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Saúde acionou PGR, Justiça e Controladoria por preço da Coronavac

BRASÍLIA

O Ministério da Saúde pediu apuração da PGR (Procuradoria-Geral da República), do Ministério da Justiça e da CGU (Controladoria-Geral da União) sobre o preço da vacina Coronavac ofertado pelo Instituto Butantan.

O ministério apontou que o órgão ligado ao governo paulista vendeu cada dose por US$ 10,30 (cerca de R$ 55,50; todas as conversões se referem à cotação mais recente do dólar), enquanto o Covax Facility, consórcio ligado à OMS (Organização Mundial da Saúde), ofereceu ao Brasil a mesma vacina por cerca da metade do preço.

Os ofícios aos órgãos de controle foram enviados de julho a novembro de 2021. Interlocutores da pasta dizem, em um contexto de auge da CPI da Covid, que a determinação era para passar adiante qualquer sinal de divergência nos contratos.

Em resposta à Saúde, no ano passado, o Butantan disse que não há como comparar os valores, pois entregou 100 milhões de doses ao governo federal. Já a proposta mais barata era de 500 mil unidades, segundo o laboratório.

 

O instituto disse ainda que era preciso observar o contexto econômico dos contratos, com seis meses de diferença.

Procurada, a PGR confirmou que o procedimento está em análise, mas sob sigilo. Na mesma linha, a CGU disse que analisa processos de aquisições de vacina, mas que, por ainda estarem em andamento, não pode dar mais informações. Já a PF arquivou o caso.

O Butantan disse à Folha que "não recebeu nenhum comunicado oficializando a investigação por parte do Governo Federal".

As negociações sobre a Coronavac foram tema de disputa entre Bolsonaro (PL) e o governador paulista João Doria (PSDB) durante a pandemia.

O presidente, que sempre se portou de maneira negacionista em relação à Covid-19, chegou a mandar cancelar a compra de 60 milhões de doses e chamou o imunizante de "vacina chinesa do Doria". Bolsonaro, inclusive, comemorou a interrupção de estudos clínicos e segue distorcendo dados para questionar a segurança da vacina.

Já Doria agiu alinhado às recomendações dos especialistas, com base em evidências científicas. Ele busca, porém, associar a sua imagem à aposta que fez na Coronavac para impulsionar a sua candidatura a presidente. O governador inflou dados sobre a eficácia da vacina antes de a Anvisa liberar o uso das doses.

A Saúde afirma, em ofícios obtidos pela Folha, que recebeu em 9 de julho oferta do Covax com o preço mais baixo da Coronavac do que foi pago ao Butantan meses antes.

No dia 19 do mesmo mês, o ministério abriu os questionamentos sobre o preço da vacina, em documento enviado ao Butantan.

"Faz-se necessário justificar a diferença de preços, haja vista que tem sido rigorosamente exigida, pelos órgãos de controle, justificativa fundamentada acerca da vantajosidade econômica quanto aos valores praticados nas contratações", disse a Saúde.

Em 23 de julho, antes de receber a resposta do Butantan, a pasta comandada por Marcelo Queiroga entregou as informações sobre os preços da Coronavac à CGU e ao Ministério da Justiça, para "conhecimento e adoção de providências que julgar pertinentes".

Um dia antes, o presidente Jair Bolsonaro havia dito que pediu para Queiroga acionar estes órgãos "para que seja investigado o porquê da metade do preço agora, o que aconteceu com o Butantan".

O Ministério da Justiça acionou a Polícia Federal, que disse, em nota, não ter encontrado "informação que pudesse configurar notícia de crime e que viabilizasse o início de investigação por inquérito policial".

"Como o expediente foi encaminhado à CGU, órgão de controle competente para realizar auditoria no contrato, o expediente foi encerrado na PF e será reaberto para nova análise caso haja detecção de irregularidade contratual ou administrativa em relação aos preços unitários informados", disse a corporação.

O presidente da Fundação Butantan, Rui Curi, respondeu os questionamentos da Saúde em 28 de julho, em ofício de sete páginas.

