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Apóstolo Luiz Henrique critica falas de parlamentares direcionadas a ele

Por Vandecy Dourado / ALECE

 

Deputado Apóstolo Luiz Henrique (Republicanos) - Foto: Junior Pio

 

O deputado Apóstolo Luiz Henrique (Republicanos) rebateu os pronunciamentos de deputados que, segundo ele, provocaram-no na sessão plenária dessa quarta-feira (13/12), no Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece). A fala do deputado aconteceu no primeiro expediente da sessão plenária presencial e remota desta quinta-feira (14/12).

Sem citar nomes, o parlamentar revelou que ontem, durante seu pronunciamento, foi interrompido com gritos de deputados. Ele alega que foi vítima de calúnia e difamação e, ainda, que os colegas teriam dito que ele havia se "vendido" e que estava fazendo "teatro". 

Mencionando o nome do deputado Felipe Mota (União), o parlamentar compartilhou uma conversa privada que teve com ele numa ligação telefônica e presencialmente sobre um pedido de desculpas. Apóstolo Luiz Henrique disse que o colega teve humildade. "Você quer saber o que é um cristão de verdade, uma pessoa do bem? É quando ela tem humildade para reconhecer que erra", disse, referindo-se à conversa com o parlamentar.

Apóstolo Luiz Henrique disse que precisou receber atendimento médico da Casa, pois, segundo ele, a sua pressão arterial se elevou durante a sessão de ontem. O deputado agradeceu à equipe médica, aos colegas deputados e aos servidores da Alece, por terem demonstrado solidariedade com ele. 

O parlamentar ainda refutou os insultos de que ele teria se "vendido". "Não dependo de mandato, dinheiro nem de tapinha nas costas, nem de olhares ou abraços, apertos de mão falsificados. Dependo de um Deus vivo e poderoso", acrescentou. Ainda sobre as ofensas direcionadas a ele, o parlamentar completou: "Eu tenho respeito dos deputados de todos os partidos, exceto, é óbvio, de alguns fariseus, de alguns que acham que são donos da razão e melhores do que os outros". 

O deputado aproveitou o espaço para fazer um balanço do mandato e salientou que ele e seus funcionários trabalham todos os dias "procurando e vendo o que o Estado está precisando".

Em aparte, o deputado Stuart Castro (Avante), que disse conhecer Apóstolo Luiz Henrique há mais de 30 anos, solidarizou-se com o parlamentar. Ele reprimiu a atitude dos colegas que atacaram o deputado enquanto ele discursava no plenário e pontuou que os parlamentares que fizeram isso estavam em busca de "criar engajamento midiático".

Edição: Adriana Thomasi/Lusiana Freire

Lia Gomes destaca 250 anos de Sobral e conquistas do município

Por Pedro Emmanuel Goes / ALECE

 

Deputada Lia Gomes (PDT) - Foto: Junior Pio

 

O município de Sobral completou 250 anos em 2023, e a deputada Lia Gomes (PDT) destacou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (14/12), algumas conquistas do município alcançadas nos últimos anos. De acordo com ela, o projeto de governo iniciado na gestão de seu irmão Cid Gomes, quando prefeito, tem angariado reconhecimento nacional e internacional para o município.

Entre os principais destaques está o modelo educacional desde a gestão de Cid Gomes, iniciada em 1997, que colocou Sobral como uma das melhores educações do País. Conforme Lia Gomes, à época, foi feito um levantamento do índice de alfabetização de crianças no ensino fundamental. A conclusão foi de que mais da metade das crianças matriculadas na sétima série não sabiam ler. 

“Foi desse levantamento que teve origem aquilo que viria a ser o Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic), um modelo replicado por muitos municípios brasileiros e até fora do País. Hoje Sobral conta com nove das 100 melhores escolas do Brasil, segundo o Ideb, e isso é fruto do modelo de gestão em vigor no município há 26 anos”, defendeu.

