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Genial/Quaest em MG: Lula tem 45% das intenções de voto; Bolsonaro, 40%

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 45% das intenções de voto em Minas Gerais e lidera a disputa ao Palácio do Planalto, ante 40% do presidente Jair Bolsonaro (PL), no segundo maior colégio eleitoral do País, aponta pesquisa Genial/Quaest publicada nesta quinta-feira, 27.

 

Ainda segundo o levantamento, 8% não sabem e 7% votarão branco ou nulo. Nos votos válidos, Lula vence Bolsonaro por 53% a 47%. Mesmo com o apoio formal do governador do Estado reeleito no primeiro turno, Romeu Zema (Novo), a Bolsonaro, a pesquisa mostra que 25% dos eleitores de Zema irão votar em Lula, enquanto 7% dos eleitores de Alexandre Kalil (PSD), derrotado em 2 de outubro, votarão no chefe do Executivo federal.

 

Pela primeira vez desde março deste ano, a avaliação positiva do governo Bolsonaro é numericamente superior aos demais: 37% dos mineiros dizem que o presidente faz um bom governo, enquanto 34% reprovam; 27% acreditam que ele faz uma gestão regular. Os índices de aprovação e rejeição tiveram mudanças drásticas em comparação à pesquisa anterior, do dia 26 de setembro, aparecendo cinco pontos para cima e sete para baixo, respectivamente.

 

O mandatário, contudo, segue como o candidato mais rejeitado. Ele tem 49% da reprovação ante 44% de Lula, que oscilou um ponto para baixo nesse aspecto.

 

Tradicionalmente, o candidato à Presidência que vence em Minas Gerais acaba vencendo a eleição. De 1945 até hoje, apenas uma vez a regra não se confirmou, quando Getúlio Vargas foi derrotado no Estado, mas venceu o pleito nacional.

 

A Quaest consultou 2.200 eleitores presencialmente entre os dias 24 e 26 de outubro em 108 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. O registro na Justiça Eleitoral é BR-09544/2022.

PoderData divulga nova pesquisa sobre corrida presidencial

PoderData divulgou nesta quarta-feira (26) seu quarto levantamento com projeções para o segundo turno das eleições presidenciais, agendado para o dia 30 deste mês.

Segundo a pesquisa, Lula (PT) tem 49% das intenções de voto, ante 44% de Jair Bolsonaro (PL). Brancos e nulos totalizam 5% e os que não sabem, 2%. Em relação à sondagem anterior, publicada na semana passada, o petista oscilou um ponto percentual para cima, enquanto o presidente se manteve estável. A margem de erro é de 1,5 ponto percentual para mais e para menos.

 

No recorte com os votos válidos, Lula (à direita na foto) tem 53%, contra 47% de Bolsonaro (à esquerda na foto). Na semana passada, o petista tinha 52% e o presidente, 48%.

Foram ouvidas 5.000 pessoas de 342 municípios entre os dias 23 e 25 de outubro. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR-01159/2022.

O Antagonista adotou como política editorial publicar os resultados de todas as pesquisas registradas no TSE, para garantir que o leitor tenha acesso às diversas projeções e avalie o desempenho de cada um dos institutos que medem a intenção de voto do eleitor brasileiro.

Apoiadores de Lula perdem prazo, e só bolsonaristas apresentam pedido para comemorar na Paulista

Rogério PagnanCatia SeabraVictoria Azevedo / FOLHA DE SP

 

Apenas representantes de grupos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentaram à Polícia Militar de São Paulo pedidos para comemoração de vitória na avenida Paulista no próximo domingo (30).

De acordo com a corporação, o prazo estipulado pela Justiça paulista para manifestação de interesse terminou às 23h59 desta terça (25) e seis grupos bolsonaristas formalizaram o pedido.

Assim, os caminhões de som estarão autorizados a chegar na avenida a partir das 17h, quando a via será fechada para concentração de público.

Não houve pedidos para comemoração no Largo da Batata, em Pinheiros.

Ainda segundo a PM, essa informação foi encaminhada nesta quarta (26) para o Ministério Público Eleitoral que, por sua vez, encaminhará para a 14º Vara de Fazenda Pública para deliberará sobre o tema.

Os magistrados foram informados que a Paulista foi reservada para os petistas comemorarem no primeiro turno, no dia 2 de outubro.

Agora, será a Justiça quem definirá como fica, por exemplo, se houver uma dupla derrota dos candidatos Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, que disputa o segundo turno ao Governo de São Paulo.

A PM diz que a corporação estará preparada para qualquer decisão da Justiça, incluindo uma eventual divisão de torcidas na Paulista.

Uma das propostas de integrantes da cúpula da PM era deixar o local para os vencedores da eleição presidencial.

No primeiro turno houve um impasse entre apoiadores dos dois candidatos, e a Justiça de São Paulo autorizou os petistas a usarem a avenida Paulista para manifestações no domingo (2), depois das 20h30.

Até a noite de terça-feira (25), a coordenação da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliava se recorreria à Justiça sob o argumento de que haveria um acordo tácito selado no primeiro turno entre os dois comitês.

Por esse acerto, que afirmam existir, o candidato vitorioso teria permissão para comemorar o resultado na avenida Paulista.

Nesta quarta-feira, porém, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a coordenação da campanha não solicitou autorização nem pretende reverter a situação na Justiça.

A deputada disse não haver decisão da campanha do ex-presidente Lula a respeito do local para comemoração em caso de vitória.

Todas as capitais irão oferecer gratuidade nos transportes públicos no segundo turno das eleições 2022

Por O GLOBO — Rio de Janeiro

 

Todas as capitais do país irão oferecer gratuidade nos transportes públicos no segundo turno das eleições, que ocorrerá neste domingo. A confirmação foi dada após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovar, na terça-feira, uma medida que garante que governadores e prefeitos não serão penalizados pela Lei de Responsabilidade Fiscal pelo emprego de dinheiro público para custear as passagens.

