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Governo deve prorrogar auxílio emergencial por dois meses antes de novo Bolsa Família

Idiana Tomazelli, O Estado de S.Paulo

07 de junho de 2021 | 16h37

BRASÍLIA - O governo deve prorrogar o auxílio emergencial por mais dois meses, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Com isso, a ajuda voltada aos mais vulneráveis durante a pandemia de covid-19 será estendida até setembro, nos mesmos valores de R$ 150 a R$ 375 e com igual alcance em termos de público. Hoje, o auxílio contempla cerca de 39,1 milhões de brasileiros.

Para bancar a prorrogação, a equipe econômica deve abrir um crédito extraordinário de aproximadamente R$ 12 bilhões. O valor vai reforçar os cerca de R$ 7 bilhões que ainda estão disponíveis dentro dos R$ 44 bilhões já destinados ao programa e que não foram usados porque o número de famílias na nova rodada ficou abaixo do inicialmente projetado.

Auxílio emergencial
Pessoas formam fila em uma agência da Caixa para sacar o auxílio emergencial Foto: Alex Silva/ Estadão - 5/5/2020

O crédito extraordinário banca despesas emergenciais e fica fora do teto de gastos, regra que limita o avanço das despesas à inflação.

A extensão da ajuda a vulneráveis é uma forma de manter a assistência às famílias em um cenário de risco de agravamento da pandemia de covid-19 e também evita um “vácuo” até o lançamento da nova política social permanente do governo.

No desenho atual, a última parcela é prevista para julho deste ano. No entanto, fontes do governo afirmam que “alguma prorrogação é razoável”, dado que o número de casos e óbitos pela doença parou de cair. Além disso, a extensão da ajuda dará maior conforto até a vacinação mais ampla da população.

A prorrogação deve ocorrer por medida provisória. A necessidade de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para isso, aventada anteriormente, perdeu força porque esse tipo de crédito já fica fora do teto, e há espaço na meta fiscal (que permite rombo de até R$ 247,1 bilhões no ano) para acomodar o gasto adicional.

No início do ano, o governo precisou de uma PEC para aprovar os primeiros R$ 44 bilhões destinados à nova rodada do auxílio porque o Orçamento de 2021 ainda estava em tramitação no Congresso Nacional, e não havia espaço na meta.

Os detalhes da estratégia do governo para as políticas sociais têm sido discutidos em frequentes reuniões com o presidente Jair Bolsonaro. Ele recebeu nesta segunda-feira, 7, o ministro da Cidadania, João Roma. Na semana passada, Bolsonaro já havia tratado do assunto com Roma e os ministros da Economia, Paulo Guedes, da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e da Secretaria de Governo, Flávia Arruda.

A prorrogação do auxílio ainda vai abrir mais espaço no Orçamento de 2021 para o lançamento da nova política social permanente, que vai suceder o Bolsa Família. Isso porque as famílias contempladas pelo Bolsa são “transferidas” para a folha do auxílio durante sua vigência, poupando o orçamento do programa.

Hoje, essa “sobra” do Bolsa dentro do teto é de aproximadamente R$ 7 bilhões e deve ficar maior com a extensão da ajuda temporária aos vulneráveis. O dinheiro deve ser usado para turbinar a nova política social.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, o desenho do substituto do Bolsa Família precisa ser implementado até dezembro de 2021, ou acabará engavetado, pois a lei veda a adoção desse tipo de medida em ano de eleições.

A Lei das Eleições diz que, no ano de realização do pleito, é proibida a distribuição de valores e benefícios, exceto programas sociais já autorizados em lei e com execução orçamentária no exercício anterior – neste caso, em 2021.

Os detalhes da estratégia de lançamento da nova política estão sendo guardados a sete chaves pelos integrantes do governo. Nas reuniões mais recentes, a reformulação vinha sendo discutida com base em reajuste nos benefícios e criação de bolsas de mérito escolar e esportivo, além de um “voucher” para creches.

O lançamento do novo programa depende do afastamento de dispositivos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e da Lei Complementar 173. Todas impõem algum tipo de restrição à criação ou ampliação de despesa continuada, o que travaria o novo programa social. Para isso, um dos pontos em discussão é a necessidade ou não de enviar um projeto de lei complementar para abrir o caminho. O novo Bolsa terá orçamento maior que os R$ 35 bilhões programados em 2021.

