mercado de trabalho. "Ainda que se argumente que as emendas podem demandar algum tipo de dispêndio por parte do governo federal, elas não atribuem dados objetivos para a execução, cabendo ao Poder Executivo tão somente adotar iniciativas adequadas à sua capacidade de comprometimento orçamentário e financeiro", argumentou.

 

A autora da proposta, deputada Iza Arruda, explicou que o texto foi elaborado a partir dos trabalhos de subcomissão que trata de políticas públicas para pessoas com transtorno do espectro autista. "Inclusão é atitude. Aqui na Câmara hoje, os deputados e deputados tiveram uma brilhante atitude", afirmou.

 

O deputado General Girão (PL-RN) declarou estar preocupado com a contratação de planos de saúde para funcionários que tenham transtorno do espectro autista. "O governo federal somente coloca a questão nos ombros dos empresários", ponderou.

 

Chico Alencar (Psol-RJ) afirmou que o projeto não resultaria em sanções ou multas para empresas. "Muito pelo contrário, o projeto visa promover o direito das pessoas com síndrome autista. que sofrem muita discriminação", afirmou

 

Segundo o texto, a União deverá integrar ao Sistema Nacional do Emprego (Sine) a base de dados de outro cadastro criado por decreto (Sistema Nacional de Cadastro da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista – SisTEA) para facilitar a intermediação de vagas de emprego e contratos de aprendizagem. Os contratos de aprendiz podem ter vigência de dois anos, conforme a Lei 10.097/00. (art. 2º, “art. 7º”)

 

A União e outras esferas de governo que aderirem ao Sine deverão seguir normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) sobre acessibilidade.

 

Estágios
Quanto aos estágios, emenda aprovada excluiu dispositivo que previa obrigação de os agentes de integração entre as escolas e as instituições ou empresas cedentes de estágio darem prioridade e atenção especial ao atendimento às pessoas com TEA, inclusive na captação de vagas de estágio adequadas ao perfil desse candidato.

 

Por outro lado, caberá aos municípios que aderirem ao Sine fomentar iniciativas para incluir pessoas com deficiência de uma forma geral ao mercado de trabalho, inclusive com realização de feiras de emprego e sensibilicação de empregadores para a contratação de pessoas com deficiência.

 

Reportagem - Eduardo Piovesan e Francisco Brandão
Edição - Geórgia Moraes

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Câmara conclui nesta quinta votação do fim de desoneração da folha de pagamento

A Câmara dos Deputados transferiu para sessão a partir das 9 horas desta quinta-feira (12) a conclusão da votação do projeto de lei que propõe uma transição de três anos para o fim da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia e para a cobrança de alíquota cheia do INSS em municípios com até 156 mil habitantes.

Os deputados votavam uma emenda de redação do relator, deputado[[ José Guimarães]], mas não houve quórum para encerrar a votação nominal. Era necessária a presença de 257 votantes, mas somente 237 registraram o voto.

Histórico
O Projeto de Lei 1847/24, do Senado, surgiu depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) considerar inconstitucional a Lei 14.784/23, que prorrogou a desoneração até 2027, por falta de indicação dos recursos para suportar a diminuição de arrecadação. Um acordo posterior foi fechado no sentido de manter as alíquotas para 2024 e buscar fontes de financiamento para os anos seguintes.

Destaques
O dia 11 foi o último dia concedido pelo Supremo para a negociação e aprovação do projeto antes de as alíquotas voltarem a ser cobradas integralmente segundo decisão liminar do ministro Edson Fachin, relator de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) sobre o tema.

Antes da emenda, os deputados rejeitaram todos os destaques apresentados pelos partidos na tentativa de mudar trechos do texto a fim de evitar que ele retornasse ao Senado para nova votação. Confira:

  • destaque do PL pedia aprovação de emenda da deputada Bia Kicis (PL-DF) que previa multas menores pelo descumprimento, pelas empresas beneficiadas com incentivos tributários, do envio de informações ao Fisco sobre esses benefícios;
  • destaque do PL pretendia retirar do texto a obrigação de as empresas beneficiadas com incentivos tributários enviarem ao Fisco informações sobre esses benefícios e seus valores;
  • destaque do PL pretendia excluir as multas aplicáveis às empresas que não enviassem as informações sobre os benefícios fiscais usufruídos e seus valores;
  • destaque do PL pretendia retirar do texto a incorporação ao Tesouro Nacional dos recursos esquecidos em contas bancárias

Reportagem - Eduardo Piovesan
Edição - Geórgia Moraes

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Moro aponta 'escalada de violência' no transporte público em Curitiba

O senador Sergio Moro (União-PR), em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (11), apontou uma escalada da violência em Curitiba, especialmente no transporte público. Segundo ele, em apenas dois meses, ocorreram dois assassinatos dentro de ônibus na cidade, além de 1.075 crimes registrados no transporte coletivo durante o primeiro semestre de 2024. O senador também afirmou que a situação demanda ações urgentes para melhorar a segurança da cidade e criticou a "falta de ação da prefeitura para controlar a criminalidade".

 

— Não houve um pronunciamento da Prefeitura de Curitiba sobre essa escalada de crimes. Não houve nenhuma ação. É claro que a segurança pública é algo complexo, que depende da legislação, que depende do governo do estado, que depende do governo federal, mas os municípios têm instrumentos para reagir a essa escalada de violência, a essa escalada de crimes — enfatizou.