Outra conquista recente do município foi a vitória na categoria Governo em premiação da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o projeto “Jardins Filtrantes do Riacho Pajeú: aplicação de soluções baseadas na natureza para o saneamento”. O projeto foi apresentado na COP 28, em Dubai, a convite do Banco Mundial.

Ivo Gomes, atual gestor do município, também recebeu o título Prefeito Inovador 2023, concedido pelo Fórum de Cidades Digitais e Inteligentes, pela modernização e inovação do município, com o lançamento do Sistema de Processo Administrativo Digital de Sobral (Proadi-Sol).

“Sobral é um exemplo de que cuidar das pessoas faz toda a diferença. É com esse serviço, iniciado pelo meu irmão há 26 anos, que Sobral tem conquistado seu maior troféu: o sorriso das pessoas”, avaliou.

Lia Gomes também comentou sobre os debates anteriores entre o deputado Apóstolo Luiz Henrique (Republicanos) e os parlamentares de oposição da Casa. Ela reforçou o discurso de Apóstolo Luiz Henrique e manifestou repúdio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, cuja defesa feita pelos parlamentares de oposição motivaram as discussões iniciadas ainda na sessão plenária anterior.

Edição: Adriana Thomasi 

Alece aprova doação de R$ 16 milhões à Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza

Por Lindalva Montezuma/ Lincoln Vieira / ALECE

 

Votação de matérias durante sessão legislativa - Foto: Junior Pio

 

O Plenário da Assembleia Legislativa aprovou, nesta quinta-feira (14/12), durante a ordem do dia da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), o projeto de lei n.º 127/2023, de autoria do Poder Executivo, que concede a subvenção social no valor de R$ 16 milhões à Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. O valor é proveniente de emendas parlamentares articuladas pelo presidente da Alece, deputado Evandro Leitão, junto aos demais parlamentares. 

O apoio à instituição foi resultado de reunião de parlamentares com o provedor-geral da Santa Casa de Fortaleza, Vladimir Spinelli Chagas, no dia 18/12, para discutir a situação da instituição. Na ocasião, o presidente e demais deputados anunciaram o apoio financeiro ao hospital.

Durante a sessão, foram aprovados ainda 13 projetos de indicação. A propositura n.º 16/23, do deputado Felipe Mota (União), dispõe sobre a criação do Programa Social de Incentivo ao Comércio Solidário da Agricultura Familiar no âmbito do estado do Ceará.

O PI 68/23, da deputada Larissa Gaspar (PT), cria a Política Estadual de Ocupação dos Prédios Ociosos para Fins de Habitação de Interesse Social no âmbito do estado do Ceará.

E, de autoria da deputada Jô Farias (PT), foi aprovado o PI 102/23, que acrescenta dispositivos na Lei n.º 9.826, de 14 de maio de 1974. A matéria trata do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do Ceará, garantindo licença de até dois dias consecutivos às servidoras que sofrem com os sintomas da endometriose. 

Os deputados aprovaram também o PI 108/23, do deputado Júlio César Filho (PT), que institui normas específicas para os povos indígenas no âmbito das universidades do Estado. 

E o PI 112/23, do deputado Alcides Fernandes (PL). A matéria institui o programa Praia para Todos, no âmbito do estado do Ceará, visando garantir e facilitar a acessibilidade às pessoas com deficiência. 

Os deputados aprovaram ainda dois projetos do deputado Leonardo Pinheiro (Progressistas): o PI 144/23 cria o programa de acompanhamento psicológico, social e jurídico às mulheres vítimas de violência doméstica e seus familiares, e o 324/23 cria o portal para atendimento, informação, comunicação e recebimento de denúncias às pessoas com deficiência, no âmbito do Estado.

