Assinaturas de mais de 100 deputados da base de Lula pela anistia gera indignação no Palácio do Planalto
Por Bela Megale / O GLOBO
Indignação. É essa a palavra usada por integrantes do Palácio do Planalto ao se referirem às assinaturas de mais de 100 deputados da base de Lula ao requerimento de urgência da anistia ao 8 de janeiro.
A crítica central é que é inconcebível que parlamentares de partidos que fazem parte do governo Lula apoiem uma anistia que livrará golpistas que tentaram derrubar este governo e ainda planejaram assinar o presidente da República.
Além disso, os membros do governo não acreditam que o projeto tenha como foco personagens como a cabeleireira Débora Rodrigues, que se tornou a figura mais explorada politicamente pelos bolsonaristas para defender a medida.
No Palácio do Planalto, a convicção é que a proposta da anistia busca livrar Jair Bolsonaro e também os militares de sua gestão, que já se tornaram réus por tentativa de golpe de Estado na ação que corre no Supremo Tribunal Federal (STF).
Diante desse cenário, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, indicou, nesta quinta-feira (10), que o governo pode discutir a redução de pena aos envolvidos no 8 de janeiro, desde que os líderes da tentativa de golpe não sejam perdoados. Ela se colocou contra o projeto de anistia que tramita na Câmara e destacou que a proposta beneficiaria Bolsonaro e os generais que atuaram com ele na tentativa de golpe, sem que isso estaja explícito no texto.
Para ser analisada no plenário da Câmara, a urgência da anistia precisa de 257 assinaturas. Segundo a assessoria de imprensa do PL, partido de Bolsonaro que vem capitaneado a proposta, até a noite de quinta-feira, já foram colhidas 253 assinaturas. Dessas, mais de 115 são de deputados que integram partidos da base do governo Lula, como MDB, União Brasil, PP, PSD e Republicanos. Todos têm ministérios na Esplanada.
Integrantes do governo defendem que haja uma reação para mostrar a essas legendas a insatisfação do governo com a postura adotada por boa parte de seus deputados. A resposta, porém, ainda está sendo analisada.
Conselho de Ética aprova cassação de Glauber Braga e deputado inicia greve de fome
Por Levy Teles / O ESTADÃO DE SP
BRASÍLIA – O Conselho de Ética da Casa aprovou, por 13 votos a cinco, a cassação do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), nesta quarta-feira, 9. O parlamentar anunciou que irá iniciar uma greve de fome e que não sairá do Congresso Nacional até o fim do processo que pede a cassação dele da Câmara dos Deputados. Glauber afirma que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) atua nos bastidores para assegurar o revés do psolista. “Eu tomei a decisão inconciliável, irrefutável de que eu não vou ser derrotado por Arthur Lira, eu não vou ser derrotado pelo orçamento secreto, eu não vou ser derrotado pelo sócio minoritário dessa história que foi o MBL”, disse Glauber. “Eu vou permanecer aqui nessa sala, no Congresso Nacional até a finalização do processo. No dia de hoje eu já iniciei. A partir de agora, eu não vou me alimentar.”
O pronunciamento veio após uma sessão repleta de polêmicas e trocas de insultos entre parlamentares, numa sessão de quase seis horas de duração. O discurso do deputado chegou a ser interpretado como uma ameaça de renunciar ao mandato por seus aliados. Mas Glauber afirmou que não vai desistir do mandato.
Ainda cabe recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso o caso avance após a votação nesse colegiado, caberá ao plenário decidir. A deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), de 90 anos, defendeu que outros integrantes do partido permaneçam na casa junto com Glauber sem sair do Congresso. Ator Marco Nanini acompanha sessão do Conselho de Ética da Câmara que pode cassar Glauber Braga
Correligionários de Glauber acusam a existência de um movimento nos bastidores para fazer com que a votação ocorresse ainda nesta quarta-feira, 9. A estratégia, aponta esse grupo, passaria por adiar o máximo possível o início da ordem do dia, quando começam as votações no plenário da Casa. Ao início de uma sessão plenária, as comissões precisam ser encerradas.
