Observatório da Mulher Cearense da Alece subsidia ações voltadas às políticas de gênero
Por Ariadne Sousa / ALECE
Procuradora Especial da Mulher, deputada Juliana Lucena (PT) - Foto: Júnior Pio - Arte: Publicidade da Alece
A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará tem focado de forma decisiva na criação de instrumentos voltados à elaboração de políticas que contribuam para a proteção e ampliação de direitos para as mulheres. Um dos órgãos da Casa que tem sua atuação direcionada para essa questão é a Procuradoria Especial da Mulher (PEM), que, entre as suas diversas linhas de ação, conta com o Observatório da Mulher Cearense (OMCE).
Lançado em julho de 2024, ele atua na construção de conhecimento e na concentração de dados relativos às questões de gênero no Ceará. A iniciativa subsidia entes públicos no desenvolvimento de ações que contribuam para a ampliação de direitos para as mulheres.
Para o cumprimento das suas missões institucionais, o Observatório realiza seu trabalho em diferentes frentes, entre as quais está a reunião de dados coletados por órgãos da segurança pública e por universidades cearenses, assim como a análise e diagnóstico dessas informações e a produção de pesquisas e estudos voltados às questões de gênero.
A procuradora Especial da Mulher, deputada Juliana Lucena (PT), pondera que a informação é uma ferramenta poderosa de transformação. Nesse sentido, ela aponta que o Observatório se coloca como um instrumento importante para que o Estado se torne mais justo e igualitário para todas as mulheres.
“A criação do Observatório da Mulher é um avanço fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes e alinhadas com a realidade das cearenses. Com dados concretos e análises aprofundadas, alcançamos subsídios para entender melhor as demandas, os desafios e as vulnerabilidades enfrentadas pelas mulheres no nosso Estado”, destaca a procuradora.
O Observatório mantém colaboração com instituições de ensino desde a sua implementação, que ocorreu por meio de um Acordo de Cooperação Técnica com a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Foi por meio de parcerias com universidades e pesquisadores que a “Coletânea em defesa das mulheres” foi produzida.
Conexão Alece debate direitos das mulheres com a presidente da Comissão da Mulher da OAB Ceará
Por Lincoln Vieira / ALECE
O Conexão Alece, programa multiplataforma da Alece FM, recebe, nesta segunda-feira (17/03), a presidente da Comissão da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Ceará (OAB-CE), a advogada Eliene Bezerra. A convidada aborda os desafios em defesa dos direitos e proteção às mulheres.
Eliene Bezerra é formada em Direito e atua como advogada na área de Direito Previdenciário e Direitos da Mulher, com atuação no Conselho Estadual da OAB. A advogada é membro também da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica - secção CE (ABMCJ-CE).
Produzido por Kássia Braga e apresentado por Kézya Diniz, o Conexão Alece pode ser acessado no Alece Play. A novidade já pode ser baixada no Google Play, em celulares Android, ou acessada pelo navegador no celular, tablet, computador e smart TV.
O programa vai ao ar às segundas-feiras, na Alece FM e no //www.youtube.com/@ALECEFM" style="box-sizing: border-box; text-decoration-line: none; transition: 0.2s 0.2s;">YouTube, a partir das 8h, com reprises na Alece TV às 20h30. Além disso, o programa fica disponível em formato de podcast nas principais plataformas de áudio: Spotify, Deezer, YouTube Music e Apple Podcasts.
- Arte: Núcleo de Publicidade da Alece
Edição: Vandecy Dourado
Presidente Romeu Aldigueri participa de ação em homenagem ao Dia Internacional da Trissomia 21
Por Narla Lopes / ALECE
Presidente da Alece, deputado Romeu Aldigueri (PSB) interagiu com Pedro e Marina durante a ação do Ciadi - Foto: José Leomar / Alece
Em clima de celebração e conscientização, o Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil (Ciadi), da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), deu continuidade, nesta quinta-feira (13/03), às atividades alusivas ao Dia Internacional da Trissomia 21 (síndrome de Down), data celebrada mundialmente em 21 de março.
