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Municípios investem 34% a mais em saúde, mas quadro fiscal preocupa

Os municípios brasileiros investiram mais em saúde em 2020. Em decorrência da pandemia de covid-19,os recursos destinados à saúde subiram 34%. Entretanto, 3.024 prefeituras (57,7% do total) estão em situação fiscal difícil ou crítica. Em boa parte delas, há uma forte dependência dos repasses da União.

Os dados foram divulgados hoje (21) pela Federação da Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e fazem parte do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), divulgado anualmente desde 2013. Segundo a entidade, as informações são relevantes para o debate de reformas que têm impacto nos municípios, como a administrativa e a tributária.

Para o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, o bem-estar da população e a melhoria do ambiente de negócios dependem do equilíbrio sustentável das contas públicas municipais. "Isso só será possível com a concretização de reformas estruturais que incluam as cidades”, diz.

Nesta edição, foram avaliados dados relativos a 2020 de 5.239 municípios, que reúnem 94,4% da população do país. As informações são declaradas oficialmente à União pelas prefeituras. Porém, 329 delas não fizeram suas declarações no prazo legal ou informaram dados com inconsistências.

O IFGF é composto por quatro indicadores que avaliam autonomia, gastos com pessoal, liquidez e investimentos. A pontuação varia de 0 a 1, sendo considerada situação crítica quando o resultado é inferior a 0,4, difícil quando fica entre 0,4 e 0,6, boa no intervalo de 0,6 a 0,8 e excelente acima de 0,8. Considerando todos os municípios avaliados, a média foi de 0,5456. Apenas 11,7% registraram excelência fiscal.

Segundo o gerente de estudos econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, 2020 foi um ano marcado por fatores extraordinários. A pandemia fez crescer o repasse da União para os municípios. As prefeituras receberam R$ 31,5 bilhões a mais do que em 2019. Consequentemente, somente os investimentos em saúde subiram 34%, impactando o indicador de investimentos como um todo. Além disso, houve flexibilização de regras fiscais e suspensão de dívidas.

Ao mesmo tempo, a arrecadação foi favorecida com a inflação e com o estímulo ao consumo através do pagamento do auxílio emergencial. Como é comum em ano de eleição municipal, os dados também sugerem crescimento de novos investimentos em infraestrutura e maior liquidez, isto é, aumento da capacidade das prefeituras em arcar com seus compromissos financeiros. Segundo Goulart, isso ocorre porque há uma melhora no planejamento diante da preocupação de se encerrar o mandato atendendo as obrigações legais.

"Houve um bom nível de liquidez e um bom nível de investimentos", pontuou. Ele observa, no entanto, que essa não é uma situação que se pode generalizar. Em 563 municípios, por exemplo, a prefeitura foi entregue no vermelho para a gestão que assumiu o mandato no início deste ano. Isso ocorreu inclusive em três capitais: Rio de Janeiro, Macapá e Cuiabá.

Apesar dos fatores extraordinários de 2020 que favorecem a situação fiscal dos municípios, o quadro de mais da metade das cidades brasileiras preocupa devido a dois fatores. De um lado, há uma baixa autonomia: existe uma dificuldade para financiar a estrutura administrativa com receita local obtida em decorrência da atividade econômica na cidade.

Os dados revelam que 1.704 municípios são completamente insustentáveis: eles não conseguem gerar recursos para cobrir sequer os custos administrativos mínimos, isto é, funcionamento da prefeitura e da Câmara de Vereadores. Juntas, essas cidades demandam R$ 4,5 bilhões adicionais para funcionar.

"As prefeituras têm uma alta dependência de recursos da União. Majoritariamente, os gastos das cidades estão financiados com recursos transferidos da União, via Fundo de Participação dos Municípios", observa Jonathas Goulart.