Os líderes do PSOL, Talíria Petrone (RJ), e do PT, Lindbergh Farias (RJ), afirmam que, diferente do usual, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não respondeu mensagens, nem atendeu telefonemas. Um acordo feito no início do ano estabeleceu que as sessões iniciariam às 16h durante a nova gestão. Um membro integrante da Mesa Diretora disse, sob reserva, a ordem do dia não foi iniciada porque havia um “interesse muito grande” sobre o resultado do Conselho de Ética.
Desde o começo da era Motta, a ordem do dia começou mais tardiamente no dia 18 de março, às 17h12. A votação pela cassação foi iniciada às 18h22 e encerrada às 18h28. A ordem do dia começou quase 30 minutos depois, às 19h02. Procurado, Motta não respondeu os contatos da reportagem. Por volta das 17h, o deputado Fábio Costa (PP-AL), mesmo partido e Estado de Lira, apontam psolistas, apresentou um requerimento para iniciar a votação. Procurado, Costa, diz que agiu pela própria vontade.
O processo, aberto em 2024, foi em razão do episódio em que Glauber expulsou um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) da Casa aos chutes. No dia 16 de abril de 2024, Glauber expulsou da Câmara o influenciador Gabriel Costenaro, integrante do MBL, aos chutes. Na ocasião, Costenaro fez insinuações sobre a ex-prefeita de Nova Friburgo Saudade Braga, que na época estava doente. Ela faleceu 22 dias após o ocorrido.
Glauber disse em diferentes sessões do Conselho de Ética que o relatório foi “comprado” pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que exercia o cargo no ano passado. Glauber ainda chamou Lira em diferentes oportunidades de “bandido”.
Magalhães e Glauber colecionam entreveros desde o início do processo. Em agosto de 2024, o deputado do DEM se defendeu das críticas. “Sua defesa se incrimina. Não faço conluio com ninguém. Minha relação com o presidente Arthur é discreta”, disse Magalhães. “Discretíssima”, ironizou Glauber.
Logo então, Magalhães devolveu os ataques, chamou Glauber de “inconsequente e responsável” e afirmou que ele merece ser cassado. “Eu não quero lhe cassar. Mas que vossa excelência merece, merece sim”, afirmou o relator.
Ao chegar à sessão desta quarta-feira, Glauber aproveitou para fazer ataques que fez ao longo do ano passado. Ele chegou à sala da comissão no começo da manhã acompanhado de dezenas de militantes, que gritavam o lema “Glauber, fica”. Em discurso a apoiadores, ele novamente chamou Lira de “bandido” e o militante do MBL de “minibandido”.
Ele lembrou que Magalhães, em 2001, agrediu com um pontapé um jornalista que denunciou em livro o tio do parlamentar – o ex-presidente do Senado e ex-governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães – e saiu impune. No discurso, Glauber pediu para que seus apoiadores saudassem Maneca Muniz. É a segunda vez que o Conselho de Ética aprova a cassação de um deputado nesta legislatura. A primeira aconteceu com Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), no ano passado.
Brazão foi preso preventivamente sob a acusação feita pela Polícia Federal de ser o mandante do assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Apenas um deputado, Gutemberg Reis (MDB-RJ), votou contra a cassação e apenas um se absteve: Paulo Magalhães, o relator do caso de Glauber. O parlamentar preso há mais de um ano continua com o mandato parlamentar, já que o processo não foi votado no plenário, responsável pela decisão final. Como mostrou o Estadão, desde que foi detido, em março de 2024, ele já custou mais de R$ 1,8 milhão à Câmara.
Lira e Pacheco despontam como maiores beneficiados por emendas de comissão
Por Dimitrius Dantas— Brasília / O GLOBO
Alvo de uma queda de braço no ano passado entre Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF), as emendas de comissão tiveram como principais beneficiados os então presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Somados, os dois indicaram R$ 460 milhões a seus redutos eleitorais, concentrando a maior fatia dos recursos na cúpula do Legislativo.