A campanha “Todos Juntos Apoiando à Inclusão” está sendo realizada ao longo de todo o mês, destacando iniciativas de conscientização e inclusão, como a LotsofSocks, movimento global que incentiva o uso de meias coloridas como símbolo de diversidade e respeito.
Neste segundo dia de atividades, o presidente da Alece, deputado Romeu Aldigueri (PSB), participou da entrega simbólica de meias coloridas, recebendo o item de Pedro, uma das crianças atendidas pelo Ciadi. Marina Timbó, servidora da Alece e pessoa com trissomia 21, também participou da ação. A escolha das meias tem um significado especial: além de representar a diversidade, remetem ao cromossomo 21, que possui um formato semelhante a uma meia, reforçando a mensagem de inclusão.
Romeu Aldigueri destacou a importância de iniciativas como essa para promover a conscientização sobre as diferenças e combater o preconceito. “É uma honra participar dessa troca simbólica, que representa tanto a inclusão quanto o respeito às diferenças. A Assembleia tem um papel fundamental na promoção da responsabilidade social, e queremos ampliar ainda mais essas iniciativas. É essencial que cada um de nós compreenda a importância da inclusão em todos os aspectos da sociedade, combatendo preconceitos de qualquer natureza”, afirmou.
CAMPANHA DO CIADI
Maria Luísa Melo, orientadora de célula do Ciadi, explicou que a campanha também se estende a diversos setores da sociedade, promovendo o conhecimento sobre a trissomia 21. Ela ressaltou ainda a importância de utilizar o termo correto. “Sabemos que este mês é dedicado à conscientização sobre a trissomia 21, condição conhecida como síndrome de Down. No entanto, é importante reforçar que o termo ‘down’ não deve ser utilizado de forma pejorativa. As meias coloridas simbolizam alegria, diversidade e a valorização das diferenças, transmitindo uma mensagem positiva de inclusão”, afirmou Maria Luísa.
Ainda segundo a orientadora, a troca de meias começou ontem, com a participação da primeira-dama da Alece, Tainah Marinho. Além dela e do presidente, terapeutas e crianças atendidas pelo Ciadi também participam da ação. “Durante toda a semana, novas trocas serão realizadas, ampliando o engajamento e fortalecendo a mensagem de inclusão da campanha”, acrescentou a orientadora de célula do Ciadi.
Primeira-dama da Alece, Tainah Marinho também participou das atividades da campanha - Foto: Narla Lopes / Alece
As atividades seguem ao longo do mês, incluindo visitas a unidades do Vapt Vupt, onde terapeutas levarão informações sobre a trissomia 21 à população. O encerramento da programação contará com uma roda de conversa, reunindo terapeutas, profissionais do Ciadi e convidados para refletir sobre inclusão, compartilhar experiências e promover ainda mais conhecimento sobre a realidade das pessoas com trissomia 21.
Maria Luísa Melo também destacou os avanços obtidos por meio do acompanhamento oferecido pelo órgão, reforçando a importância do suporte às famílias. “Temos experiências exitosas de crianças que evoluíram significativamente, conseguindo interagir melhor e frequentar espaços públicos. O acompanhamento psicológico e terapêutico é essencial para garantir esse desenvolvimento e proporcionar mais qualidade de vida”, concluiu.
PROGRAMAÇÃO
A programação segue ao longo do mês com atividades internas e externas, buscando conscientizar a população sobre a importância da inclusão das pessoas com trissomia 21 na sociedade.
12/03 - 9h: Abertura oficial da campanha de divulgação da "LotsofSocks", com troca de meias entre profissionais, mães, crianças e a primeira-dama da Alece.
13/03 - 11h: Divulgação da campanha sobre a trissomia do cromossomo 21.
20 e 21/03: Esclarecimento sobre mitos e verdades da trissomia 21.
21/03 - 14h: Roda de conversa no auditório Lucília Bonfim intitulada "Desenvolvimento da Aprendizagem em Pessoas com T21", com a participação de especialistas e famílias.
26, 27 e 28/03: Visitas às unidades do Vapt Vupt em Messejana, Parangaba, Papicu e Antônio Bezerra para disseminação de informações sobre a trissomia 21.
