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Tasso Jereissati: 'Nunca trocaremos nossa posição por cargos ou benesses de governo'

Escrito por Igor Cavalcante / DIARIONORDESTE
 

O ex-senador e ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), publicou um vídeo nas redes sociais em que reafirma o papel de oposicionistano Ceará e no Brasil. “O povo nos colocou na oposição e nós nunca trocaremos a nossa situação por cargos ou benesses de governo”, disse o político. O tucano também relembrou o equilíbrio econômico da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

“No plano nacional, acabamos com a inflação e criamos o Plano Real. No Ceará, uma administração revolucionária, acabando os vícios da antiga política”, disse. A publicação foi feita nas redes sociais do PSDB Ceará.

No texto, a sigla destacou o “protagonismo e as transformações profundas”. 

“Muitas das políticas públicas que hoje sustentam a gestão pública e o desenvolvimento social foram construídas sob nossa liderança. Esse legado não será apagado por conveniências políticas, benesses ou acomodações em cargos de governo. O PSDB honra sua história com coerência e responsabilidade. O povo nos confiou o papel de oposição — e é com coragem, firmeza e espírito público que seguiremos nele, defendendo um Brasil melhor e um Ceará mais justo, democrático e próspero”, completa a nota da sigla.

O pronunciamento de Tasso ocorre em meio a movimentações internas da oposição estadual, com a filiação de Roberto Cláudio ao União Brasil, sigla comandada pelo ex-deputado Capitão Wagner. Os dois políticos, inclusive, já receberam apoio do tucano em eleições anteriores. Wagner foi apoiado por Tasso em 2016, quando disputou a Prefeitura de Fortaleza justamente contra Roberto Cláudio (à época, no PDT). Já o ex-pedetista foi apoiado pelo tucano em 2022, quando disputou o Governo do Ceará.

A nível nacional, o PSDB também vive um momento de mudanças com a articulação da fusão ao Podemos. A união das siglas foi a saída encontrada após anos de crise e desidratação da legenda que já comandou a Presidência da República.

TASSO JEREISSATI

Acusações A PF apontou despesas de campanha não identificadas (falsidade ideológica) e não contabilizadas na prestação de contas de campanha do prefeito Roberto Filho. As investigações também encontraram gastos com camisetas de campanha a favor do então

Escrito por João Lima Neto / diarionordeste
 
 

O governador Elmano de Freitas deu um passo importante para segurança hídrica dosemiárido cearense com a assinatura, nesta quarta-feira (4), da ordem de serviço para a implantação de sistemas de abastecimento de água em 11 municípios.

A solenidade foi realizada no Palácio da Abolição, em Fortaleza, e contou com a presença do governador Elmano de Freitas, do secretário do Desenvolvimento Agrário, Moisés Braz, deputados estaduais, prefeitos, representantes de movimentos sociais e lideranças comunitárias.

O investimento total ultrapassa R$ 22,5 milhões e beneficiará diretamente 2.760 famílias. Os municípios que receberão os sistemas de abastecimento de água são:

  • Russas
  • Acopiara
  • Crateús (com dois projetos)
  • Amontada
  • Crato
  • Quixeré
  • Deputado Irapuan Pinheiro
  • Icó
  • Reriutaba
  • Itaiçaba
  • Tabuleiro do Norte

Os projetos fazem parte da nova etapa do Projeto São José, uma iniciativa emblemática do Governo do Ceará voltada para o fortalecimento da agricultura familiar, inclusão produtiva e segurança hídrica.

Com a ordem de serviço de hoje, o Governo do Estado totaliza R$ 73.639.450,89 já investidos em sistemas de abastecimento, além de R$ 58.755.560,51 direcionados para  esgotamento sanitário (módulos sanitários).

Além dos investimentos em água, o governador Elmano lembrou outro marco importante do seu governo: a ampliação do acesso ao ensino superior no interior do estado. Com 153 municípios já contemplados com cursos universitários e de especialização gratuitos, o Ceará caminha para oferecer ensino superior em todos os 184 municípios

Após a assinatura da ordem de serviço, cada município teve representantes das prefeituras e das associações locais assinando também os documentos e recebendo os certificados das obras que serão iniciadas.

Elmano Alece

Crises e falas de Janja ajudaram Lula a perder um milhão de seguidores em seis meses

Por Rafaela Gama — Rio de Janeiro / O GLOBO

 

Além da queda de popularidade apontada pelas pesquisas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta perda de apoio nas redes sociais. Levantamento feito pela consultoria Ativaweb aponta que as contas oficiais do petista no Instagram e no Facebook perderam um milhão de seguidores nos últimos seis meses por influência de crises associadas aos descontos fraudulentos do INSS e ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Os casos também provocaram picos de menções negativas, que se repetiram diante de declarações da primeira-dama Janja da Silva.