O deputado foi quem destinou a maior cifra, com R$ 250 milhões, seis vezes mais do que cada um dos seus colegas da Câmara têm direito a indicar via emendas individuais (R$ 37,5 milhões). Os recursos foram todos para Alagoas. Já Pacheco enviou R$ 215 milhões para Minas, valor três vezes maior que o dos demais senadores individualmente (R$ 69,3 milhões).
A falta de transparência sobre os reais padrinhos desses recursos foi o que motivou a decisão do ministro Flávio Dino, do STF, de suspender os pagamentos, em agosto de 2024. Entre as exigências impostas pela Corte para liberar os recursos estava a apresentação dos autores dessa indicações, que antes eram atribuídas apenas às comissões.
A divulgação dos padrinhos das emendas ocorreu na última semana, após as comissões da Câmara e do Senado serem reinstaladas e ratificarem as indicações feitas no ano passado. Dessa vez, com o nome dos parlamentares beneficiados.
No caso de Pacheco, porém, a exigência foi cumprida parcialmente e as atas apresentadas pelas comissões não trazem seu nome. O motivo é que todas as emendas de senadores do PSD foram atribuídas ao líder da bancada, Omar Aziz (AM). Questionado pela reportagem, o ex-presidente da Casa assumiu ter sido responsável pelos valores destinados a Minas, destacando que o estado concentra 15% dos municípios brasileiros. Também procurado, Lira não comentou. Tanto no Senado quanto na Câmara, líderes partidários assinaram como solicitantes de parte dos valores repassados para estados e municípios. Segundo levantamento do GLOBO, R$ 2,6 bilhões dos R$ 11,6 bilhões das planilhas referendadas pelas comissões estão em nome de líderes partidários.
Em dezembro, o envio de ofícios pelas duas casas do Congresso ao governo com indicações de emendas apenas com os nomes de líderes deflagrou uma nova crise com o STF. Na ocasião, a medida foi interpretada como uma tentativa de drible na decisão de Dino que exigia a identificação dos autores. Após ser acionado pelo PSOL e pelo Novo, o ministro voltou a suspender os pagamentos. Dino concordou em liberar os valores das emendas de comissão após o Congresso aprovar um plano de trabalho prevendo medidas para aumentar a transparência da execução dos recursos públicos.
Disputa pelo dinheiro
Maior beneficiado pelas emendas de comissão, Lira travou embates com presidentes de colegiados. Parlamentares que comandam esses grupos reclamaram não terem sido consultados sobre o envio do ofício ao governo que levava a assinaturas dos líderes. Um deles foi o deputado José Rocha (União-BA), que comandava a Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara. Ele afirmou ter recebido as indicações das emendas assinadas pelos líderes diretamente do gabinete de Lira, mas decidiu segurar o processo e não convocar uma reunião para aprovar os novos valores quando, segundo ele, percebeu que favoreciam mais Alagoas.
Essas reuniões para ratificar as indicações só foram convocadas neste ano, como parte do acordo firmado com Dino. Ainda assim, algumas das sessões foram marcadas por protestos de parlamentares que se sentiram preteridos. — Ninguém pegou a lista e olhou. Cada um dos líderes mandou com os nomes e valores e pronto. As comissões votaram às cegas. Muito líder partidário, para não contar aos deputados da sua bancada que um recebeu nada e o outro recebeu 50, outro 10, põe tudo no nome dele (do líder) — disse a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que integra a Comissão de Saúde da Câmara.
Briga pelos comandos
Com mais R$ 11,5 bilhões previstos para este ano em emendas de comissões, o comando dos colegiados motivou disputa entre os partidos. Tradicionalmente, os partidos com as maiores bancadas, como o PL e o PT, têm preferência na escolha das comissões. Neste ano, o PL irá comandar a maior fatia dos recursos das comissões da Câmara, com R$ 4,8 bilhões do total.
O impasse sobre o comando das comissões durou semana: o PSD exigia o comando da Comissão de Minas e Energia, que também interessava ao PL. Com o acordo, a sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro abriu mão da comissão em troca da Comissão de Agricultura.