Bolsonaro confirma Copa América no Brasil com quatro cidades sedes

Dimitrius Dantas / O GLOBO

 

BOLSONARO E CABOCLODA CBF

 

BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta terça-feira a realização da Copa América no Brasil. Apesar da polêmica em torno da realização do evento no país, Bolsonaro afirmou que todos os ministérios aprovaram sua realização e destacou que o diversos campeonatos já estão sendo realizados sem nenhum problema, como a Libertadores da América e as partidas das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022.

Bolsonaro ainda afirmou que quatro sedes já confirmaram seu interesse em receber jogos do torneio: Brasília, Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro. Segundo ele, outro estado teria chegado “atrasado”.

— Faltava escolhermos as sedes em comum acordo e agora já tivemos quatro governadores aqui de Brasília, Rio, Mato Grosso do Sul e Goias e mais um chegou atrasado. Seguindo os mesmos protocolos, o Brasil sediará a Copa América — afirmou o presidente durante evento da assinatura da transferência de tecnologia para produção da vacina Oxford/AstraZeneca no Brasil.

Segundo Bolsonaro não havia motivos para ter qualquer posição contrária à realização do torneio.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a pasta foi incumbida de elaborar protocolos seguros para a realização da Copa América e para “trazer alegria ao povo brasileiro que ama o futebol”.

— O Ministério elaborará um protocolo que provenha segurança para os atletas, comissão técnica e aqueles que acompanham o campeonato — afirmou.

Camilo Santana antecipa primeira parcela do 13º salário de servidores do CE para o dia 21 de junho

O governador Camilo Santana anunciou, nesta terça-feira (1º), que o pagamento da primeira parcela do 13º salário a mais de 130 mil servidores estaduais ativos e inativos (aposentados e pensionistas) será feito no dia 21 de junho. O investimento na folha para antecipação do benefício chega a R$ 500 milhões. 

 

"Vamos antecipar por conta da pandemia. É um esforço para movimentar a economia do estado, injetar dinheiro no comércio", justificou o chefe do Executivo em transmissão nas redes sociais. 

Camilo ainda ressaltou que junto à folha do mês de maio, calculada em R$ 1 bilhão, e a próxima de junho de mesmo valor, a economia do Ceará terá uma injeção de R$ 2,5 bilhões.

"Isso é importante para a economia, para o comércio, para os serviços e gera oportunidades", afirmou. 

A data anunciada pelo governador é a mesma em que os 51 mil servidores municipais de Fortaleza terão na conta 40% do benefício. O prefeito Sarto Nogueira divulgou a medida na última quinta-feira (27). 

2020

No ano passado, o governo estadual creditou de forma adiantada a primeira parcela no dia 14 de agosto, enquanto a segunda ocorreu em 15 de dezembro. À época, Camilo citou que mais de 181 mil servidores foram contemplados. 

Já na Capital o benefício também antecipado pelo então prefeito Roberto Cláudio movimentou quase R$ 98 milhões.  DIARIONORDESTE

Doria defende realização da Copa América no Brasil: 'Temos de ser coerentes'

Redação, O Estado de S.Paulo

01 de junho de 2021 | 16h27

O governador João Doria (PSDB) voltou a defender nesta terça-feira, dia 1, a realização da Copa América no Estado de São Paulo. Ele justificou que seria incoerente permitir jogos de torneios nacionais e vetar a competição continental de seleções. "Temos em São Paulo, autorizado pelo governo, os campeonatos estaduais, sul-americano e torneios para os mais jovens. Temos a Copa do Brasil e o Brasileirão. Se tivermos discurso coerente, temos de para o futebol em São Paulo, então. Todos os torneios têm de parar", disse Doria.

João Doria
Doria defende a realização da Copa América. Foto: Governo do Estado de SP
"Discriminar especificamente a Copa América porque é fruto de um entendimento do negacionista de Brasília (em referência a Jair Bolsonaro), nós perdemos o bom senso e análise. Obedecendo todos os protocolos rigorosamente, não há razão para não ter um torneio aqui em São Paulo", acrescentou.
Redação, O Estado de S.Paulo

01 de junho de 2021 | 16h27

O governador João Doria (PSDB) voltou a defender nesta terça-feira, dia 1, a realização da Copa América no Estado de São Paulo. Ele justificou que seria incoerente permitir jogos de torneios nacionais e vetar a competição continental de seleções. "Temos em São Paulo, autorizado pelo governo, os campeonatos estaduais, sul-americano e torneios para os mais jovens. Temos a Copa do Brasil e o Brasileirão. Se tivermos discurso coerente, temos de para o futebol em São Paulo, então. Todos os torneios têm de parar", disse Doria.

