Os três erros que afetam a campanha de Bolsonaro na reta final da eleição
Por Lauro Jardim / O GLOBO
Para o público externo, a palavra de ordem na campanha de Jair Bolsonaro é transparecer euforia, sempre se baseando em trackings que estariam colocando o presidente à frente de Lula.
No front interno, porém, a conversa é outra.
Parte do QG tem lamentado em conversas privadas três erros de campanha nesta reta final, mais especificamente nos últimos nove dias.
Ei-los:
*A desastrada fala de Bolsonaro sobre as adolescentes venezuelanas. Foram necessários três dias focados para tirar o assunto do noticiário.
*O vazamento do plano de Paulo Guedes de desvincular os reajustes do salário mínimo e da aposentadoria, um pepino que ainda não foi resolvido e está sendo insistentemente martelado pelo PT.
*O episódio Roberto Jefferson, sobretudo pela tardia reação de Bolsonaro que levou quase 24 horas pra se solidarizar com Cármen Lúcia e mais de sete horas pra chamar o ex-deputado de “bandido”.
Diz um integrante destacado da campanha:
— Numa eleição tão apertada, não dá para contabilizar três erros seguidos e não lamentar.