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Centro prevê guinada à direita em 2022

Pedro Venceslau e Camila Turtelli, O Estado de S.Paulo

30 de maio de 2021 | 05h00

BRASÍLIA - O avanço da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio da Silva e a queda na popularidade do presidente Jair Bolsonaro em meio ao desgaste do governo provocado pela CPI da Covid “empurram” o centro político para a direita, avaliam dirigentes partidários, parlamentares e analistas. O objetivo, segundo eles, é construir a chamada terceira via com potencial de voto capaz de atrair sobretudo eleitores decepcionados com o presidente.

A mudança de estratégia se acentuou após Lula liderar, com folga, a mais recente pesquisa Datafolha, com 41% das intenções de voto, ante 23% de Bolsonaro, em simulação para o primeiro turno. No segundo turno, o petista seria eleito com 55%. Presidenciáveis que se posicionam como terceira via, caso de Ciro Gomes (PDT), também fazem aceno à direita, ainda que o ex-ministro seja associado à centro-esquerda. O raciocínio é o de que o adversário a ser batido no primeiro turno é Bolsonaro, não Lula.

Centro prevê guinada à direita em 2022
Eleição. Partidos de centro querem disputar eleitores descontentes com presidente Jair Bolsonaro, que vê avanço de Lula.  Foto: Dida Sampaio/Estadão

O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (RJ), que está de saída do DEM, defende uma aliança entre todos os pré-candidatos da centro-direita em torno de um nome para disputar a eleição presidencial de 2022. “Precisamos fazer um movimento político forte”, disse ao Estadão o deputado. Ele considera Lula “franco favorito”, com chances de vencer até mesmo no primeiro turno, e citou a união entre nomes como o do governador João Doria (PSDB), do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) e da empresária Luiza Trajano, que descarta disputar cargo político.

A frente ampla pregada por Maia, porém, não saiu do papel. Líderes de partidos que defendiam essa tese já admitem que cada um seguirá seu projeto, mas preveem uma virada à direita no discurso dos pré-candidatos.

Ainda assim, o DEM, que vive uma crise interna, planeja projetar a imagem de Mandetta como presidenciável para evitar ser tragado pela ala governista da sigla, que integra a tropa de choque de Bolsonaro no Congresso. Mandetta ganhou capital político após deixar o Ministério da Saúde por se opor à postura negacionista do governo federal em relação à pandemia de covid-19.

O senador Álvaro Dias (PR), do Podemos, disse que seu partido vai esperar até outubro uma definição do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, apontado como presidenciável e citado nas pesquisas de intenção de voto. “O antipetismo ainda é muito expressivo no País. Com a queda de Bolsonaro, há espaço para a terceira via. O centro vai adotar uma postura menos ideológica e mais pragmática.”

‘Oportunidade’

O PSDB aparece com ao menos três nomes na disputa. Além de Doria, são cotados como presidenciáveis o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o senador Tasso Jereissati (CE). O ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio também pretende disputar as prévias tucanas. O líder do partido no Senado, Izalci Lucas (DF), aposta que um candidato de centro pode romper a polarização entre Lula e Bolsonaro. Ele vê uma “janela de oportunidade” para uma terceira via. “Qualquer um do centro tem grande chance contra Lula ou Bolsonaro no segundo turno. Não dá para ter dez candidatos. Essa é a grande oportunidade do centro, que nas últimas pesquisas foi jogado para a direita.”

O presidenciável que faz o movimento mais incisivo à direta é Ciro Gomes, terceiro colocado na eleição de 2018. O mais recente foi o convite para que o economista Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do BNDES na gestão Temer, se tornasse seu conselheiro. O pedetista, que contratou o ex-marqueteiro do PT João Santana, tenta se associar à terceira via com críticas a Bolsonaro e a Lula, pregando um “antipetismo de esquerda”.

Mas esse aceno à direita não será fácil para Ciro, na avaliação do publicitário Lula Guimarães, marqueteiro de Geraldo Alckmin (PSDB) na corrida presidencial de 2018 e de Doria na campanha municipal de 2016. “É muito difícil, pelo perfil do Ciro, fazer um movimento à direita. Ele faz críticas ao PT, mas não tem a confiança desse campo”, afirmou o publicitário. “Já para o PSDB, não colaria muito uma guinada na pauta dos costumes, mas o partido deve abraçar uma pauta mais liberal na política econômica.”

Para o professor de Ciência Política da Universidade Católica de Pernambuco Juliano Domingues, Ciro tem o maior custo “político-eleitoral” ao buscar o eleitorado de direita. “() grande chance de não convencer o eleitor. Isso parece se refletir nas pesquisas divulgadas até agora.” André Perfeito, economista-chefe da corretora Necton, sustenta que Bolsonaro ainda pode virar o jogo – e tanto ele quanto Lula podem “cooptar” o centro. “O candidato que quiser se aproximar do mercado vai ter de sinalizar disciplina fiscal.”

