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‘Terceira via só ganha com uma candidatura única’, diz sociólogo

Wilson Tosta, O Estado de S.Paulo

09 de abril de 2022 | 05h00

RIO — Foi em São Francisco, na Califórnia, no que chama de “costas cheirosas” dos Estados Unidos, que o sociólogo e empresário José César Martins pôde constatar a extensão do trauma de parte da sociedade americana com o resultado da disputa presidencial de 2016. “Eu vi a cidade chorando no dia seguinte à eleição do (republicano Donald) Trump”, recordou ele, em entrevista ao Estadão.

Fundador do movimento Derrubando Muros, Martins disse considerar que a surpresa com o resultado não fazia sentido. Isso porque, segundo ele, a cisão e a desigualdade, então crescentes no país onde vivia e que levaram à derrota da democrata Hillary Clinton, já eram visíveis. “O modelo de renovação da economia americana fez sucumbir o modelo que empregava o interior dos Estados Unidos”, observou o sociólogo, que trabalhou no Banco Mundial e depois virou empresário. Abriu quatro empresas – a última, a Go Digital, foi vendida em 2012 para uma corporação americana.

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O sociólogo José César Martins, do Derrubando Muros; ‘Doria não pode ser descartado’, afirma.  Foto: Jefferson Bernardes/Estadão

Martins comparou a situação dos Estados Unidos à do Brasil. “Quando Jair Bolsonaro foi eleito, muita gente se disse surpreendido. Mas nem todo mundo estava.” Foi por isso que, no começo do atual governo, já de volta ao Brasil, Martins e um grupo de acadêmicos e empresários iniciaram discussões sobre uma saída para o País. Eles não a viam ser formulada “pelo pessoal do centro” e debatiam propostas, sem compromissos partidários. Foram dois anos e 14 reuniões até com nomes cotados para disputar o Planalto, como a empresária Luiza Trajano.

Martins advertiu que Bolsonaro, agora com apoio do Centrão, não deve ser subestimado. Ele criticou ainda o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva por não detalhar propostas – um defeito que vê como comum na política brasileira. Reconheceu também que a situação de bipolaridade é “tudo que a gente não queria”, mas mostrou entusiasmo com o recente processo de “afunilamento” de candidaturas da chamada terceira via, acelerado nos últimos dias.

Como o senhor analisa o novo quadro político, com a renúncia de Sérgio Moro, a permanência de Eduardo Leite no cenário junto com João Doria e a articulação para uma candidatura única da terceira via?

Ele (Bolsonaro) vem competitivo para as eleições. O centro, talvez pela primeira vez nesse tempo todo, está conversando claramente com a ideia da convergência. Estamos vendo isso com bastante expectativa, muito positiva. O que não conflita com a ideia de a gente caminhar junto no segundo turno, caso a gente não passe para o segundo turno. Estamos vendo o nome da Simone (Tebet, senadora e pré-candidata do MDB) crescendo muito no centro, quase como o nome de consenso natural. Não sei qual vai ser a reação do Doria, mas vemos o Doria como candidato que tem valor. Não pode ser descartado como um sujeito com pouca significação. Governador de São Paulo, governo bem-sucedido, com um baita de um time. Achamos que o Doria tem que fazer parte desta solução. O (ex-governador gaúcho Eduardo) Leite já sinalizou que é parte da solução. Já disse isso. Então, enfim, eu acho que o centro só ganha se pintar uma candidatura. 

Ciro Gomes, presidenciável do PDT, tem lugar nesta articulação?

Claro que tem. A sugestão da Simone é avaliar por uma pesquisa qualitativa em maio. Eu tenho certeza de que o Ciro topa uma posição dessas. Ciro, quando esteve conosco, disse exatamente isso que eu estou te dizendo agora. Isso foi em setembro do ano passado. Ele esteve quatro horas conosco e disse: ‘Abril-maio do ano que vem a gente senta para decidir quem é que tem mais chance’. 

Mas ele disse que terceira via é viúva do Bolsonaro...

Acho que ele está tentando se separar disso. Primeiro, não é viúva do Bolsonaro. No caso da Simone não é, não tem como ele inventar uma coisa dessas. E os demais romperam muito cedo, né? É o caso do Eduardo e do Doria, romperam bem. Acho que ele está tentando garantir que ele seja o líder da terceira via. É legítimo, é legítimo. Na medida em que o PSDB e o MDB se entendam em torno de um nome, acho que Ciro não vai para um suicídio político a troco de nada.

O candidato favorito, o ex-presidente Lula, continua repetindo que pretende regular a mídia, a imprensa, ele e o partido resistem a condenar algumas ditaduras de esquerda. Um eventual governo do PT tem realmente poder de afetar uma conciliação nacional ou seria a extensão da atual tensão política e social que a gente está vivendo no País?

