Butantan entrega hoje mais 2 milhões de doses de vacina CoronaVac
O Instituto Butantan entregou hoje (10) mais 2 milhões de doses da vacina contra o coronavírus CoronaVac. Com este lote, o instituto totaliza 45,1 milhões de doses do imunizante desenvolvido em parceria com o laboratório chinês Sinovac disponibilizadas para o Programa Nacional de Imunizações.
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A previsão é que o Butatan libere mais um milhão de doses na próxima quarta-feira (12), com concluindo o primeiro contrato assinado com o Ministério da Saúde para fornecimento de 46 milhões de doses da vacina.
A estimativa inicial era de que esse total fosse disponibilizado até o final de abril. No entanto, a produção da CoronaVac tem sofrido atrasos devido à demora além do previsto para envio de matérias-primas pela China.
O Butantan tem ainda um segundo contrato com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 54 milhões de doses da vacina até 30 de agosto.
O estado de São Paulo já imunizou completamente, com as duas doses de vacina contra o coronavírus, 4,7 milhões de pessoas, mais de 10% da população. EXAME E AGÊNCIA BRASIL
Flávio Dino critica Bolsonaro por promoção de passeio com motocicletas
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que abriu a fala dos governadores durante reunião desta manhã da Comissão Temporária da Covid-19 no Senado, voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro, dessa vez, pela promoção de um passeio de motocicletas em seu apoio. Segundo Dino, a atitude, no domingo, em Brasília (DF), provoca um “efeito social negativo” na população.
O presidente Bolsonaro passeou por cerca de uma hora e meia pelas avenidas de Brasília, acompanhado por centenas de motociclistas. Para Dino, a atitude tem um efeito negativo que se multiplica na sociedade. “No momento em que ele sinaliza no sentido da promoção de aglomerações desnecessárias, deficientes, supérfluas, irresponsáveis, é claro que isso tem um efeito social negativo”, afirmou.
ISTOÉ
Saúde distribui 1,12 milhão de vacinas da Pfizer a partir de amanhã
O Ministério da Saúde começa a distribuir a partir de amanhã (10) mais um lote com 1,12 milhão de doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech. As doses são destinadas para a primeira aplicação em pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas e pessoas com deficiência permanente.
Segundo a pasta todos os estados e Distrito Federal receberão o imunizante de forma proporcional e igualitária.
Na semana passada, o governo distribuiu o primeiro lote de vacinas da Pfizer com 1 milhão de doses.
De acordo com a pasta, a logística de distribuição das vacinas da Pfizer foi montada levando em conta as condições de armazenamento do imunizante. No Centro de Distribuição do ministério, em Guarulhos, as doses ficam armazenadas a uma temperatura de -90°C a -60°C.
Ao serem enviadas aos estados, as vacinas estarão expostas a temperatura de -20°C. Nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de +2 a +8°C, as doses precisam ser aplicadas em até cinco dias.
“Em função disso, o Ministério da Saúde orienta que, neste momento, a vacinação com o imunizante da Pfizer seja realizada apenas em unidades de saúde das 27 capitais brasileiras, de forma a evitar prejuízos na vacinação e garantir a aplicação da primeira e segunda doses com intervalo de 12 semanas entre uma e outra”, informou o ministério.
A vacinação contra a covid-19 começou no país no dia 18 de janeiro. Até o momento, contando com esse novo lote, foram destinadas a todas as unidades da Federação aproximadamente 75,4 milhões de doses de imunizantes. Até este domingo (9), mais de 46,8 milhões de doses já foram aplicadas.
Edição: Fábio Massalli / AGÊNCIA BRASIL
Brasil chega a 15,19 milhões de casos e 422,3 mil mortes por covid-19
O Brasil registra, até o momento, 422.340 mortes por covid-19. Em 24 horas, foram confirmados 1.024 óbitos e 38.911 novos casos. No total, 15.184.790 casos foram diagnosticados no país.