Composto por parcelas do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Fundo de Participação dos Municípios é dividido entre as prefeituras considerando o número de habitantes estimado anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O segundo fator que gera preocupação envolve o gasto com pessoal: quanto maior ele for, menor é a sobra de recursos para alocar em outras prioridades, tornando o orçamento mais rígido. Há 1.818 municípios com nível crítico de gastos com pessoal, isto é, acima da faixa de alerta de 54% de suas receitas. Em 624 cidades, esse percentual superou 60%, o que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal. Esse limite, no entanto, foi flexibilizado em 2020 em função do reconhecimento da calamidade pública diante da pandemia.

"Conseguimos ver, de maneira muito clara, problemas graves de gestão, principalmente, baixa autonomia e elevado gasto com pessoal. O orçamento das cidades ainda é muito rígido. Elas não têm margem para poder fazer boa administração dos seus gastos porque boa parte deles está atrelado a despesas de pessoal", avalia Jonathas Goulart.

Segundo ele, as prefeituras precisam ficar atentas porque o fluxo de recursos observado em função da pandemia não irá ocorrer nos próximos anos.

Desigualdade

O IFGF também registra algumas discrepâncias na realidade das cidades brasileiras. Em 49% dos municípios, há um investimento médio de 10,9% das receitas. Nos outros 51%, essa média é de 4,6%. Na avaliação de Jonathas Goulart, os dados revelam dois Brasis distintos.

"Temos um país dividido. Há uma desigualdade em termos de municípios que oferecem melhorias de bem-estar à sua população. Ou seja, a população tem recebido atenção muito diferente dentro de cada cidade. Algumas têm nível de investimento acima de 12% e outras em torno de 3%".

Entre as 26 capitais estaduais, a maioria encontra-se em situação boa ou excelente. Os melhores desempenhos fiscais são de Salvador, Manaus, Vitória, Boa Vista, Rio Branco, Goiânia, São Paulo, Curitiba e Fortaleza. Esses nove municípios obtiveram pontuação acima de 0,8, situando-se na faixa de excelência. De outro lado, os índices de Campo Grande, Porto Velho, Natal e Cuiabá apontam para uma situação difícil. Já Macapá e Rio de Janeiro tiveram resultado inferior a 0,4, estando em quadro crítico. Belém foi a única capital que não declarou os dados no prazo legal e, por esta razão, não aparece na avaliação.

Edição: Lílian Beraldo / AGÊNCIA BRASIL

Augusta Brito destaca a interiorização da Procuradoria da Mulher da AL

Augusta Brito destaca a interiorização da Procuradoria da Mulher da ALFoto: Júnior Pio

 
A  deputada Augusta Brito (PCdoB), durante a sessão plenária itinerante realizada no município de Icó, nesta quinta-feira (21/10), destacou a iniciativa do presidente da AL, deputado Evandro Leitão (PDT), de levar as ações do Legislativo para próximo do povo.

Ela citou como exemplo dessas ações a interiorização da Procuradoria Especial da Mulher da AL, que, no município de Icó, foi formalizada durante a sessão itinerante.

Com a formalização da Procuradoria Especial da Mulher no município de Icó, por meio da assinatura do termo de cooperação entre a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal da cidade, durante a sessão itinerante, serão realizadas capacitações e o que for preciso para o funcionamento da Procuradoria Especial da Mulher de Icó. “Vamos fazer um levantamento sobre a situação das mulheres no município de Icó, para criarmos uma rede de enfrentamento da violência contra a mulher no município e região, com o apoio do Ministério Público Estadual e Delegacia da Mulher”, afirmou.

A deputada Augusta Brito disse ainda que, em 2019, visitou o município ao lado do deputado Renato Roseno (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da AL, e recebeu a informação de que 60% dos casos que chegavam à Delegacia da Mulher eram de violência sexual. “ Com a instalação da Procuradoria Especial da Mulher no município, com o apoio da Prefeitura e da Câmara Municipal, vamos promover ações voltadas para a realidade de Icó e da região”, informou.

A parlamentar reforçou que é obrigação do Governo Federal garantir recursos para o que for necessário e criticou o veto do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao projeto que, segundo ela, deve trazer dignidade para a mulher em situação de pobreza menstrual. Ela lembrou que o problema não se deve apenas ao fato de a mulher não poder comprar o absorvente, mas tem a questão do saneamento e o tabu que existe sobre o assunto.