Da deputada Emilia Pessoa (PSDB), aprovaram o PI 172/23, que institui o Programa Estadual de Recomposição das Aprendizagens às crianças e estudantes da rede pública de educação do estado do Ceará com dificuldades e desigualdades educacionais. Do deputado Evandro Leitão (PT) e coautoria da deputada Larissa Gaspar, o PI 182/23 reserva o percentual de vagas no quadro de pessoal do Poder Executivo do Estado do Ceará para pessoas com síndrome de Down (trissomia 21) e transtorno do espectro do autismo (TEA); de autoria da deputada Gabriella Aguiar (PSD), foi aprovado o PI 221/23, que institui, no estado do Ceará, o programa de apoio às pessoas com doença de Alzheimer e outras demências e aos seus familiares.

Os deputados aprovaram ainda o PI 267/23, da deputada Juliana Lucena (PT), que institui a campanha Saúde Cardiovascular da Mulher no âmbito do estado do Ceará, e o 359/23, da deputada Lia Gomes (PDT) e coautoria das deputadas Jô Farias (PT) e Juliana Lucena (PT), que institui, em todo território do estado do Ceará, o protocolo Não Se Calem, que obriga os órgãos públicos da administração direta e indireta a implementarem medidas de proteção às mulheres em situação de risco ou de violência física, psicológica, moral, patrimonial e sexual nas dependências de suas instituições. 

Edição: Clara Guimarães

Congresso derruba veto de Lula e resgata marco temporal para demarcação de terras indígenas

Por Giordanna Neves e Iander Porcella / O ESTADÃO DE SP

 

BRASÍLIA - O Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao marco temporal para demarcação de terras indígenas. Câmara e Senado haviam aprovado projeto que definindo que só poderiam ser demarcas terras ocupadas por indígenas até a promulgação da Constituição em outubro de 1988. Lula vetou o texto.

 

Em setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a tese do marco temporal. O critério para demarcação de terras indígenas limitado a 1988 é defendido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a mais numerosa do Congresso, com mais de 300 parlamentares.

 

Dias depois da decisão do STF, o Senado aprovou o projeto para estabelecer o marco temporal. O texto já havia passado pela Câmara e foi para a sanção de Lula, que vetou o principal trecho do texto. Lula, seguindo orientação da Advocacia-Geral da União (AGU), também rejeitou a possibilidade de indenização aos proprietários de terras que eventualmente sejam declaradas como de direito dos indígenas e a proibição de ampliação das terras já demarcadas.

 

O julgamento do marco temporal no STF foi o estopim para uma crise entre os Poderes. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tido até então como aliado do Supremo, passou a defender publicamente a definição de mandatos com prazo fixo para os integrantes do Tribunal. O Senado chegou a aprovar uma PEC que limita as decisões monocráticas de magistrados da Corte.

 

O pano de fundo do atrito entre Judiciário e Legislativo ainda teve também o avanço, no STF, de julgamentos para descriminalizar o aborto até 12 semanas de gestação e legalizar o uso recreativo da maconha, com uma diferenciação entre usuário e traficante com base na quantidade da droga. Essas pautas foram aceleradas pela ex-ministra Rosa Weber, que se aposentou em setembro.

 

Os vetos de Lula, em geral, provocaram desconforto no Congresso. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reclamou diretamente com Lula do descumprimento de acordos feitos entre Legislativo e Executivo durante a tramitação dos projetos.

 

STF ainda pode dar a última palavra

Apesar da derrubada do veto de Lula pelo Congresso, o STF ainda pode ser provocado para julgar o tema. Como o assunto foi objeto de decisão anterior da Corte, entidades de âmbito nacional e partidos políticos podem recorrer à Corte pedindo para que analise se a derrubada do veto fere a Constituição, dando ao STF o poder de dar a última palavra sobre o tema.

O que é marco temporal?