O número de pessoas recuperadas totalizou 13.714.135 - 90,3% do total de infectados pelo novo coronavírus. Existem 3.722 mortes em investigação por equipes de saúde, dados relativos a ontem, porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.
Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado no fim da tarde de hoje (9). O balanço é elaborado a partir dos dados sobre casos e mortes levantados pelas autoridades locais de saúde.
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (100.799), Rio de Janeiro (46.427) e Minas Gerais (36.011). As unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (1.546), Amapá (1.582) e Acre (1.589).
Em relação aos casos confirmados, São Paulo também lidera, com mais de 3 milhões de casos. Minas Gerais, com 1,4 milhão, e Rio Grande do Sul, com pouco mais de 1 milhão de casos, aparecem na sequência. O estado com menos casos de covid-19 é o Acre, com 79,3 mil, seguido por Roraima (98,3 mil) e Amapá (107,7 mil).
Vacinação
Em relação à vacinação, foram aplicadas no Brasil 46.516.233 doses de vacinas contra a covid-19, segundo dados disponíveis no portal Localiza SUS, do Ministério da Saúde. Deste total, 31.522.511 foram vacinadas com a primeira dose e 14.993.722 receberam a segunda.
Neste domingo, 6.127 doses foram aplicadas.
Edição: Fábio Massalli / AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil registra 63,4 mil novos casos e 2,2 mil óbitos
O Brasil registra, até o momento, 421.316 mortes por covid-19. Em 24 horas, foram confirmados 2.202 óbitos e 63.430 novos casos. No total, 15.145.879 casos foram diagnosticados no país.
O número de pessoas recuperadas totalizou 13.677.668 - 90,3% do total de infectados pelo novo coronavírus.
Ainda existem 3.706 mortes em investigação por equipes de saúde, dados relativos a ontem. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.
Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado no fim da tarde de hoje (8). O balanço é elaborado a partir dos dados sobre casos e mortes levantados pelas autoridades locais de saúde.
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (100.649), Rio de Janeiro (46.374) e Minas Gerais (35.750). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (1.546), Amapá (1.580) e Acre (1.585).
Em relação aos casos confirmados, São Paulo também lidera, com 2,9 milhões de casos. Minas Gerais, com 1,4 milhão, e Rio Grande do Sul, com pouco mais de 1 milhão de casos, aparecem na sequência. O estado com menos casos de covid-19 é o Acre, com 79,2 mil, seguido por Roraima (98,1 mil) e Amapá (107,5 mil).
Vacinação
Até o início da noite de hoje, haviam sido distribuídas 77,9 milhões de doses de vacinas. Deste total, foram aplicadas 46,3 milhões de doses, sendo 31,3 milhões da 1ª dose e 14,9 milhões da 2ª dose. Os dados são do Ministério da Saúde. agência brasil
Covid-19: Brasil tem 419,1 mil mortes e 15,08 milhões de casos
Ainda há 3.699 óbitos em investigação. Isso ocorre porque há casos em que um paciente morre, mas a causa continua sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.
Já o número de casos acumulados foi para 15.082.449. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 78.886 novos diagnósticos positivos. Ontem, o sistema de informações do Ministério da Saúde estava em 14.930.183.
Ainda há no país 1.022.857 casos em acompanhamento. O termo é empregado para as pessoas infectadas e com casos ativos de contaminação pelo novo coronavírus.
Ainda conforme a atualização, o Brasil tem 13.640.478 pessoas que se recuperaram da covid-19 desde o início da pandemia. Isso equivale a 90,4% do total de pessoas que foram infectadas com o vírus.
Os números são em geral mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados. Já às terças-feiras, os resultados tendem a ser mais altos pelo envio dos dados acumulados.
Estados
O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (99.989). Em seguida, vêm Rio de Janeiro (46.171), Minas Gerais (35.424), Rio Grande do Sul (25.807) e Paraná (23.623).
Na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.534), Acre (1.575), Amapá (1.578), Tocantins (2.642) e Alagoas (4.347).
