Datafolha: Haddad tem 34%, e Tarcísio se isola em 2º com 23% em SP
Fernando Haddad (PT) mantém a liderança na disputa pelo Governo de São Paulo, mas seu índice de intenção de votos oscilou para baixo, de 36% para 34%, dentro da margem de erro, segundo nova pesquisa Datafolha.
Tarcísio de Freitas (Republicanos) variou para cima, de 22% para 23%, e Rodrigo Garcia (PSDB) manteve os 19% do levantamento anterior.
A diferença entre os dois está no limite máximo da margem de erro, em que uma situação de empate é improvável, segundo o Datafolha.
Na última rodada da pesquisa, há uma semana, a briga por uma vaga no segundo turno se acirrou entre Rodrigo, que subira quatro pontos, e Tarcísio, que variara um ponto para cima na ocasião.
A nova pesquisa Datafolha, contratada pela Folha e pela TV Globo, ouviu 2.000 pessoas, em 86 cidades do estado, de terça-feira (20) a quinta-feira (22). A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número SP-07041/2022.
O resultado vem após três confrontos diretos entre os candidatos em debates da TV —o último foi no sábado (17)— e depois de as campanhas terem subido o tom contra adversários nos programas veiculados em rádio e TV.
Rodrigo tem gastado sua munição contra Tarcísio, associando-o ao machismo de Jair Bolsonaro (PL) e a candidatos bolsonaristas polêmicos, além de explorar o fato de que o candidato nasceu no Rio de Janeiro. Nesta quinta, o candidato do Republicanos não soube responder onde é seu local de votação em São José dos Campos (SP).
Tarcísio também tem peças dedicadas a ligar o governador ao seu antecessor João Doria (PSDB), de quem era vice, e que criticam os resultados de São Paulo na segurança pública.
Nesta rodada, Carol Vigliar (UP), Gabriel Colombo (PCB), Elvis Cezar (PDT), Antonio Jorge (DC) e Edson Dorta (PCO) marcam 1% cada. Vinicius Poit (Novo) e Altino (PSTU) não pontuaram.
Brancos e nulos se mantiveram em 11%, e os indecisos, 9% (eram 7%).
No segundo turno, a pesquisa mostra um cenário mais apertado entre Haddad e Rodrigo (5 pontos) do que entre o petista e Tarcísio (11 pontos), o que tem estimulado a estratégia tucana de pregar o voto útil no governador contra o PT.
Haddad tem 46% contra 41% de Rodrigo (era 47% a 41%, uma diferença de 6 pontos, na última pesquisa). Entre Haddad e Tarcísio, o placar é de 49% a 38% a favor do petista (antes era de 54% a 36%, diferença de 18 pontos).
Se a segunda etapa ocorrer entre Haddad e Tarcísio, os eleitores de Rodrigo iriam para Tarcísio (45%) e Haddad (35%).
Já se o segundo turno for entre Haddad e Rodrigo, os eleitores de Tarcísio declaram migrar para o tucano em sua maioria (67%) ante 11% para o petista.
Segundo a pesquisa espontânea, em 15 de setembro eram 44% os que não sabiam em quem votar (índice que vem caindo desde junho, quando eram 72%). Agora, 41% não sabem dizer em qual candidato irá votar.
Ainda de acordo com a pesquisa espontânea, Haddad marca 21% (tinha 19%), Tarcísio 13% (12%) e Rodrigo mantém 9%.
O levantamento mostra ainda que 62% dos entrevistados dizem estar decididos sobre seu voto, enquanto 37% ainda podem mudar. Há uma semana, eram 62% os convictos e 38% os voláteis.
Os eleitores de Haddad e Tarcísio são os mais convictos. São 67% de decididos para ambos, enquanto 32% do ex-prefeito podem mudar e 33% do ex-ministro podem mudar. Para Rodrigo, as marcas são de 59% a 41%, respectivamente.
O ranking dos candidatos enquanto segunda opção de voto tem Rodrigo (20%), Haddad (15%) e Tarcísio (14%), seguidos de Carol (7%), Gabriel (3%) e Elvis, Poit, Antonio, Altino e Dorta (2% cada).
A segunda opção de eleitores de Haddad é Rodrigo (para 26%) e Tarcísio (para 20%). Entre eleitores de Tarcísio, a divisão é: 37% para Rodrigo e 15% para Haddad. Já a segunda opção de voto dos eleitores de Rodrigo é Haddad (para 30%) e Tarcísio (26%).