João Doria
Doria defende a realização da Copa América. Foto: Governo do Estado de SP 

"Discriminar especificamente a Copa América porque é fruto de um entendimento do negacionista de Brasília (em referência a Jair Bolsonaro), nós perdemos o bom senso e análise. Obedecendo todos os protocolos rigorosamente, não há razão para não ter um torneio aqui em São Paulo", acrescentou.

O discurso de Doria é semelhante ao de Bolsonaro. Nesta terça-feira, o presidente disse que se depender dele e dos ministros está acertado. "O protocolo é o mesmo da Libertadores, o mesmo da Sul-Americana (campeonatos internacionais de futebol), a mesma coisa", declarou o presidente.

A Conmebol anunciou na segunda-feira o Brasil como sede da Copa América após Colômbia e Argentina recusarem a competição por causa de convulsões sociais e da pandemia. A decisão gerou críticas e também dividiu o País. Os governadores do Rio Grande do Sul, Pernambuco e Rio Grande do Norte já alegaram não ter condições de receber um evento desse porte em meio à sua luta contra a covid-19. Nas redes sociais, o evento ganhou apelidos como "Corona Cup" e "Cepa América", além de memes críticos à competição.  

Doria, no entanto, ignorou as críticas. "Saúde é saúde e eu trabalho com a coerência. Se os jogos do Brasileiro e Copa do Brasil são realizados aqui, porque impedir a realização de um torneio, simplesmente a Copa América. O que difere um chileno, um equatoriano, do jogador brasileiro? São todos seres humanos. Todos têm de estar protegidos", encerrou.

O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou requerimento para que o colegiado convoque o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, para explicar sobre a realização do evento. A iniciativa é apoiada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, que afirmou ao Estadão que vai se esforçar para que ela seja aprovada.

A Conmebol pretende vacinar as dez delegações participantes da Copa América 2021  até o início do torneio, dia 13. As seleções do Chile, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela já receberam a primeira dose do imunizante da Sinovac. Argentina, Brasil, Colômbia e Peru ainda não. As datas dos jogos serão confirmadas em breve, assim como os Estados onde haverá partidas. 

Covid-19: OMS aprova inclusão da CoronaVac em lista de uso emergencial

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a CoronaVac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, para uso emergencial, fazendo da vacina a segunda produzida na China a obter endosso da organização, informou a OMS nesta terça-feira (1°).

A lista de uso emergencial da OMS é um sinal para os reguladores nacionais sobre a segurança e eficácia de um produto. Ela também permite que a vacina seja incluída no esquema Covax, o programa global de fornecimento de vacinas principalmente para países pobres, que atualmente enfrenta grandes problemas de abastecimento devido à suspensão das exportações de vacinas pela Índia.

Em comunicado, o painel independente de especialistas recomendou a coronaVac, que no Brasil é produzida pelo Instituto Butantan, para adultos com mais de 18 anos, com uma segunda dose entre duas e quatro semanas depois da primeira. Não houve limite máximo de idade, uma vez que os dados sugerem que é provável ter efeito protetor em pessoas idosas. AGÊNCIA BRASIL

A Operação da PF combate crimes previdenciários no Maranhão

A Polícia Federal (PF), por meio da Força-Tarefa Previdenciária, deflagrou hoje (1º) a Operação Anadromiki, para investigar crimes previdenciários, que pode ter causado um prejuízo, inicialmente identificado, de aproximadamente de R$ 5,9 milhões, na concessão de benefícios.

As ações ocorrem nas cidades de São Luís, Paço do Lumiar, Esperantinópolis, São Domingos do Maranhão, Governador Nunes Freire e Maranhãozinho, no estado do Maranhão.

Aproximadamente 70 policiais federais cumprem 20 ordens judiciais expedidos pela 1º Vara da Justiça Federal. São três mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 13 de busca e apreensão. Consta ainda na decisão judicial a determinação para que o Instituo Nacional do Seguro Social (INSS) submeta 68 processos de benefício a procedimentos de auditoria. Dois servidores do INSS estão entre os investigados.

Segundo a PF, mediante a confecção de documentos ideologicamente falsos, o grupo criminoso inseria informações nos sistemas da autarquia previdenciária, objetivando a concessão, principalmente, de benefícios da espécie pensão por morte, com pagamentos retroativos, causando vultoso dano aos cofres públicos.