"Referido consórcio trabalha para a aquisição e distribuição de vacinas contra a Covid-19 para países de baixa renda e em altíssima vulnerabilidade, ou seja, ele possui fins exclusivamente sociais e ainda assim, frise-se, o preço da dose praticado pela Fundação Butantan para entrega de suas vacinas foi inferior ao da Covax adquirida pelo Ministério da Saúde", disse Curi.

De acordo com o documento do Butantan, a vacina vendida ao governo Bolsonaro custou US$ 10,30, enquanto o valor de cada dose em contrato assinado pelo ministério com o Covax, no fim de 2020, foi de US$ 10,80 (cerca de R$ 58,20).

Curi diz ainda que não é possível comparar preços sem analisar contexto histórico e condições de ofertas dos itens.

"Tenha-se certeza que não se pode comparar o preço de um equipamento, qualquer que seja, que é praticado por uma empresa hoje [julho] com o preço praticado pela mesma empresa em 2020, quando do início da pandemia, pois as circunstâncias são distintas e ensejam diferentes planos de ação", completou.

Mesmo diante da resposta, a Saúde encaminhou o caso para o gabinete de Augusto Aras, em novembro de 2021.

O Brasil aderiu ao consórcio Covax Facility por meio de contrato de R$ 2,5 bilhões. A previsão de compra de 42,5 milhões de vacinas por cerca de US$ 10,9 cada dose, segundo estimativa da Saúde de outubro daquele ano.

A entrada no consórcio teve impacto tímido na campanha de imunização do SUS. A iniciativa da OMS centralizou esforços nas entregas de vacinas aos países mais pobres e colocou em segundo plano a distribuição ao Brasil, que fechou contratos maiores diretamente com as farmacêuticas.

Das 407,4 milhões de vacinas entregues ao governo até agora, cerca de 13,9 milhões eram do Covax.

O governo pagou cerca de R$ 1,2 bilhão do contrato e fez acordo para o consórcio redirecionar as doses restantes que eram esperadas a outros países.

O Ministério da Saúde recebeu 3,9 milhões de doses da Coronavac via Covax Facility. Segundo a pasta, a proposta para entrega destas doses foi oficializada em agosto.

Procurada, a pasta não explicou se pagou cerca de US$ 5 (R$ 26,95) ou cerca de US$ 10 (R$ 53,90) por essas doses.

A pasta também não apontou as diferenças entre a proposta de julho, citada em ofício, que o Butantan diz ser de 500 mil doses, e de agosto, que levou a compra de 3,9 milhões de vacinas Coronavac.

Folha apurou, contudo, que o ministério desembolsou cerca de US$ 5, mais aproximadamente US$ 2 (R$ 10,78) pelo frete. Interlocutores da pasta, reservadamente, negam que tenha havido proposta de 500 mil doses.

Procurada, a Aliança Gavi não informou preços e acordos de imunizantes. Em nota enviada à reportagem, disse que o Covax está em negociação com vários produtores de vacinas, e que divulgar informações sobre esses acordos pode prejudicar negociações futuras. Contudo, a Unicef publicará todos os detalhes futuramente, disse, sem fornecer data.

Na resposta aos questionamentos da Saúde, o presidente da Fundação Butantan disse que a pergunta sobre a composição do preço da Coronavac "mostra total desapego à realidade". Ele argumentou que estes valores já haviam sido apresentados em reuniões com o ministério.

"A Fundação Butantan não busca lucros em suas operações, o que permite ajustar seus preços à realidade do mercado público nacional, como vem fazendo há décadas com o fornecimento de soros e vacinas para o PNI", disse ele.

"O próprio Ministério da Saúde ainda não recebeu a totalidade das 42 milhões de doses adquiridas ao Covax, dentre as quais nenhuma delas fabricadas pelo Instituto Butantan ou pela Sinovac, e já estão sendo ofertadas outras pelo referido consórcio?", afirmou Curi à época.

O presidente da entidade também disse que "a demora" do governo na compra de vacinas "certamente provocou danos à saúde do povo brasileiro".