O MDB, por sua vez, ficará com o comando de R$ 2,5 bilhões, principalmente por ter a presidência da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, com o senador Marcelo Castro (MDB-PI). Além disso, o partido vai encabeçar também a comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara, com R$ 550 milhões. A presidência das comissões não significa, necessariamente, que cada partido irá decidir o destino dos recursos, que são objeto de negociação entre os parlamentares. Entretanto, o presidente é o responsável por enviar os ofícios das emendas aprovadas pelas comissões ao governo.
Veja a lista dos maiores beneficiados
- Deputado ARTHUR LIRA (PP-AL) - R$ 245 milhões
- Senador RODRIGO PACHECO (PSD-MG) - R$ 215 milhões (indicações de liderança do PSD para MG)
- Senador MARCELO CASTRO (MDB-PI) - R$ 145 milhões
- Senador ALAN RICK (União-AC) - R$ 115 milhões
- Deputado SORAYA SANTOS (PL-RJ) - R$ 106 milhões
- Deputado AGUINALDO RIBEIRO (PP-PB) - R$ 99 milhões
- Senadora DANIELLA RIBEIRO (S/PART-PB) - R$ 98 milhões
- Senador BETO FARO (PT-PA) - R$ 86 milhões
- Deputado JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE) - R$ 82 milhões
- Deputado LUIZ CARLOS MOTTA (PL-SP) - R$ 79 milhões
Firmo Camurça enaltece gestões municipais de Pacatuba e Maracanaú
Por Narla Lopes / ALECE
Deputado Firmo Camurça (União) - Foto: Júnior Pio
O deputado Firmo Camurça (União) destacou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quarta-feira (09/04), as ações das administrações municipais de Pacatuba e Maracanaú, localizadas na Região Metropolitana de Fortaleza.
Ele parabenizou a prefeita Larissa Camurça, de Pacatuba, por conduzir uma gestão ética e inovadora e enalteceu a realização da tradicional Paixão de Cristo, que há 51 anos acontece na cidade e que, neste ano, contará, pela primeira vez, com uma cidade cenográfica retratando Jerusalém, além da participação de atores globais, contracenando ao lado de 240 artistas locais.
Camurça também destacou projeto encaminhado pela prefeita à Câmara de Vereadores do município, que institui a Semana de Conscientização do Autismo e a realização de uma corrida de rua com mais de 400 crianças autistas.
“Realizamos um dos grandes acontecimentos do nosso município: a corrida de rua, que reuniu mais de 400 crianças percorrendo as principais avenidas de Pacatuba. Esse evento é também um reconhecimento ao trabalho que vem sendo feito em prol das pessoas com deficiência”, disse.
Sobre Maracanaú, o deputado comemorou a requalificação da Avenida Antônio Alves de Lacerda e a apresentação, pela Procuradoria-Geral de Justiça, de projeto de lei que propõe a criação de uma nova vara criminal no município, ação que, segundo ele, contribuirá para o combate às organizações criminosas.
Firmo Camurça lembrou ainda a construção de uma ponte interligando os municípios de Pacatuba e Maracanaú, beneficiando diretamente o Conjunto Jereissati. O parlamentar informou ter destinado R$ 1 milhão, via emenda parlamentar, para a execução da obra, que já está em andamento.
“Mesmo com a intensidade das chuvas, a obra, que começou há um mês, está avançando. Passo por lá toda semana e vejo o quanto ela tem evoluído. É uma ação que vai trazer cada vez mais dignidade à população”, pontuou.
Além disso, o deputado parabenizou a Alece pelos 190 anos e prestou homenagem a todos os parlamentares que passaram pela Casa, em especial ao presidente Romeu Aldigueri (PSB), destacando sua postura de diálogo e respeito às diferenças.
Edição: Vandecy Dourado
CENÁRIO DA PARTICIPAÇÃO FEMININA NA POLÍTICA
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A primeira-dama do Parlamento exibe cópia física da obra na Bienal do Livro. Foto: Bia Medeiros.
