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Bolsonaro inventa para se manter em evidência

 O presidente Bolsonaro busca uma maneira de contestar ou até mesmo desistir da eleição, para não perder, como parece que vai acontecer. Ele procura, com suas reclamações, dar um ar de que está respaldado pelas Forças Armadas, o que é desmentido pelos fatos. O relatório do representante convidado pelo TSE para verificar a segurança das urnas é totalmente técnico e não há a mínima suspeição de que possa haver interferência no resultado das eleições. Bolsonaro inventa todo dia alguma coisa para se manter em evidência e deixar um clima de ameaça no ar. Mas ele não tem condições políticas, nem apoio das Forças Armadas para tentar um golpe com o fim de não realizar eleições. Mantem seu grupo unido com essas declarações, dizendo que foi roubado, mas não vejo perigo para as eleições, ainda mais agora com a redução de popularidade do presidente. O apoio de 25% não é suficiente para paralisar o país e tentar um golpe. Já tentou, no 7 de setembro, quando estava mais forte, e não conseguiu nada.  Talvez seja o mote da campanha dele, mas não vejo problema.

Bolsonaro lidera no uso do TikTok entre pré-candidatos à Presidência

Daniel Gullino / O GLOBO

Após se destacar pelo uso das redes sociais nas eleições de 2018, o presidente Jair Bolsonaro tem ao menos um novo trunfo nessa área para a disputa deste ano: até o momento, é o pré-candidato à Presidência com maior presença no TikTok, rede social em ascensão. A maioria dos rivais de Bolsonaro nem mesmo possuem conta na plataforma, enquanto os que têm ficam bem atrás do presidente em número de seguidores.

O Brasil tem cerca de 4,72 milhões de usuários de TikTok, de acordo com dados de 2021 da consultoria alemã Statista. É o segundo país que mais usa o aplicativo no mundo, atrás apenas da China. Apesar do potencial de crescimento, que incomoda as concorrentes, o número ainda é baixo se comparado ao Facebook e ao Instagram (que têm 148 milhões e 114 milhões de usuários no país, respectivamente).

Bolsonaro tem 769 mil seguidores na rede social, que usa desde junho do ano passado. A presença no TikTok ainda é raridade entre os principais pré-candidatos: Luiz Lula da Silva (PT), Sergio Moro (Podemos), João Doria (PSDB) e Simone Tebet (MDB) não tem contas.

Os únicos outros postulantes à Presidência que também marcam presença são André Janones (Avante), com 148 mil seguidores, e Ciro Gomes (PDT), com 59 mil. Os dois começaram a utilizar o TikTok em abril de 2021, poucos meses antes de Bolsonaro, mas os dois tem um volume de postagens menor do que o do presidente. 

Como o GLOBO mostrou na semana passada, outros políticos também investem na rede, como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) e o deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP).

Bolsonaro tem uma produção específica para a rede social, publicando geralmente montagens com trechos de discursos seus ou de suas interações com apoiadores, sempre com uma música ao fundo. Já foram postados mais de 300 vídeos.

Aproveitando o estilo mais descontraído e jovial da rede social, o presidente publicou na semana passada um trecho de uma série de animação do grupo X-Men, para lamentar a morte de Isaac Bardavid, dublador do personagem Wolverine.

Se não entra diretamente na moda das "dancinhas" do TikTok, Bolsonaro ao menos terceiriza isso para sósias seus, publicando vídeos de pessoas parecidas com ele. No mês passado, postou uma dessas gravações com as hashtags "#gingado" e "#danca".

A rede social, contudo, não é bem-vista por todos os integrantes do governo. Há duas semanas, a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) afirmou que a gravidez de crianças e de adolescentes “está muito atrelada” ao uso do TikTok.

Ciro Gomes também tem investido na rede social, chegando a publicar vários vídeos por dia. Suas publicações, no entanto, tem um formato mais tradicional e geralmente se limitam a apenas cortes de discursos ou entrevistas, sem grandes edições.