No total, 56% dos entrevistados não sabe o número do seu candidato ao Governo de São Paulo —40% acertam e 4% erram.
Os eleitores de Haddad são os que mais acertam (53%) ante 46% que não sabem e 1% que erra. Para Tarcísio, 56% não sabem, 36% acertam e 7% erram. Já entre os que votam em Rodrigo, 60% não sabem o número, 34% acertam e 5% erram.
Haddad continua sendo o candidato mais conhecido (por 92% dos entrevistados), embora a parcela daqueles que declaram conhecer Tarcísio e Rodrigo tenha subido de 56% para 60%.
Em seguida, os mais conhecidos são Poit (16%), Gabriel (13%), Dorta (11%), Altino (10%), Elvis (10%), Carol (10%) e Antonio (8%).
A taxa de rejeição tem relação com o nível de conhecimento dos candidatos pela população. O mais rejeitado é Haddad —39% declaram que não votariam nele de jeito nenhum.
Tarcísio e Rodrigo, que são igualmente conhecidos, têm taxas de rejeição diferentes —27% para o bolsonarista e 19% para o tucano.
Entre os postulantes que têm 1% ou menos das intenções de voto, o índice de rejeição é de 19% para Altino, 16% para Elvis e Antonio, e 15% para Edson, Gabriel, Poit e Carol. Há 3% que rejeitam todos, e 12% que não sabem.
A pesquisa mostra ainda que a avaliação do governo Rodrigo Garcia interrompeu a trajetória de alta. O tucano assumiu o Palácio dos Bandeirantes em abril.
O tucano tem a gestão considerada ótima ou boa por 27% (eram 31%). Outros 15% (antes 13%) a avaliam como ruim ou péssima.
Há ainda 46% que consideram o trabalho de Rodrigo regular (eram 42%), e 12% (13%) não sabem.
folha de sp
Pesquisa Ipec Ceará: Elmano tem 30%; Capitão Wagner tem 29%; Roberto Cláudio, 22%
, / DIARIONORDESTE
A terceira rodada da pesquisa Ipec para a disputa do Governo do Ceará indica um empate técnico na liderança entre Elmano de Freitas (PT) e Capitão Wagner (União Brasil), com o petista numericamente à frente.
Os dados, divulgados nesta quinta-feira (22), apontam Elmano com 30% das intenções de votos. Capitão Wagner aparece em seguida, com 29%. Roberto Cláudio (PDT) é apontado por 22% dos entrevistados. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa foi encomendada pela TV Verdes Mares e ouviu 1.200 pessoas, no Estado do Ceará, entre os dias 19 e 21 de setembro, com eleitores que declararam ter votado em eleições passadas. A soma dos percentuais pode não totalizar 100% em decorrência de arredondamentos.
O candidato Zé Batista (PSTU) e Chico Malta (PCB) têm 1% das intenções de votos cada. Serley Leal (UP) não pontuou. Brancos e nulos representam 9% dos entrevistados. Outros 8% disseram não saber ou não responderam à pesquisa. O nível de confiabilidade é de 95%.
SE A ELEIÇÃO PARA GOVERNADOR DO CEARÁ FOSSE HOJE E OS CANDIDATOS FOSSEM ESTES, EM QUEM O(A) SR.(A) VOTARIA? (ESTIMULADA %):
- Elmano Freitas (PT): 30%
- Capitão Wagner (União): 29%
- Roberto Cláudio (PDT): 22%
- Chico Malta (PCB): 1%
- Zé Batista (PSTU): 1%
- Serley Leal (UP): 0%
- Branco/Nulo: 9%
- Não sabe/Não respondeu: 8%
Pesquisa governo SP: Haddad tem 30%, Tarcísio aparece com 22%, e Rodrigo, 18%, mostra EXAME/IDEIA
A corrida pelo governo de São Paulo tem Fernando Haddad (PT) na liderança, com 30% nas intenções de voto no primeiro turno em pergunta estimulada. Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB) estão logo depois, com 22% e 18% respectivamente. Eles são considerados empatados por estarem dentro da margem de erro de três pontos. Os números são da pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA, divulgada nesta quinta-feira, 22.
Atrás do trio estão outros sete nomes que somam 7% das intenções de voto. Os que não sabem são 11%, e os que dizem votar em branco ou nulo totalizam 14%.