Edição: Vandecy Dourado
Esconder patrocinador de emenda parlamentar só pode ter dois motivos: corrupção ou barganha política
Por Luciana Casemiro / O GLOBO
A insistência dos parlamentares em deixar brechas na nova regulamentação das emendas parlamentares mantendo a possibilidade de continuar a ocultar a identificação dos autores dos recursos de indicação coletiva só podem ter duas razões: corrupção ou o fato dos recursos estarem sendo usados para barganha política e não seria bom que o parlamentar A soubesse o quanto o B recebeu. A avaliação é de Marcos Mendes, professor do Insper, que provoca:
-Quando é interessante para o parlamentar, ele bate bumbo para divulgar que foi ele quem destinou recursos para um determinado projeto ou localidade. Se não quer ser identificado como patrocinador dessa emenda suspeita-se que haja algum mal feito.
A transparência é, de fato, um problema quando se fala em emendas parlamentares, não à toa virou alvo do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, esse não é o maior, diz Mendes. Ele chama a atenção para o Brasil ser o único entre os países da OCDE no qual o Executivo é obrigado a destinar parte do Orçamento às emendas. O montante de recursos, que este ano chegara a 24% das despesas discricionárias, é completamente fora do padrão. Para se ter uma ideia, nos EUA, o limite é de 1%. No Médico, o percentual máximo é de 5%, mostra estudo feito pelo economista.
-Onde há emendas nesses países, os valores são muito mais baixos e na maior parte deles, a execução da emenda depende do aval do Executivo. Há países em que só é possível fazer emendas para reduzir despesas e outros em que as emendas são proibidas - ressalta o professor.
Mudar esse cenário no Brasil, no entanto, pode ser mais intrincado ainda do que parece. É que o percentual mínimo de aplicação de recursos a emendas individuais e de bancada estão previstas na Constituição, 2% e 1% respectivamente, da receita líquida.
-No passado, quando foi feita a nova regulamentação na tentativa de atender às exigências do Supremo, determinaram-se ainda R$ 11,5 bilhões para as emendas de comissão, que serão reajustados pela inflação. É com este montante que chegamos a este ano a R$ 50 bilhões em emendas, uma completa distorção.
Emendas de Alcolumbre de R$ 15 mi bancam programa de ONG ligada a seu assessor
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), destinou cerca de R$ 15 milhões em emendas parlamentares a um programa realizado por uma ONG que tem ligação com um de seus principais assessores.
A verba foi empregada no programa Mais Visão, idealizado por Alcolumbre em 2019 e gerido pelo Governo do Amapá. O projeto foi amplamente explorado em seu material de campanha na última eleição ao Senado, em 2022.
A ONG escolhida pelo Governo do Amapá para realizar o programa, a entidade religiosa Capuchinhos (Centro de Promoção Humana Frei Daniel de Samarate) em Macapá, é coordenada por Maria Ivanete Campos Mendes há pelo menos oito anos.
Ela é mãe de Pedro Jorge Delgado, apresentado como filho por Jardel Adailton Souza Nunes, assessor parlamentar de Alcolumbre desde fevereiro de 2019 e chefe de gabinete do escritório do senador no Amapá. O salário dele é de R$ 29,4 mil, segundo informações do Senado.
Procurado pela Folha, Alcolumbre afirmou receber com surpresa os questionamentos, negou conflito de interesses e disse que se orgulha de ter trabalhado para garantir os recursos para a implementação do programa. Jardel Nunes não comentou.
Na página de Nunes no Instagram, há imagens de ações de Alcolumbre, projetos realizados pela Capuchinhos e publicações com referências a Pedro Jorge em datas comemorativas.
"Hoje este jovem bonito igual o pai está dando mais uma volta em torno do sol. Papai do céu continue lhe abençoando meu filho e lhe mantendo firme nos seus propósitos. Papai lhe ama e lhe deseja muita saúde, paz e felicidade", escreveu o assessor de Alcolumbre em postagem de setembro de 2024.
Nunes e Maria Ivanete também aparecem juntos em uma foto publicada por Pedro Jorge nas redes sociais acompanhada da legenda: "eu, pai e mãe". Essa e outras imagens mostram o trio em celebrações familiares, como o Dia dos Pais.