A deputada disse ainda que já encaminhou aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal uma solicitação para que o veto do presidente Bolsonaro seja derrubado. Augusta lembrou que, no Ceará, o governador Camilo Santana sancionou a lei que autoriza a aquisição e distribuição de absorventes íntimos higiênicos a estudantes da rede pública estadual e das universidades estaduais. "No Ceará, de quatro meninas que estudam, uma já faltou a aula por não ter absorvente", pontuou.

Augusta Brito finalizou parabenizando o município de Baixio, que, das nove vagas na Câmara Municipal, elegeu seis vereadoras, colocando as mulheres como maioria no Legislativo municipal.

WR/LF

Antônio Granja justifica ausência na sessão itinerante em Icó e destaca ações do Governo

Antônio Granja justifica ausência na sessão itinerante em Icó e destaca ações do GovernoFoto: Júnior Pio

 
O deputado Antônio Granja (PDT) utilizou a plataforma digital para justificar a ausência dele na sessão itinerante desta quinta-feira (21/10), no município de Icó. Ele disse que estava representando a Assembleia Legislativa em um evento com o governador Camilo Santana no Centro de Convenções, em Fortaleza.

Na ocasião, foi feita a entrega de instrumentos musicais e acessórios a 60 municípios, para ajudar na formação e difusão da música instrumental nas cidades. A entrega faz parte do programa Toda Banda de Música é uma Escola, do Governo do Ceará, informou.

Antônio Granja disse ainda que o governador autorizou o secretário de Cultura do Estado, Fabiano Piúba, a abrir novos editais, porque o Governo quer contemplar todos os 184 municípios.

O parlamentar também destacou o programa Plantão Cirurgias 24h, que foi lançado pelo governador Camilo Santana e pelo secretário da Saúde, Marcos Gadelha, nesta quarta-feira (20), no Hospital Estadual Leonardo Da Vinci (Helv), em Fortaleza, com investimento de R$ 100 milhões de reais, para reduzir as filas na saúde. “Eu, como médico, sei da importância desse investimento”, ressaltou.

WR/CG

Governista vai pedir nulidade dos trabalhos da CPI da Covid por falta de acesso a documentos

Por Amanda Almeida / LAURO JARDIM /  O GLOBO

 

Marcos Rogério vai apresentar um voto em separado na CPI da Covid no qual pede a nulidade dos trabalhos do colegiado.

Um dos defensores de Jair Bolsonaro na CPI, o senador vai alegar que Omar Aziz impôs uma regra para acesso aos documentos que inviabilizaram a investigação.

Cobrado por vazamentos, o presidente da CPI limitou o acesso aos documentos.

Marcos Rogério disse que, para ler ofícios sigilosos, o senador precisava fazer um cadastro e, depois, explicar por que queria o acesso. Para o parlamentar, era impossível "fundamentar" o motivo de pedir os documentos sem conhecê-los.

Diz o senador:

— Estratégia para impedir que senadores da base do governo tenham acesso às provas de crimes que teriam ocorrido em estados e municípios.

Senadores da CPI discutem impeachment de Aras caso ele arquive indiciamentos

Senadores do grupo majoritário da CPI da Covid estão decididos a meter pressão sobre Augusto Aras para que ele dê cumprimento integral às decisões do relatório final que são de sua competência e, em caso negativo, pedir a punição dele com a perda do cargo de procurador-geral da República.

 

Aras deve receber o documento das mãos dos parlamentares na próxima quarta-feira, um dia após a votação do texto. A ele caberá analisar diretamente os nove crimes de que Jair Bolsonaro foi acusado pela comissão, além dos imputados a quatro ministros de Estado, a Flávio e a Eduardo Bolsonaro e a outros cinco deputados federais, todos com foro privilegiado.

Entre os parlamentares, já é consenso que, em caso de omissão, procrastinação ou arquivamento das recomendações por parte do PGR, as decisões da comissão serão diretamente levadas ao STF por meio de uma ação penal subsidiária.

