Embate entre Capitão Wagner e Elmano e mudança de tom de Roberto Cláudio: pontos altos do debate
Inácio Aguia / DIARIONORDESTE
Os três principais candidatos ao Governo do Estado, Elmano de Freitas (PT), Capitão Wagner (União) e Roberto Cláudio (PDT), fizeram uma discussão propositiva, porém com poucos pontos altos no debate da TV Verdes Mares, na noite desta terça-feira (27). Temas como habitação, saneamento básico e saúde foram os mais citados, mas as questões políticas chamaram mais atenção, incluindo a postura dos concorrentes em relação aos adversários.
A nacionalização da campanha local, o uso dos padrinhos políticos e os questionamentos aos adversários foram os momentos mais marcantes do embate entre os três, que se mostraram bons debatedores.
Capitão Wagner e Elmano de Freitas travaram o duelo particular mais frontal, com o candidato do União Brasil sendo mais incisivo em criticar o petista e até apresentar denúncia. Tanto que em uma das investidas de Wagner, ao acusar Elmano teria ocupado “emprego fantasma”, o petista teve direito de resposta concedido.
O encaminhamento do embate entre os dois revelou, ainda, uma mudança de tom do candidato do PDT, Roberto Cláudio, em relação a Elmano e seus padrinhos Camilo Santana e Izolda Cela. O tom áspero, que imperou em outros debates, deu lugar a uma postura ainda crítica, mas mais contida do pedetista.
Longe de representar as denúncias que marcaram a campanha, feitas até no programa de rádio e TV, como o caso da suposta coptação de prefeitos.
Desta vez, Roberto Cláudio limitou a crítica às políticas públicas como na área de saneamento básico e questionou Elmano pelo que chamou de “nacionalização do debate” local. Essa mudança pode sinalizar uma mudança de estratégia do pedetista em relação aos ex-aliados na reta final da campanha, em que briga por uma vaga no segundo turno.
Elmano executou a estratégia de tentar colar em Capitão Wagner a imagem do presidente Jair Bolsonaro, enquanto o adversário continuou se esquivando desta aproximação.
Wagner tentou destacar os 16 anos de governo dos dois adversários, que integravam o mesmo projeto até recentemente, sem conseguir resolver problemas importantes da população como na segurança.
E Roberto Cláudio destacou ações na Prefeitura de Fortaleza, enalteceu sua experiencia administrativa e voltou a destacar que deseja manter o o que está bom e corrigir rumos em áreas estratégicas.
Pesquisa Ipec Minas: Zema tem 45% e Kalil sobe para 34%
O atual governador e candidato a reeleição pelo Novo, Romeu Zema, lidera a disputa pelo governo de Minas Gerais com 45% das intenções de voto, mas vê a diferença para o segundo colocado, Alexandre Kalil (PSD) diminuir. Os dados são de pesquisa Ipec divulgada nesta terça-feira, 27. O ex-prefeito de Belo Horizonte aparece com 34%, um aumento de cinco pontos porcentuais em comparação aos dados do último levantamento, divulgado no dia 20.
Na última semana, Kalil aparecia com 29% das intenções de voto e Zema com 46%, o que faz o atual governador oscilar dentro da margem de erro.
Carlos Viana (PL) aparece com 3%, seguido por Lorene Figueiredo (PSOL), Indira Xavier (Unidade Popular), Marcus Pestana (PSDB), Renata Regina (PCB) e Vanessa Portugal (PSTU) tiveram 1% das intenções de voto cada. Cabo Tristão (PMB) e Lourdes Francisco (PCO) não pontuaram. Brancos e nulos somam 6% e os que não souberam são 8%.
Romeu Zema lidera as intenções de voto no segundo turno com 50% das intenções de voto, contra 37% de Alexandre Kalil. A diferença de 13 pontos porcentuais diminuiu em comparação à pesquisa da última semana, quando o candidato do Novo aparecia com 53% no segundo turno, contra 33% de Kalil.