O livro “Violência Política de Gênero no Brasil e no Ceará” oferece dados atualizados sobre a presença de mulheres em cargos de poder, indica canais de denúncia e explora as decisões judiciais mais relevantes dos últimos cinco anos sobre o tema.
Para os autores, o objetivo é disponibilizar informações acessíveis e fundamentadas, de modo que todas as pessoas possam compreender o fenômeno e conhecer mecanismos de prevenção e combate.
Na avaliação de João Milton Cunha, “a publicação engrandece o Parlamento e reforça o papel do Instituto de assessorar a Assembleia Legislativa por meio de pesquisas, monitoramento e acompanhamento das políticas públicas do Estado”.
PARTICIPAÇÃO DA ALECE NA BIENAL
O estande do Inesp explora a história do Alece, a produção literária e as obras em lançamento no evento. Foto: Marcos Moura
Aberta na última sexta-feira (04/04) e com programação que se estende até este domingo (13/04), a XV edição da Bienal Internacional do Livro, que acontece no Centro de Eventos do Ceará, conta com um estande especial do Inesp.
Para o presidente da Alece, deputado Romeu Aldigueri (PSB), que visitou o espaço na última sexta-feira (04/04), eventos como a Bienal do Livro são oportunidades de promover a inclusão cultural e social. “Tenho certeza de que tão somente por meio da cultura, dos livros e da educação, nós vamos conseguir diminuir as desigualdades sociais e regionais”, enfatizou.
Segundo o diretor executivo do Inesp, João Milton Cunha, o estande localizado no evento celebra os 190 anos do Legislativo estadual, divulgando os livros e materiais produzidos pelo órgão. Ainda de acordo com ele, a programação do estande destaca a produção literária feminina, indo ao encontro do tema desta edição da Bienal, que é “das fogueiras ao fogo das palavras: mulheres, resistência e literatura”.
“Estamos destacando a tradição feminina presente nas nossas edições Inesp, enaltecendo todas as escritoras que já lançaram obras conosco, que são muitas e com produção muito interessantes. Além disso, vamos destacar a história da nossa cearense pioneira na Academia Brasileira de Letras (ABL), Rachel de Queiroz, bem como de conterrâneas que integram a Academia Cearense de Letras (ACL)”, ressalta João Milton Cunha.
Durante a programação da Bienal, o Inesp vai lançar 18 títulos, superando a quantidade da última edição e estabelecendo um novo recorde. Os primeiros lançamentos aconteceram no último sábado (05/04), com as obras “Literatura no Ceará” (segunda edição) e “Fortaleza Escrita na Praça”, ambas no formato digital. Os demais lançamentos vão acontecer entre sexta (11/04) e sábado (12/04).
Edição: Vandecy Dourado
Livro do Inesp sobre violência política de gênero é lançado na Bienal do Livro
Por Ricardo Garcia/Com Assessoria / ALECE
Os autores lançam a obra no estande especial do Inesp na Bienal do Livro. - Fotos: Bia Medeiros
O Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp) da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) lançou, na tarde dessa terça-feira (08/04), no estande do órgão na XV edição da Bienal Internacional do Livro, a obra “Violência Política de Gênero no Brasil e no Ceará”. A publicação é de autoria da primeira-dama da Alece, Tainah Marinho, em parceria com a secretária executiva da Mesa Diretora da Alece, Luciana Carneiro de Oliveira, e do advogado Thiago Melo Façanha.
O livro “Violência Política de Gênero no Brasil e no Ceará” tem como propósito esclarecer o conceito e as diferentes formas de violência política de gênero, trazendo exemplos concretos e atuais, detalhando a legislação aplicável nas esferas nacional e estadual, examinando projetos de lei em tramitação e mapeando as ações do Governo do Estado do Ceará no enfrentamento desse problema.