Vacinação
Até o momento, foram distribuídos a estados e municípios 75,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 46,8 milhões de doses, sendo 31,7 milhões da 1ª dose e 15,1 milhões da 2ª dose.
Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL
BC planeja o real digital
País segue os passos da China, que lançou em abril o yuan digital, primeira moeda deste tipo no mundo. Bancos centrais de outros países também planejam a emissão das suas novas divisas
Assim como a China, que em abril começou a emitir a sua moeda digital, o Brasil também tem um projeto para lançar o real digital. Os estudos feitos pelo Banco Central estão “avançando”, revelou recentemente Roberto Campos Neto, presidente do BC brasileiro, em uma videoconferência. Seria um desdobramento de um projeto de modernização já em curso, possível com a aprovação da nova lei cambial, no fim do ano passado, que criou a base para a inovação.
100 mil pessoas começaram a usar o yuan digital na China
Além do Brasil, EUA, Reino Unido, Rússia e Índia estudam aprovar suas moedas digitais. Assim como no Brasil, ainda não existe uma data projetada para esses lançamentos. A moeda digital promete revolucionar a emissão de dinheiro, eliminando totalmente o uso, não só das cédulas de papel e moedas, mas também dos cartões de débito e dos sistemas intermediários de pagamento. Especialistas dizem que esta mudança, contudo, não será rápida. É cultural e poderá levar várias décadas. É muito provável que o dinheiro digital coexista durante bastante tempo com as cédulas de papel, moedas e meios eletrônicos de pagamento. “Na teoria, a moeda digital eliminaria até os bancos, porque permitirá que os pagamentos ocorram diretamente entre as pessoas”, diz Letícia Murakawa, diretora-executiva da Capco, empresa de serviços financeiros, com matriz na Grã-Bretanha e filial no Brasil.
Ela destaca que a vantagem do meio digital é a segurança, além do fato de a moeda ser criptografada e ter também um custo muito menor de emissão e manutenção, em comparação ao papel. O meio digital também dá rapidez à compensação dos pagamentos, que costuma ser instantânea. As transações no meio digital são protegidas pela tecnologia blockchain, o que garante que o meio de pagamento é seguro. Muitas transações nos meios eletrônicos contam com esta tecnologia, que de poucos anos para cá ficou mais acessível.
A desvantagem seria o controle que a autoridade monetária teria sobre os pagamentos realizados pelos cidadãos, algo perigoso em um regime totalitário. Ela comenta que este controle, em grande parte, já existe nos meios eletrônicos, hoje predominantes na maioria dos países. “Não é muito diferente do que já ocorre hoje com as transações eletrônicas como DOC, TED, PIX, cartões de débito e crédito”, observa. “O que determina se uma moeda é forte é se ela tem adesão ou não. O grau de ceitação ou rejeição de uma moeda trará a estabilidade para o dinheiro.”
Pioneirismo chinês
O Banco Popular da China lançou o yuan digital em abril e autorizou os bancos a liberá-lo para 100 mil pessoas, inicialmente. A moeda digital permite a qualquer pessoa receber o dinheiro no seu próprio celular, transformado em uma “carteira”. Há uma razão para essa experiência ter começado no país. Na China, mais de 80% das compras são pagas pelo celular, usando sistemas eletrônicos de pagamentos das empresas locais Ali Baba, Alipay e Didi. Além de venderem produtos, essas companhias oferecem serviços como aluguel de carros. A moeda digital chinesa elimina os serviços intermediários, como os das empresas locais, e das multinacionais PayPal, Entropay e Paysafe.