A tese do marco temporal é uma proposta de interpretação do artigo 231 da Constituição Federal e trata-se de uma espécie de linha de corte. A partir desse entendimento, que é defendido por ruralistas, uma terra indígena só poderia ser demarcada com a comprovação de que os indígenas estavam no local requerido na data da promulgação da Constituição, ou seja, no dia 5 de outubro de 1988. Quem estivesse fora da área nessa data ou chegasse depois desse dia, não teria direito a pedir sua demarcação.

Congresso derruba veto de Lula à desoneração da folha de pagamento, em derrota para o governo

Por Bianca Lima / O ESTADÃO DE SP

 

 Em uma derrota para o governo e para a equipe econômica, o Congresso Nacional derrubou o veto integral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores e reduz a alíquota de contribuição previdenciária de pequenos municípios.

 

Os placares foram folgados, evidenciando a falta de base e articulação do governo no Congresso. No Senado, 60 senadores votaram pela derrubada, e 13 pela manutenção. Já na Câmara, foram 378 votos pela derrubada e 78 para sustentar o veto.

 

Adotada desde 2011, a desoneração é um benefício fiscal que substitui a contribuição previdenciária patronal de 20%, incidente sobre a folha de salários, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Na prática, a medida reduz a carga tributária devida pelas empresas. O benefício, porém, perderia a validade no fim deste ano.

 

Além de prorrogar a desoneração aos setores que já eram beneficiados pela medida, o Congresso reduziu a tributação incidente sobre as empresas de transporte urbano. Os parlamentares também atenderam os municípios, reduzindo de 20% para 8% a alíquota de contribuição previdenciária de prefeituras com até 142 mil habitantes.

 

O impacto nos cofres da União pode chegar a R$ 20 bilhões por ano, o equivalente ao que o governo prevê arrecadar com a tributação dos fundos dos super-ricos, por exemplo.

O deputado Domingos Sávio (PL-MG), que preside a Frente Parlamentar do Comércio e Serviços, classificou a derrubada do veto como “momento histórico” e disse que se trata de uma reafirmação do papel do Congresso.

 

“Essa matéria deveria ser tratada, assim como foi nas votações na Câmara e no Senado, como um projeto de interesse do Brasil, não do governo ou da oposição. Não por acaso, teve ampla maioria, quase unanimidade, de apoio nas duas Casas. E, surpreendentemente, o presidente Lula vetou a matéria”, afirmou o deputado na tribuna. “E o que nós estamos tratando? De milhões de empregos e das empresas que mais empregam, como construção, vestuário, calçados e transporte público”disse.

 

A derrota do governo, que vinha tentando ganhar tempo com um plano B para a desoneração da folha, já era dada como certa nos corredores do Congresso. O próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu publicamente a derrubada na manhã desta quinta-feira, 14, alegando que a discussão de uma alternativa a esse dispositivo poderia ocorrer depois.

 

A posição é divergente da que o ministro da FazendaFernando Haddad, expôs há algumas semanas, quando pediu aos parlamentares que aguardassem a alternativa proposta pelo governo antes de analisarem o veto. O governo considera que a extensão da desoneração é inconstitucional e deve levar o tema ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Segundo o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), a alternativa em análise seria a redução do benefício de forma gradual, como revelou o Estadão. Randolfe pediu paciência aos parlamentares até a Fazenda apresentar a alternativa, mas não foi atendido em meio às insatisfações com o pagamento de emendas.

 

Segundo a Feninfra, entidade que representa as empresas do setor de infraestrutura de telecomunicações, a derrubada do veto “permitirá às empresas dos 17 setores que mais empregam no País atender à contrapartida feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a manutenção e geração de empregos”.

 

“O emprego sempre foi uma prioridade do presidente Lula. Também foi preponderante quando ocorreu o veto à desoneração no governo passado. Agora, grande parte dos parlamentares foi sensível a essa questão e votou pela derrubada do veto”, afirma a empresária Vivien Suruagy, presidente da Feninfra.