Jardel Nunes foi secretário de Saúde do Amapá em 2014. Desde 2021, ele responde a um processo sob acusação de improbidade administrativa na Justiça Federal do Amapá, em denúncia movida pelo MPF (Ministério Público Federal) no estado.
O órgão o acusa de autorizar pagamentos por obras que não teriam sido executadas, em um hospital do estado, com recursos do Ministério da Saúde. O caso teria gerado um dano no valor de R$ 3,8 milhões.
O programa Mais Visão, que oferece tratamento oftalmológico à população do Amapá, foi viabilizado por Alcolumbre em 2019, ao destinar emenda parlamentar para sua implantação. O presidente do Senado afirma, em seu site, que participou de sua elaboração e repassou ao projeto "recursos superiores a R$ 15 milhões" em emendas parlamentares, em 2019 e 2020.
O programa chegou a ser suspenso a pedido do Ministério Público do Amapá em 2023, depois que pacientes perderam a visão após infecção adquirida em um mutirão de cirurgias, quando mais de cem pessoas sofreram complicações. Atualmente, a Promotoria da Saúde acompanha a execução do projeto.
Maria Ivanete é quem assina documentos como coordenadora administrativa da Capuchinhos. Ela também se apresenta sob esse cargo nas redes sociais.
As certidões da entidade mostram que, até agosto de 2023, ela definia sua atividade principal como "organização religiosa ou filosófica". Naquele mês, quatro anos depois da implementação do Mais Visão, o seu cadastro foi alterado para "atividade médica ambulatorial com recursos para a realização de produtos cirúrgicos".
Em outubro de 2024, o MPF abriu um inquérito civil para apurar supostas irregularidades na contratação da Capuchinhos e na subcontratação de empresas particulares responsáveis pela execução do Mais Visão.
Os procuradores apuram suspeitas de improbidade administrativa na terceirização dos serviços e a intermediação do contrato, uma vez que a Capuchinhos subcontratou a empresa Saúde Link para o atendimento dos pacientes. Na instauração do procedimento, o MPF cita a "aparente utilização de recursos oriundos de emendas parlamentares".
Presidente do Senado nega conflito ou impropriedade em contratação
Por meio de sua assessoria de imprensa, Alcolumbre afirmou que "recebe com surpresa os questionamentos do jornal sobre a vida particular de um assessor e a lamentável tentativa de envolver seu nome em fatos e situações de ordem particular de terceiros, com as quais ele obviamente não tem nenhum envolvimento".
Também afirmou que não existe conflito no fato de uma só pessoa, "entre tantas outras presentes nos quadros na ONG, ter se relacionado há décadas com o assessor parlamentar, cujo único vínculo atual é o filho em comum".
"A relação pessoal e particular que ocorreu há décadas, em nada representa conflito ou impropriedade a contratação celebrada entre o Governo do Amapá e os Capuchinhos."
Ele também disse que "se orgulha de ter trabalhado para garantir os recursos para a implementação do programa Mais Visão, executado pelo Governo do Amapá, responsável pela escolha do centro, que já atendeu com sucesso a milhares de amapaenses".
A Secretaria de Comunicação do Governo do Amapá respondeu que a contratação da ONG se deu por causa dos relevantes serviços prestados e que isso chancela a relação com o Executivo, "nenhuma outra influência mais, de qualquer tipo".
Já a ONG disse que contratações firmadas no âmbito do termo de fomento não exigem a realização de concorrência e que "o que se espera do contrato é que os preços praticados sejam preços de mercado" e que "os serviços e atividades contratadas sejam efetiva e comprovadamente executadas". Também disse que não terceirizou o serviço e as atividades previstas no contrato.
Sobre Maria Ivanete, afirmou que ela é integrante do corpo de associados e da diretoria da entidade "e se relaciona profissionalmente com instituições públicas e privadas no limite da lei e das suas funções diretivas em nome da instituição, como qualquer outro membro da diretoria".
Maria Ivanete disse que não tem nenhuma relação com o gabinete de Alcolumbre. Afirmou que pertence à instituição desde os anos 2000 e "se relaciona de forma republicana com todos os entes". Também disse que não teve participação nas decisões que levaram à escolha da ONG.