De acordo com Tainah Marinho, a obra traz conceitos e informações importantes para identificar e diferenciar as formas de violência política de gênero. “Com o livro, buscamos incentivar, fortalecer essa luta e, sobretudo, conscientizar a comunidade sobre esse tema. É importante que a gente entenda a necessidade e a urgência de falar sobre as mulheres terem vez na política”, salientou.
Ela complementou que iniciativas como a publicação desta obra trazem conhecimento e promovem engajamento na comunidade feminina. “É por meio de ações como essa que vamos promover uma mudança cultural que vai permitir a nós mulheres participarmos mais dos espaços de poder”, assinalou.
O diretor executivo do Inesp, João Milton Cunha, destacou o que considerou como um “maravilhoso livro da causa feminina”, enfatizando que a publicação vai se desdobrar em uma importante referência na luta das mulheres na política. “Certamente o livro vai ter uma consequência na representatividade feminina na política. Nós precisamos de mais mulheres na política, mais mulheres que ocupem as vagas do Parlamento e que possam governar os seus municípios e estados”, ressaltou o diretor.
A obra já está disponível em formato digital:
Presidente Romeu Aldigueri anuncia hotsite e revista sobre os 190 anos da Alece
Por Ricardo Garcia / ALECE
O presidente da Alece, deputado Romeu Aldigueri (PSB), divulga os novos produtos de comunicação da Casa. - Foto: Júnior Pio
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), deputado Romeu Aldigueri (PSB), anunciou, durante a sessão plenária desta quarta-feira (09/04), o hotsite “Alece 190 anos – Uma História de Compromisso com o Ceará”, que apresenta conteúdos especiais relacionados à história do Parlamento estadual. Na ocasião, a edição especial da Revista Plenário Alece também foi lançada.
O hotsite é uma produção conjunta que agrega a Coordenadoria de Comunicação Social (por meio da Agência de Notícias e dos núcleos de Publicidade e de Projetos Especiais) e a Coordenadoria de Tecnologia da Informação (Coti) da Casa. O conteúdo tem ainda como base material desenvolvido pelo Memorial Deputado Pontes Neto (Malce), fonte de pesquisa permanente sobre a história política do Ceará e sobre o Poder Legislativo.
Para Romeu Aldigueri, “os materiais encontrados no hotsite ampliam a interação da Alece com a sociedade cearense”. O usuário pode acessar o endereço https://alece190anos.al.ce.gov.br e explorar todo o conteúdo alusivo à memória do Parlamento cearense.
No endereço, os conteúdos estão distribuídos nos links que trazem a linha do tempo do Poder Legislativo estadual, publicações, exposições do Malce e conteúdos produzidos pelos veículos da Coordenadoria de Comunicação Social da Alece (em formatos diversificados, contemplando as diferentes mídias), além de materiais disponíveis para download.
De acordo com o orientador de projetos especiais da Alece, Salomão de Castro, o hotsite é um projeto desenvolvido por ocasião dos 190 anos do Parlamento estadual, sendo um encaminhamento da Mesa Diretora da Casa, tendo à frente o presidente Romeu Aldigueri.
“É um espaço de pesquisa permanente sobre os 190 anos da Alece. Tem muito material histórico, de texto, de foto, de vídeo também, além de conteúdos factuais. É possível encontrar ainda conteúdos informativos do que está sendo produzido pelos veículos da Casa”, informou Salomão de Castro.
Ainda segundo ele, “o site tem um peso histórico e um peso factual para quem está procurando conteúdo sobre os 190 anos da Alece, podendo encontrar tudo em um só lugar”.
EDIÇÃO ESPECIAL DA REVISTA PLENÁRIO
O presidente Romeu Aldigueri também comunicou o lançamento da edição especial da Revista Plenário Alece, que marca os 190 anos de história do Parlamento cearense. Segundo ele, a publicação já pode ser acessada digitalmente. “A partir da próxima semana, nós faremos a distribuição impressa para todos”, adiantou.