 

Esse foi o primeiro de uma série de vetos presidenciais que estão sendo analisados nesta quinta-feira pelos parlamentares - e que devem desencadear outras derrotas para o governo, uma vez que o Congresso pressiona pela liberação de emendas e cobra cada vez mais caro pelo apoio à pauta econômica.

 

Veja quais são os setores que contam com a desoneração da folha:

  • Confecção e vestuário;
  • Calçados;
  • Construção civil;
  • Call center;
  • Comunicação;
  • Empresas de construção e obras de infraestrutura;
  • Couro;
  • Fabricação de veículos e carroçarias;
  • Máquinas e equipamentos;
  • Proteína animal;
  • Têxtil;
  • TI (tecnologia da informação);
  • TIC (tecnologia de comunicação);
  • Projeto de circuitos integrados;
  • Transporte metroferroviário de passageiros;
  • Transporte rodoviário coletivo;
  • Transporte rodoviário de cargas.

CPI da Braskem é instalada; Omar Aziz é eleito presidente

O Senado instalou nesta quarta-feira (13) a comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar os danos ambientais causados em Maceió (AL) pela empresa petroquímica Braskem. Diversos bairros da cidade sofrem hoje com danos estruturais em ruas e edifícios. Por aclamação, os integrantes do colegiado aprovaram o senador Omar Aziz (PSD-AM) como presidente e o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) como vice-presidente.

 

O senador Otto Alencar (PSD-BA), que conduziu a reunião, afirmou que a CPI só iniciará seus trabalhos depois de fevereiro de 2024. Segundo ele, os nomes de Omar e Kajuru foram escolhidos em reunião prévia com os líderes.

 

A CPI atende a requerimento (RQS 952/2023) apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), assinado por 46 senadores e lido em Plenário no dia 24 de outubro. Com 11 titulares, o colegiado terá 120 dias para concluir seus trabalhos e disporá de um orçamento de R$ 120 mil reais.

 

Relator

Os parlamentares divergiram quanto à escolha do futuro relator da CPI. O senador Eduardo Gomes (PL-TO) afirmou que espera um relator autônomo e isento da presidência da CPI. Para o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), a escolha de um nome que não seja do seu estado dará mais credibilidade às investigações.

 

— Dentro do que foi conversado nas quatro paredes, gostaria em público que fique claro que nenhum senador do estado será o relator. Em busca de isenção, para não colocar em xeque a credibilidade da condução dessa CPI (...). Eu vou sair daqui extremamente insatisfeito se não tiver aqui formalmente e cabalmente dito por todos que Renan Calheiros não será o relator — disse.

 

Os senadores Aziz e Renan Calheiros (MDB-AL) descartaram a condição sugerida por Rodrigo. 

 

— Não posso aceitar que limite meu mandato (...) E tenho certeza que o presidente Omar Aziz vai escolher o relator no momento adequado e aquele que possa melhor ajudar na investigação, que precisa ser feita urgentemente. O problema [em Maceió] continua — disse Renan.

 

Na avaliação de Otto, o relator pode ser isento mesmo que seja do estado de Alagoas. Ele também pacificou a discussão ao assegurar a opinião de todos os integrantes do colegiado.

—  É uma questão técnica, saber como foi que aconteceu isso [referindo-se aos danos ambientais no solo de Maceió]. Quem foi o técnico que autorizou a extração em demasia no subsolo? (...) Será escolhido o relator com a concordância de todos os componentes da Comissão Parlamentar de Inquérito — afirmou Otto.

 

Danos em Maceió

A extração do mineral sal-gema ocorre desde os anos 1970 nos arredores da Lagoa Mundaú, na capital alagoana. Desde 2018, os bairros Pinheiro, Mutange, Bom Parto, entre outros que ficam próximos às operações, vêm registrando danos estruturais em ruas e edifícios, com afundamento do solo e crateras. Mais de 14 mil imóveis foram afetados e condenados, e os casos já forçaram a remoção de cerca de 55 mil pessoas da região. As atividades de extração foram encerradas em 2019, mas os danos podem levar anos para se estabilizarem.