 

Lula conta hoje com 5,6 milhões de seguidores no Facebook e 13,3 milhões no Instagram, somando 18,9 milhões. Em razão do escândalo do INSS, abril foi o mês que registrou a maior queda no número de seguidores (240 mil) de Lula. O caso, exposto por operação da Polícia Federal contra entidades envolvidas no esquema, teve pico de 2,88 milhões de menções em 24h, das quais 79% com teor negativo. À época, segundo a pesquisa, predominaram termos como “roubo”, “despreparo” e governo “omisso” nos posts monitorados. Os dados foram antecipados pelo portal PlatôBR.

 

 

Para Alek Maracajá, professor da ESPM e CEO da Ativaweb, a má repercussão indicou que o caso foi “o gatilho final de um desgaste que já vinha se acumulando desde o início do ano”.

 

— Houve uma falha grave de antecipação e preparo comunicacional. O governo não possuía uma estrutura capaz de fazer escuta ativa, identificar os sinais de crise e agir com agilidade. A demora em responder deu espaço para a viralização de desinformação, memes e vídeos emocionais que amplificaram a indignação popular em um caso como esse, que tem um forte apelo emocional por atingir o cidadão comum — afirmou Maracajá.

 

Na análise do pesquisador, o mesmo se repetiu com o anúncio do aumento do IOF, marcado pelo recuo do governo e pela derrubada de parte da medida na mesma noite do anúncio. A situação ocasionou o maior percentual de citações a Lula com teor negativo no ano, quando 89% das referências ao caso foram contrárias ao governo, com atribuição da culpa tanto ao presidente quanto ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

 

Repercussão no Nordeste

A pesquisa também mostrou que o volume de menções foi maior no Nordeste (28,4%), historicamente alinhado ao PT e onde a atual gestão tem registrado aumentos sucessivos de desaprovação desde o início do ano. A região foi seguida pelo Norte (20,3%), Sudeste (18,7%), Centro-Oeste (17,7%) e Sul (14,9%). O episódio também resultou na perda de 190 mil seguidores para Lula em maio e reforçou, na análise do cientista político e CEO do Instituto Travessia, Renato Dorgan, narrativas difundidas pela oposição:

 

— Do ponto de vista estratégico para o Lula, a situação do IOF foi um desastre, porque ratifica a história de que é um governo que aumentou impostos, narrativa que já tem sido divulgada há tempos pela oposição. Isso se soma ao caso do INSS, que também traz de volta e associa o governo à corrupção, martelado pela direita como a marca do PT desde a Lava-Jato. São vários traumas que vão se juntando.

 

Além do aumento do IOF, o mês de maio foi marcado pela alta de posts críticos ao governo por influência de falas da primeira-dama, aponta a Ativaweb. De acordo com a pesquisa, a notícia de que Janja criticou o TikToK durante jantar com o presidente chinês, Xi Jinping, gerou 73% de rejeição em publicações analisadas no Instagram e no Facebook. Já em grupos de WhatsApp monitorados em um levantamento feito pela consultoria Palver a pedido do GLOBO, o caso resultou em 456 menções a Janja a cada 100 mil mensagens trocadas, das quais 60% foram negativas.

 

Um segundo pico de citações a Janja foi registrado após a primeira-dama defender a regulação das redes sociais com base no modelo chinês. Em participação no podcast “Se ela não sabe, quem sabe”, do jornal “Folha de S. Paulo”, Janja afirmou que naquele país existe prisão em caso de descumprimento das normas. No mesmo dia, foram contabilizadas pela Palver 154 citações ao nome da primeira-dama a cada 100 mil mensagens trocadas, das quais 35% negativas, 51,4% neutras e 13,6% positivas.

 

A data coincidiu com o lançamento de uma campanha de apoio a ela pelo PT, com o o slogan #EstouComJanja. Na data, foram contabilizadas pela Palver 154 citações ao nome da primeira-dama a cada 100 mil publicações, das quais 51,4% foram neutras, 35% negativas e 13,6% positivas.