Nós, exatamente como vocês, estamos esperando que as sinalizações desçam dos balcões da política e cheguem até a sociedade, para saber qual é o alcance da intenção de governar para todos do ex-presidente Lula. Até agora, a gente não viu isso. Até agora, a gente está vendo um conjunto de manifestações fragmentadas. Uma hora é sobre déficit público, outra hora é sobre geopolítica, onde parece que está tudo bem, e a gente não acha isso. Nós não temos ainda qual é a natureza do projeto na área ambiental e de mudança climática. São declarações de simpatia, mas não existe programa, não existe projeto ali atrás. Então nós esperamos, até porque no grupo há um compromisso de, se ninguém mais aparecer como candidato, no segundo turno todos vão votar no Lula. Não é fácil, porque tem gente que jamais votou no PT. Isso não é trivial. É uma manifestação de repúdio ao atual governo, mas não é uma manifestação de total confiança (em Lula). O que se espera é que se fale em uma coalizão verdadeira, do que simplesmente o reporte ao “eu fiz”, “eu sou bom”, “eu vou fazer”, “confie em mim”... Palavras assim, de pouca amarração e subjetivas, não nos dão a confiança de que vamos ter um governo de pacificação nacional, caso o Lula seja eleito. Gostaríamos de ter essas sinalizações. / COLABOROU EDUARDO KATTAH

Após saída de Moro, Bolsonaro sobe 4 pontos em pesquisa

Paulo Moura - 06/04/2022 10h26 | atualizado em 06/04/2022 11h12

 
Presidente Jair Bolsonaro Foto: EFE/ Joédson Alves

O presidente Jair Bolsonaro (PL) avançou quatro pontos percentuais na pesquisa Ipespe/XP divulgada nesta quarta-feira (6). O cenário, já sem o ex-juiz Sergio Moro, que saiu da disputa presidencial após optar por deixar o Podemos e se filiar ao União Brasil, mostra o atual chefe do Executivo com 30%, contra 26% da última pesquisa divulgada no dia 25 de março.

De acordo com os novos resultados, também se beneficiaram com a saída do ex-juiz as candidaturas de Ciro Gomes (PDT), que avançou de 7% para 9%, de João Doria (PSDB), que passou de 2% para 3%, e de Simone Tebet (MDB), que subiu de 1% para 2%. O percentual dos que não sabem, não responderam ou votarão nulo e branco saltou de 9% para 12% com a saída de Moro.

Dentre os principais nomes, o ex-presidente Lula (PT) foi o único a não apresentar variação positiva nos números e manteve os 44% que registrava na pesquisa divulgada no fim de março.

O cenário é bem parecido com o apontado na pesquisa espontânea, quando os entrevistados não conhecem a lista de candidatos. Lula, por exemplo, manteve os 36% anotados em março. Já Bolsonaro oscilou positivamente dois pontos percentuais, e agora tem 27%.

A pesquisa, realizada pelo Ipespe e encomendada pela XP Investimentos, foi realizada entre os dias 2 e 5 de abril por meio de mil entrevistas. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais. A análise foi registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR-03874/2022.

 

O salto alto de Lula - Ascânio Seleme - O GLOBO

Em menos de dez dias, Jair Bolsonaro ameaçou duas vezes golpear a democracia brasileira… e o mundo veio abaixo porque Lula falou de aborto. Na terça-feira passada, o golpista deu sinal inequívoco do que pretende ao afirmar que as Forças Armadas podem ajudar o país “a rumar para a normalidade”. Na quarta-feira da semana anterior, disse que o povo armado não será escravizado e atacou ministros do STF. Já escrevi aqui que o presidente vai tentar dar um golpe. Uma prévia foi experimentada no dia 7 de setembro do ano passado, quando por muito pouco um grupo ensandecido não invadiu o Supremo Tribunal Federal. Mas, hoje, só se fala nas gafes do Lula.

Está certo, foram muitas gafes, podem atrapalhar a sua campanha e por isso merecem ser analisadas. Nota de Mônica Bergamo na “Folha” de quinta-feira talvez dê uma pista do que passa na cabeça do Lula nestes dias. A jornalista escreveu que empresários fazem fila para conversar com o petista em razão de sua liderança nas pesquisas eleitorais. E que Lula tem recusado reuniões mais amplas, fazendo exceção apenas aos mais chegados. Isso tem nome. Trata-se de soberba, mas pode ser chamado também pelo seu apelido popular: salto alto. Logo ele, que já reclamou publicamente do salto alto dos companheiros mais empolgados.