Em entrevista à revista francesa Paris Match, Lula afirmou pela primeira vez, após recuperar os direitos políticos, que disputará a eleição de 2022. “Serei candidato contra Bolsonaro.” Além disso, o petista se movimenta em campo aberto para atrair quadros do MDB do Norte e Nordeste, como o ex-presidente José Sarney e os senadores Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), e conversa com líderes de siglas pragmáticas e próximas ao Centrão, como Gilberto Kassab, presidente do PSD.

Na semana passada, Lula postou em suas redes sociais uma foto com ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) – ambos almoçaram juntos no dia 12. O encontro repercutiu no mundo político, uma vez que FHC indicou voto no petista em eventual segundo turno contra Bolsonaro. No PSDB, o gesto causou incômodo. Vice-presidente nacional do PSDB, o deputado Domingos Sávio (MG) está entre os críticos mais duros ao retrato de FHC com Lula, classificado por ele como “extremamente infeliz”. “O PSDB precisa se firmar como antipetista, liberal e defensor da livre-iniciativa”, disse o parlamentar.

Projeto da frente ampla implode

Em março, seis presidenciáveis assinaram um manifesto em conjunto pró-democracia e contra o autoritarismo em meio à troca dos comandantes das Forças Armadas e a demissão do então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, pelo presidente Jair Bolsonaro.

Se a primeira leitura desse gesto foi a de que a iniciativa poderia levar à união em torno de um nome para disputar a eleição de 2022 contra Bolsonaro e Lula, não foi o que aconteceu. O grupo de WhatsApp criado por eles está em silêncio.

“Não houve a construção de uma pauta em comum. Vejo candidaturas diferentes com uma possível aliança lá na frente. É uma demanda da sociedade que se adote uma linha mais de centro à direita. Vai ser um centro democrático com viés mais liberal”, disse ao Estadão o ex-candidato João Amoêdo, um dos que assinaram o documento.

Além dele, referendaram o texto o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), o apresentador de TV Luciano Huck, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e os governadores tucanos João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS).

Com a implosão do projeto de uma frente ampla houve um congestionamento de candidaturas a pouco mais de um ano da eleição. São pelo menos 13 lançadas “publicamente” por partidos que sonhavam com o centro unido: PSDB (4), DEM (2), MDB (2), PSD (3) e Novo (1).

Para o cientista político Túlio Velho Barreto, professor e pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, “a terceira via está em crise”: “A candidatura de Lula zerou o jogo e possibilitou a recolocação de candidaturas que não advogavam uma agenda liberal. A exacerbação do antipetismo, por sua vez, será importante para neutralizar Lula”.

Para enfrentar Bolsonaro e Lula, centro deve iniciar caminhada já; leia análise

Antonio Lavareda*, O Estado de S.Paulo

30 de maio de 2021 | 05h00

Quem seria o Biden brasileiro? Só em situações ficcionais surgem respostas corretas às questões erradas.

Procurar identificar o pé do candidato do centro capaz de calçar o sapato emprestado de Joe Biden é tarefa destinada ao insucesso. Para as forças de oposição a meio caminho entre Lula e Bolsonaro, a questão pertinente seria: o que foi capaz de conduzir à alternativa que derrotou Donald Trump? A conclusão é uma só: as primárias democratas. Foi esse mecanismo que permitiu a escolha entre 29 nomes do partido. Na sua dinâmica deram-se quatro processos sinérgicos: alguns debates; intensa cobertura da mídia; a elevação do nível de conhecimento dos participantes; e as pesquisas destacando quem tinha maior chance de derrotar o presidente republicano.

Sabemos que a fragmentação recorde da representação no Brasil não impõe obstáculos apenas à governabilidade – que o Executivo contorna com recursos públicos que viabilizam coalizões. Também coloca óbices às oposições, incapazes de se unirem nas disputas eleitorais. Ainda assim, vimos há pouco um raro exemplo de articulação no Manifesto Democrático, assinado por seis nomes, da centro-esquerda à centro-direita. Mostraram as semelhanças. Mas falta agora exibirem ao País suas diferenças. Não havendo prévia que reúna a todos, só lhes resta um caminho – os debates. Com a maior cobertura possível, nas TVs e nos portais. A literatura mostra que eles têm um papel único sobre as percepções dos eleitores quanto a preparo, propostas e até o caráter dos concorrentes.