Para a pesquisa, foram ouvidas 1.200 pessoas do estado de São Paulo entre os dias 16 e 21 de setembro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
A sondagem foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número SP-06629/2022. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública.
Cila Schulman, vice-presidente do instituto de pesquisa IDEIA, avalia que esse empate técnico entre Tarcísio e Rodrigo é resultado de uma intensa campanha de ataques mútuos.
“A fase de ataques na propaganda eleitoral atingiu negativamente tanto Tarcísio de Freitas quanto Rodrigo Garcia - dois candidatos que iniciaram a disputa com alto grau de desconhecimento e agora estão tecnicamente empatados tanto na intenção de votos quanto na rejeição. No índice de rejeição, ambos estão com 15%”, afirma.
Fernando Haddad lidera entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, com 36% das intenções de voto. No grupo de mais velhos, acima de 60 anos, Haddad e Tarcísio têm os mesmos 26%. Por região, o petista tem 32% das intenções de voto na capital paulista no primeiro turno. Na região de Marília, no interior do estado, Tarcísio tem ampla vantagem, com 46%.
Em uma pergunta espontânea, sem os nomes apresentados aos entrevistados, Haddad aparece com 16%, seguido de Tarcísio, com 16%, e Garcia tem 6%. Os demais nomes não pontuaram. Os que dizem que não sabem somam 47%.
Rejeição
Em primeiro lugar no primeiro turno, Fernando Haddad também é o mais rejeitado, com 36%. Tarcísio e Garcia têm 15% de rejeição cada. Cila Schulman pontua que esse alto índice do petista é um ponto de atenção, principalmente no segundo turno, que ele entre um dos dois com menor rejeição do eleitorado.
“A eleição de São Paulo ainda pode provocar emoções e reviravoltas nestes últimos dias do primeiro turno, já que 41% dos eleitores ainda não sabem em quem vão votar na pesquisa espontânea, quando não são apresentados aos nomes dos candidatos, e o mesmo índice de 41% diz que pode mudar sua opção de candidato até o dia 2 de outubro”, afirma.
Senado
O ex-governador Márcio França (PSB) lidera a corrida por uma vaga no Senado pelo estado de São Paulo, segundo pesquisa EXAME/IDEIA. Marcos Pontes (PL) está em segundo lugar, seguido de Janaína Paschoal (PRTB). França tem 32% das intenções de voto, à frente de Pontes, que pontua 18%. Em terceiro lugar, vem Janaína Paschoal (PRTB), com 6%.
Gilson Garrett Jr / EXAME
Ciro diz que votar em candidato corrupto é 'coisa inútil'; Moro critica ataques a pedetista
Principal alvo da campanha em defesa do voto útil no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o pedetista Ciro Gomes afirmou nesta quinta-feira (22) que "votar em candidato corrupto é uma coisa inútil".
Ciro participou de uma reunião com embaixadores da União Europeia no Brasil na sede da delegação, em Brasília. Ao chegar, ele foi perguntado sobre a ofensiva de apoiadores do petista para que a eleição termine no primeiro turno.
"Eu sou a favor do voto útil. Nós temos que fazer do nosso voto uma coisa útil contra a corrupção", disse.
"Então votar em candidato corrupto é uma coisa inútil. Mais do que isso, compromete o futuro da nação brasileira. E é isso que o PT e o [presidente Jair] Bolsonaro não querem. Eles gostariam muito de que as pessoas entenderem que voto útil é você esquecer determinadas questões graves, como a corrupção, o mesmo modelo econômico trágico que produziu desemprego em massa, inadimplência das famílias humilhante para 66,6 milhões de pessoas."
Evaristo Sa/AFP | ||
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) em Brasília |
Ciro afirmou ainda que, se fosse "a irrelevância com que quiseram me tratar, eu não estaria tendo o tratamento preferencial dos fascistas de direita e de esquerda no Brasil."
Ao final da reunião, Ciro voltou a falar com jornalistas e afirmou que os embaixadores expressaram preocupação com ruptura democrática no país e com a Amazônia. Ele voltou a falar dos dois líderes das pesquisas de intenção e voto e afirmou que Lula e Bolsonaro são "dois corruptos". "Eu vou votar num corrupto à força de que?"
Mais cedo, em uma rede social, o ex-juiz Sergio Moro, que foi ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, expressou solidariedade ao que viu como ataques contra Ciro.