Em inglês, foi adotada a sigla CBDC (Central Bank Digital Currency, ou Moeda Digital de Banco Central) para se referir a este dinheiro, que, ao contrário de uma criptomoeda, só é emitido pela autoridade monetária de um país. Ai está uma diferença fundamental em relação às nove mil criptomoedas que circulam no mundo, como a Bitcoin e a Ethereum. As divisas nacionais têm lastro garantido pelos bancos centrais. Será o caso do futuro real digital. ISTOÉ
Governo aciona termelétricas e importa energia para driblar falta de chuva
Manoel Ventura / O GLOBO
BRASÍLIA — O governo decidiu acionar todas as usinas termelétricas que estejam disponíveis para garantir o suprimento de energia, diante de uma seca histórica na região das usinas hidrelétricas, além de importar eletricidade do Uruguai e da Argentina.
O Ministério de Minas e Energia (MME) garante que as medidas afastam o risco de racionamento, mas a conta de luz tende a ficar mais cara ao longo do ano.
Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que, no período entre setembro e abril, foi registrada a pior afluência para os reservatórios da região onde estão as hidrelétricas desde que isso começou a ser registrado, em 1931. Ou seja, foi o período em que menos entrou água das chuvas nas barragens em pelo menos 90 anos.
O resultado é que o nível dos reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste finalizou abril com o menor valor verificado para o mês desde 2015, quando o país também enfrentou crise hídrica severa. Essa é a principal região para o armazenamento de água do Sistema Interligado Nacional. O setor elétrico reúne essas duas regiões geográficas em uma só região operativa.
Uruguai e Argentina
No mês passado, os reservatórios dessa região estavam com 34,6% do volume total — em 2015, eram 33,5%. A preocupação é que a área entrará agora no chamado período seco, até novembro, com tendência de nova queda nos volumes dos reservatórios.
A previsão do governo é que os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste terminem maio com 32,3% da capacidade. Se confirmado, será o pior registro desde 2001, ano do racionamento de energia. A situação está melhor nas regiões Norte, Nordeste e Sul.
Para garantir o suprimento de energia e economizar água, o governo decidiu acionar todas as termelétricas que estão disponíveis para operação, de acordo com o MME.
O Brasil tem mais de cem dessas usinas integradas ao sistema, mas há questões como manutenção e acesso a combustível que precisam ser consideradas antes de acioná-las. Elas são movidas a gás natural, óleo, carvão e biomassa.
Desde fevereiro, a produção de energia por meio de termelétricas tem aumentado semanalmente.
Além de permitir o acionamento das termelétricas, o governo está importando energia da Argentina e do Uruguai desde o início do ano, mas há uma limitação técnica para isso: depende do quanto as linhas de transmissão que ligam o Brasil a esses países conseguem suportar.
Bandeira vermelha
Perguntado pelo GLOBO sobre o risco de racionamento, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, respondeu:
— Estamos trabalhando justamente, permanentemente, para que não haja essa hipótese.
Um dos reflexos da geração de energia por usinas termelétricas é a alta nas contas de luz. Num primeiro momento, isso ocorre com o acionamento de bandeiras tarifárias mais caras. Em maio, está em vigor a bandeira vermelha no patamar 1, que significa um adicional de R$ 4,16 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A expectativa é que a bandeira vermelha 2 seja acionada em junho, com impacto de R$ 6,24 a cada 100kWh. E a tendência é que a bandeira vermelha permaneça em vigor até o fim do ano. Uma residência consome em média 150kWh por mês — ou seja, a cobrança extra ficaria na casa dos R$ 10 por mês.
O presidente da consultoria PSR, Luiz Augusto Barroso, lembra que as tarifas de energia das distribuidoras são formadas por uma série de componentes, como a variação do dólar, a indexação de contratos, a produção de energia renovável, além do despacho térmico.
Nova MP 936: Mais de 500 mil acordos para redução e suspensão de jornadas foram assinados em uma semana
Uma parte do custo extra decorrente da geração de termelétricas acaba sendo repassada ao consumidor por meio das bandeiras tarifárias ao longo do ano. O que não é possível de ser coberto pelas bandeiras é levado para a tarifa nos reajustes anuais das distribuidoras.