Janones, que é o único do três que não tem uma conta verificada, tem uma produção menor e publicou apenas quatro vídeos neste ano.

Apesar de não ter um perfil oficial, Lula conta com produção de apoiadores. Há duas contas dedicadas ao ex-presidente, uma com 539 mil seguidores e outra com 139 mil. Apesar das suas utilizaram o nome "oficial", a assessoria do petista afirmou que ele não tem perfil no TikTok.

Políticos mudam para o Centrão atraídos por verbas na última chance de trocar de sigla

Lauriberto Pompeu, O Estado de S.Paulo

13 de fevereiro de 2022 | 19h24

BRASÍLIA - O poder de barganha do Centrão na disputa presidencial vai aumentar com a última janela de mudanças partidárias antes das eleições de outubro. Às vésperas do período que permite a troca de legenda sem perda de mandato por infidelidade (de 3 de março a 1º de abril), líderes e presidentes das siglas avaliam como deve ficar a nova correlação de forças na Câmara e contabilizam perdas e ganhos.

Na prática, o Centrão atrai deputados federais que buscam abrigo em legendas que ampliaram sua máquina de garantir votos com cargos influentes no governo de Jair Bolsonaro e verbas milionárias do orçamento secreto. Os principais partidos desse bloco – ProgressistasPL e Republicanos – trabalham para aumentar a influência na Câmara. 

jair bolsonaro arthur lira
Presidente da Câmara, Arthur Lira (à esq.) foi o principal articulador do orçamento secreto, considerado o 'quardião' do mecanismo que buscou formar uma base aliada que evitasse o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS

Hoje na condição de terceira maior bancada, com 43 deputados, o PL, presidido por Valdemar Costa Neto, ocupará a primeira posição na Câmara, saltando para 65 parlamentares, e o União Brasil, uma fusão do DEM e do PSL, com 61, a segunda. No troca-troca, o PT cairá da segunda para a terceira posição, apesar de também crescer. O partido passará dos atuais 53 parlamentares para 54 – o deputado licenciado Josias Gomes, atual secretário de Desenvolvimento Regional na Bahia, voltará ao plenário. Já o Progressistas, legenda do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), deve aumentar de 42 para 52 parlamentares, e o PSD, comandado por Gilberto Kassab, espera crescer de 35 para 40. Ambas as siglas, que respectivamente são a quarta e a quinta maiores bancadas, devem seguir nas mesmas colocações. 

Na estrutura do orçamento secreto, o presidente da Câmara e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, presidente licenciado do Progressistas, são quem, na prática, organizam a divisão das indicações de verbas entre os governistas. Já o PL, além de ter filiado o próprio presidente Jair Bolsonaro, tem espaço privilegiado por comandar ministérios como a Secretaria de Governo, com Flávia Arruda, e Desenvolvimento Regional, com Rogério Marinho.

Apesar de não se declarar base de Bolsonaro, o União Brasil tem prestígio na escolha da destinação de recursos. O senador Marcio Bittar (PSL-AC) foi relator do Orçamento de 2021 e a destinação das verbas privilegiou o PSL, que fará parte do União. O deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), outro nome que comporá a nova sigla, também tem influência e foi o responsável por indicar o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A estatal é um dos principais meios operados para aplicar o orçamento secreto.

Perdas

Entre os partidos que vão perder filiados estão o PSDB, que deve ser reduzido de 32 para 27 deputados; o PDT, de 25 para 22; o PROS, de dez para sete, e o PTB, que, ao que tudo indica, terá a bancada diminuída pela metade, de dez para cinco.