Na mesma resposta, o laboratório paulista enviou à Saúde planilha de custos da Coronavac. A compra do "produto importado" para fabricação da vacina responde por 66,41% do valor do imunizante, segundo a tabela.

Na sequência, o maior gasto é com pesquisa e desenvolvimento (28,74%). Este porcentual foi um dos pontos que chamou atenção de técnicos do Ministério da Saúde. Para eles, a precificação da Coronavac ainda não estava clara.

O Ministério da Saúde e o Butantan discutem agora contrato por 7 milhões de doses da Coronavac. A ideia é usar estas vacinas no público de 6 a 17 anos.

A oferta atual do Butantan é de US$ 7,30 (R$ 39,35) por dose, apurou a Folha com autoridades que acompanham a negociação. O volume e a composição do imunizante são iguais às de adultos, ofertadas no ano passado.

Brasil tem 40 milhões de vacinados com dose de reforço contra covid-19

O Brasil ultrapassou neste domingo (30) a marca de 40 milhões de brasileiros vacinados com a dose de reforço contra a covid-19. Segundo levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, mais de 53 milhões de brasileiros estão aptos a receberem o reforço na imunização, mas ainda não retornaram aos postos. Esse público já pode receber a nova dose entre janeiro e fevereiro.

Segundo a pasta, ao todo, mais de 1,8 mil casos da variante Ômicron foram confirmados no Brasil, com dois óbitos. Estudos comprovam a eficácia da dose de reforço contra a variante Ômicron. Até o momento, o governo distribuiu mais de 407 milhões de doses de vacina covid-19 e aplicou mais de 355 milhões.

Com o avanço na campanha de vacinação, o Brasil já conta com mais de 91% da população acima de 12 anos vacinada com a primeira dose e 85% imunizada com a segunda dose ou dose única do imunizante.

Edição: Lílian Beraldo / AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Brasil registra 640 mortes e 179,8 mil novos casos

O número de mortes por covid-19 no Brasil subiu para 626.854. Em 24 horas, foram registradas 330 mortes. Segundo os números publicados pelo Ministério da Saúde na noite de hoje (30), 134.175 novos casos de covid-19 foram diagnosticados em 24 horas. O país soma 25.348.797 ocorrências da doença desde o início da pandemia.

Há ainda 3.133 mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em investigação. Os óbitos pela síndrome somam 766 nos últimos três dias.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza os números da pandemia de covid-19 no Brasil.
Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza os números da pandemia de covid-19 no Brasil. - Ministério da Saúde


O boletim também mostra que a taxa de casos ativos aumentou e a taxa de recuperação caiu. No momento, 87,4% do total de infectados são considerados livres de sintomas. A taxa chegou a 96,2% em dezembro, antes da chegada da Ômicron ao Brasil.

Estados

ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (157.854), Rio de Janeiro (69.878), Minas Gerais (57.306), Paraná (41.191) e Rio Grande do Sul (36.863). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.868), Amapá (2.039), Roraima (2.096) , Tocantins (3.997) e Sergipe (6.093).

Vacinação

O painel de vacinação do Ministério da Saúde registra que 355.702.862 doses de vacinas diversas já foram aplicadas. Destas, 164,7 milhões são referentes à primeira dose, enquanto 151,7 milhões são relativas à segunda dose. As doses de reforço chegaram à 38,6 milhões.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira / AGÊNCIA BRASIL

FPM: 3º decêndio de janeiro será creditado na sexta, 28

08032021 arte CNM FPMOs Municípios recebem na próxima sexta-feira, 28 de janeiro, o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) referente ao 3º decêndio do mês, no valor de R$ 3.788.816.577,55, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Em valores brutos, incluindo o Fundeb, o montante é de R$ 4.736.020.721,94.

A base de cálculo vai dos dias 11 a 20 do mês corrente. Esse decêndio geralmente representa em torno de 30% do valor esperado para o mês inteiro. De acordo com os dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o 3º decêndio de janeiro de 2022, comparado com mesmo decêndio do ano anterior, apresentou um crescimento de 14,99% em termos nominais (valores sem considerar os efeitos da inflação). O acumulado do mês, em relação ao mesmo período do ano anterior, teve crescimento de 22,76%.