— Nós chegamos com reservatórios mais baixos neste período do ano. Isso vai tornar o ano de 2021 naturalmente desafiador e complexo pela ótica da segurança do suprimento — disse Barroso.
O especialista afirma que a segurança do suprimento energético vai depender, além do acionamento das termelétricas, da disponibilidade de água para a geração de energia ao longo do ano. Ele lembra que há uma série de disputas relacionadas aos usos diversos das águas das bacias hidrográficas, como navegação, lazer e irrigação:
— A gente está preocupado, mas não está em pânico. A diferença entre os dois cenários será a disponibilidade de gás para as termelétricas, quantidade de chuvas e disponibilidade das águas.
O presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello, diz que as medidas deveriam ter sido tomadas antes, para evitar que o nível dos reservatórios caísse tanto:
— Tudo que se coloca de despacho térmico economiza água, e isso deveria ter sido feito no segundo semestre do ano passado. A gente precisa de uma solução estrutural para esse problema, como tentar baratear o preço das termelétricas.
Fábio Faria diz que a tecnologia 5G vai revolucionar vida das empresas
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse hoje (6) que a chegada da tecnologia 5G vai revolucionar a vida das empresas do país, ao participar do evento virtual da Semana Nacional das Comunicações Diálogo Conexis. O ministro destacou que a tecnologia vai aumentar as aplicações de internet das coisas (IoT, na sigla em inglês), especialmente em setores como o agronegócio.
"Teremos aumento do PIB do agronegócio, avanços na telemedicina e em segurança pública, além da possibilidade de acabar com o deserto digital que atinge hoje cerca de 40 milhões de brasileiros, grande parte deles na Região Norte”, disse o ministro. “O setor [do agronegócio] terá potencial para crescer 20% ao ano, o que significa dobrar de tamanho em cinco anos”, afirmou.
Segundo Faria, o governo deve realizar o leilão do 5G ainda este ano. Ele disse que o edital do leilão ainda está em análise no Tribunal de Contas da União (TCU) e a expectativa é que a corte finalize a análise em junho.
“Iremos levar internet para a população brasileira que ainda não têm. O 4G revolucionou a vida das pessoas e o 5G irá revolucionar a indústria, as empresas e possibilitar avanços no que se refere à Internet das Coisas", disse.
O ministro ressaltou o impacto que a implementação do 5G trará para a economia. "O Brasil é um dos países que mais atrai investimentos em tecnologia, e com o 5G vamos melhorar nosso ambiente de negócios e expandir as telecomunicações em todo o território nacional", disse.
De acordo com o ministro, 90% das novas antenas que serão usadas para oferta específica do serviço poderão ser caracterizadas como de pequeno porte, fazendo com que a sua instalação seja simplificada.
Um decreto sobre a instalação de antenas foi publicado pela pasta no ano passado. Segundo o ministro, a medida diminuiu os entraves para a instalação desse tipo de equipamento pelas operadoras de telecomunicações.
“Sem o decreto da Lei Geral de Antenas, seria impossível termos 5G. Principalmente em relação ao silêncio positivo. Em vários estados do Brasil nós demorávamos dois, três anos para termos retorno”, disse.
Edição: Fernando Fraga / AGÊNCIA BRASIL
Não ousem contestar, diz Bolsonaro em recado ao STF de que irá barrar eventual lockdown nos estados
Em meio ao segundo dia de depoimento na CPI da Covid do Senado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou nesta quarta-feira (5) a ameaçar editar um decreto contra medidas de isolamento social tomadas por governadores e prefeitos para, segundo o mandatário, garantir a realização de cultos e a "liberdade para poder trabalhar".
Em um recado ao STF (Supremo Tribunal Federal), Bolsonaro ainda afirmou: "Não ouse contestar, quem quer que seja".
A fala do mandatário ocorreu em evento no Palácio do Planalto, um dia depois de o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta ter apontado que Bolsonaro contrariou orientações do Ministério da Saúde baseadas na ciência para o combate à pandemia da Covid.