Quanto a Aras, os senadores já acordaram que bancarão um pedido de impeachment na Casa contra ele, caso isso aconteça, por ter negligenciado o trabalho daquela que consideram a CPI mais importante da história do Congresso. O GLOBO / LAURO JARDIM

Heitor Férrer lamenta realidade de pobreza e miséria no Estado

Deputado Heitor Férrer Deputado Heitor FérrerFoto: Paulo Rocha

O deputado Heitor Férrer (SD) manifestou indignação, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (20/10), realizada forma presencial e remota, com as imagens que circulam na internet de pessoas recolhendo sobras de comida em caminhão de lixo, no bairro Cocó, em Fortaleza. Segundo o parlamentar, o registro é “histórico” e ganhou as manchetes do Brasil inteiro.

Para o parlamentar, diante dos sucessivos aumentos do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, que são enaltecidos pelo Governo do Estado a cada ano, esperava-se que a miséria e a pobreza da população cearense não ficassem tão evidenciadas como nesse episódio.

“Nós vemos ali seres humanos em forma de bichos, de animais irracionais, porque quando se come uma comida do lixo está simbolizada a mais profunda necessidade e a mais profunda pobreza. Enquanto cearenses, manchetes como essa nos entristecem e nos envergonham”, afirmou Heitor Férrer.

Ainda de acordo com ele, “a felicidade interna bruta, conhecida como FIB, é um mensurador de como as pessoas estão felizes ou não”, e esse medidor não está acompanhando o progresso do PIB no Ceará. “Se o PIB de um Estado cresce, isso é motivo de alegria para um povo. Mas isso não acontece quando a pobreza e a violência crescem juntas”, salientou.

Heitor Férrer considerou ainda que o projeto orçamentário é o retrato anual de um Estado na medida em que prevê os investimentos e as necessidades prioritárias, mas que no Ceará ele não tem refletido as reais carências da população. “O orçamento é a cara do Governo, e a cara desse Governo é de manter o status quo da pobreza e da miséria do povo cearense”, criticou.

Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) considerou que a miséria e a fome são as maiores chagas do estado do Ceará. “Ser o terceiro estado mais pobre do País é muito ruim. É bom aumentar o PIB, mas não há o que festejar se a miséria e a fome também aumentam”, lamentou.

Para o líder do Governo na Casa, deputado Júlio César Filho (Cidadania), o episódio das pessoas procurando comida no lixo é muito sensível e “deixa todos com a alma triste”. Ele assinalou, porém, que as dificuldades causadas pela pandemia de Covid-19 fez a miséria aumentar em todo o mundo.

“Precisamos reconhecer os esforços feitos para diminuir a miséria no Ceará, com a adoção de várias ações e políticas públicas permanentes nesse sentido”, pontuou Júlio César Filho.

RG/AT

Sérgio Aguiar aponta investimentos previstos na Lei Orçamentária Anual de 2022

Deputado Sérgio Aguiar Deputado Sérgio AguiarFoto: Paulo Rocha

O deputado Sérgio Aguiar (PDT) ressaltou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (20/10), realizada de forma híbrida, os investimentos previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022. O parlamentar, que é presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação (COFT), afirmou que a Casa recebeu, na última sexta-feira (15/10), “a peça motriz da LOA 2022”.

Sérgio Aguiar destacou que a COFT irá debater junto aos demais parlamentares a direção do orçamento. “Até o dia 22 de dezembro, já estaremos com essa matéria debatida, discutida e aprovada. Nós teremos aproximadamente 62 dias. Com a Assembleia Itinerante, também levaremos esse debate a cinco macrorregiões do Estado. Nós já temos alguns municípios definidos”, pontuou.

O parlamentar informou que, em 2022, a LOA contará com um aumento de aproximadamente 11% em relação ao orçamento de 2021. “São vários investimentos, dentre eles, o Cinturão das Águas, que terá R$ 147 milhões de recursos previstos para 2022. Também haverá recursos para a Linha Leste do metrô de Fortaleza, que fortalecerá a urbanização, através de um modal novo para a capital. O PIB do estado do Ceará deverá crescer 2,33%, é um salto a mais do que está estipulado no PIB do Brasil”, adiantou.