 

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), estudos do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) concluíram que a empresa petroquímica Braskem foi a responsável pelos danos ocorridos desde 2018. O MPF atua em quatro processos judiciais relacionados ao caso, além de expedir dezenas de procedimentos extrajudiciais a fim de garantir que fossem adotadas as medidas necessárias à proteção dos cidadãos afetados.

 

Fonte: Agência Senado

Comissão aprova liberação de pagamentos congelados de servidores de estados e municípios

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que permite a estados, municípios e Distrito Federal pagar, retroativamente, anuênios, quinquênios e licenças-prêmio congelados entre 28 de maio de 2020 e 31 de dezembro de 2021 por determinação da Lei Complementar 173/20.

A lei permitiu à União ajudar financeiramente os estados e municípios durante a pandemia. Em troca, proibiu aumentos e progressões de pessoal nos entes até 2021.

Conforme a proposta, a concessão desses valores dependerá de lei autorizativa do ente e disponibilidade orçamentária. A lei deverá indicar o impacto orçamentário da medida, sem transferência de encargo financeiro a outro ente.

 

O relator, deputado Alencar Santana (PT-SP), apresentou parecer pela constitucionalidade de substitutivo da Comissão de Finanças e Tributação ao Projeto de Lei Complementar 143/20, da ex-deputada e atual senadora Professora Dorinha Seabra Rezende. 

 

“A pandemia afetou todo o País, e não daria para transferir para o servidor público uma pena que não é dele, ele ter seu direito suspenso, sendo que isso afeta sua carreira ao longo do tempo. Então, é uma justiça sendo feita ao servidor público dos municípios, dos estados e do governo federal”, disse Alencar Santana. 

 

A deputada Professora Luciene Cavalcante (Psol-SP) também defendeu a justiça da proposta. “Nós, servidores públicos, precisamos ter esses 583 dias de volta, é uma questão de justiça, é uma reparação”, afirmou. 

 

O projeto ainda depende de análise pelo Plenário. 

Reportagem - Paula Moraes
Edição - Francisco Brandão

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Dra. Silvana quer explicações sobre distribuição de amuletos em escolas

Por Pedro Emmanuel Goes / ALECE

 

 

Deputada Dra. Silvana (PL), - Foto: Junior Pio

 

A distribuição de amuletos em escolas da rede municipal de Fortaleza foi objeto de crítica da deputada Dra. Silvana (PL) durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará desta quarta-feira (13/12). A parlamentar disse que encaminhou requerimento - aprovado por unanimidade pela Casa - solicitando esclarecimentos sobre o fato.

De acordo com Dra. Silvana, estudantes da Escola Municipal Enfermeira Lenira Jurema de Magalhães, localizada no bairro Monte Castelo, receberam uma boneca de TNT como amuleto para atrair paz e amor. Para ela, “não se trata de preconceito religioso, mas de algo que contraria a fé das crianças cristãs e as confunde, e não deve ser permitido”.

A Alece, por meio do requerimento, deve cobrar “satisfações à escola e as devidas providências ao Ministério Público”. “Quem traz paz, amor e salvação é Jesus Cristo, ninguém mais”, disse.

Em aparte, o deputado Alcides Fernandes (PL) responsabilizou a gestão do município de Fortaleza por ações como essa. Segundo ele, o prefeito de Fortaleza “era evangélico, mas se desviou no meio do caminho”.

Alcides Fernandes, em sua fala, comemorou e agradeceu a aprovação da concessão de Título de Cidadão Fortalezense ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao deputado federal André Fernandes (PL/CE), filho do parlamentar.