"Fomos chamados a executar o programa por pactuarmos com o estado há mais de 20 anos em projetos na área da saúde", disse. Procurado por duas semanas pelos telefones dos gabinetes de Brasília e do Amapá, por email, celular e por meio da assessoria de Alcolumbre, Jardel Nunes não respondeu.
Sérgio Aguiar alerta setor de comércio sobre nova regra para trabalho aos domingos
Por Luciana Meneses / ALECE

O deputado Sérgio Aguiar (PSB) alertou, durante seu pronunciamento no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará desta quinta-feira (13/03), o setor de comércio sobre a nova regra para o trabalho aos domingos e feriados.
Conforme explicou o parlamentar, a partir de 1º de julho de 2025, começa a valer a nova regra para o trabalho aos domingos e feriados, com a vigência de uma portaria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que regulamenta a atividade nos setores de comércio e serviços. Ele acrescentou, ainda, que setores como supermercados, farmácias e comércio varejista em geral serão os mais afetados pela Portaria n.° 3.665/23.
De acordo com Sérgio Aguiar, a nova norma alterou itens da portaria que tratava das atividades autorizadas a funcionar nesses dias sem necessidade de autorização temporária. “A portaria anterior permitia a diversas categorias o trabalho nessas datas sem acordo ou convenção coletiva de trabalho. O que a nova norma fez foi revogar essa exceção. A partir de julho, deverão pagar em dobro ou compensar a jornada. Para que não precisem pagar o dia dobrado, somente mediante negociação coletiva com sindicatos de trabalhadores”, explicou.
Outro assunto abordado pelo deputado foi a tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio importados de outros países para os EUA, anunciada pelo presidente Donald Trump, que entrou em vigor na última quarta-feira (13/03). “Diante da decisão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a equipe econômica do Governo está estudando medidas para proteger o setor siderúrgico brasileiro, mas garantiu que tratará o governo norte-americano com reciprocidade, pois, num passado recente, as negociações foram bem-sucedidas”, salientou.
O parlamentar ressaltou ainda a agenda de que participou na quarta-feira (12/03), junto ao governador Elmano, em Camocim, assinando a ordem de serviço para a 8ª areninha da cidade. “Agora o bairro da Olinda contará com esse importante equipamento esportivo, garantindo o lazer daqueles que não moram no Centro. Também tivemos a entrega de tablets para alunos do 2° e 3° ano do ensino médio da rede pública, contribuindo para o fortalecimento do estudo dos nossos jovens”, agradeceu.
Por fim, Sérgio Aguiar solicitou um minuto de silêncio pelo falecimento da ex-vereadora do município de Groaíras Margarida Paiva Melo. Em aparte, o deputado Stuart Castro (Avante) parabenizou o município de Mulungu, que completa 68 anos de emancipação política nesta sexta-feira (14/03). “Quero parabenizar a população tão querida e acolhedora daquela terra. Que o município siga se desenvolvendo”, desejou.
Edição: Vandecy Dourado
Heitor Férrer critica dados da base governista e aponta desconexão com a realidade
Por Lincoln Vieira / ALECE
Deputado Heitor Ferrer (União) - Foto: Júnior Pio
O deputado Heitor Ferrer (União) contestou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quinta-feira (13/02), os dados apresentados pelos parlamentares governistas em defesa da gestão Elmano de Freitas.
De acordo com ele, os dados publicados pela base do Governo “enfeitam” a realidade popular. Para o parlamentar, as informações divulgadas não condizem com a vida cotidiana da população. “Eu vou para 24 anos de mandato, e as políticas do Governo desde 2003, quando eu ingressei no Parlamento, padecem da mesmice”, criticou.
O deputado ressaltou que os problemas enfrentados pela população pioraram e que não há solução apresentada pelo Executivo. Conforme ele, os dados publicados pela liderança do Governo são “bons de ouvir”, mas logo, segundo Heitor, perdem a sustentabilidade política.
