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Auxílio a prefeitos e retomada de propaganda entram em negociação por PEC das Eleições

Julia Lindner, O Estado de S.Paulo

28 de junho de 2020 | 19h33

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passou o fim de semana em busca de um acordo com parlamentares para pôr em votação nos próximos dias a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite adiar as eleições municipais para novembro deste ano em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Após reunião com lideranças partidárias, Maia negocia com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), contrapartidas defendidas por deputados para que a medida seja aprovada. Entre elas, a prorrogação do auxílio a prefeitos e a retomada da propaganda partidária.

Segundo lideranças ouvidas pelo Estadão, as conversas estão "bem encaminhadas" e a votação deve ocorrer na terça-feira, dia 30. O maior foco de resistência até o momento vinha dos partidos do chamado 'centrão', que alegavam estar preocupados com as condições em que os mandatos dos prefeitos seriam estendidos durante a crise econômica. O texto, aprovado no Senado na semana passada, transfere o primeiro turno eleitoral para 15 de novembro e o segundo para o dia 29 do mesmo mês.

Maia diz que é uma ‘boa ideia’ aumentar tempo de TV nas eleições 2020
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia; Congresso e TSE discutem adiamento das eleições  Foto: Michel Jesus/Câmara

Pensando na possível falta de caixa dos municípios, uma das condições para viabilizar a PEC das Eleições seria que os parlamentares votassem paralelamente o repasse de cerca de R$ 5 bilhões pela União às prefeituras até dezembro, para que os gestores municipais continuem a combater a covid-19.

O valor seria disponibilizado por meio da prorrogação da vigência da Medida Provisória 938, de 2020, que reservou R$ 16 bilhões para recompor perdas na pandemia. Originalmente, a proposta tem validade de março a junho. Caso haja acordo, ela poderia ser prorrogada até dezembro.

A MP prevê apoio financeiro aos Estados e municípios de até R$ 4 bilhões por mês e totalizará até R$ 16 bilhões. De acordo com parlamentares, as perdas foram menores do que o previsto e, ao final do período, sobrará um total de R$ 5 bilhões que poderiam ser destinados aos prefeitos.

Outra condição dos deputados para aprovar o adiamento das eleições seria a aprovação de um projeto de lei que retoma a propaganda gratuita de rádio e televisão, em âmbitos nacional e estadual. Uma proposta sobre o tema está na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Ontem, Maia esteve reunido com líderes do centrão, como o deputado Arthur Lira (PP-AL). Hoje, ele se reuniu com lideranças da oposição, como José Guimarães (PT-CE), Paulo Pimenta (PT-RS) e Alessandro Molon (PSB-RJ).

Sapo na festa do céu - Vera Magalhães, O Estado de S.Paulo

A discussão em torno da formação de uma frente, que se pretendia “ampla”, em defesa da democracia e dos direitos e em reação às investidas de Jair Bolsonaro contra esses dois pilares empacou em critérios tão adultos e democráticos como birra, picuinha, ciúme, ressentimento e cálculo eleitoral para 2022.

Enquanto entidades, políticos e partidos do espectro que vai da centro-direita à esquerda discutem quem pode integrar a frente, tirando dela qualquer amplitude, Jair Bolsonaro vai, na surdina, lhes roubando a principal agenda: a discussão da renda básica universal.

Mais esse erro crasso dos que se opõem a Bolsonaro me remeteu à fábula da festa no céu. Poderiam participar todos os animais voadores. Mas o sapo deu um jeito de burlar as restrições e entrar no céu escondido na viola do urubu.

O sapo é Bolsonaro. Assiste subitamente calado aos desdobramentos do caso Fabrício Queiroz, sabendo que pode se complicar feio por aí, enquanto vai, por meio do auxílio emergencial, entrando no baile da esquerda, que se perde na distração de discutir quem pode ou não fazer parte da tal frente.

