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Sete candidatos da 3ª via não dão um Bolsonaro... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2021/11/25/sete-candidatos-da-3-via-nao-dao-um-bolsonaro.

Josias de Souza
 

Colunista do UOL

25/11/2021 09h01

O que mais chama atenção no atual cenário eleitoral do Brasil não é a resistência nas pesquisas de Bolsonaro nem a pujança de Lula. O que impressiona é a debilidade daqueles que se apresentam como alternativa à polarização. Na sondagem mais recente, divulgada pelo site Poder 360, sete candidatos da chamada terceira via não dão um Bolsonaro. Seria razoável esperar que, numa conjuntura marcada pelo desgoverno de um personagem com os dois pés fincados no atraso, seus adversários estivessem numa situação mais favorável.

Lula se mantém na liderança. Se a eleição fosse hoje, chegaria na frente no primeiro turno, oscilando entre 34% e 36% das intenções de voto, conforme o cenário. Prevaleceria no segundo round sobre todos os rivais. Bolsonaro continua ostentando a segunda posição, variando de 27% a 29%. Não há um candidato competitivo na região que se convencionou chamar de centro. Juntos, os sete candidatos que ralam nessa área somam 25%.

Os presidenciáveis da terceira via só alcançam Bolsonaro se for adicionado ao congestionamento o percentual atribuído ao folclórico Cabo Daciollo, que oscila entre 2% e 3%. Aglomeram-se num intervalo que varia de zero a 9% Ciro Gomes, Sergio Moro, João Doria, Eduardo Leite, Henrique Mandetta, Alessandro Vieira e Rodrigo Pacheco. Tocqueville ensina na sua obra "O Antigo Regime e a Revolução" o seguinte: "Não é indo sempre de mal a pior que se cai numa revolução." Significa dizer que a sociedade suporta qualquer infortúnio quando não enxerga uma porta de saída. Por enquanto, afora a saída pela esquerda oferecida por Lula, o que há diante do eleitorado é uma via que conduz a um paredão. O fato de existirem vários candidatos dispostos a bater com a cabeça na parede para tirar Bolsonaro do segundo turno não significa que a parede vai virar uma porta.

Na política, sempre há a alternativa do diálogo. Mas as duas principais características da terceira via são o excesso de cabeças e a carência de miolos.

PoderData: Lula segue na liderança; Moro, Ciro e tucanos empatam em terceiro

Foi divulgada nesta quarta-feira (24) a pesquisa PoderData, do site Poder360, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança para as eleições 2022.

Lula também vence todos os outros candidatos em um eventual segundo turno. Sergio MoroCiro Gomes e qualquer dos potenciais candidatos tucanos, João Doria ou Eduardo Leite, estão tecnicamente empatados na terceira posição, com Jair Bolsonaro em segundo.

Cenário com João Doria
Lula (PT) – 34%
Bolsonaro (sem partido) – 29%
Sergio Moro (Podemos) – 8%
Ciro Gomes (PDT) – 7%
João Doria (PSDB) – 5%
Henrique Mandetta (DEM) – 3%
Alessandro Vieira (Cidadania) – 2%
Cabo Daciolo – 2%
Rodrigo Pacheco – 0%
Luiz Felipe D’Ávila (Novo) – 0% Branco/nulo – 6%
Não sabem – 3%

Cenário com Eduardo Leite
Lula (PT) – 36%
Jair Bolsonaro (sem partido) – 27%
Ciro Gomes (PDT) – 9%
Sergio Moro (Podemos) – 8%
Eduardo Leite (PSDB) – 5%
Cabo Daciolo (Brasil 35) – 3%
Henrique Mandetta (DEM) – 2%
Alessandro Vieira (Cidadania) – 1%
Luiz Felipe d’Ávila (Novo) – 0%
Rodrigo Pacheco (PSD) – 0%
Branco/nulo – 7%
Não sabem – 1%

Segundos turnos

Lula 48%
Moro 31%

Lula 54%
Bolsonaro 31%

Lula 47%
Doria 24%

Lula 50%
Leite 50%

Lula 53%
Pacheco 14%

A pesquisa foi realizada por telefone entre os dias 22 e 24 de novembro, em parceria com o Grupo Bandeirantes. Foram 2500 entrevistas em 459 municípios, nos 26 estados e no Distrito Federal. O levantamento possui margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. ISTOÉ

Moro coloca em risco candidatura de Ciro Gomes, avaliam políticos e pedetistas

Para lideranças partidárias, o avanço da possível candidatura de Sergio Moro (Podemos) atinge o núcleo da campanha de Ciro Gomes (PDT) e pode feri-la de morte.

De acordo com essa leitura, compartilhada inclusive por pedetistas ouvidos pelo Painel, o ex-juiz ocupa o espaço que Gomes tenta cavar para si: o de crítico de Lula (PT) e de Jair Bolsonaro.

Se as próximas pesquisas mostrarem Moro à frente, Gomes talvez tenha que mudar de estratégia ou desistir, avaliam políticos.

Como mostrou a coluna em junho, pessoas próximas de Gomes, como o presidente Carlos Lupi, e pedetistas como Túlio Gadêlha, tentaram convencê-lo a concentrar ataques em Bolsonaro e deixar Lula de lado. Até o momento não tiveram sucesso.