“A base do Governo diz que a economia do Ceará cresceu 5,5% em 2024, o maior aumento nos últimos 14 anos, entretanto a taxa de homicídios é a 2ª maior do País”, contestou, comparando os números de economia com os de segurança pública.
Heitor Férrer discutiu também a informação de que o Ceará teve o 3º maior crescimento no Brasil, atrás de Santa Catarina e Pará. De acordo com ele, o Ceará tem quatro cidades entre as 50 mais violentas do Brasil.
“O Ceará, tendo quatro cidades entre as 50 mais violentas no País. A quem interessa o resultado do PIB? Para onde vai essa riqueza? Na capilaridade, não alcança os mais necessitados”, avaliou.
O parlamentar salientou que o Ceará tem o 2º pior rendimento domiciliar do Brasil, em R$ 1.225. O deputado lamentou, de acordo com ele, que a metade da população do Estado receba o Bolsa Família.
“Essas informações são o diploma de pobreza e miséria. O Ceará tem metade de sua população recebendo o Bolsa Família, e há quem comemore a entrada das pessoas no programa. Isto é um certificado do fracasso da gestão. Existe, infelizmente, entrada no programa, mas não existe a saída do programa”, analisou.
Heitor Férrer criticou ainda a gestão do Programa Estadual de Redução de Filas de Cirurgias Eletivas do Governo do Estado. “Nós já estamos no 2º tempo da gestão Elmano, e as agruras das filas pioram mais. As filas do SUS fazem pena porque há pessoas que morrem sem contemplar a face do médico”, lamentou.
Em aparte, o deputado Missias Dias (PT) discordou do colega. Segundo ele, o Governo Elmano tem conferido dignidade à população mais pobre. “Hoje nós temos o que nos orgulhar porque nós não tínhamos água potável para beber, escolas dignas para estudar, transportes escolares, estrutura nos postos de saúde, de hospitais, ou seja, não se tinha sequer estrutura ao povo pobre do Ceará”, refutou.
Edição: Vandecy Dourado
Agenor Neto cobra investigação sobre denúncia de desvio de emenda destinada à Apae de Iguatu
Por Gleydson Silva / ALECE
Deputado Agenor Neto (MDB) - Foto: Junior Pio
O deputado Agenor Neto (MDB) cobrou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, nesta quinta-feira (13/03), uma ampla investigação sobre denúncias de que uma emenda parlamentar teria destinado o valor de R$ 180 mil à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do município de Iguatu.
De acordo com o parlamentar, a emenda foi destinada pelo deputado federal André Fernandes (PL-CE) para as 23 Apaes no Estado. No entanto, a entidade de Iguatu, que atua há 25 anos, não teria recebido o recurso. “Uma instituição que se dedica ao cuidado de pessoas com deficiência, garantindo a elas dignidade, assistência e esperança. Esse foi um golpe forte. Um crime contra os mais vulneráveis. Esse é um escândalo vergonhoso e vexatório. Isso é inaceitável com as pessoas que mais necessitam”, pontuou.
A denúncia, conforme o deputado, foi feita pela presidente da Apae de Iguatu, Yeda Couras, na Câmara Municipal do Município, na última terça-feira (11/03). Ele reproduziu fala da presidente da instituição: “Estamos falando de um atentado à moralidade pública e um desrespeito inaceitável contra os que mais precisam”.
Agenor Neto ressaltou que o deputado federal André Fernandes denunciou o caso na tribuna da Câmara Federal e anunciou que levará o caso para o Tribunal de Contas da União. Em Iguatu, porém, a investigação não avança, conforme ele. “Os responsáveis tentaram empurrar o problema com a barriga, fingindo que tudo estava normal, pediram documentos, exigiram da Apae um plano de trabalho e faziam de conta que o dinheiro ainda estava lá, como se nada tivesse acontecido”, afirmou.
O deputado Heitor Férrer (União), em aparte, cobrou que a situação seja investigada e afirmou que o silêncio não pode ser resposta de um administrador. “Se calar seria desrespeitar o tamanho da denúncia”, avaliou.
O deputado Queiroz Filho (PDT) parabenizou a destinação de emendas para instituições como a Apae e cobrou investigação para esclarecer o que houve com o recurso.