 

Ainda segundo a consultoria, as reações chegaram mais próximo ao equilíbrio somente em 12 de fevereiro, quando ela se encontrou com o Papa Francisco. Na ocasião, 37,8% de menções foram positivas. O mesmo percentual foi registrado para referências neutras, enquanto as negativas foram 24,4%. O número total de menções a ela, no entanto, foi menor (111). A nível de comparação, o maior pico de menções a Janja (1 mil a cada 100 mil menções) aconteceu após a primeira-dama atacar o empresário Elon Musk, dono do X, durante o G20 Social, em novembro do ano passado.

 

Na análise do diretor de estratégia da consultoria, Luis Fakhouri, o caso favoreceu discurso crítico da oposição à aproximação do Brasil com a China. — Janja se torna alvo daqueles que querem atingir o governo e a imagem do presidente, principalmente em momentos que a oposição também quer reforçar narrativas próprias, que dizem, por exemplo, que o Brasil se aproxima de um país com governo autoritário.

 

 

LULA JANJA E MIN ISTROS

Sem ‘especialista em internet’, avançam as conversas de Lula com a China sobre Defesa e Segurança

Por Eliane Cantanhêde / O ESTADÃO DE SP

 

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, matou no peito e livrou o presidente Lula de uma de suas muitas dores de cabeça, ao negar no Congresso que o governo esteja “importando” um especialista em internet da China, como o próprio Lula havia anunciado. A questão, porém, vai além disso. Há intensas discussões entre os ministérios e negociações com a China para a adaptação de sistemas chineses de defesa externa e de segurança interna no Brasil.

 

Além da gravidade e da urgência do combate ao crime organizado, às milícias e à violência que atormenta o País e as famílias brasileiras todo o tempo, há também uma outra questão, esta política e econômica: a dependência dos satélites e antenas da Starlink, de Elon Musk, na sua área mais estratégica, a Amazônia.

 

As duas palavras chaves para driblar essa dependência dos Estados Unidos e dividir os sistemas com tecnologia e equipamentos da China são “autonomia” e “diversificação”, especialmente quando o governo Donald Trump vai se revelando, dia a dia, hora a hora, um perigo não apenas para o comércio internacional, mas para o equilíbrio geopolítico e para nações como o Brasil, principal País da América Latina.

 

O ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa, já foi à China em março, voltou em maio na comitiva de Lula e tem tido reuniões tanto com os ministérios da Defesa, da Justiça, da Fazenda e das Relações Exteriores, como também, diretamente, com os comandos das Forças Armadas, em especial do Exército, responsável pelo Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que dispõe, por exemplo, de sensores, câmeras, viaturas, radares e estações meteorológicas contra ameaças transfronteiriças.

 

Num jantar restrito à comitiva brasileira, em Pequim, Lula deixou claro que uma das prioridades da sua visita ao país asiático era ampliar a coleta de informações e as conversas bilaterais para o aperfeiçoamento, a abrangência e atualização dos sistemas de defesa e de segurança. A China é uma potência tecnológica nessas áreas.

 

O foco está na estatal chinesa Norinco (China North Industries Corporation), que pesquisa, fabrica, fornece para o Exército chinês e exporta, inclusive para a América do Sul, modernos e sofisticados equipamentos da área de defesa, desde veículos e máquinas a explosivos e produtos químicos e, o que é muito importante, ópticos-eletrônicos. O Brasil tem interesse nos produtos, e a China, em ter participação na Avibras Aeroespacial, a maior fabricante brasileira de defesa.

 

Com seu território imenso, sua fronteira marítima invejável, sua fronteira terrestre complexa e porosa e riquezas incomensuráveis, como a própria Amazônia, o Brasil precisa pensar no hoje e no amanhã. Nada disso, porém, é simples.

 

O obstáculo mais comezinho é a crise fiscal crônica e os sucessivos cortes e contingenciamentos em todas as áreas, mas há também uma questão política delicada. Se é preciso, sim, não ficar “na mão” dos EUA e do próprio Musk, é igualmente necessário cuidar para não atravessar uma outra fronteira: a das liberdades individuais.

 

Assim como não há “especialista” em regulação das redes na China, mas sim em censura, há também um monitoramento implacável contra cidadãos, cidadãs e empresas, inclusive com espionagem tradicional, biometria facial e sensores de calor (inclusive humano), com uma teia hiper complexa de cruzamento de dados, como George Orwell já imaginava no ainda hoje obrigatório “1984”.

 

É fundamental aprofundar a autonomia da defesa e o uso da ciência e da tecnologia contra o crime organizado nacional e transnacional, mas todo o cuidado é pouco para manter o Brasil equidistante das estratégias de dominação tanto dos EUA quanto da China. Eis o centro do debate, ou o X da questão.