"Nas ruas já se começa a pedir que o governo baixe um decreto. Se eu baixar um decreto, vai ser cumprido, não será contestado por nenhum tribunal", declarou Bolsonaro, em evento de abertura da Semana das Comunicações, no Planalto.
"O que está em jogo e alguns [governadores e prefeitos] ainda ousam por decretos subalternos nos oprimir. O que nós queremos do artigo 5º [da Constituição] de mais importante? Queremos a liberdade de cultos, queremos a liberdade para poder trabalhar, queremos o nosso direito de ir e vir, ninguém pode contestar isso. Se esse decreto eu baixar, repito, [ele] será cumprido. Juntamente com o nosso Parlamento, juntamente com todo o poder de força que temos em cada um dos nossos atualmente 23 ministros", declarou. Bolsonaro
Em outro momento de seu discurso desta quarta-feira, sem citar o Supremo, Bolsonaro disse que o reconhecimento da competência de estados e municípios para a adoção de medidas de controle sanitário é uma "excrescência".
O STF julgou que estados e municípios, assim como a União, têm atribuição para a tomada de decisões referentes ao controle do vírus, entre eles o fechamento de comércios.
Bolsonaro afirmou que, com a proibição de cultos em alguns estados —outra ação avalizada pelo Supremo— "pastores e padres passaram a ser vilões no Brasil".
As ameaças do presidente ocorrem no dia em que outro ex-ministro da Saúde é ouvido pela CPI no Senado. Na manhã desta quarta, Nelson Teich, oncologista que ficou menos de um mês no cargo, responde a perguntas de parlamentares.
No final de abril, por exemplo, Bolsonaro já havia feito ameaça semelhante em Manaus. Em mais uma ofensiva contra governadores, afirmou que o Exército pode ir "para a rua" para, segundo ele, reestabelecer o "direito de ir e vir e acabar com essa covardia de toque de recolher".
A fala do presidente ocorreu em entrevista à TV A Crítica, concedida durante visita do mandatário a Manaus. Nas declarações, Bolsonaro atacou medidas de isolamento social tomadas por prefeitos e governadores e afirmou que pode determinar uma ação das Forças Armadas contra elas.
"O pessoal fala do artigo 142 [da Constituição], que é pela manutenção da lei e da ordem. Não é para a gente intervir. O que eu me preparo? Não vou entrar em detalhes, [mas é para] um caos no Brasil. O que eu tenho falado: essa política, lockdown, quarentena, fica em casa, toque de recolher, é um absurdo isso aí."
"Se tivermos problemas, nós temos um plano de como entrar em campo. Eu tenho falado, eu falo 'o meu [Exército]', o pessoal fala 'não'... Eu sou o chefe supremo das Forças Armadas. O nosso Exército, as nossas Forças Armadas, se precisar iremos para a rua não para manter o povo dentro de casa, mas para reestabelecer todo o artigo 5º da Constituição. E se eu decretar isso vai ser cumprido", acrescentou.
"As nossas Forças Armadas podem ir para a rua um dia sim, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer cumprir o artigo 5º. O direito de ir e vir, acabar com essa covardia de toque de recolher, direito ao trabalho, liberdade religiosa e de culto; para cumprir tudo aquilo que está sendo descumprido por parte de alguns governadores e alguns poucos prefeitos, mas que atrapalha toda a sociedade. Um poder excessivo que lamentavelmente o Supremo Tribunal Federal delegou, então qualquer decreto, de qualquer governador, qualquer prefeito, leva transtorno à sociedade."
Em seguida, Bolsonaro afirmou que não pode "extrapolar". Ele disse também que o plano de ação explicado por ele foi discutido com todos os seus ministros, de Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) a Braga Netto (Defesa).
"[Estão] praticamente conversados sobre isso aí, o que fazer se um caos generalizado se implantar no Brasil pela fome. Pela maneira covarde como alguns querem impor essas medidas, impondo certas medidas restritivas para o povo ficar dentro de casa."