O candidato à eleição para o Senado por Minas Gerais Cleitinho (PSC) tem 23% das intenções de voto e aparece empatado tecnicamente com o segundo colocado, Alexandre Silveira (PSD), que tem 21%. O primeiro se manteve com o mesmo porcentual de votos, em comparação à pesquisa da semana passada, enquanto o segundo teve um aumento de 3 pontos porcentuais.
O Ipec ouviu 2000 pessoas entre os dias 24 e 26 de setembro em 102 cidades mineiras. A pesquisa, que tem margem de erro de dois pontos percentuais (para mais e para menos) e nível de confiança de 95%, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR‐06414/2022. O ESTADÃO DE SP
Ipec em São Paulo: Haddad lidera com 34%; Tarcísio tem 24%, e Rodrigo Garcia, 19%
Por Levy Teles / O ESTADÃO
A cinco dias da eleição, Fernando Haddad (PT) tem 34% das intenções de voto e segue na liderança na disputa pelo governo de São Paulo, de acordo com nova pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada nesta terça-feira, 27. Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB), com 24% e 19%, respectivamente, brigam por uma vaga no segundo turno. O levantamento foi contratado pela TV Globo.
Em relação ao levantamento anterior, do dia 21 de setembro, Tarcísio oscilo dois pontos para cima (tinha 22%) e Garcia, um (tinha 18%). Agora o ex-ministro da Infraestrutura está a cinco pontos à frente do governador do Estado e se isola na segunda posição. Haddad manteve os 34%.
Todos os demais candidatos, Vinicius Poit (Novo), Gabriel Colombo (PCB), Antonio Jorge (DC), Elvis Cezar (PDT), Carol Vigliar (UP), Altino Júnior e Edson Dorta (PCO), têm 1%. De acordo com o levantamento, 7% afirmaram não ter interesse em votar em nenhum nome apresentado pelo instituto, e 9% não responderam.
Em uma simulação de segundo turno entre Haddad e Tarcísio, o candidato do PT tem 44% das intenções de voto, ante 37% do ex-ministro. Se a disputa for entre Haddad e Garcia, há um cenário de empate técnico. O petista tem 41% e o governador do Estado, 38%. Na simulação sem Haddad, o cenário é ainda mais parelho. O ex-ministro tem 36% ante 35% do governador.
Haddad continua como candidato mais rejeitado - 33%. Ele é seguido por Tarcísio, com 20%, e Garcia, com 9%.
Segundo o levantamento, pouco mais da metade (58%) dos eleitores de São Paulo não irar mudar mais o voto para o Executivo estadual. 42% disseram que ainda podem alterar a escolha.
A gestão de Garcia é avaliada como ótima ou boa por 27% dos paulistas — mesmo número em comparação à pesquisa anterior. 39% dizem que ele faz um governo regular, oscilação positiva de um ponto, e 20% dizem que ele faz uma administração péssima, oscilação de um ponto porcentual para baixo. 14%, anteriormente 13%, não sabem responder.
A pesquisa Ipec foi realizada entre os dias 24 e 26 de setembro e entrevistou 2 mil eleitores presencialmente, em 84 municípios paulistas. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-04944/2022. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Pesquisa Ipec Rio: Castro abre 13 pontos sobre Freixo e vai a 48% dos votos válidos
Por Fabio Grellet / O ESTADÃO SP
RIO - Pesquisa de intenção de voto para governador do Rio realizada pelo Ipec e divulgada na noite desta terça-feira, 27, pela TV Globo indica que o governador e candidato à reeleição Cláudio Castro (PL) lidera com 13 pontos porcentuais sobre o segundo colocado, Marcelo Freixo (PSB). Castro tem 38% dos votos, um ponto porcentual acima do registrado na pesquisa anterior, divulgada há uma semana. Freixo recuou dois pontos, de 27% para 25%. O resultado dá a Castro 48% dos votos válidos – número muito próximo dos 50% mais 1 necessários para vencer a disputa no primeiro turno. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Em seguida, aparece Rodrigo Neves (PDT), que oscilou de 6% na pesquisa anterior para 7% agora, Cyro Garcia (PSTU) manteve os 3% da pesquisa anterior. Juliete Pantoja (UP), Wilson Witzel (PMB) e Paulo Ganime (Novo) aparecem empatados com 2% cada, o mesmo da pesquisa anterior. Eduardo Serra (PCB) manteve 1% da pesquisa anterior. Luiz Eugênio (PCO) permaneceu com 0%.