O nome da operação, Anadromiki, de acordo com a PF, faz alusão à palavra retroativo. “No caso dessa investigação, apurou-se que parte do modus operandi da organização criminosa consistiu no requerimento de benefícios com datas retroativas de modo a obter vultosos valores com a fraude previdenciária".

Edição: Aécio Amado / AGÊNCIA BRASIL

Operação da PF combate crimes previdenciários no Maranhão

A Polícia Federal (PF), por meio da Força-Tarefa Previdenciária, deflagrou hoje (1º) a Operação Anadromiki, para investigar crimes previdenciários, que pode ter causado um prejuízo, inicialmente identificado, de aproximadamente de R$ 5,9 milhões, na concessão de benefícios.

As ações ocorrem nas cidades de São Luís, Paço do Lumiar, Esperantinópolis, São Domingos do Maranhão, Governador Nunes Freire e Maranhãozinho, no estado do Maranhão.

Aproximadamente 70 policiais federais cumprem 20 ordens judiciais expedidos pela 1º Vara da Justiça Federal. São três mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 13 de busca e apreensão. Consta ainda na decisão judicial a determinação para que o Instituo Nacional do Seguro Social (INSS) submeta 68 processos de benefício a procedimentos de auditoria. Dois servidores do INSS estão entre os investigados.

Segundo a PF, mediante a confecção de documentos ideologicamente falsos, o grupo criminoso inseria informações nos sistemas da autarquia previdenciária, objetivando a concessão, principalmente, de benefícios da espécie pensão por morte, com pagamentos retroativos, causando vultoso dano aos cofres públicos.

O nome da operação, Anadromiki, de acordo com a PF, faz alusão à palavra retroativo. “No caso dessa investigação, apurou-se que parte do modus operandi da organização criminosa consistiu no requerimento de benefícios com datas retroativas de modo a obter vultosos valores com a fraude previdenciária".

Edição: Aécio Amado / AGÊNCIA BRASIL

PIB do Brasil cresce 1,2% no primeiro trimestre e zera perdas da pandemia, diz IBGE

SÃO PAULO e RIO DE JANEIRO

A economia brasileira cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior, o que representa uma desaceleração no ritmo de recuperação verificado no final de 2020, segundo dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta terça-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

"Com o resultado do primeiro trimestre, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014", diz o IBGE.

Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB cresceu 1,0%, primeira taxa positiva nessa comparação desde o fim de 2019. Nos últimos 12 meses, ainda há retração de 3,8%.

Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam crescimento de 0,8% na comparação com o trimestre anterior e de 0,5% em relação ao mesmo período de 2020.

O PIB havia crescido 7,8% no terceiro trimestre e 3,2% no quarto, após a queda recorde de 9,2% no segundo trimestre do ano passado.

“Mesmo com a segunda onda da pandemia de Covid-19, o PIB cresceu no primeiro trimestre, já que, diferente do ano passado, não houve tantas restrições que impediram o funcionamento das atividades econômicas no país”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Entre os setores, indústria e agropecuária já recuperaram suas perdas desde o ano passado. Os serviços ainda não. Na ótica da demanda, o consumo das famílias e do governo não voltaram ao patamar pré-crise. Investimentos, exportações e importações já se recuperaram. ​

O trimestre foi marcado pelo fim dos programas de auxílio do governo, pelo agravamento da pandemia e pela volta de algumas medidas de restrição, mas com taxas de isolamento bem menores que as verificadas no início da crise sanitária.

O Brasil também foi beneficiado pelo ritmo de crescimento das duas maiores economias mundiais –Estados Unidos e China– e de um cenário externo que conta ainda com valorização de moedas emergentes e alta no preço de commodities agrícolas e minerais, o que também se refletiu no desempenho de outras economias emergentes.

Segundo o IBGE, houve taxas positivas na agropecuária (5,7%), indústria (0,7%) e serviços (0,4%). O investimento cresceu 4,6%, enquanto o consumo das famílias caiu 0,1% e o consumo do governo recuou 0,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

O governo não divulga projeções trimestrais. A previsão para o ano do Ministério da Economia é de +3,5%, abaixo da projeção de mercado da pesquisa Focus (+3,96%), que vem sendo revista para cima há seis semanas.

A mesma pesquisa mostra que os economistas consultados esperavam queda do PIB no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2020 até meados de maio. A previsão de retração chegou a 1% no início de março, quando foram adotadas novas medidas de restrição a atividades em vários estados.