"A campanha de ataque ao Ciro Gomes é mais uma demonstração da natureza totalitária do PT. Querem destruir todos que se opõem ao partido. Não sou eleitor do Ciro, mas fica o alerta", indicou Moro. (Danielle Brant) FOLHA DE SP
Pesquisa para presidente em SP: Lula tem 40%; Bolsonaro, 37%, diz EXAME/IDEIA
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 40% das intenções de voto entre os eleitores de São Paulo, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) conta com 37%, segundo a pesquisa EXAME/IDEIA divulgada nesta quinta-feira, 22. Os números são da pesquisa estimulada, quando o entrevistador cita quais candidatos estão concorrendo.
Na sequência, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 8%, e Simone Tebet (MDB), com 5%. Felipe D'Ávila (Novo), Sofia Manzano (PCB) e Soraya Thronicke (União Brasil) têm 1% das intenções de voto cada, em SP. Os outros candidatos não pontuaram.
Os números não são muito diferentes da última pesquisa EXAME/IDEIA com foco em eleitores de São Paulo, publicada em 9 de junho. Naquele mês, Lula tinha 39% e Bolsonaro, 35%. Ciro contava com 6% das intenções de voto, Tebet tinha 4%.
Outros pré-candidatos à época, que não estão mais na disputa, como André Janones (Avante), Luciano Bivar (União Brasil) e Pablo Marçal (Pros), tinham 1% cada. Em junho, as campanhas ainda não tinham começado, e os partidos não tinham lançado os candidatos oficialmente.
O percentual de pessoas que ainda não sabem em quem votar agora está em 2%. Na pesquisa anterior, 8% diziam não saber. Além disso, 5% dos entrevistados afirmam que não votarão em ninguém ou que votarão em branco ou nulo, índice que era de 3% em junho.
A vice-presidente do instituto de pesquisa IDEIA, Cila Schulman, avalia que, para vencer, Bolsonaro precisa avançar nos estados do Sudeste, que concentram os maiores colégios eleitorais do país, e onde ganhou por uma margem confortável em 2018.
"Empatar estatisticamente em São Paulo, onde o presidente venceu com 60% dos votos válidos na sua primeira eleição, não será suficiente para uma vitória, já que Lula domina a preferência na região Nordeste, a segunda maior em número de eleitores", diz Schulman.
Para a pesquisa, foram ouvidas 1.200 pessoas entre os dias 16 e 21 de setembro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
A sondagem foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-09090/2022. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública.
A disputa está mais acirrada em São Paulo do que no país, em geral. Aúltima pesquisa EXAME/IDEIA que avaliou o cenário nacional, divulgada em 25 de agosto, mostra Lula com 44% das intenções de voto e Bolsonaro com 36%. A distância entre os dois caiu de 11 para 8 pontos percentuais em cerca de um mês.
Lula lidera em mais regiões paulistas
De acordo com a pesquisa, Lula está na frente da disputa em dez regiões paulistas, enquanto Bolsonaro ganha em cinco:
- Capital: Lula tem 38%; Bolsonaro, 38%
- Região metropolitana: Lula tem 44%; Bolsonaro, 32%
- Região macro metropolitana: Bolsonaro tem 39%; Lula, 36%
- Litoral sul: Lula tem 60%; Bolsonaro, 27%
- Vale do Paraíba: Bolsonaro tem 54%; Lula, 28%
- Campinas: Lula tem 40%; Bolsonaro, 35%
- Ribeirão Preto: Lula tem 42%; Bolsonaro, 27%
- São José do Rio Preto: Bolsonaro tem 48%; Lula, 15%
- Araçatuba: Lula tem 50%; Bolsonaro, 40%
- Araraquara: Lula tem 54%; Bolsonaro, 25%
- Assis: Lula tem 53%; Bolsonaro, 20%
- Bauru: Lula tem 46%; Bolsonaro, 24%
- Itapetininga: Bolsonaro tem 58%; Lula, 33%
- Marília: Bolsonaro tem 46%; Lula, 31%
- Piracicaba: Lula tem 43%; Bolsonaro, 40%
- Presidente Prudente: Lula tem 38%; Bolsonaro, 33%
Bolsonaro ganha entre os mais ricos
De acordo com a pesquisa, 63% dos eleitores paulistas com renda familiar de até um salário mínimo (R$ 1.212 este ano) dizem que votarão em Lula; 17%, em Bolsonaro. Entre os que recebem de um a três (R$ 3.636) salários mínimos, 41% pretendem votar no petista e 34%, no atual presidente.