Aliados do pré-candidato dizem não concordar que a candidatura de Moro seja prejudicial a ele. O principal prejudicado será Bolsonaro, dizem, que perderá votos para seu ex-ministro da Justiça.

"A candidatura do Sérgio Moro, se ocorrer, prejudica Bolsonaro e ajuda Lula. Aliás, Moro se especializou em ajudar o petista, que teve o processo reiniciado devido à incompetência do pseudo-juiz", diz Antonio Neto, presidente do diretório paulistano do PDT.

Painel

Editado por Camila Mattoso, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Fabio Serapião e Guilherme Seto. FOLHA DE SP

Ministro do TSE dá dez dias para PSDB explicar suspensão das prévias

Eduardo Gonçalves e Mariana Muniz / O GLOBO

 

BRASÍLIA — O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves deu um prazo de dez dias para que o PSDB explique a suspensão das prévias ocorrida no último domingo. O aplicativo de votação virtual do partido emperrou por falhas técnicas e impediu que cerca de 40 mil filiados registrassem o seu voto.

A decisão foi dada em um processo movido pelo advogado Gustavo Futagami, que é filiado ao PSDB em Mato Grosso. Ele entrou com um pedido de liminar para que as eleições fossem suspensas até que os programas no aplicativo fossem resolvidos.

Segundo o advogado, as falhas técnicas “ferem direito líquido e certo do filiado de escolher, através do voto, o próximo presidenciável do PSDB”. Disputam a indicação o governador de São Paulo, João Doria; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; e o ex-senador Arthur Virgílio.

Sonar:Chamado de ‘garotinho’, Leite rebate Arthur Virgílio: 'preconceito absurdo com juventude'

A direção nacional do PSDB e os representantes dos três candidatos se reuniram nesta quarta-feira para definir qual empresa reiniciará o processo de votação. A que está em fase mais avançada de negociação é a BeeVoter, que disponibilizou a sua plataforma para passar pelo teste de segurança cibernética. Outras duas companhias já foram descartadas.

O plano do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, é fechar o contrato com a empresa hoje para retomar as prévias nesta quinta-feira.

A prévia patética do PSDB - J.R.Guzzo, O Estado de S.Paulo

De todas as aberrações que falsificam a democracia brasileira, e transformam numa piada as grandiosas “instituições” formalmente previstas na Constituição, poucas se comparam aos partidos políticos. São 34 – ou seja, não são nada, porque não pode existir nem sinal de política séria com tanto partido assim. Multiplicam-se como ratos não por alguma questão de “diversidade”, mas porque recebem dinheiro vivo do pagador de impostos, através dos “fundos” partidário e eleitoral: R$ 1 bilhão esse ano, mais quase R$ 6 bilhões em 2022, por conta da eleição. (É uma PG: nos últimos 20 anos, essa fortuna dada de presente aos partidos aumentou em 1.000% –  isso mesmo: 1.000%). Anos atrás a ex-deputada Heloisa Helena chamou os partidos brasileiros de “gangues partidárias”. Não eram partidos políticos; eram quadrilhas. De lá para cá não surgiu definição melhor.

Confie nos políticos brasileiros, de qualquer forma, quando se trata de transformar o péssimo em mais péssimo. O autor da proeza, desta vez, foi o PSDB, justamente uma das gangues que mais se esforçam para fazer pose de coisa séria. Acredite se quiser: depois de passarem uma eternidade enchendo o noticiário com a história de que iriam fazer uma grande prévia interna para escolher seu candidato a presidente da República, seus chefes e “militantes” não conseguiram, sequer, organizar a votação. O aplicativo “caiu”. As pessoas não conseguiam votar. Sem outra saída, a coisa toda acabou suspensa. Gastaram um dinheirão (que veio dos “fundos”, justamente), para fazer a tal prévia, trocaram enfezadas acusações mútuas de fraude e convenceram a mídia de que o PSDB era o centro da política brasileira e do sistema solar. No fim, não conseguiram nem montar uma eleiçãozinha com 40.000 votantes, ou algo assim. Foi humilhante.

Aplicativo prévias PSDB
PSDB adia prévias que escolheria candidato do partido à Presidência após falha de aplicativo Foto: Dida Sampaio/Estadão

O PSDB, com essa prévia patética, mostra o grau de desrespeito que os seus caciques têm pelo cidadão brasileiro; se não conseguem cuidar nem da própria vida, imagine-se a atenção que podem dar ao público e ao encaminhamento dos seus problemas. Ou seja: tanto faz quem será o candidato presidencial que ainda não tiveram competência para escolher. Todos eles são sócios com partes mais ou menos iguais nessa massa falida. Ao mesmo tempo, fica exposta, mais uma vez, a farsa segundo a qual o PSDB tem mais “qualidade” que as outras 33 gangues partidárias que estão aí, ou coisa que o valha – a desordem é não grande que não se sabe ao certo, sequer, o número exato de partidos que há no Brasil. A prévia furada deixa claro que a falta de seriedade é a mesma; cada um é incompetente ao seu próprio jeito, é claro, mas são todos pinga da mesma pipa.

 

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