 

O senador defendeu o fortalecimento da Guarda Municipal, alegando que a instituição tem sido "maltratada" pela gestão atual, do prefeito Rafael Greca. Moro disse que os guardas municipais “desempenham um papel importante na segurança pública, mas que não recebem o devido reconhecimento”.

 

Ele sugeriu o uso de tecnologia para reforçar a segurança no transporte público, incluindo a instalação de câmeras e equipamentos de reconhecimento facial. Moro também propôs a criação de uma "polícia da cidade", composta por guardas municipais treinados para atuar de forma integrada com a Polícia Militar, uma espécie de “Anjos dos Transportes", para atuar disfarçados e coibir crimes dentro dos ônibus.

 

— É uma proposta que tem uma base numa experiência internacional. Claro que não é possível colocar um guarda em cada ônibus, mas o conhecimento pelos infratores, o conhecimento pelos criminosos de que dentro daquele ônibus pode estar um guarda municipal ou um policial da cidade disfarçado, vai ser um elemento dissuasório para a prática de incidentes criminais dentro daquele veículo. Esses policiais da cidade disfarçados têm que estar treinados, têm que estar preparados para realizar essa missão — disse.

 

Fonte: Agência Senado

Malta lembra morte de manifestante na prisão e defende impeachment de Alexandre de Moraes

O senador Magno Malta (PL-ES), em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (11), mais uma vez lembrou o caso de Clériston Pereira da Cunha, um dos presos pela invasão e depredação das sedes dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023. O senador ressaltou que Clériston foi mantido na prisão mesmo após o pedido de soltura enviado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), e faleceu porque tinha comorbidades. Em seguida, Malta reiterou sua defesa do impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.

 

O parlamentar enfatizou que a morte do manifestante foi consequência de "uma injustiça promovida pelo Estado, e reflete a fragilidade do sistema Judiciário do país". O senador alegou que os direitos humanos não têm sido respeitados e faltam ações em defesa dos presos.

 

— Eu chorei, implorei à Comissão de Direitos Humanos, que de direitos humanos não tem nada, é só audiência pública, para que fosse à Colmeia [como é conhecida a Penitenciária Feminina do Distrito Federal] ouvir aquelas mulheres com câncer, comorbidade, pressão alta, depressão, diabetes, que estavam presas, uma das quais eu visitei quase toda semana — disse.

 

O senador comparou o caso de Clériston com o do jornalista Vladimir Herzog, torturado e morto nos porões da ditadura militar. Ele sugeriu que a morte do manifestante também deve ser lembrada. E sugeriu que, "assim como a esquerda relembra e homenageia Herzog, a morte de Clezão [apelido de Clériston] também deve ser lembrada".

 

Malta também disse que Alexandre de Moraes tem agido de forma autoritária, sem ser responsabilizado, e convocou manifestações populares.

 

— O mundo inteiro tomou conhecimento. Agora, no dia 7 de setembro, o povo estava na rua sem medo para pedir o impeachment de Alexandre de Moraes. Aliás, nós temos de fazer isso em todo o Brasil. Nós temos de fazer isso em todas as capitais, em todas as cidades do Brasil. Fora, Moraes!

Fonte: Agência Senado

Lula descumpre promessa e entra de cabeça em disputa pela sucessão de Lira

Por Eduardo Gayer e Roseann Kennedy / O ESTADÃO DE SP

 

Em um movimento considerado arriscado até por aliados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levou a disputa pela presidência da Câmara para dentro de seu gabinete. Importantes negociações para a sucessão de Arthur Lira (PP) têm acontecido no Palácio do Planalto, contrariando a promessa do próprio presidente de que não iria interferir no processo. Nesta quarta-feira, 11, por exemplo, recebeu o líder do União Brasil na CâmaraElmar Nascimento.

 

Em 26 de agosto, Lula afirmou a líderes da Câmara que não iria repetir o “erro” de Dilma Rousseff porque isso “sempre dá errado”. Em 2015, a ex-presidente apoiou Arlindo Chinaglia (PT-SP) para concorrer ao comando da Câmara contra o deputado Eduardo Cunha, que venceu e autorizou a abertura do processo de impeachment.

Apesar da declaração, Lula recebeu, dias depois, o líder do Republicanos, deputado Hugo Motta (PB), que entrou na disputa pelas mãos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e pelo presidente de seu partido, Marcos Pereira (SP).

Antes, Lula já havia pedido pessoalmente ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, para retirar a candidatura de Antonio Brito e apoiar Pereira. Kassab negou o pedido, o que o presidente do Republicanos, com quem Lula também havia se reunido, a renunciar à candidatura em favor do aliado Motta.

Lula, é verdade, não declarou apoio público a nenhum candidato. Mas tem conduzido a sucessão na Câmara tal como dizia que Lira deveria fazer. A seus articuladores políticos, o presidente orientou ser preciso unificar as candidaturas dos deputados. Até agora, porém, o cenário é de um enfrentamento entre Hugo Motta (Republicanos) e Elmar Nascimento (União Brasil) ou Antonio Brito (PSD). Ou seja, um racha no Centrão.

 

“O presidente Lula vai manter a sua postura de respeitar o processo interno da Câmara, de discutir entre líderes, entre as bancadas partidárias, qual a melhor solução, qual o nome que possa unificar a maior parte dos parlamentares”, afirmou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou a agenda e disse que Lula está aberto a receber os candidatos às presidências da Câmara e do Senado. .

 

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