 

No primeiro turno, realizado no dia 2 de outubro, apenas 15 capitais liberaram as catracas dos ônibus para que os eleitores fossem às urnas votar. Além disso, duas tiveram tarifas “sociais” — Cuiabá (R$ 1) e Natal (R$ 2) — e Macapá concedeu a gratuidade apenas para mesários. As outras nove não adotaram a medida.

 

Na capital do estado do Rio de Janeiro, a gratuidade, oferecida no primeiro turno, também estará à disposição dos eleitores no próximo domingo. Assim como ocorreu no dia 2, os eleitores não precisarão apresentar título de eleitor ou qualquer outro documento que confirme ida às zonas eleitorais para ter acesso ao passe livre nos ônibus e BRT, únicos transportes públicos que serão gratuitos no dia.

 

O estado de São Paulo ainda não decidiu se irá oferecer gratuidade no segundo turno, contudo, a prefeitura da capital já decretou a liberação do serviço no dia 30, das 6h às 20h, em caráter excepcional. Além disso, a prefeitura vai colocar 2 mil ônibus a mais em circulação. A gratuidade será livre para todos, inclusive para os que não tiverem Bilhete Único e não será necessário apresentar nenhum tipo de documento que comprove ida às zonas eleitorais.

 

No Maranhão, a gratuidade no segundo turno se estenderá para o ferryboat, veículos particulares, vans credenciadas e ônibus intermunicipais partindo de São Luís para a Baixada, e vice-versa. O passe livre funcionará das 0h de sábado às 12h de segunda.

 

Já a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais (Seinfra) informou que não haverá transporte público gratuito no segundo turno das eleições. Em nota, a secretaria explicou que a decisão foi feita com base na proximidade dos eleitores com as zonas eleitorais.

 

"A Seinfra informa que não haverá nenhuma mudança ou esquema diferenciado no Sistema de Transporte Metropolitano no dia das eleições, uma vez que as zonas eleitorais são, na maioria dos casos, próximas às residências dos eleitores. Cabe informar, ainda, que parte da frota é utilizada nos transportes das urnas até os locais de votação, em conjunto com a Polícia Militar".

 

Contudo, a capital Belo Horizonte, por meio de decreto assinado pelo prefeito Fuad Noman, irá garantir a gratuidade no transporte coletivo no segundo turno. O serviço será disponibilizado em qualquer linha de ônibus convencional e suplementar para todos os passageiros, das 0h às 23h59 do próximo domingo.

 

Gratuidade intermunicipal

Pelo menos nove estados vão oferecer gratuidade nos transportes intermunicipais, são eles: Amapá, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins.

O ELEITOR VAI DENIFIR NO DOMINGO QUAL SENTIMENTO É MAIOR: ANTIPETISMO OU ANTIBOLSONARISMOIOR

Marcelo Godoy / O ESTADÃO

 

A reunião na casa do banqueiro Cândido Bracher estava chegando ao fim quando o advogado Luiz Fernando Crestana e o empresário Henrique Schreurs se aproximaram da mesa onde estavam dois jornalistas. Queriam contar que haviam decidido mudar seu voto. Pensavam em anular, mas, depois de participar ali do encontro com a senadora Simone Tebet (MDB), decidiram pela primeira vez na vida votar em Lula. Não pelo petista, mas em razão do risco que viam em um segundo mandato presidencial para Jair Bolsonaro (PL).

 

A lógica dos dois deve definir a eleição de domingo, quando o sentimento contrário a Lula e ao petismo vai se chocar com o antibolsonarismo. É a rejeição ao outro lado e ao seu projeto para o País que moverá os votos decisivos no dia 30. Crestana e Schreurs são exemplos das recentes reviravoltas políticas.

 

Em 2016, estiveram entre os milhares de brasileiros que foram às ruas pedir o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Eram então voluntários do Vem Pra Rua. Trocaram o antipetismo pelo antibolsonarismo. Mas a aversão a Lula continua forte. Foi ela que levou o senador eleito Sérgio Moro (União-PR) a declarar seu apoio ao presidente.

 

Vive-se um tempo em que uma parte do País passou a ter a identidade definida em razão da oposição à outra. A discórdia e o ressentimento se tornam as características legitimadoras da ação política, levando de roldão a convicção weberiana de que o mundo moderno tende à racionalização e à secularização. O medo – e não a esperança – determina decisões do voto.

 

Em 1976, quando o partido Comunista Italiano (PCI) tentava ultrapassar a Democracia Cristã (DC) e se transformar no maior partido do país, o jornalista Indro Montanelli cunhou o que foi, segundo Enrico Berliguer, então secretário-geral do PCI, o mais eficiente slogan anticomunista do pós-guerra: “Turatevi il naso e votate DC”. Ou fechem o nariz e votem na Democracia Cristã. “Muita gente dos dois lados vai fazer isso no domingo”, disse Crestana.

 

Na Itália dividida pela Guerra Fria, o maior partido comunista do Ocidente não obteve a ultrapassagem. Os italianos fecharam o nariz e escolheram a DC. Um ano depois, Berlinguer fez em Moscou o discurso no qual qualificou a democracia como um valor universal, consolidando o caminho que levou o partido à esquerda democrática.

 

No Brasil, não há consenso nem sobre as regras do jogo. Mas, se confirmadas as pesquisas, um futuro governo Lula terá de conviver com um bolsonarismo fortalecido pela vitória de Tarcísio de Freitas, em São Paulo, e pela bancada eleita no Congresso. A divisão permanecerá após o voto. O slogan de Montanelli veio para ficar.

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