O resultado provável seria o crescimento de um deles, ultrapassando até dezembro a marca mágica dos 10%, em uma escalada capaz de arrebatar mais apoio antes do início da curta campanha oficial. Só entrevistas não produzirão o contraste necessário – todos ao mesmo tempo, no mesmo lugar, discutindo os mesmos temas – que atrai atenção, desperta emoção e gera preferências. Não há outro caminho. Candidatos moderados não “explodem” nas redes sociais. O Pew Research já identificou isso. Biden tinha pouco mais que 10% dos seguidores de Trump. No passado, havia uma alternativa, os comerciais partidários. Quem não lembra, um ano antes da eleição de 2002, das peças indignadas do PT ou as de Roseana Sarney, do PFL? Ou Dilma Rousseff sendo apresentada à população bem antes da campanha de 2010?

Hoje, a receita de uma candidatura do centro deve incluir os debates. Realizados neste ano não sofreriam nenhuma limitação legal quanto ao número de participantes ou partidos convidados.

*CIENTISTA POLÍTICO

Lira instala comissão especial para analisar PEC do voto impresso

Por Estadão Conteúdo / EXAME

 

PRESIDENTE DA CAMARA LIRA

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressitas-AL), instalou no início da madrugada desta quinta-feira (13) a comissão especial para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso.

 

Se aprovada, a PEC de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF) tornaria obrigatória a impressão de cédulas de papel após votos depositados na urna eletrônica. A parlamentar comemorou a decisão da Lira. "Não importa sua coloração política. Todos queremos que nossos votos cheguem aos nossos candidatos. Só um sistema auditável nos garante isso", postou Bia Kicis no Twitter.

A instalação da comissão foi anunciada por Lira, que estava ao lado de deputados da base aliada ao governo Jair Bolsonaro, logo após a aprovação do texto-base do licenciamento ambiental e minutos antes do encerramento de uma sessão arrastada.

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) foi ao Twitter dizer que a decisão foi tomada "na calada da noite". "Pra quem achava que não dava para terminar o dia pior, o trator do autoritarismo mostrou que é possível, sim", publicou, na rede social.

A via alternativa da eleição - Carlos José Marques

FHC E LULA 2022

Dias atrás um certo frenesi tomou conta das redes sociais após FHC ter declarado voto a Lula no caso de um segundo turno apocalíptico, polarizado entre o demiurgo de Garanhuns e o “mito” ensandecido do cerrado planaltino. Nada mais natural, no entanto. FHC, como bom sociólogo, exibe a qualidade de enxergar longe o jogo político e traça cenários com as peças que estão dispostas no tabuleiro. Fato: a pendenga de lulistas contra bolsonaristas parece arquitetada para as próximas eleições — salvo algum novo incidente de percurso, jurídico ou social, ainda não precificado.

Nesse quadrante de dois extremistas, o pêndulo tende a se mover naturalmente para o outro lado que não o do inquilino atual do poder. Como já ocorreu lá atrás, quando um País inteiro, sobejado pelos 16 anos de mando e desmandos do PT, guiou-se ao limite oposto, na busca estúpida, incessante, por mais um salvador da Pátria. E eles, sabidamente, não existem. Embora se apresentem como tal, antes tratam de arranjar e acomodar os próprios interesses, deixando a massa bovina e infecta de seguidores ao relento das promessas jamais cumpridas.

O Brasil, numa sina subdesenvolvida, de apego às tradições políticas mais retrógradas, vem sendo levado a esse “confronto” e conluio de extremos (embora pareça, não há nada de paradoxal nisso). Antes de tudo está aí uma forma meio bizarra de alternância de controle do Estado. Em 2018 a dose foi repetida. E deu no que deu.

O torresmo de cérebro do capitão, que aparenta exibir quase nenhum neurônio, convenceu e venceu, transmutado no personagem de um anti-Lula de ocasião e carteirinha. Construiu, a partir dali, seu próprio desastre administrativo, desmantelando o que havia de essencial em áreas como Educação, Saúde e Meio Ambiente, para citar apenas o tripé de setores estratégicos mais em voga. Fez ainda pior: legou ao País uma carnificina humana sem precedentes, na base das decisões bestiais que iam de uma promoção sem o menor cabimento, lógica ou base científica, de drogas sem eficácia à campanha implacável contra vacinas.

É redundante lembrar, mas é igualmente assombroso ter de acreditar em tantas aberrações cometidas. Lula, por sua vez, representa hoje — queiram ou não os desafetos, falsamente chocados com a sobrevida que carrega — um autêntico anti-Bolsonaro e vai ser difícil outro tomar-lhe o papel. Fato. Daí a polarização mais uma vez estabelecida.

O capitão Bolsonaro experimenta, no momento, uma resistência gigantesca em todo o País ao seu nome, em virtude das loucuras em cascata e da imoral série de atitudes genocidas. Mais da metade da população nacional (apontam pesquisas) não quer vê-lo reconduzido ao Planalto. Essa fatia de eleitores optará por um lado antagônico ao status quo atual e, se perceber que a única maneira de deter o avanço do mandatário será por intermédio de Lula, fechará com ele.