Quando o necessário auxílio emergencial de R$ 600, por três meses, foi aprovado, alguns analistas logo enxergaram o potencial que aquilo, dinheiro na veia dos mais pobres, teria para dar a Bolsonaro uma nova base social. Me lembro de textos nesse sentido de Carlos Pereira, no EstadãoCarlos Andreazza, no Globo, e Fernando Canzian, na Folha, para ficar nos primeiros que trataram do tema.

Não deu outra. Dados da Pnad Covid divulgados pelo IBGE mostram o efeito rápido e impressionante do auxílio – mesmo com todos os seus problemas de logística na distribuição, fraudes e exclusão de gente que preenche os critérios para recebê-lo – na redução da pobreza e da extrema pobreza.

Mesmo Bolsonaro, cuja inteligência não é tão grande quanto à do engenhoso sapo, já percebeu o filão de recuperação de sua popularidade, assolada pela absoluta incompetência que ele demonstrou para conduzir o País na pandemia e por seus arreganhos autoritários, entre outras inadequações ao cargo que ficaram escancaradas desde janeiro.

Com a costumeira falta de sutileza, foi ao Twitter expor um casal “muito humilde” do Vale do Jequitinhonha que lhe agradecia pelo auxílio. “De tudo o governo está fazendo, dentro do possível, para garantir a mínima dignidade ao povo”, postou, assumindo o populismo e já despido da fantasia liberal que vestiu para a eleição.

A renda básica universal é uma pauta que Eduardo Suplicy carregou como um Quixote por décadas. Era ridicularizado até no PT. Com a pandemia, o assunto voltou à discussão pelos escritos de economistas como Monica de Bolle, no Brasil, e ganhou também outros países. 

Paulo Guedes a princípio resistiu, tentou limitar a R$ 300 o benefício e achou que seria possível circunscrevê-lo a três meses, mas agora já trabalha com a possibilidade concreta de a transformação do Bolsa Família num programa turbinado e rebatizado ser a única agenda possível daqui para a frente, já que as reformas parecem ter perdido o bonde.

E Bolsonaro vê seus índices nas pesquisas pararem de despencar em pleno caso Queiroz. “Como?”, perguntam os desatentos. É o auxílio, estúpido. Bolsonaro já sacou, e daqui para a frente apostará tudo que puder na fidelização de uma nova base social, nas classes D e E e nas periferias das cidades e rincões do País, ao passo que coopta o Centrão para não ver o impeachment avançar.

Alheia a tudo isso, a esquerda deixa de constituir a frente e construir uma agenda que era sua, para ficar fiscalizando quem tem asa para entrar na festa do céu. E lá vai o sapo escondidinho na viola.

Calendário eleitoral - Eleições

1º DE JUNHO – SEGUNDA-FEIRA

  1. Data em que o Tribunal Superior Eleitoral divulgará, na internet, o quantitativo de eleitores por município, para fins do cálculo do limite de gastos e do número de contratações diretas ou terceirizadas de pessoal para prestação de serviços referentes a atividades de militância e mobilização de rua nas campanhas eleitorais (Lei nº 9.504/1997, art. 100-A e Lei nº 13.488/2017, art. 6º).
  2. Data-limite para que os partidos políticos comuniquem ao Tribunal Superior Eleitoral a renúncia ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) (Lei nº 9.504/1997, art. 16-C, § 16).

5 DE JUNHO – SEXTA-FEIRA

  1. Data a partir da qual a Justiça Eleitoral deve tornar disponível aos partidos políticos a relação de todos os devedores de multa eleitoral, a qual embasará a expedição das certidões de quitação eleitoral (Lei nº 9.504/1997, art. 11, § 9º).

16 DE JUNHO – TERÇA-FEIRA

  1. Data na qual o Tribunal Superior Eleitoral divulgará o montante de recursos disponíveis no Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), observado o recebimento, pelo TSE, da descentralização da dotação orçamentária, até o primeiro dia útil do mês de junho do ano eleitoral.