Sérgio Aguiar comemorou o aumento do orçamento para a área da saúde, com quase 15% de investimentos a mais do que no último ano, além de parabenizar o Governo pelo lançamento do programa Plantão Cirurgias 24 horas, possibilitando celeridade no atendimento de cirurgias eletivas reprimidas em razão da pandemia de Covid-19. “Esse projeto recebe o meu aplauso, recebe a minha comemoração. Que esses pacientes deixem de ser estatísticas e passem a ser verdadeiros em receber essa atenção”.

Em aparte, o líder do Governo na Assembleia, deputado Júlio César Filho (Cidadania), celebrou a transparência do programa Plantão Cirurgias 24 horas “É importante ressaltar os investimentos na área de saúde. Foi lançada uma plataforma com a qual nós vamos colocar de maneira transparente o andamento da fila de cirurgias, para que o cidadão cearense saiba em que lugar da fila ele está e acompanhe”, assinalou.

JI/AT

Romeu Aldigueri lamenta mortes por Covid e defende fé na ciência

Deputado Romeu Aldigueri Deputado Romeu AldigueriFoto: Paulo Rocha

O deputado Romeu Aldigueri (PDT) expressou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (20/10), realizada de forma presencial e remota, o seu pesar aos familiares e amigos dos mais de 600 mil brasileiros vitimados pela Covid-19. Segundo o parlamentar, trata-se de um sofrimento que vai perdurar por longos anos, não apenas pelo luto dos que se foram, mas pelas sequelas deixadas em quem conseguiu vencer a doença.

Para o deputado, diante dessa realidade, é fundamental manter a fé na ciência, nas pesquisas e na inteligência humana, acreditando que elas vão se sobrepor ao curandeirismo e ao populismo barato.

Ainda de acordo com ele, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que está em andamento em Brasília, deve esclarecer, no mínimo, grande parte da omissão do Governo Federal no combate à Covid-19.

“Se a Justiça não atuar, certamente a história pesará a mão sobre cada nome que deixou de cumprir a sua obrigação profissional”, apontou.

Romeu Aldigueri comentou que “a história vai separar os responsáveis, os que dignificaram a confiança do povo, daqueles que jamais serão esquecidos e perdoados, dos que merecem ser responsabilizados”.

O parlamentar destacou ainda que, nesta quarta-feira, o Governo do Estado está lançando o programa de cirurgias 24h, com a pretensão de zerar a fila por cirurgias eletivas no Ceará. “O programa prevê a realização de 10 mil cirurgias, em mais um legado importante deixado para a população cearense por essa administração”, ressaltou.

Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) considerou que o momento é de reflexão para a sociedade brasileira, diante das mais de 600 mil mortes decorrentes da Covid-19. “Dessas mais de 600 mil vidas perdidas, poderíamos ter poupado de 100 a 300 mil se o Brasil agisse respeitando os critérios científicos. Nós temos um dos índices percentuais mais altos do mundo de mortalidade pela doença em proporção de habitantes”, lamentou.

RG/AT

Assembleia Legislativa realiza sessão itinerante em Icó nesta quinta-feira

Assembleia Legislativa realiza sessão itinerante em Icó nesta quinta-feira

 
A Assembleia Legislativa realiza, na manhã desta quinta (21/10), em Icó, no centro-sul do Estado, sessão deliberativa itinerante com a participação de deputados em formato híbrido (presencial e remoto), para deliberação de cinco projetos de lei e oito de indicação de deputados. A sessão será no Teatro Ribeira dos Icós, a partir das 9h30.

Na mesma manhã, será realizada sessão solene em que serão anunciados os vencedores da segunda edição do Festival de Arte e Cultura realizado nos dias 19 e 20 de outubro, durante a Assembleia Itinerante. O evento tem reunido valores da região nas mais diversas manifestações artísticas.