Foram alguns episódios. O primeiro, e talvez o mais importante, foi o do aborto. Lula tem razão, trata-se mesmo de uma grave questão de saúde pública, e ele apenas repetiu, com mais ilustração, o que sempre defendeu. Pregou tratamento igual para mulheres ricas e pobres que não querem seguir com uma gravidez indesejada, o que só ocorre se o aborto for legalizado. Poderia ter evitado o assunto, já não caberá a ele qualquer medida nesse sentido. Quem legaliza qualquer coisa no Brasil não é o presidente, mas o Congresso Nacional.

Desnecessário e errado foi o ataque desconcertante à classe média brasileira. Lula disse que ela “ostenta um padrão de vida acima do necessário”. O contingente atacado por Lula é formado por 105 milhões de brasileiros com renda média per capita que varia entre R$ 670 e R$ 3,7 mil. Francamente, você sabe, não dá para fazer extravagância com este tipo de ganho mensal. Lula também atacou a elite, que chamou de “escravista”. As classes média e alta, segundo o Datafolha, votam mais em Bolsonaro (38% e 39%) do que em Lula (27% e 26%).

Outro sinal da soberba foi pedir aos petistas que fossem “incomodar a tranquilidade” de parlamentares da oposição em suas casas. A fala do candidato reavivou o “nós contra eles” da era Dilma, quando parlamentares, juízes e jornalistas eram perseguidos e atacados verbalmente nas ruas, nos aeroportos, em suas casas. Quem não se lembra do ministro Gilmar Mendes sendo constrangido numa calçada de Lisboa? Petistas e antipetistas usavam o mesmo expediente que Lula propõe agora.

Lula errou também ao anunciar que demitiria oito mil militares do governo se ganhar a eleição (veja nota ao lado Macacão ou Farda). Nada contra, mas para quê comprar esta briga? Quer demitir, demite, mas não avisa antes. Em outro momento, o candidato disse a uma emissora de rádio do Paraná que eventualmente imagina que “Deus é petista”. Falou a tontice para elogiar a paranaense Gleisi Hoffmann. Num país religioso como o Brasil, não se brinca impunemente como essas coisas, menos ainda para se turbinar uma candidata a deputada.

Com mais de 40% das intenções de voto nas pesquisas, podendo ganhar no primeiro turno em todas elas, a situação de Lula é confortável. Talvez por isso tenha cometido os erros desta semana. O candidato levou uma bronca e recuou nas questões do aborto e da pressão da militância sobre parlamentares da oposição. A sorte de Lula é que ainda tem gente no PT com coragem para admoestá-lo, houve até quem dissesse para ele “falar menos e ouvir mais”. Recomendaram que antes de tratar de alguns temas sensíveis, escute especialistas. Seria a versão para campanha do “Ministério do Vai Dar Merda”, idealizado por Chico Buarque em 2003.

Leia mais:O salto alto de Lula - Ascânio Seleme - O GLOBO

Ou terceira via tenta desconstruir Bolsonaro ou já era

Reinaldo Azevedo

Jornalista, autor de “O País dos Petralhas”.

Isso a que chamam "terceira via", em conseguindo ser alguma coisa, teria a coragem, a clareza ou ambos de partir para a desconstrução de Jair Bolsonaro, deixando claro por que, para a sobrevivência da democracia, ou para a sua higidez, ele não pode ser reeleito presidente da República, ou estaremos todos fritos? Quando vão perceber que a tradução da fórmula "nem-nem" é esta: "nem bilheteria nem fortuna crítica"? Até agora, no entanto, vejo passos em sentido contrário. O caminho está errado.

E qual é o erro essencial da turma que se meteu na criação do que chamei aqui de "Quimera da Dupla Negação"? A ambição de se constituir como uma espécie de Comitê de Salvação Pública, mas com sinal trocado. Em vez do cego furor revolucionário, o que se vê —com todas as vênias às personagens envolvidas— é um reacionarismo meio salta-pocinhas, que é antibolsonarista por força das circunstâncias apenas, mas cuja vocação é ser, de verdade, antipetista e antilulista. "E não pode ser, Reinaldo?" Claro que sim! Mas, então, é preciso chamar as coisas pelo nome e ver se a postulação dá pé. Eu acho que não dá.

Olho a mais recente leva de pesquisas. Ainda que se tentem captar movimentos relevantes aqui e ali, e até há alguma coisinha, a verdade é que se tem uma impressionante estabilidade do quadro eleitoral. No dia 12 de maio de 2021, Lula bateria Bolsonaro no Datafolha por 55% a 32% no segundo turno. Depois de uma suposta tendência a uma fabulosa recuperação eleitoral do atual mandatário, o petista o venceria, quase um ano depois, por 55% a 34%, em dados de março.

O ex-presidente tem 40% ou mais (44% nesta quinzena) no primeiro turno das 12 últimas pesquisas Ipespe. Bolsonaro ficou entre 24% e 30% (dado mais recente) nesse intervalo e já havia chegado a 28%. Na Quaest, que começou a fazer pesquisas em julho do ano passado, Lula largou com 54% no segundo turno, número que repete agora, no 10º levantamento. Bolsonaro começou com 33% e hoje exibe 34%. Chegou ao fundo do poço, é certo, em novembro do ano passado, com 27%. E seu antípoda já marcou 57%.