17 DE JUNHO – QUARTA-FEIRA

  1. Último dia para os tribunais regionais eleitorais indicarem no Sistema ELO os novos municípios que terão eleições com identificação híbrida.

30 DE JUNHO – TERÇA-FEIRA

  1. Data a partir da qual é vedado às emissoras de rádio e de televisão transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidato (Lei nº 9.504/1997, art. 45, § 1º).
  2. Último dia para o envio da prestação de contas do partido relativa ao exercício de 2019 (Lei nº 9.096/1995, art. 32). TSE

Sem comprovar gastos, TSE vê irregularidades em 97% dos partidos

MINISTROS DO TSE

Com um atraso de cinco anos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu nos últimos dias o balanço da prestação de contas dos partidos políticos brasileiros. Dos 32 que tentaram explicar como gastaram o dinheiro público referente ao financiamento partidário de 2014, apenas um conseguiu cumprir a legislação, o que gera uma interrogação no uso de recursos públicos pelas legendas no País. 

Outros 11 tiveram as contas aprovadas com ressalvas, ou seja, com deficiências nos registros. E 20 foram desaprovadas. Como punição, os partidos devem devolver aos cofres públicos cerca de R$ 27 milhões e ter o repasse de cotas suspenso. A reportagem analisou os processos das prestações de contas da verba partidária que constam no site do TSE para entender as irregularidades mais comuns identificadas pela Corte Eleitoral. 

Na grande maioria dos casos, os partidos não comprovaram como o dinheiro do contribuinte foi gasto, o que é grave, se tratando de recurso público. Nos processos, os ministros cobram a entrega de documentos que justifiquem o uso regular dos recursos. 

Em muitos casos, os comprovantes só aparecem após uma decisão de ministros contra a legenda. Ou melhor, quando o relator das contas reprova os dados que recebeu, antes mesmo da análise em plenário. Nos recursos, os advogados das agremiações conseguem reduzir os impactos das irregularidades, mas ainda não completamente. 
Na análise das contas dos diretórios nacionais das legendas, o TSE identificou no antigo PR, hoje PL, por exemplo, documentos com indícios de falsificação. No PSDB, foi identificada a aplicação irregular das cifras. O dinheiro foi utilizado em áreas que não são compatíveis com atividades político-partidárias. 

Um dos casos mais graves é o do antigo PHS, que foi incorporado ao Podemos em 2019. O partido não conseguiu comprovar como gastou 93,30% do que recebeu naquele ano. A Corte exigiu, como punição, que a sigla devolvesse aos cofres públicos R$ 2,8 milhões, e que ela deixasse de receber 11 cotas (das 12 por ano) do Fundo Partidário. 
Outro problema recorrente é o não cumprimento da aplicação do percentual de 5% para a criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres. (Na edição de amanhã, o Diário do Nordeste vai aprofundar o assunto). 

Dificuldades 

Na teia das irregularidades apresentadas pelo TSE, os bastidores das prestações de contas mostram não apenas a possibilidade de corrupção, mas também o amadorismo com o gerenciamento das finanças. 

De acordo com o presidente da Comissão de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), Fernandes Neto, na rotina dessas legendas, principalmente no Interior, há uma “desorganização” e um “desleixo” com os valores pela falta de profissionalização financeira. 

“Há um desleixo por parte dos partidos políticos que não se fazem assessorar por uma boa assessoria jurídica e contábil, especializada em gastos políticos”, diz ele. A má gestão em âmbito municipal acaba prejudicando as prestações de contas nacionais. 

Autor do livro “Partidos Políticos: Desafios Contemporâneos”, o especialista cobra que, mais do que saber comprovar como gastou a verba, é preciso que as siglas prezem pela qualidade na execução do dinheiro da sociedade. 