A sessão será transmitida ao vivo pela TV Assembleia (canal 31.1), FM Assembleia (96,7MHz), portal e Facebook da Casa.

ASSEMBLEIA ITINERANTE

A Assembleia Itinerante é uma iniciativa do Poder Legislativo para levar as atividades da Casa ao interior do Estado, descentralizando as decisões que acontecem na sede do Parlamento cearense. Este ano com um formato inovador, a iniciativa está levando também serviços, palestras e apresentações do Festival de Arte e Cultura para a população da região onde ocorre o evento.

A proposta, segundo o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão (PDT), foi “agregar à Assembleia Itinerante duas ações que consideramos de extrema importância para os cidadãos e cidadãs da região, além da sessão plenária, uma feira de serviços e um festival cultural”.

A primeira edição da Assembleia Itinerante foi em Itapipoca, no mês de setembro, e esta segunda edição está sendo realizada em Icó.  Em parceria com o Governo do Estado, Prefeitura de Icó, Fecomércio, Fiec, Sebrae e prefeituras da região, diversos serviços e palestras estão sendo oferecidos para a população no Largo Theberge.

O planejamento da Assembleia Itinerante é do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos, que tem à frente o deputado Tin Gomes (PDT). A organização envolve uma força-tarefa de diversos setores da Casa, como Diretoria Legislativa, Cerimonial, Comunicação Social, a Segunda Companhia de Guarda da Assembleia e Corpo de Bombeiros.

LV/CG / AGÊNCIA DE NOTICIAS DA AL/CE - DANIEL SAMPAIO

OS Senadores da CPI fecham acordo para retirar acusação de genocídio e homicídio contra Bolsonaro

André Shalders , O Estado de S.Paulo

20 de outubro de 2021 | 00h01

BRASÍLIA — O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, do Senado Federal, não acusará o presidente Jair Bolsonaro de homicídio qualificado e nem de genocídio contra as populações indígenas. O indiciamento do presidente por estes dois crimes estava presente na minuta mais recente do relatório final preparado por Renan Calheiros (MDB-AL), mas os senadores do chamado "G7" da CPI fecharam um acordo para remover os dois crimes durante uma reunião na noite desta terça-feira, 19. 

O encontro foi no apartamento do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Conforme mostrou o Estadão, Bolsonaro ficou especialmente irritado com o indiciamento por homicídio qualificado -- na reunião da noite desta terça, o tipo penal acabou removido por sugestão do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). 

Após o encontro, o presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que o crime de homicídio seria "absorvido" em outro tipo penal pelo qual Bolsonaro também será indiciado, o de crime de epidemia com resultado morte. "É só um ajuste no tipo penal", disse ele. Aziz também argumentou que não havia consenso entre os senadores sobre a acusação de genocídio. Antes do acordo, o possível indiciamento de Jair Bolsonaro por homicídio chamou a atenção do mundo: o jornal norte-americano The New York Times mencionou o fato em sua página principal nesta terça-feira.

"O indiciamento por genocidio foi substituído por crime contra a humanidade. E foi retirado o homicídio por sugestão do Alessandro Vieira. Foi tudo bem e está refeita  a convergência", disse o senador Renan Calheiros ao Estadão após a reunião. 

Após o acordo para suavizar as acusações contra o presidente, a lista de imputações contra o mandatário cairá de 12 para 10 crimes. Estão mantidas as acusações de crime de epidemia com resultado morte; infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime, falsificação de documento particular, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, crime contra a humanidade  e crimes de responsabilidade. 

A reunião noturna na casa de Tasso Jereissati também terminou com a remoção de uma acusação contra o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), que é filho do presidente da República. Ele foi poupado da acusação de advocacia administrativa, por supostamente ter atuado a favor da empresa Precisa Medicamentos. No entanto, continuará sendo acusado de incitação ao crime por comandar a estrutura de propagação de notícias falsas, junto com o pai. A mesma acusação está mantida para os outros dois filhos do presidente com carreira política, Carlos e Eduardo.

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