Bolsonaro pontua melhor entre os mais ricos: tem 45% das intenções de voto entre quem recebe de três a seis (R$ 7.272) salários mínimos, contra 34% de Lula nesse grupo. Dos paulistas com renda familiar acima de seis salários mínimos, 54% pretendem votar em Bolsonaro e 13%, em Lula.
Lula se destaca entre pessoas com menor nível educacional, com 51% das intenções de voto. Em junho, no entanto, 56% desse eleitorado dizia que votaria nele. Bolsonaro, que tinha 11% no grupo e perdia para Ciro Gomes, que tinha 14%, agora tem 17% e empata com o pedetista.
O ex-presidente também lidera entre quem tem ensino fundamental, com 54%, enquanto Bolsonaro tem 25%. Os dois estão praticamente empatados entre pessoas com ensino médio completo, Bolsonaro com 40% e Lula com 37% nesse recorte.
Já entre os eleitores com ensino superior, Bolsonaro tem mais do que o dobro das intenções de voto de Lula: 48% contra 23%. O número continua praticamente igual à pesquisa de junho.
A pesquisa também mostra que 44% das pessoas que se declaram brancas em São Paulo pretendem votar em Bolsonaro e 34%, em Lula. Entre as pessoas pretas, Lula tem 43% e o presidente, 28%. A intenção de voto dos eleitores pardos é de 45% para o ex-presidente e 35% para Bolsonaro.
Lula cresce entre os mais jovens
Em São Paulo, Lula ampliou a vantagem entre o eleitorado mais jovem. Ele tem 61% das intenções de voto entre pessoas de 16 e 24 anos, enquanto Bolsonaro conta com 14%. Em junho, o petista tinha 55% dessa faixa etária e o presidente, 18%.
Lula, que na pesquisa anterior pontuava 44% entre os eleitores de 25 a 34 anos, agora tem 50% nesse grupo, contra 19% de Bolsonaro. O presidente, por outro lado, tem 53% dos votos de eleitores com 60 anos ou mais, enquanto o candidato do PT tem 26%.
Bolsonaro também ganha entre eleitores paulistas de 45 a 59 anos, com 47% das intenções de voto. Lula tem 33% desse eleitorado. Na faixa entre 35 e 44 anos, os dois estão praticamente empatados: Lula com 40%, Bolsonaro com 37%.
Lula amplia vantagem entre católicos e Bolsonaro, entre evangélicos
Lula se destaca entre os católicos e entre pessoas de outras religiões, enquanto Bolsonaro lidera entre os evangélicos e entre quem não tem religião. 55% dos católicos de SP dizem que votarão no ex-presidente, um crescimento de três pontos percentuais nesse público em relação a junho. Bolsonaro pontuou 20% entre o eleitorado católico, um ponto percentual a menos do que na última pesquisa.
Já entre os evangélicos, o movimento é o contrário. O presidente tem 58% das intenções de voto, três pontos percentuais a mais do que em junho, e Lula tem 20%, um a menos. Segundo a pesquisa, 39% das pessoas de outras religiões pretendem votar no petista, e 32%, em Bolsonaro. Em contrapartida, 47% dos que não têm religião preferem Bolsonaro e 37%, Lula.
Avaliação do governo melhora em SP
De acordo com a pesquisa, a avaliação do governo Bolsonaro entre os paulistas melhorou: 40% consideram o governo ruim ou péssimo, 34% dizem que ele é ótimo ou bom e 25% afirmam que é regular. Em junho, 43% consideravam o governo ruim ou péssimo, 33% o avaliavam como bom ou ótimo e 24%, como regular.
Mais pessoas também dizem que o atual presidente merece ser reeleito, percentual que cresceu de 43%, em junho, para 45%, em setembro. 48% ainda acham que ele não merece a reeleição, um ponto percentual abaixo da pesquisa anterior. Os outros entrevistados responderam que não sabem.
Cila Schulman destaca que 69% dos eleitores das classes D e E não acham que Bolsonaro merece um segundo mandato. O percentual chega a 73% entre jovens de 16 e 24 anos. De outro lado, cai para 38% nas classes A e B. "Numa reeleição, que para alguns cientistas políticos é considerada como um recall, trata-se de um dado preocupante para o incumbente", avalia.