De acordo com a área de Estudos Técnicos da Confederação Nacional de Municípios (CNM), houve "fatores não recorrentes", como recolhimentos extraordinários que ajudaram a melhorar a arrecadação, por exemplo com o crescimento da arrecadação do Imposto de Renda e da Contribuição Social no ano passado. Isso explica o crescimento do FPM em 2021 e nestes primeiros decêndios. Segundo a área, é importante frisar que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil, fechou em 2021 em 10,06%. Em 2020, a inflação foi de 4,52%. Esse é o maior nível para um ano desde 2015, quando foi de 10,67%.

Com isso, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, orienta que é extremamente importante que os prefeitos estejam sempre em alerta, uma vez que os repasses podem sofrer variações ao longo do ano. A Confederação pede que os gestores tenham prudência e cuidado com a gestão das prefeituras, principalmente neste momento de instabilidade por conta da Covid-19.

Confira o levantamento completo aqui.

Da Agência CNM de Notícias

Covid-19: vacina 100% brasileira está em fase final de desenvolvimento

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A vacina da AstraZeneca, fabricada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com todos os insumos produzidos no Brasil, está em fase final de desenvolvimento. A previsão da Fiocruz é que os primeiros lotes sejam entregues em fevereiro ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.

O imunizante é resultado de contrato de transferência tecnológica entre a Fiocruz e o consórcio formado pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. Os primeiros lotes produzidos no Brasil pela fundação usaram ingrediente farmacêutico ativo (IFA) enviado pela China.

A necessidade de adquirir o IFA na China fez com que a entrega de imunizantes da AstraZeneca pela Fiocruz sofresse atrasos no ano passado. Tal situação evidenciou a importância de se concretizar a capacidade de produção do IFA no Brasil.

O contrato previa que as equipes da Fiocruz adquirissem o conhecimento necessário para produzir no Brasil o IFA, principal insumo da vacina. A fundação montou as estruturas de produção e realizou testes até iniciar a produção do IFA. Após atrasos no cronograma, a Fiocruz está concluindo o processo de desenvolvimento da vacina totalmente nacional.

O IFA é formado por vírus e células. O método de fabricação da vacina envolve o adenovírus, tecnicamente classificado como “vetor viral não replicante”. Após a produção dos elementos necessários para a fabricação da vacina, as células são induzidas em um processo de multiplicação e, em seguida, de purificação.

Com isso, a produção do IFA é concluída. Ele é congelado e, depois, descongelado para finalizar a fabricação da vacina com a inclusão de componentes que vão auxiliar a estabilização do imunizante.

O processo seguinte é o envase do produto nos frascos, que são esterilizados para receber o líquido da vacina, que é transferido do local onde fica armazenado (tanques de aço inox).

O último procedimento é a transformação do líquido em uma espécie de pastilha, processo chamado de liofilização. Os frascos são fechados efetivamente com tampa e lacre. São retiradas amostras para análise de qualidade.

Feito o controle de qualidade e atestada a garantia da segurança e eficácia, conforme o previsto e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os frascos recebem rótulos, são embalados e enviados ao Ministério da Saúde, que faz a distribuição em acordo com as secretarias estaduais e municipais de Saúde.

Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Brasil bate 25 milhões de casos de infectados

No terceiro recorde consecutivo de novos casos de covid-19 em 24 horas registrados nesta semana, o Brasil bateu nesta sexta-feira (28) a marca dos 25 milhões de pessoas infectadas desde o início da pandemia. De ontem (27) para hoje (28), foram confirmados 269.968 novos diagnósticos positivos da doença. Com isso, a soma de casos acumulados chega a 25.034.806.

O número de casos em acompanhamento de covid-19 está em 2.246.008. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte.

O total de vidas perdidas para a pandemia alcançou 625.884. De ontem para hoje, as autoridades de saúde notificaram 799 mortes em decorrência da doença. Foi o maior número de novos óbitos em um dia desde setembro do ano passado. Ontem, o sistema de informações contabilizava 625.085 óbitos causados pela covid-19.