A edição traz um mergulho profundo na trajetória do Legislativo estadual, destacando os marcos históricos, as transformações políticas e sociais e os desafios que moldaram a atuação legislativa ao longo dos anos. Também traz matéria especial sobre a Campanha Permanente de Combate à Misoginia no Estado, projeto de lei de autoria do presidente da Casa, aprovado em dezembro do ano passado. Na mesma área, mostra a atuação dos programas de ressocialização para homens acusados de violência doméstica.
A revista conta ainda com matérias sobre economia, causa pet e um ensaio sobre a primeira corrida da Alece, em comemoração aos 190 anos, realizada no último domingo (06/04).
Missias Dias defende legado de Lula e rebate críticas da oposição
Por Narla Lopes / ALECE
Deputado Missias Dias (PT) - Foto: Júnior Pio
O deputado Missias Dias (PT) destacou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quinta-feira (03/04), a importância das políticas sociais implementadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e criticou parlamentares que, segundo ele, "esquecem do povo que os elegeu".
"Parece que alguns deputados esquecem que foram eleitos pelo povo do Ceará, especialmente pelo povo mais pobre, das periferias e da zona rural. Muitos vão lá para vender o seu peixe e, depois, quando chegam a esta Casa, esquecem de sua gente e de quem tirou o nosso povo da fome e da miséria", afirmou.
Missias Dias rebateu as críticas de que o presidente Lula estaria "derrotado" politicamente. "Foi trazida aqui uma pesquisa que apontaria para a derrota de Lula, mas, na verdade, essa mesma pesquisa mostra que, em todos os cenários, Lula vence qualquer candidato bolsonarista no Brasil. Ganha de Bolsonaro, de Michelle Bolsonaro, de Ratinho Júnior, de Romeu Zema, de Eduardo Bolsonaro e de qualquer outro nome da direita. Talvez essa seja a grande preocupação da oposição nesta Casa", declarou.
O parlamentar também criticou falas, segundo ele, desrespeitosas sobre a idade do presidente. "Desrespeitando não apenas ele [Lula], mas toda a nossa geração de idosos, que contribuiu tanto para o crescimento do Brasil. Lula está forte, com energia e pronto para disputar uma nova eleição. Para tristeza de alguns, ele terá votos e será novamente presidente da República", afirmou.
Missias Dias elencou avanços conquistados durante as gestões petistas. "Se analisarmos as principais dores do povo brasileiro, veremos que foi Lula quem criou as maiores políticas para melhorar suas vidas. Quando ele assumiu, havia quase 50 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar. Ao deixar o governo, a fome estava erradicada. Na saúde, fomos de uma realidade de escassez para um sistema estruturado, com PSFs, policlínicas, UPAs, hospitais regionais, Samu, Mais Médicos e remédios gratuitos na Farmácia Popular”, disse.
Na educação, segundo o deputado, o governo petista também promoveu avanços significativos, assim como no setor habitacional. "Lanço um desafio aos deputados bolsonaristas desta Casa: comparem os quatro anos de Lula com os quatro anos de Bolsonaro. Quem mais fez pelo povo brasileiro? Lula trouxe dignidade, estruturou a saúde, a educação e garantiu moradia. Enquanto isso, Bolsonaro passeava de moto, atacava a democracia e deixava o Brasil no caos. Falam do PT, mas deveriam olhar para o próprio partido e refletir sobre o que realmente fizeram pelo povo”, pontuou.
Além disso, o parlamentar ressaltou o compromisso do governador Elmano de Freitas com as pautas sociais e o desenvolvimento do Ceará. "Elmano tem mostrado que está ao lado do povo, ampliando investimentos em saúde, educação e segurança. Ele segue firme no projeto de garantir um estado mais justo e desenvolvido, caminhando na mesma direção do presidente Lula, com políticas públicas que realmente fazem a diferença na vida dos cearenses", destacou.
Em aparte, o deputado De Assis Diniz (PT) criticou as falas sobre a idade do presidente Lula. Já o deputado Agenor Neto (MDB) rebateu críticas de que o Governo Lula não tem marca. "Ocupam esta tribuna para dizer que o Governo Federal não tem marca? Quantas universidades o governo anterior implantou? Temos que combater as fake news com fatos”, disse.