Outro efeito será uma maior clareza para os partidos que ainda estão indecisos sobre a eleição presidencial. Legendas grandes e que vão exercer um papel essencial na disputa pelo Palácio do Planalto vão ter mais segurança para negociar. É o caso do União Brasil – que hoje se divide entre estar com o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o presidente Bolsonaro (PL) e não ter uma posição formal de apoio, liberando os diretórios – e do PSD, que avalia lançar um candidato próprio ou estar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com a definição de quais parlamentares sairão e quais entrarão, os partidos vão conseguir debater de forma mais clara, em abril, o apoio ao candidato à Presidência, pois o tamanho de cada um dos grupos internos será definido após a janela. A partir do dia 2 de abril também começa outro período importante para eleição, que é o intervalo no qual os políticos que quiserem concorrer a qualquer cargo (que não a reeleição ao posto anterior) devem se desincompatibilizar e ainda não poderão mais trocar de legenda.

No PSD, o discurso atual é o de que haverá candidatura própria ao Palácio do Planalto. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), era visto como única opção, mas, diante do desânimo do senador em participar da disputa, Kassab disse que pensa em atrair o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung para a legenda como alternativas nas eleições.

Apesar disso, na quarta-feira, 9, Kassab admitiu pela primeira vez que as portas do PSD não estão 100% fechadas para Lula no primeiro turno e que “alguns companheiros” na sigla são aliados do PT. O ex-prefeito de São Paulo tem conversado com Lula sobre a sucessão presidencial. Petistas têm oferecido apoio ao PSD em Estados como Minas Gerais, onde o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, pretende concorrer ao governo, e Sergipe, onde o deputado Fábio Mitidieri tenta ser o candidato do partido de Kassab.

O PSD fez parte do grupo de partidos que se aproximou de Bolsonaro em 2020 e chegou a controlar estruturas como a do Ministério das Comunicações e da Fundação Nacional da Saúde (Funasa). No entanto, desde o ano passado, Kassab tem comandado um movimento de afastamento e feito diversas críticas ao governo. Hoje no PSD, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, vai para o Progressistas durante a janela.

Mesmo se o PSD decidir ficar fora da coligação do petista, alguns diretórios estaduais já avisaram que vão apoiar Lula desde o primeiro turno. Presidente do partido na Bahia, o senador Otto Alencar afirmou que tem "estima, respeito e admiração" por Pacheco, mas que já havia firmado um compromisso de apoiar Lula e vai mantê-lo.

"O PSD está com a pré-candidatura do Rodrigo Pacheco. O partido não tem em todos os Estados a unanimidade com essa decisão. Aqui na Bahia mesmo a nossa posição é de preservar nossa aliança com o PT, PP, esses partidos todos da base, PCdoB, PSB, aqui vamos caminhar com Lula", disse Alencar ao Estadão.

O partido de Kassab já confirmou a filiação de Luiza Canziani (PTB-PR) e deve atrair também Laura Carneiro (DEM-RJ), Pedro Paulo (DEM-RJ) e Marcelo Calero (Cidadania-RJ). Entre as saídas confirmadas estão o ministro Fábio Faria (deputado eleito pelo RN) e o deputado Eder Mauro (PSD-PA).

Após a janela, o Centrão vai ganhar ainda mais força e consolidar o declínio da tríade - MDB, PSDB e PT - que costumava disputar protagonismo na Câmara antes de 2018. A bancada do PL será turbinada com bolsonarista e deve alcançar o melhor resultado da história do partido na Câmara. "Vai ser o maior partido do Brasil agora já em março com a vinda dos 25", disse o deputado Capitão Augusto (PL-SP), vice-presidente da legenda de Bolsonaro. 

Augusto afirmou que a expectativa é eleger pelo menos 60 deputados federais em 2022 e ter maior fundo eleitoral e partidário a partir do ano que vem. O deputado negou que a sigla possa se desidratar e sofrer grandes debandadas com opositores de Bolsonaro, principalmente no Nordeste: "Daqui a pouco, dois anos, tem as eleições municipais, e você, com o maior partido do Brasil, provavelmente vai ter o maior fundo partidário, um partido com governo, não tem porque abrir mão de um partido desse".