Ainda há 3.133 mortes em investigação, que ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

Até hoje, 22.162.914 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 88,5% dos infectados desde o início da pandemia.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada nesta sexta-feira. Nela, são consolidadas as informações enviadas por secretarias municipais e estaduais de Saúde sobre casos e mortes associados à covid-19.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras e nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza os números da pandemia de covid-19 no Brasil.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (157.494), Rio de Janeiro (69.804), Minas Gerais (57.137), Paraná (41.167) e Rio Grande do Sul (36.822).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.861), Amapá (2.047), Roraima (2.096), Tocantins (3.993) e Sergipe (6.084).

Vacinação

Até esta sexta-feira, foram aplicadas 352 milhões de doses, sendo 164 milhões com a primeira dose e 151,2 milhões com a segunda dose ou dose única. E 37 milhões de pessoas já receberam a dose de reforço.

Edição: Fernando Fraga / AGÊNCIA BRASIL

Recursos para programas sociais triplicaram, diz ministro da Cidadania

Os recursos destinados aos programas sociais foram triplicados, informou hoje (28) o ministro da Cidadania, João Roma, em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV. Roma falou dos avanços trazidos pelo Auxílio Brasil e destacou que este se tornou o maior programa de transferência de renda da história do país.

O novo benefício garante o valor mínimo de R$ 400 para mais de 17 milhões de brasileiros. Segundo o ministro, a pasta conseguiu zerar a fila incluindo no programa todos que estavam aguardando. Ele destacou os auxílios inclusos no novo programa como o Auxílio Inclusão Produtiva, no valor de R$ 200, um valor de transição pago aos beneficiários que arranjarem emprego e o Auxílio Iniciação Científica: “Um estímulo ao pleno desenvolvimento de nossa juventude”, disse.

Roma também citou o a redução de 65% na tarifa de energia elétrica para as 24 milhões de famílias que fazem parte do Cadastro único para Programas Sociais (CadÚnico) e o Auxílio Gás, criado, segundo o ministro, “para ajudar as famílias que mais precisam”.

No pronunciamento, o ministro da Cidadania também falou sobre o trabalho do governo para remediar os danos causados pelas chuvas na Bahia e em Minas Gerais. Segundo ele, a força-tarefa envolveu vários ministérios e contou com a solidariedade de muitos voluntários. AGÊNCIA BRASIL

Contas do governo registram em 2021 déficit de R$ 35 bilhões, menor rombo desde 2014

Eduardo Rodrigues e Célia Froufe, O Estado de S.Paulo

28 de janeiro de 2022 | 16h31

BRASÍLIA - Com forte alta na arrecadação de tributos, as contas do governo registraram em 2021 o menor déficit primário desde 2014. A diferença entre as receitas e as despesas (sem levar em conta os gastos com juros) ficou negativa em R$ 35,073 bilhões no ano passado, após um déficit de R$ 743,255 bilhões em 2020.

O rombo de 2021 é equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), após um déficit de 10,0% do PIB em 2020 para fazer frente à pandemia de covid-19. Esse é o menor patamar para as despesas desde 2014 (18,1% do PIB).

Paulo Guedes
Para Paulo Guedes, controle das despesa totais foi fundamental para o ajuste das contas públicas. Foto: Adriano Machado/Reuters - 25/1/2022

A meta fiscal do ano passado admitia um déficit primário de até R$ 247,118 bilhões nas contas do Governo Central.

O saldo - que reúne as contas do Tesouro NacionalPrevidência Social e Banco Central, ficou positivo em R$ 13,824 bilhões em dezembro, o melhor desempenho para o mês desde 2013, quando houve superávit de R$ 23,093.  

Em 2021, as receitas tiveram alta real de 21,6% em relação ao ano anterior. Já as despesas caíram 23,6% em 2021, já descontada a inflação.

Ao comentar o resultado, o ministro da EconomiaPaulo Guedes afirmou que uma parte importante do ajuste das contas públicas foi o controle das despesa totais. Disse ainda ser preciso ter cuidado com o salários de servidores, pois o país ainda está em "guerra" em razão da pandemia. Ao sancionar o Orçamento de 2022 aprovado pelo Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro manteve a previsão de R$ 1,7 bilhão para reajustes de servidores.