A deputada Larissa Gaspar (PT) enalteceu o trabalho realizado pela Apae e cobrou que esses recursos sejam destinados à instituição, que realiza um importante trabalho nos municípios em que atua.
Já o deputado Júlio César Filho (PT) informou que tirará licença por 120 dias, período em que trabalhará mais perto ainda das suas bases. Ele comunicou também que Acrísio Sena irá assumir o mandato no período.
Edição: Lusiana Freire
Seminário na Alece mobiliza sociedade no combate à violência política de gênero
Por Juliana Melo / ALECE
II Seminário Estadual da Frente Parlamentar de Combate à Violência Política de Gênero - Foto: Marcos Moura
Representantes da sociedade civil, de órgãos e de entidades públicas do Ceará participaram, nesta quinta-feira (13/03), do II Seminário Estadual da Frente Parlamentar de Combate à Violência Política de Gênero, com o tema “Conquistas e desafios no fortalecimento da representatividade feminina”.
O evento está em sua segunda edição, e faz parte da programação especial do Mês da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece). A iniciativa é a Frente Parlamentar de Combate à Violência Política de Gênero.
A presidente do colegiado, deputada Larissa Gaspar (PT), destacou que a Alece foi a primeira Casa Legislativa a criar uma Frente com esse tema e que esse trabalho garantiu a primeira condenação do País pelo crime de violência política de gênero, baseada na Lei nº 14.192/21.
A parlamentar informou ainda que "uma pesquisa da ONU revela que 82% das mulheres em espaços políticos já sofreram violência psicológica, 45% já sofreram ameaças, 25% sofreram violência física, 20% sofreram assédio sexual e 40% afirmam que essas situações atrapalham suas agendas legislativas". Segundo Larissa Gaspar, "a violência política de gênero ataca a democracia. Se nós somos a maioria da população, a gente tem que estar representada nos espaços de decisão e essa violência vem para nos afastar desses espaços e desencorajar. É por isso que a gente não pode permitir”, pontuou.
A jornalista, ex-deputada e escritora, Manuela D’Ávila, participou do evento para falar sobre pesquisas relacionadas ao tema. Ela frisou que a luta pelo espaço e respeito na política se somam às demais lutas que as mulheres já enfrentam ao longo da história e que a realidade da violência política também é um reflexo da violência doméstica contra as mulheres.
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Ex- deputada e escritora, Manuela D’Ávila, aponta dados da violência política contra mulheres .Foto Marcos Moura
Ela relatou casos de violência política que sofreu e outros enfrentados por mulheres na política e declarou que “‘as lutas das mulheres no Brasil são lutas muito doídas, porque elas sempre mexem em lugares muito profundos da nossa existência, elas mexem com o nosso direito de existir, de estar vivas, ao mesmo tempo, é isso que faz com que nós não possamos sair da luta”, reforçou.
Para a senadora Augusta Brito (PT-CE), é fundamental que as mulheres persistam e ocupem os mais diversos espaços na política, sem serem limitadas por ninguém. “Perceber que a gente pode mudar a vida de outras pessoas, de outras mulheres, de outras mães, isso nos motiva realmente. A gente tem que falar não só para nós mulheres, mas também para os homens, e trazer todos e todas para discutir, debater esse tema do combate à violência, seja ela em qual espaço for”, afirmou.
A professora o Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará, Monalisa Lopes, apontou um dado divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, que diz que dos 10 partidos com maior representação no Congresso Nacional, em oito deles não há sequer 30% de mulheres nas direções. “Então, de fato, os partidos são esse território hostil e difícil de disputa, mas que é muito necessário que a gente possa enfrentar. Então, a presença das mulheres nesse espaço demanda muita coragem e muita avidez pela luta, porque de fato é um espaço de muita refração”, ressaltou.
Para a professora, “a violência política de gênero atinge diretamente as mulheres, mas que num contínuo de um projeto político, também ataca diretamente às políticas públicas direcionadas a nós mulheres”.
Ela revelou que pesquisas mostram que a maior parte dos casos de violência política contra mulheres acontece nas redes sociais e, em segundo lugar, o espaço com mais casos é o parlamento.