Em segundo lugar como maior legenda virá o União Brasil, que espera ter 61 deputados, contando com o desembarque de até 30 bolsonaristas e a vinda de pelo menos dez novas pessoas. Mesmo estando em segundo, a nova sigla terá o maior cofre (cerca de R$ 1 bilhão) para a eleição deste ano, já que o cálculo leva em conta o número de eleitos do PSL e do DEM em 2018.

Entre os que devem se filiar ao União Brasil estão Clarissa Garotinho (PROS-RJ), Capitão Wagner (PROS-CE), Vaidon Oliveira (PROS-CE), Danilo Forte (PSDB-CE), Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA) e Daniela do Waguinho (MDB-RJ).

O deputado Elmar Nascimento, ex-líder do DEM e que deve comandar a bancada da nova legenda, também disse que o partido quer ser o maior do País após as eleições de 2022. A expectativa do grupo é eleger 70 deputados, mas Elmar admitiu que a concorrência do PL e do PT é significativa.

"A gente está querendo ser maior, mas vai depender muito do desempenho dos outros. Não sei como vai o PL na esteira do Bolsonaro. O PL e o PT, por terem dois candidatos a presidente fortes, são os únicos partidos que podem ter alguma surpresa", afirmou.

Elmar reforçou que a nova legenda ainda não possui candidato definido ao Planalto e disse que é natural os partidos terem divisões. "Isso é a realidade do Brasil. Em um país com dimensão continental, nenhum partido consegue ser homogêneo", argumentou.

Com recursos bilionários e penetração regional, o União Brasil tem oferecido condições melhores para os parlamentares garantirem seus mandatos. É o caso de Danilo Forte, que vê adversidades em disputar pelo PSDB. "É a questão local dele lá do Ceará. Ele no PSDB sozinho não faz bancada, não faz quociente, é situação local mesmo", disse Elmar.

Os recursos também serão importantes para Capitão Wagner, que quer concorrer ao governo do Ceará. Em dezembro, o deputado postou uma foto vestindo uma blusa com o número 44, que será usado pela nova legenda, e disse: "Quem sabe esse 44 não vira rotina partidária?".

Outro partido do Centrão que espera crescer é o Progressistas. A expectativa é ficar próximo do PT e aumentar a atual bancada de 42 para 52 deputados. O Progressistas já confirmou a vinda dos ministros das Comunicações, Fabio Faria, hoje no PSD, e da Agricultura, Tereza Cristina, atualmente no DEM. Os dois vão reassumir o mandato na Câmara para poder disputar as eleições.

Mais dois deputados que devem se filiar são Sheridan Oliveira (PSDB-RR) e Pedro Lupion (DEM-PR). O Republicanos deve aumentar de 31 para 34 deputados com a vinda de Luis Miranda (DEM-DF), Wilson Santiago (PTB-PB) e Liziane Bayer (PSB-RS).

Do outro lado, o PSDB vive uma guerra interna e pelo menos seis deputados vão se desfiliar da legenda e migrar para partidos como União Brasil, PSD, PL e Progressistas, reduzindo a bancada de 32 para 27 deputados, pior resultado da história da legenda. Já a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) vai se juntar aos tucanos. Nas fileiras tucanas, uma ala de caciques tem cobrado Doria para desistir da candidatura presidencial devido ao baixo desempenho nas pesquisas, à rejeição e pela divisão dos recursos financeiros entre as campanhas para o Congresso e à Presidência.

O MDB, hoje com 34 deputados, deve manter mais ou menos o tamanho atual, e Daniela do Waguinho (RJ), de saída para o União Brasil, deve ser uma das poucas a se desfiliar.

PSB e PDT vão perder deputados que, desde 2019, têm discordado das orientações da legenda em votações da pauta econômica, como a reforma da Previdência e a autonomia do Banco Central. No PSB, a redução deve ser de 30 para 28.