Votos brancos, nulos ou em nenhum candidato continuam em 11%, como há uma semana. A pesquisa apurou ainda que 9% dos entrevistados ainda não sabem em quem votar, também como na pesquisa anterior.
O Ipec também pesquisou o cenário de segundo turno entre Castro e Freixo. Castro teria 44% (eram 45% na pesquisa anterior) e Freixo, 34% (eram 35% na pesquisa passada). Votos brancos, nulos ou em nenhum candidato, nessa hipótese, subiram de 13% para 15%. Sete por cento dos pesquisados não sabem em quem votariam. É o mesmo índice da pesquisa anterior.
Na pesquisa de intenção de voto para o Senado, o ex-jogador de futebol e atual senador Romário (PL) continua na frente, com os mesmos 33% da pesquisa anterior´. É seguido por Alessandro Molon (PSB) e Clarissa Garotinho (União Brasil), ambos com 11%. Molon tem o mesmo índice da semana passada, e Clarissa subiu um ponto porcentual.
Na sequência, estão Daniel Silveira (PTB) e André Ceciliano (PT), com 7% das preferências. Silveira manteve o índice. Ceciliano subiu um ponto porcentual, em comparação com a semana passada.
Cabo Daciolo (PDT) manteve os 6% da pesquisa anterior. Professor Helvio Costa (DC), Itagiba (Avante) e Bárbara Sinedino (PSTU) estão empatados com 1% cada. Antônio Hermano (PCO), Raul (UP), Hiran Roedel (PCB) e Sued Haidar (PMB) têm 0%.
Votos brancos ou nulos continuam em 10%, como na pesquisa anterior. Doze por cento dos consultados não sabem em quem votar (na pesquisa anterior eram 13%).
A pesquisa ouviu 2.000 eleitores no Estado do Rio, no período de 24 a 26 de setembro. O nível de confiança é de 95%,. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) sob o código RJ-00773/2022 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o código BR-09459/2022.
Ciro defende inclusão de programa de renda mínima na Constituição
O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, fez campanha no município de Taboão da Serra (SP), na manhã de hoje (27). Em encontro com trabalhadores, o pedetista defendeu a inclusão de um programa de renda mínima na Constituição, de maneira a garantir esse direito às famílias mais vulneráveis, eliminando a dependência dessas famílias da vontade do governo de plantão em ajudá-las.
Para Ciro, esse é um plano para acabar com a fome no país. Segundo os cálculos de Ciro, o programa custaria R$ 380 bilhões por ano, menos que, segundo ele, o país para de juros de dívidas. “Sabe quanto o governo brasileiro tirou do cofre nos últimos 12 meses para pagar de juro para banco? R$ 500 bilhões. Ou seja, o programa para acabar com a fome e a pobreza custa R$ 380 bilhões. No Brasil, o sistema só serve para servir os donos do poder, que compraram a política brasileira”, criticou o candidato.
Aos trabalhadores, o candidato também falou sobre o endividamento das famílias. Sua proposta para essa questão é que o Estado ajude essas famílias a obter um desconto para poder quitar a dívida. “Chama todas as famílias endividadas e chama todos os crediaristas, a companhia de água e esgoto, a de energia, onde o povo tá pendurado na dívida e pede um desconto. O governo entra para ajudar as pessoas a conseguir um desconto. Eu já fiz isso muitas vezes no Ceará”, disse.
Edição: Fábio Massalli / AGÊNCIA BRASIL