 

 

LULA E XI JINPING

Foto do autor

Opinião por Eliane Cantanhêde

Comentarista da Rádio Eldorado, Rádio Jornal (PE) e da GloboNews

Profeta de araque

Por Notas & Informações / O ESTADÃO DE SP

 

 

Água é vida, mas no mundo de Lula da Silva, água é, acima de tudo, voto. Convicto dessa certeza, e demonstrando que pensa e trabalha com a cabeça exclusivamente na próxima disputa eleitoral, o presidente, já naturalmente em estado permanente de campanha, deflagrou a temporada populista de caça ao voto, surpreendendo até mesmo quem se acostumou ao seu modo palanqueiro de governar: em discurso durante um evento na região de Cachoeira dos Índios, no sertão da Paraíba, onde entregou um trecho da obra que integra o projeto de transposição do Rio São Francisco, o demiurgo petista se apresentou como um enviado de Deus para salvar os pobres da seca. “Graças a Deus, descobri uma coisa”, anunciou Lula, qual um profeta, para uma plateia selecionada. “Deus deixou o sertão sem água porque Ele sabia que eu ia ser presidente da República e que eu ia trazer água para cá.”

 

Em tom de quem tem poderes quase divinos, o presidente-candidato pregou seu evangelho – a crença de que, não obstante a reconhecida mediocridade do seu terceiro mandato, é o responsável pela redenção nacional. Lula lembrou à plateia dócil de militantes e moradores escolhidos a dedo que a obra em questão é esperada há 179 anos como forma de trazer água para a região, e precisou que ele chegasse à Presidência para garantir tal bem àqueles castigados pela escassez. “Essa obra é a redenção de um povo”, afirmou, triunfante.

 

Antes do discurso na Paraíba, Lula esteve em Salgueiro, interior de Pernambuco, onde assinou ordem de serviço para a duplicação da capacidade de bombeamento de água do eixo norte da transposição do São Francisco e, não satisfeito, citou realizações do seu governo e fez promessas a esmo. Nos dois palanques, prometeu crédito para moradia, preço baixo para o gás de cozinha e financiamento de motocicletas, além de informar, para a surpresa de rigorosamente ninguém, que viajará o Brasil inteiro após anunciar programas de crédito. É o roteiro habitual de quem governa sem pensar em outra coisa senão no próprio poder, na recuperação da popularidade perdida e na próxima eleição.

 

É Lula em estado bruto: enquanto o seu governo está fazendo água por todos os lados e amarga a impopularidade inclusive no eleitorado mais fiel ao presidente – a população mais pobre e os nordestinos –, ele só tem o palanque para recorrer. Engolfado pela incompetência do seu governo e pressionado pela proximidade do ciclo eleitoral de 2026, Lula acelera o populismo. Convicto de que é o pai dos pobres, ignora que, a despeito dos méritos de iniciativas como oferta de crédito e gás de cozinha mais barato para os mais pobres, nada, na prática, é de graça – e o País paga a conta de sua habitual demagogia.

 

O presidente e seus arcontes têm a mais plena certeza de que o Brasil gira em torno de Lula. Na teoria lulocêntrica, só ele é capaz de livrar o País e os brasileiros do mal maior – o bolsonarismo. Como, para o presidente, Deus só existe porque o diabo também existe, a seita lulopetista, também para existir, requer a existência de um inimigo tinhoso. No palanque pernambucano, Lula recorreu, como de praxe, à sua marotagem preferencial de justificar as falhas do seu governo ao passado, citando obras de casas e creches que teriam ficado paralisadas na gestão de Jair Bolsonaro. E, com seu linguajar próprio, concluiu, apontando para 2026: “A gente não pode votar em qualquer tranqueira para governar este país”.

 

Esse vício palanqueiro se mostra agora invariavelmente adornado pelas referências religiosas. Há alguns meses, em outra viagem a Pernambuco, Lula já havia transformado o palanque em missa de quermesse, usando, num só discurso, inacreditáveis 27 vezes “Deus” e “milagre”. Disse ter sido escolhido pelo “homem lá de cima” e definiu como um “milagre de fé” a obra que levará águas do Rio São Francisco ao agreste pernambucano. Lula, diria Santo Tomás de Aquino, quer fazer crer que seu governo está no terreno do mistério, isto é, que não se explica por meios racionais. Mas não há mistério nenhum: o PT de Lula, que esteve no poder em 15 dos últimos 22 anos, já se provou simplesmente incapaz de realizar os milagres que seu profeta de fancaria anuncia.

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