Edição: Adriana Thomasi

Sérgio Aguiar pede segurança para região norte do Estado

Por Lincoln Vieira / ALECE

 

Deputado Sérgio Aguiar (PDT) - Foto: Junior Pio

 

O deputado Sérgio Aguiar (PDT) clamou, na manhã desta quarta-feira (13/12), no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), ao Governo do Estado mais segurança na região norte do Estado. 

O parlamentar comunicou que, na manhã desta quarta-feira, o prefeito de Martinópole, Francisco Ediberto de Souza (Betão), foi assaltado na saída de sua casa. Segundo ele, os suspeitos invadiram a residência do prefeito à mão armada. “Os assaltantes imaginavam que tivesse muitos recursos na residência dele, entretanto ele é um homem humilde, de poucas posses. Felizmente não ocorreu ferimento ao prefeito e a seus familiares”, ressaltou. 

O deputado salientou que entrou em contato com o delegado-geral da Polícia Civil do Estado, Márcio Gutiérrez, para cobrar providências, como a adoção de medidas para apreender os suspeitos de modo célere.

Sérgio Aguiar também pediu ao governador Elmano de Freitas a construção de nova delegacia da Polícia Civil em Camocim, para que os policiais atuem com melhor estrutura e condições de trabalho em defesa da população. 

O parlamentar lamentou ainda o homicídio do advogado que trabalhava no Fórum de Granja, o servidor público Haroldo Ximenes Júnior, assassinado próximo de sua casa, e que não teve notícias da apreensão dos suspeitos. Ele classificou o assassinato do servidor público como uma afronta ao Poder Judiciário da região. “Afrontou o sistema Judiciário da região, pois ele trabalhava dentro do Fórum de Granja, no assessoramento na área criminal. É de muita apreensão o clima em que vive a região”, lamentou. 

Sérgio Aguiar disse que solicitou ao delegado-geral, Márcio Gutiérrez, a adoção de medidas com a utilização da estrutura do Centro Integrado de Segurança Pública do Ceará (CISP). “Peço que a segurança pública aja mais ativamente para levar segurança a toda a região norte." 

Edição: Adriana Thomasi

Felipe Mota comenta anúncio de investimentos federais no Estado

Por Ricardo Garcia / ALECE

 

Deputado Felipe Mota (União) - Foto: Junior Pio

 

O deputado Felipe Mota (União) cobrou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (13/12), mais transparência do Governo do Estado na divulgação de informações à população cearense. 

O parlamentar manifestou o descontentamento com a publicação de notícia na página oficial do Executivo estadual dando conta do anúncio de R$ 1 bilhão de investimentos do Governo Federal para obras hídricas no Ceará.

Para o deputado, trata-se de uma informação equivocada, por avaliar que os recursos não serão investidos no Estado, conforme está sendo anunciado.

“Fiquei estarrecido quando vi a vice-governadora do Estado, Jade Romero, dizendo que o Governo Federal estaria repassando R$ 1 bilhão para investimentos em recursos hídricos no Ceará. Peço que a vice-governadora procure melhor as informações que divulga, porque o Governo Federal não passa um tostão a fundo perdido”, comentou Felipe Mota.

Segundo ele, os investimentos que estão sendo anunciados pelo Governo do Estado como sendo do Governo Federal constam, na realidade, em projeto de lei que tramita na Assembleia e que dispõe sobre a contratação de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

“É um empréstimo, que vai ser colocado na dívida do Estado. Estamos dando um cheque em branco ao Governo do Estado. Vamos aprovar um empréstimo de R$ 1 bilhão para o Executivo estadual, sem saber a destinação específica desses recursos, que só vai ser definida depois. A verdade é que esse investimento vai sair do bolso do cidadão cearense”, apontou o deputado.

Em aparte, o deputado Sargento Reginauro (União) defendeu a retirada da publicação da página oficial do Governo do Estado. “Essa matéria precisa ser retirada, pois o povo cearense precisa entender o que está sendo feito”, ressaltou.

Edição: Lusiana Freire

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