Edição: Vandecy Dourado
Sete projetos iniciam tramitação na Alece nesta quinta-feira
Por Ricardo Garcia / ALECE

Com a abertura dos trabalhos da 23ª sessão ordinária da 3ª sessão legislativa da 31ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quinta-feira (03/04), sete projetos de parlamentares, sendo quatro de lei e três de indicação, começaram a tramitar após leitura do expediente, feita pelo deputado Acrísio Sena (PT). A sessão foi transmitida pelo canal da Alece no YouTube.
Dos projetos de lei que iniciaram tramitação, dois são do deputado Agenor Neto (MDB). O 225/25 institui a Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Síndrome de Tourette no âmbito do estado do Ceará, enquanto o 226/25 dispõe sobre a criação do Cadastro Estadual de Equipes de Futebol e Entidades de Administração do Esporte que tenham sofrido punições decorrentes da prática de racismo no futebol, no âmbito do Estado.
O PL 224/25, do presidente da Casa, deputado Romeu Aldigueri (PSB), denomina de Francisco Aníbal Oliveira de Arruda Coelho a escola de tempo integral localizada no distrito de Timonha, no município de Granja. Já o PL 227/25, do deputado Cláudio Pinho (PDT), concede o Título de Cidadão Cearense ao senhor Rogério Portugal Bacellar.
Os projetos de indicação que começaram a tramitar são o 152/25 e o 153/25, do deputado Stuart Castro (Avante), e o 154/25, do deputado Bruno Pedrosa (PT).
Foi lida ainda correspondência indicando o deputado Acrísio Sena para substituir o deputado Guilherme Sampaio (PT) na Comissão de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (CCTES).
Após a leitura em plenário, os projetos seguem para a análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), da Procuradoria da Casa e das comissões técnicas de mérito. Se aprovados, serão encaminhados para a votação do Plenário. No caso de projeto de indicação, por se tratar de sugestão, cabe ao Governo do Estado, se acatar, enviar a proposta em forma de mensagem para a apreciação da Casa.
Edição: Vandecy Dourado
Vereadora Tatiana Medeiros é presa pela PF por suspeita de ligação com facção, no Piauí
REDAÇÃO / DIARIONORDESTE
A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (3), mandados de prisão preventiva, busca e apreensão e de afastamento de cargo público em Teresina, no Piauí. Segundo o g1, a vereadora Tatiana Medeiros (PSB) foi um dos alvos da ação, que faz parte da Operação Escudo Eleitoral.
Os policiais acreditam que a campanha que elegeu a vereadora, em 2024, foi custeada com "recursos ilícitos oriundos de facção criminosa" e "desvios de recursos públicos de uma instituição não governamental". Ela foi detida no condomínio em que mora, na Zona Oeste da Capital piauiense.
Além da vereadora, outros investigados foram afastados dos cargos comissionados que mantinham na Câmara Municipal de Teresina (CMT), na Assembleia Legislativa (Alepi) e na Secretaria de Estado de Saúde do Piauí (Sesapi). Uma segunda pessoa, que tinha outro mandado de prisão aberto, foi presa preventivamente, mas não teve a identidade divulgada.
As ordens judiciais foram expedidas pelo 1º Juízo de Garantias da Justiça Eleitoral no Piauí, que também determinou o fechamento da instituição "Vamos Juntos", fundada por Tatiana Medeiros, com o impedimento de receber qualquer recurso no futuro.
Segundo a PF, os investigados afastados dos cargos também estão proibidos de "frequentarem os locais que trabalhavam e de manter contato com outros servidores".
Histórico de investigações
Em dezembro de 2024, a PF apreendeu R$ 100 mil em espécie destinados à "Vamos Juntos", visando investigar indícios de lavagem de dinheiro e envolvimento de facções criminosas. Um mês antes, o companheiro de Tatiana foi preso pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento com tráfico de drogas.
Ela estava com ele no momento da prisão, e ambos tinham passagem comprada para São Paulo. O homem já tinha sido preso suspeito dos mesmos crimes.
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