“Eles têm que zelar pela qualidade do gasto do dinheiro público ou privado, arrecadado de doações dos partidos, e devotar esse dinheiro na busca das finalidades de cada partido, na formação dos seus quadros, no fomento de candidaturas femininas, na criação de estruturas fixas nos estados e nos municípios”, cobra. 

Comissões 

Para o especialista em direito eleitoral, Leonardo Vasconcelos, os problemas na transparência pública dos valores utilizados pelas legendas no País começam na fragilidade das comissões provisórias (organização precária em cidades onde não há diretório formal das siglas), que, segundo ele, só eram vistas com prestígio em ano eleitoral. 

“Passada essa fase (eleitoral) não se preocupavam com prestação de contas ou qualquer coisa referente aos partidos. Assim, temos muitos diretórios com pendências de contas. Com a mudança eleitoral, que exigiu que para concorrer existisse o diretório municipal, apesar de a exigência ainda não ser imperativo, já mudou muito o interesse”, explica o especialista. 

A dificuldade municipal em revelar como o dinheiro público foi empregado acaba tensionando uma cadeia que chega à instância nacional. “Cada um vai ter que prestar contas do que recebeu e, as vezes, isso pode causar um evento em cadeia. Se em um município o partido não prestou contas, então não vai aprovar o repasse do estadual para o municipal. É tudo comprovado por transferência bancária”, diz Vasconcelos ao pontuar que todas essas pendências são cobradas no TSE. “O TSE pode até aprovar as contas, mas com ressalvas”, explica. 

Partidos 

Para o cientista político da Universidade Federal do Ceará, professor Cleyton Monte, o mau uso do dinheiro ainda nas instâncias partidárias leva insegurança ao eleitor caso aqueles dirigentes que não comprovaram os gastos sejam eleitos em disputas para o Legislativo ou Executivo. 

“Eu parto do princípio que o apreço pelo serviço público é uma questão básica. Começa na gestão do partido. Quando as figuras forem eleitas, vão fazer a mesma coisa com o recurso do gabinete porque têm aquela visão de que o recurso público é daquela pessoa que está utilizando o recurso público”, diz. 

Segundo o pesquisador, os partidos dependem muito dos fundos “porque eles não têm uma interligação com a sociedade”. “Você tem muitos partidos, siglas das mais diversas, mas eles não têm uma representatividade junto ao eleitorado no sentido de se conectar com a sociedade”, pontua. 

Para o professor, em geral, não há diálogo com a juventude, com o meio ambiente, com a classe média, entre outras áreas. Esse distanciamento não faz com que a população se aproxime dessas agremiações. “A grande questão é: por que não se faz? Porque os partidos já sabem que vão receber recursos públicos”.

De acordo com o sociólogo da Universidade Federal do Ceará, Jonael Pontes, um dos fatores que determinam esse afastamento entre partidos políticos e sociedade é a corrupção, tão comum no País.

“A preocupação da sociedade com a corrupção e os problemas que dela derivam está diretamente relacionada ao surgimento de escândalos que envolvem diversas variáveis, desde enriquecimento ilícito de políticos, agentes públicos, licitações manipuladas, denúncias de propina ou tráfico de influência. Neste caso específico, a reprovação das contas de 20 do total de 32 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral”, diz Pontes.

O pesquisador argumenta que a prática “demonstra a falta de responsabilidade e de transparência ao lidar com a coisa pública”. Para o sociólogo, “é de extrema importância a autonomia dos órgãos de controle” para a fiscalização do uso do dinheiro. Ele cita que o fenômeno da crise de confiança nos partidos está presente em quase todas as democracias contemporâneas. 

Versões 

O Diário do Nordeste procurou as legendas em âmbito nacional, através dos contatos nos sites oficiais e também nas redes sociais, e fez questionamentos sobre os pontos de irregularidades do TSE. 

O DEM respondeu que as contas foram parcialmente rejeitadas “por decisão monocrática do relator” e que “o partido apresentou recurso ao plenário”. “O Democratas enfatiza ainda que confia no provimento do recurso e na reversão da decisão”, diz a nota. 