Na avaliação do diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, Felipe Salto, o desempenho não vai se repetir este ano. "Por duas razões: primeiro, porque a arrecadação tende a perder fôlego, com o PIB crescendo a 0,5% e a inflação desacelerando; segundo, porque a virada de mesa no teto de gastos, com a PEC dos Precatórios, que abriu rombo de R$ 112,6 bilhões para 2022", afirmou.

Ele lembra que o próprio governo prevê, na lei orçamentária anual, a elevação do déficit para R$ 79,3 bilhões. "No caso da IFI, projetamos R$ 106,2 bilhões (de déficit). De todo modo, é um quadro fiscal ainda delicado."

Salto diz ainda "é um erro" analisar os dados de 2021 e simplesmente projetá-los para o futuro. "Essa análise baseada no retrovisor não faz sentido, porque a conjuntura é bastante negativa para a atividade, para os juros e para a dívida pública."

IBGE: Desemprego cai para 11,6% em novembro

No trimestre encerrado em novembro, a taxa de desocupação no país caiu para 11,6%, com a diminuição de 10,6% no número de desempregados, uma redução de 1,5 milhão de pessoas. A queda em relação ao trimestre anterior foi de 1,6 ponto percentual e o número de pessoas sem ocupação é de 12,4 milhões. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a queda foi de 14,5%, com 2,1 milhões a menos em busca de trabalho.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua para o trimestre encerrado em novembro de 2021, divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o instituto, entre o trimestre encerrado em agosto e o período encerrado em novembro, 3,2 milhões de pessoas conseguiram entrar no mercado de trabalho, um aumento de 3,5% no número de pessoas ocupadas.

De acordo com a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, a recuperação pode estar refletindo a sazonalidade do fim de ano.

“Esse resultado acompanha a trajetória de recuperação da ocupação que podemos ver nos últimos trimestres da série histórica da pesquisa. O crescimento também já pode estar refletindo a sazonalidade dos meses do fim de ano, período em que as atividades relacionadas principalmente a comércio e serviços tendem a aumentar as contratações.”

O nível de ocupação foi estimado em 55,1%, um aumento de 1,7 ponto percentual frente ao trimestre anterior.

Edição: Maria Claudia / AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Brasil bate recorde de novos casos pelo 2º dia seguido

O número de casos de covid-19 registrados em 24 horas bateu o segundo recorde seguido em dois dias. De ontem para hoje, as autoridades de saúde confirmaram 228.954 novos diagnósticos da doença. Ontem, foram notificados 224.567 casos em 24 horas. A soma de pessoas com a covid-19 desde o primeiro caso no país alcançou 24.764.838

A quantidade de casos em acompanhamento de covid-19 passou dos dois milhões, com 2.041.596. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte.

A quantidade de mortes causadas por complicações associadas à covid-19 chegou a 625.085. Nas últimas 24 horas, foram registrados 672 óbitos pelas autoridades de saúde. Ontem, o sistema de informações contabilizava ontem 624.413 óbitos causados pela covid-19.

Ainda há 3.146 falecimentos em investigação. Os óbitos em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

Até hoje, 22.098.157 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 89,2% dos infectados desde o início da pandemia.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada nesta quinta-feira (27). Nela, são consolidadas as informações enviadas por secretarias municipais e estaduais de saúde sobre casos e mortes associados à covid-19.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras o nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (157.209), Rio de Janeiro (69.776), Minas Gerais (57.093), Paraná (41.109) e Rio Grande do Sul (36.791).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.861), Amapá (2.045), Roraima (2.091), Tocantins (3.989) e Sergipe (6.081).

Vacinação

Até esta quinta-feira (27), foram aplicados 351 milhões de doses, sendo 163,6 milhões com a 1ª dose e 151 milhões com a 2ª dose ou dose única. Outros 36,3 milhões já receberam a dose de reforço.

Edição: Maria Claudia / AGÊNCIA BRASIL

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