Somente na segunda quinzena de maio as estimativas saíram do vermelho, até alcançar alta de 0,4%, acompanhando dados que mostraram queda menor que a esperada em índices de mobilidades e na atividade econômica e a reabertura de alguns setores.

As projeções para o ano são de um crescimento de quase 4%, valor que praticamente zera a queda registrada desde 2020 (-4,1%), embora a economia continue distante do pico alcançado no começo de 2014 e a recuperação não alcance todos os setores, o que ainda depende de avanços maiores no programa de vacinação.

RECESSÃO

Em junho do ano passado, o Codace (Comitê de Datação de Ciclos Econômicos), órgão ligado ao Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) e formado por oito economistas de diversas instituições, definiu que o Brasil entrou em recessão no primeiro trimestre de 2020, encerrando um ciclo de fraco crescimento de três anos (2017-2019).

Não há uma definição oficial sobre o que caracteriza uma recessão. Embora alguns economistas utilizem a métrica de que esse é o período marcado por dois trimestres seguidos de queda na atividade, o Codace considera uma análise mais ampla de dados. Para o comitê, o declínio na atividade econômica de forma disseminada entre diferentes setores econômicos é denominado recessão.

CÁLCULO DO PIB

Produtos, serviços, aluguéis, serviços públicos, impostos e até contrabando. Esses são alguns dos componentes do PIB (Produto Interno Bruto), calculado pelo IBGE, de acordo com padrões internacionais, com objetivo de medir a produção de bens e serviços no país em determinado período.

Ele mostra quem produz, quem consome e a renda gerada a partir dessa produção. O crescimento do PIB (descontada a inflação) é usualmente chamado de crescimento econômico. O PIB trimestral é apresentado pela ótica da oferta (o que é produzido) e da demanda (como esses produtos são consumidos).

O PIB trimestral é divulgado cerca de 60 dias após o fim do período e apresenta as óticas da oferta e demanda. O resultado do 4º trimestre traz um dado preliminar do ano fechado. O PIB anual definitivo é apresentado quase 24 meses após o fim do ano (o dado definitivo de 2020 será conhecido em novembro de 2022) e traz também a ótica da renda (soma das remunerações do trabalho e capital, que mostram como cada parte se apropriou da riqueza gerada).

Brasil registra 16,5 milhões de casos e 462,7 mil mortes por covid-19

O número de pessoas infectadas com o novo coronavírus desde o início da pandemia chegou 16.545.554. Nas últimas 24 horas, foram registrados 30.434 casos de covid-19. Ontem, o painel de informações do Ministério da Saúde trazia 16.515.120 casos acumulados. O país tem ainda 1.118.132 casos ativos, em acompanhamento.

Já o total de pessoas que não resistiram à covid-19 alcançou 462.791. Entre ontem e hoje, foram confirmadas 860 mortes resultantes da pandemia. Ontem, o número de óbitos estava em 461.931.

Ainda há 3.799 falecimentos em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.

O número de pessoas que pegaram covid-19 e se recuperaram desde o início da pandemia atingiu 14.964.631. Isso corresponde a 90,4% do total de pessoas que foram infectadas com o vírus.

Os números estão no balanço diário do Ministério da Saúde sobre a pandemia, divulgado na noite desta segunda-feira (31). A atualização é produzida a partir de informações disponibilizadas pelas secretarias estaduais de saúde. 

Os números são em geral mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados.

Boletim covid -19 31.05.2021
Boletim covid -19 31.05.2021 - Divulgação/Ministério da Saúde

Estados

ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (111.374). Em seguida vêm Rio de Janeiro (50.584), Minas Gerais (40.497), Rio Grande do Sul (28.192) e Paraná (26.421). Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.635), Acre (1.662), Amapá (1.696), Tocantins (2.877) e Alagoas (4.751).

Vacinação

Até o momento, foram distribuídas a estados e municípios 96,9 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 62,9 milhões de doses, sendo 42,9 milhões da primeira dose e 20 milhões da segunda dose.

Edição: Bruna Saniele / AGÊNCIA BRASIL

Fiocruz ultrapassa Butantan como maior fornecedora de vacinas contra Covid

Júlia Barbon / FOLHA DE SP
RIO DE JANEIRO

A Fiocruz ultrapassou o Butantan como maior fornecedora de vacinas contra a Covid-19 no Brasil com a entrega desta segunda (31). São 47,6milhões de doses disponibilizadas pela fundação, ante 47,2 milhões já enviadas pelo instituto paulista.