O Solidariedade disse que as contas “foram aprovadas pelo TSE, tendo sido determinada a devolução ao erário da importância de R$ 67.462,28, o que representa apenas 0,77% do total de recursos do Fundo Partidário recebidos” no ano. A legenda diz que tratam-se de valores “ínfimos”, “um dos menores dentre todas as prestações de contas de 2014”. “O que revela a seriedade e transparência que norteiam o Solidariedade”. 

Já o PSDB afirmou que “o partido vai recorrer da decisão, que não foi unânime”. O PSD declarou que “o partido teve as contas aprovadas e apresentou embargos às ressalvas feitas, que demonstram a correção dos atos”. Nenhuma das respostas se aprofundaram nas questões apontadas pelo TSE. As demais legendas não responderam.

TSE divulga nova divisão de recursos do fundo eleitoral

Por Fernanda Vivas e Márcio Falcão, TV Globo — Brasília

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta quarta-feira (17) a nova divisão dos recursos do fundo eleitoral, o montante de recursos que vai financiar as campanhas eleitorais deste ano.

O fundo eleitoral tem R$ 2,034 bilhões para serem distribuídos entre os partidos. Pela nova divisão, PT e PSL continuam com as maiores parcelas.

Os valores das duas siglas, no entanto, sofreram ajustes. O PT passa a ter direito a R$ 201,2 milhões de reais (antes, tinha R$ 200,9 milhões). O PSL tinha direito a R$ 193,6 milhões e passará a ter R$ 199,4 milhões (confira abaixo a nova distribuição dos recursos).

Decisão do TSE

Nesta terça-feira (16), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou a revisão no cálculo do valor da cota a que cada partido terá direito no fundo.

As mudanças foram feitas porque o tribunal estabeleceu o marco temporal a ser considerado para a divisão dos percentuais do fundo, especialmente em relação ao tamanho das bancadas da Câmara e do Senado. Esse marco passa a ser a última eleição geral. No caso da divisão para 2020, o critério passa a ser então o pleito de 2018.

A lei que criou o fundo eleitoral em 2017 estabeleceu que a divisão dos valores seria a seguinte:

  • 2% divididos igualmente entre todos os partidos com estatutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral;
  • 35% divididos entre os partidos que tenham pelo menos um representante na Câmara dos Deputados, proporcionalmente aos votos obtidos na última eleição para a Câmara dos Deputados;
  • 48% divididos entre os partidos, na proporção da bancada partidária na Câmara dos Deputados;
  • 15% divididos entre os partidos, na proporção da bancada partidária no Senado Federal;

Além disso, no cálculo da bancada do Senado, o TSE considerou que é preciso levar em conta a situação de senadores que, na data de uma eleição geral, contam quatro anos de mandato – eles não concorrem à reeleição porque o mandato é de oito anos e ainda terão mais quatro a cumprir.

Nessas situações, entendeu o tribunal, é preciso considerar, para efeito da contagem, o partido no qual estava o senador que ainda cumpre mandato na última eleição geral. Ou seja, para o cálculo de distribuição do fundo em 2020, é preciso considerar o partido ao qual estavam filiados os senadores que contavam quatro anos de mandato na eleição de 2018.

O TSE também determinou que, no caso de fusão ou incorporação de legendas (em razão da cláusula de desempenho, que estabeleceu critérios para que partidos tenham acesso a fundo partidário e tempo de TV), os votos devem ir para as siglas que resultam da fusão ou incorporação.

divisão do fundo eleitoral divulgada na semana passada levava em conta, segundo o TSE, a representação dos partidos nas casas legislativas apurada em 1º de junho deste ano. Maiores bancadas na Câmara, PT, PSL e PSD ficaram com as maiores parcelas – R$ 200 milhões, R$ 193 milhões e R$ 157 milhões respectivamente.

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