O PDT também vai diminuir por causa da discordância com o projeto presidencial de Ciro Gomes; o deputado Tulio Gadelha (PDT-PE)  já avisou que vai para a Rede. Em compensação, o deputado David Miranda (RJ) anunciou que sairá do PSOL para o partido de Ciro. Subtenente Gonzaga (PDT-MG), Marlon Santos (PDT-RS) e Alex Santana (PDT-BA) estão de saída após desobedecerem a orientação do partido nas votações. No saldo final, o partido deve cair de 25 para 22 parlamentares.

Proporcionalmente, o maior derretimento deve acontecer no PTB. O partido enfrenta hoje uma crise interna por disputa de comando, e a maioria dos deputados eleitos pela legenda discordam do rumo bolsonarista radical que o ex-deputado e presidente afastado da sigla, Roberto Jefferson, tem tomado.

Dos atuais 10 deputados, a expectativa é que somente dois continuem filiados - Eduardo da Costa (PA) e Marcelo Moraes (RS) -, mas a legenda deve atrair quadros bolsonaristas como Otoni de Paula (PSC-RJ), Daniel Silveira (PSL-RJ) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP).

No Podemos, três deputados devem sair por não concordar com a candidatura de Moro. São eles José Medeiros (MT) e Diego Garcia (PR), que apoiam Bolsonaro, e Bacelar (BA), que apoia Lula. Do outro lado, Kim Kataguiri (DEM-SP) e Maurício Dziedricki (PTB-RS) vão entrar no partido justamente por causa do apoio ao ex-juiz.

 

Casagrande, do PSB, endossa post que diz que 'PT fez aliança até com satanás'

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), concordou com um post do subsecretário de Políticas Sobre Drogas capixaba, Carlos Lopes, no qual dizia que "o PT, quando esteve no poder, fez aliança até com satanás". A afirmação de Lopes ocorre em um contexto no qual Casagrande vem sendo criticado por petistas por ter recebido o pré-candidato à presidência da República pelo Podemos, Sérgio Moro, na residência oficial do estado. PSB e PT negociam uma federação que teria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato ao Planalto.

Gleisi Hofmann: Presidente do PT diz que encontro de governador com Moro torna negociação com PSB 'azeda'

"O PT quando esteve no poder fez aliança até com satanás, agora vem querer regular quem o governador recebe? Me poupem desse falso moralismo ou puritanismo ideológico!", escreveu Carlos Lopes. A postagem foi respondida por Casagrande: "Boa afirmação, amigo!".

O PSB capixaba aposta na reeleição de Casagrande, enquanto Lula já acenou com o nome de Fabiano Contarato como possível nome para encabeçar uma chapa. Enquanto a questão não é resolvida e o martelo não é batido quanto à possível federação, o encontro do governador do Espírito Santo com o ex-juiz federal gerou desconforto no diretório estadual do PT. 

Entrevista: ‘PT tem que botar a sandalinha da humildade', diz Jaques Wagner

A presidente estadual do PT, Jackeline Rocha, avaliou o encontro como "ruim". 

— Infelizmente foi um gesto ruim, sobretudo pelo fato de Casagrande ser um dirigente histórico do PSB, com quem o PT dialoga uma agenda para o país — afirmou.  O GLOBO

Pesquisa Ipespe: Lula tem 43% e Bolsonaro, 25%; Moro e Ciro empatam com 8%

A nova pesquisa Ipespe para as eleições presidenciais de 2022, divulgada nesta sexta-feira (11), indica que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto na pesquisa estimulada com 43%, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 25%. Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos) empatam em 3º lugar, com 8%.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), vem em 4º lugar, com 3% das intenções de voto. Depois, aparecem Simone Tebet (MDB) e André Janones (Avante), empatados com 1%. Os nomes de Rodrigo Pacheco (PSD), Alessandro Vieira (Cidadania) e Felipe d’Avila (Novo) não pontuaram.