A nota emitida por MDB, PSDB (tendo o Cidadania como chaveirinho) e União Brasil (UB), nesta quarta (6), anunciando que devem definir em 18 de maio um nome para disputar a eleição, ficando a UB de escolher o seu representante no grupo até o dia 14, é uma aberração única na política. Logo no primeiro parágrafo do texto, lê-se que o grupo reafirma "tratativas para apresentar um candidato(a) à Presidência da República como a alternativa no campo democrático."

Não entendi direito. É "uma" alternativa, de modo que há outras, ou a turma considera que o J. Pinto Fernandes (vejam poema de Carlos Drummond de Andrade), a personagem ainda indefinida, é mesmo "a" alternativa, de sorte que, por ora, uns 70% dos brasileiros estariam escolhendo nomes contrários à democracia? Outra pergunta que tenho feito há mais de ano em toda parte —e que irrita também os bolsonaristas, levando-os de novo a defender a tortura, como se viu no ataque criminoso a Míriam Leitão: no que respeita aos valores democráticos e à defesa dos direitos humanos e das garantias fundamentais, Lula e Bolsonaro são mesmo males opostos e combinados? O "nem-nem" é, antes de qualquer coisa, uma falsificação da história.

O jogo ainda não está jogado, é claro. Erros importantes podem ser cometidos. Mas não vejo leitura possível do jogo que justifique essa ideia tola do "Comitê Conservador de Salvação Pública". Caso se consiga definir quem é J. Pinto Fernandes, a tarefa óbvia de tal personagem é tentar tirar Bolsonaro do segundo turno —por enquanto, ele está ganhando musculatura para assegurar a vaga. E olhem que não faltam ruindades e insucessos no seu governo. Ocorre que a turma do "Comitê" está muito ocupada trocando tapas.

No PSDB, Eduardo Leite ignora o resultado das prévias. Na UB, Luciano Bivar usa Sergio Moro, o "Bolsonaro Nutella", como uma espécie de cavalo de Troia, evidenciando que o partido já nasce sob os auspícios do bifrontismo. E se permite que o único nome do grupo que tem uma obra de dimensão nacional —e tem— seja jogado às cobras. Refiro-me, claro!, a João Doria. Não há terceira via possível se o caminho está errado.

Percalços de Lula - editoriais@grupofolha.com.br

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terminou o ano passado no que parecia uma posição das mais confortáveis para a disputa pelo Planalto. Liderava com folga as pesquisas, enquanto Jair Bolsonaro (PL) amargava a reprovação de 53% do eleitorado, a mais alta desde o início de seu governo.

O cacique petista também já havia encaminhado a aliança com o ex-tucano e rival Geraldo Alckmin, agora no PSB, o que indicava um passo rumo à moderação e criava um obstáculo estratégico para os postulantes de uma terceira via entre os dois polos da campanha.

Hoje, o cenário não se mostra mais tão cômodo. Bolsonaro recuperou algo de sua popularidade —os que consideram sua gestão ruim ou péssima caíram para 46%, segundo o Datafolha— e reduziu sua distância para Lula. Ao dar sinal de vida, o mandatário mantém a seu lado o centrão fortalecido em um novo quadro partidário.

No dia a dia, os atos e declarações do oposicionista ganham atenção crescente à medida que se aproxima o pleito. A exposição é mais arriscada para quem tem mais intenções de voto a perder —e também para quem se ampara em ambiguidades no discurso e na prática.

Na semana que se encerra, o PT buscou contatos com meios empresariais e fez saber que um ex-banqueiro, Gabriel Galípolo, passou a integrar a equipe da pré-candidatura. Já Lula manteve a cantilena demagógica em favor do controle dos preços dos combustíveis, além de distribuir impropérios contra a elite e até a classe média.

O ex-presidente defendeu de forma corajosa que o aborto seja tratado como questão de saúde pública, posição há muito advogada por esta Folha. Mas também deu munição aos adversários com uma bravata tola, ao exortar militantes do sindicalismo a pressionar parlamentares em suas casas.

Tratando-se do líder petista, seria ingênuo imaginar que as falas não tenham sido calculadas, assim como o tom mais ameno ao retomar os assuntos na quinta (7). Mais uma vez, Lula vai se equilibrando entre excitar os fiéis e acalmar os possíveis aliados de ocasião. Ora descontenta uns, ora outros.

A velha fórmula ainda está por ser testada em um ambiente político mais tóxico e uma situação econômica mais precária que a da década retrasada —e tendo o PT um passado de feitos mas também de desmandos a explicar.

 

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