Pelo menos 1,5 milhão de servidores estaduais correm o risco de ficar sem 13º
Renée Pereira e Luciana Dyniewicz, O Estado de S.Paulo
04 Novembro 2018 | 22h00
Pelo terceiro ano consecutivo, ao menos 1,5 milhão de servidores estaduais correm o risco de não receber o 13.º salário até o fim do ano. Os governos de Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte ainda não têm dinheiro em caixa para o pagamento dos funcionários, embora afirmem estar tentando arrumar verbas para cumprir o compromisso.
O Estado procurou todos os governos estaduais e o Distrito Federal para saber se o 13.º salário está garantido neste ano. Do total, 16 responderam e disseram quais estratégias estão usando para contornar a crise. Entre os casos mais graves, estão aqueles que ainda não conseguiram quitar nem o benefício de 2017. O Rio Grande do Sul pagou, no mês passado, a décima parcela (de um total de 12) do 13.º do ano passado e já avisou que não tem dinheiro para o benefício de 2018. Até o salário de outubro, que deveria ter entrado no dia 31, ainda não caiu na conta dos servidores.
Governador eleito de Minas decidiu iniciar gestão com corte de secretarias e comissionados
Amanda Almeida / O GLOBO
BRASÍLIA — Na expectativa de aproveitar a vitrine que conquistou com a eleição de Romeu Zemaem Minas Gerais , com 71,8% dos votos, o Novo prepara um pacote com apelo popular para apresentar como primeira ação do governador eleito. Corte de secretarias e cargos comissionados, escolha de nomes técnicos para postos tradicionalmente ocupados por políticos e dispensa do “palácio” dos governadores mineiros foram medidas decididas por Zema e sua equipe de transição.
Com um déficit de R$ 11,4 bilhões em 2019 previsto na Lei Orçamentária estadual, a equipe de Zema sabe, no entanto, que essas medidas não vão garantir a salvação das contas. Com o auxílio do economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, os assessores do governador eleito estão debruçados sobre a situação fiscal de Minas.
Com Moro e redes sociais, Bolsonaro prevê nova relação com o Congresso

Rumo para Bolsonaro ajustar gargalos na educação passa por Congresso e economia
Operações em universidades e debates sobre Escola sem Partido têm dominado as discussões sobre educação no país. As questões são relevantes, mas os desafios do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) na área são ainda mais amplos.
Envolvem 49 milhões de estudantes, baixos índices de aprendizagem e 2,7 milhões de crianças e jovens fora da escola. Ambos os problemas,de permanência e aprendizado, têm maior impacto entre as famílias mais pobres.
Os rumos da educação não serão definidos apenas no Ministério da Educação. Dependem da política econômica e do Congresso. A ação de estados e municípios e a colaboração entre os entes federados será outro foco.
"Podemos dividir a condução das políticas em nível federal em duas avenidas: a avenida do MEC e a avenida do Legislativo. Elas são adjacentes", diz Priscila Cruz, do Todos Pela Educação.
Superministros - FOLHA DE SP
A proliferação do número de ministérios na administração federal —em particular na era petista, quando se atingiu o recorde de 39 órgãos com tal status— gerou justa indignação na opinião pública.
Era evidente, afinal, que o aumento do primeiro escalão se destinava, na maioria dos casos, a acomodar apaniguados e partidos ávidos por cargos e verbas, em detrimento da eficiência da gestão.
Daí se seguiu a percepção errônea, entretanto, de que a criação de pastas constituía causa da deterioração das finanças públicas. Essa noção foi alimentada, de forma demagógica, por forças políticas que apresentavam o corte de ministérios como solução indolor para a ruína orçamentária.
Sergio Moro na Justiça
O Estado de S.Paulo
02 Novembro 2018 | 03h00
Ao escolher o juiz Sergio Moro para o Ministério da Justiça, o presidente eleito Jair Bolsonaro foi coerente com seu discurso de campanha, fortemente marcado pela promessa de combate à corrupção - e, como se sabe, esse combate, simbolizado pela Operação Lava Jato, teve naquele magistrado um de seus próceres nos últimos quatro anos. “Sua agenda anticorrupção, anticrime organizado, bem como respeito à Constituição e às leis, será o nosso norte!”, escreveu Bolsonaro no Twitter ao dar a notícia, ainda em tom marcadamente eleitoral.
Moro aceita convite para superministério da Justiça de Bolsonaro
Fausto Macedo, Marcio Dolzan, Vinicius Neder e Constança Rezende / O ESTADO DE SP
01 Novembro 2018 | 10h49

Sérgio Moro e Paulo Guedes. Foto: Wilton Júnior/Estadão
O juiz federal Sérgio Moro aceitou nesta quinta-feira, 1.º, o convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para ser ministro da Justiça do futuro governo. Moro vai assumir uma pasta ampliada e com órgãos de combate à corrupção que estão atualmente em outros ministérios, como a Polícia Federal e parte do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O magistrado afirmou que pretende implementar “forte agenda anticorrupção e anticrime”. A decisão de Moro abre caminho para a indicação de seu nome para uma futura vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Lava Jato apoia conversão de Moro em ministro
Integrantes da força-tarefa da Lava Jato enxergam com simpatia a conversão de Sergio Moro em ministro da Justiça. Acreditam que, transferindo-se para Brasília, o juiz pode colocar o seu prestígio a serviço de uma articulação para aprovar reformas legislativas capazes de fortalecer o combate à corrupção.
É consensual entre os procuradores a avaliação de que a Lava Jato perderia tração sem a presença de Moro. Mesmo que exibisse a mesma qualificação técnica, o substituto começaria do zero. E não teria o prestígio de Moro. Apesar disso, não há críticas à decisão do magistrado de se reunir com Jair Bolsonaro. Ao contrário, as palavras são de apoio.