 

Além disso, 9% dos entrevistados afirmaram que votariam em branco, nulo, não votariam ou não escolheriam nenhum dos citados, enquanto 3% se colocaram como indecisos.

Primeiro turno

Intenção de voto estimulada para presidente – cenário COM Sergio Moro (Podemos)

  • Lula (PT) – 43%
  • Jair Bolsonaro (PL) – 25%
  • Ciro Gomes (PDT) – 8%
  • Sergio Moro (Podemos) – 8%
  • João Doria (PSDB) – 3%
  • Simone Tebet (MDB) – 1%
  • André Janones (Avante) – 1%
  • Rodrigo Pacheco (PSD) – 0%
  • Alessandro Vieira (Cidadania) – 0%
  • Felipe d’Avila (Novo) – 0%
  • Branco/nulo/não vai votar/nenhum – 9%
  • Indecisos/não respondeu – 3%

Intenção de voto estimulada para presidente – cenário SEM Ciro Gomes (PDT)

  • Lula (PT) – 44%
  • Jair Bolsonaro (PL) – 26%
  • Sergio Moro (Podemos) – 8%
  • João Doria (PSDB) – 4%
  • Simone Tebet (MDB) – 2%
  • Rodrigo Pacheco (PSD) – 1%
  • André Janones (Avante) – 1%
  • Alessandro Vieira (Cidadania) – 1%
  • Felipe d’Avila (Novo) – 0%
  • Branco/nulo/não vai votar/nenhum – 10%
  • Indecisos/não respondeu – 3%

Intenção de voto espontânea para presidente

  • Lula (PT) – 36%
  • Jair Bolsonaro (PL) – 24%
  • Sergio Moro (Podemos) – 4%
  • Ciro Gomes (PDT) – 4%
  • João Doria (PSDB) – 1%
  • Marina Silva (Rede) – 0%
  • Rodrigo Pacheco (PSD) – 0%
  • André Janones (Avante) – 0%
  • Branco/nulo/nenhum – 5%
  • Indecisos/não respondeu – 25%

Segundo turno

A Ipespe apresentou sete cenários de segundo turno entre os quatro primeiros colocados na pesquisa.

Cenário 1

  • Lula (PT) – 54%
  • Jair Bolsonaro (PL) – 31%
  • Branco/nulo/não vai votar/indecisos – 15%

Cenário 2

  • Lula (PT) – 51%
  • Sergio Moro (Podemos) – 31%
  • Branco/nulo/não vai votar/indecisos – 18%

Cenário 3 

  • Lula (PT) – 50%
  • Ciro Gomes (PDT) – 24%
  • Branco/nulo/não vai votar/indecisos – 26%

Cenário 4

  • Lula (PT) – 53%
  • João Doria (PSDB) – 18%
  • Branco/nulo/não vai votar/indecisos – 29%

Cenário 5

  • Ciro Gomes (PDT) – 45%
  • Jair Bolsonaro (PL) – 33%
  • Branco/nulo/não vai votar/indecisos – 22%

Cenário 6 

  • João Doria (PSDB) – 40%
  • Jair Bolsonaro (PL) – 34%
  • Branco/nulo/não vai votar/indecisos – 26%

Cenário 7 

  • Sergio Moro (Podemos) – 32% 
  • Jair Bolsonaro (PL) – 30%
  • Branco/nulo/não vai votar/indecisos – 38%

Metodologia

Esta nova edição da pesquisa Ipespe foi realizada por telefone com 1.000 entrevistados entre os dias 7 e 9 de fevereiro de 2022, com pessoas de 16 anos ou mais de todas as regiões do país.

A margem de erro máxima estipulada é de 3.2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%. Ou seja, se 100 pesquisas fossem realizadas, ao menos 95 apresentariam os mesmos resultados dentro desta margem.

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-03828/2022.

Eleições 2022

CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.

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