Ambos os laboratórios chegaram a paralisar recentemente suas linhas de produção, mas elas foram retomadas na semana passada depois que remessas de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) vieram da China —esse material ainda passará por várias etapas antes de ser enviado ao Ministério da Saúde.

O Butantan não fornece doses da Coronavac ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) desde 14 de maio, quando transferiu 1 milhão de unidades. O governo João Doria (PSDB) atribuiu a interrupção ao atraso na liberação da matéria-prima, por um suposto entrave diplomático do governo federal.

Já a Fiocruz parou por cinco dias, afirmando que houve uma aceleração nos envases nas semanas anteriores e por isso o IFA foi consumido antes do previsto. Não teve, porém, que suspender as entregas, feitas sempre às sextas-feiras, já que possuía doses na etapa de controle de qualidade.

Com as 5,9 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca/Oxford disponibilizadas na última sexta (28) e mais 600 mil nesta segunda, a fundação passa a marca do Butantan. Considerando o que já foi aplicado na população, porém, a Coronavac ainda é maioria: 63%, contra 35% da AstraZeneca e 2% da Pfizer.

A Fiocruz agora garante as remessas semanais até o dia 3 de julho. O instituto paulista, por sua vez, só deve entregar seus próximos lotes daqui a cerca de 15 dias, quando for concluído o processamento do insumo recém-chegado, suficiente para 5 milhões de unidades.

"A matéria-prima, enviada pela biofarmacêutica Sinovac, parceira do Butantan, passará pelos processos de envase, rotulagem, embalagem e por um rígido controle de qualidade para que a vacina seja entregue ao PNI", diz a instituição, cuja fabricação permitiu o início da imunização contra a Covid-19 no país, em janeiro.

O instituto afirma que já cumpriu o primeiro contrato firmado com o Ministério da Saúde, de 46 milhões de doses, e agora trabalha para totalizar os 100 milhões acordados. Em dezembro, pretende começar a produção com o insumo próprio em uma nova fábrica.

Já a Fiocruz tem como meta enviar 112 milhões de doses até o fim do terceiro trimestre, incluindo as importadas, antes de iniciar a fabricação própria, de mais 110 milhões de unidades, até o fim do ano.

A fundação vem dizendo nas últimas semanas que o atraso na chegada do IFA não teve impacto no seu cronograma, mas a previsão mais recente do Ministério da Saúde mostra uma redução da quantidade do imunizante esperada para junho —de 34,2 milhões para 20,9 milhões de doses.

O secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, disse na quarta (26) em audiência na Câmara dos Deputados que o encolhimento ocorreu devido à falta do insumo. "Quando tivemos confirmação de que não seria possível a produção, reduzimos nosso cronograma", declarou ele, segundo quem o ministério busca antecipar lotes de IFA para reverter a queda.

A Fiocruz diz aguardar essa possibilidade para informar sobre as próximas entregas. "Com a capacidade de produção que a instituição já atingiu, caso a próxima remessa chegue ainda no início de junho, será possível aumentar as entregas do mês", informou em nota.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também atribuiu o problema à dificuldade de obter matérias-primas e vacinas a "nível mundial". "Não é falta de dinheiro, é dificuldade com os insumos", disse na ocasião. "A própria iniciativa privada viu que não é simples adquirir vacinas no exterior", afirmou.

Com esse e outros ajustes, a pasta reduziu a previsão total de vacinas para junho em 16%. De 52,2 milhões de doses, o quantitativo passou para 43,8 milhões. Até esta segunda (31), foram vacinados com a primeira dose 45 milhões de brasileiros, o equivalente a 28% da população adulta.


CRONOGRAMA PREVISTO PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE EM 25.MAI*

AstraZeneca/Oxford

  • Entregues até o fim de maio: 47,6 milhões**
  • Junho: 20 milhões
  • 3º trimestre: 36,9 milhões + 8 milhões importadas
  • 4º trimestre: 110 milhões
  • Total: 222,5 milhões

Coronavac

  • Entregues até o fim de maio: 47,2 milhões**
  • Junho: 6 milhões
  • 3º trimestre: 46,8 milhões
  • 4º trimestre: 30 milhões
  • Total: 130 milhões

Pfizer

  • Entregues até o fim de maio: 3,5 milhões
  • Junho: 12 milhões
  • 3º trimestre: 84,5 milhões
  • 4º trimestre: 100 milhões
  • Total: 200 milhões

*Há ainda doses previstas pelo consórcio Covax Faclity
**Inclui doses importadas

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