“Claramente é o contexto do exercício regular do mandato. Quando a gente pensa assim, que seria o lugar onde as mulheres poderiam estar mais protegidas. Ela está no parlamento, então isso diz para a gente que a violência política de gênero tem essa atuação, de fato, de expulsar as mulheres, inclusive, desse espaço institucional. Um dos desafios que a gente tem nesse campo da violência política é o aprimoramento da legislação, o avanço de uma política pública. Eu acho que a gente tem que enfrentar muito essa naturalização e desnaturalizar. A gente precisa avançar muito ainda nos aspectos de prevenção, nos aspectos de coordenação institucional, nos aspectos de proteção das mulheres, e nos aspectos de reparação”, pontuou.
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II Seminário reúne mulheres representantes de entidades da sociedade e do setor público na luta contra a violência política de gênero. Foto: Marcos Moura
A primeira-dama da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), Tainah Marinho, destacou a importância da participação feminina na política e do combate à violência política de gênero. Ela reforçou ainda a ampliação do debate e a urgência de todos se posicionarem.
“Essa é uma oportunidade para que a gente exercite a nossa sororidade e nos libertemos de muitos pensamentos violentos e preconceituosos que acabam punindo e julgando tantas mulheres de um jeito cruel. Essa oportunidade é valiosa para que nós possamos, cada vez mais, nos fortalecer para tocar mais e mais mulheres, para que nós possamos transformar não apenas a política, mas a sociedade no geral”, concluiu.
Também participaram do II Seminário Estadual da Frente Parlamentar de Combate à Violência Política de Gênero a deputada e procuradora da Mulher da Alece, Juliana Lucena (PT); a vereadora de Jaguaribe Nayana Lima (PP); a secretária de Estado dos Direitos Humanos, Socorro França; secretária de Estado dos Povos Indígenas, Juliana Alves; vereadora Adriana Almeida (PT); a secretária das Mulheres de Fortaleza, Fátima Bandeira; e Manuela Pimenta, representando a vice-prefeita de Fortaleza, Gabriela Aguiar.
Acompanharam o evento representantes da Casa da Mulher Brasileira em Fortaleza; Procuradoria Especial da Mulher da Alece; Comissão da Mulher Advogada da OAB; Tribunal de Justiça do Ceará; Ministério Público Federal; movimentos sindicais do estado; parlamentares e servidoras de câmaras municipais do interior do estado.
Edição: Clara Guimarães
Alece aprova reajuste salarial de servidores do Legislativo, Judiciário, MPCE e TCE Ceará
Por Lincoln Vieira / ALECE
Votação ocorreu durante a sessão plenária desta quinta-feira (13/03) - Foto: Júnior Pio / Alece
A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) aprovou, na sessão plenária desta quinta-feira (13/03), quatro projetos de lei que reajustam a remuneração de servidores públicos no Ceará.
Segundo as propostas, o reajuste em 5,83% tem como fundamento a recomposição das perdas inflacionárias dos últimos meses, sendo 4,83% retroativos a 1º de janeiro deste ano e mais 1% a partir de setembro de 2025. “Mostramos o compromisso dos senhores e senhoras parlamentares com os servidores públicos, com reajuste acima da inflação, com ganho real a partir de setembro”, destacou o presidente da Alece, deputado Romeu Aldigueri (PSB).
O projeto de lei n.º 158/2025, da Mesa Diretora da Alece, promove a revisão geral da remuneração dos servidores públicos civis do Poder Legislativo. O objetivo é preservar o poder de compra dos servidores e garantir remuneração justa e compatível com a inflação.
Já o projeto de lei n.º 16/2025, do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE Ceará), revisa a remuneração dos cargos efetivos, em comissão, dos proventos e das pensões do órgão.
De autoria do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), o projeto de lei n.º 18/25 reajusta a remuneração dos servidores públicos, ativos e inativos, inclusive pensionistas, do Quadro III do Poder Judiciário do Ceará.
E o projeto de lei n.º 23/2025, de autoria do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), atualiza a remuneração dos servidores do órgão.
O Plenário aprovou ainda, durante a votação, 963 requerimentos.
Edição: Geimison Maia