Cristalino como água e FHC vislumbrou a corrente. Na prática, não há como Bolsonaro sair inteiro e vitorioso da contenda. Não possui fôlego para levar no primeiro turno e com Lula, no segundo turno, dança. Perde fragorosamente. FHC chacoalhou a cena política, com sua visão antecipada e primorosa, para tentar reacender o fôlego de uma via alternativa, a do terceiro elemento na batalha. Precisa aparecer como uma figura com capilaridade política, articulação partidária, senso de responsabilidade e noção das carências nacionais.

É mister esperar os próximos capítulos, mas o tempo urge. Para o bem dos princípios, contra o negacionismo que tanto Lula como Bolsonaro professam, em favor da lisura na gestão pública, é vital e urgente o aparecimento da terceira via. Desafio que se impõe como uma missão de toda a sociedade.

Sempre foi pré-condição da democracia representativa a pluralidade de candidatos e, mais do que nunca, é necessário ao País sair de uma vez por todas da armadilha dos extremos. Surpreende no contexto em vigor que mesmo a elite dominante esteja resignada, de alguma forma conivente com os malfeitos, exibindo pouco engajamento na busca por competência, moralidade administrativa e seriedade de objetivos.

Até por uma simpatia ideológica equivocada, de natural predileção pelo controle absoluto do Estado, na base da espora, chicote e coice na população, a mesma elite que se diz consciente do papel de indutora do desenvolvimento se deixa enlamear no ranço purulento do radicalismo. Ela rasteja na saída equivocada. Para os brasileiros que têm muito a perder, uma opção de centro ainda é possível nesse jogo? Naturalmente. O centro ainda acumula a maior fatia dos eleitores nacionais, mas vai depender da forma como ele se apresentará para lograr êxito. Caso se mostre esfacelado, diluído, perderá força e ficará em segundo plano diante da polarização.

O populismo ainda está corrente, com enorme apelo e servindo de fundamental apetrecho para os aventureiros de plantão, habituais candidatos a caudilhos, ditadores de republiquetas. Não é aconselhável fazer pouco caso de sua relevância. Mas o Brasil merece mais. Pode mais. E deve buscar por muito mais. Fora da doentia dicotomia dos lunáticos. Depende de cada um de nós. ISTOÉ

EXAME/IDEIA: 46% não sabem em quem votar para o primeiro turno em 2022

Por Gilson Garrett Jr / EXAME

 

Caso a eleição presidencial fosse hoje, 46% dos brasileiros não saberiam em quem votar no primeiro turno, considerando a pesquisa espontânea, em que os nomes dos candidatos não são apresentados previamente aos eleitores. A soma de intenção de votos de todos os candidatos citados é de 47%. Brancos e nulos são 7%.

 

Os dados são da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Invest PRO, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. O levantamento ouviu 1.200 pessoas entre os dias 19 e 20 de maio. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. Confira a pesquisa completa.

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 (Arte/Exame)

As pesquisas espontâneas trazem informações valiosas aos postulantes à corrida eleitoral presidencial. Se por um lado esse tipo de levantamento mostra a parcela de eleitores órfãos, ele também indica os votos mais fiéis e que, dificilmente, devem mudar ao longo do tempo. Nessa rodada da pesquisa espontânea, o ex-presidente Lula tem 19% do eleitorado, enquanto o atual presidente Jair Bolsonaro soma 17% das intenções de vooto.

Na avaliação de Mauricio Moura, fundador do IDEIA, o panorama de 46% da população sem um candidato quebra a série histórica, porque geralmente a um ano da eleição cerca de dois terços do eleitorado não sabe em quem votar. Ainda segundo Moura, há claramente dois campos muito bem delimitados politicamente: Jair Bolsonaro (sem partido) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“A gente tem um cenário muito único em 2022, com um presidente em exercício, que naturalmente é protagonista, e uma figura política de peso, da musculatura do Luiz Inácio Lula da Silva”, diz.

O índice de pessoas que ainda não escolheram um candidato é maior na região Sudeste, com 51%, e nas classes A e B, com 52%. A região Centro-Oeste é a que está menos indecisa, com 34% dos eleitores que ainda não sabem em quem votar, e entre aqueles que são praticantes de religiões não cristãs, com 36%.

Lula vence segundo turno

O ex-presidente Lula tem 45% das intenções de voto contra 37% do presidente Bolsonaro em um eventual segundo turno na disputa pela presidência do Brasil, caso as eleições fossem hoje. O petista ampliou a vantagem desde a última sondagem, realizada há um mês, e consolidou o favoritismo ao Palácio do Planalto.

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 (Arte/Exame)

“O grande destaque é que a gente percebe a irritação da classe média com o governo Bolsonaro. Ele perdeu popularidade nas classes A e B, com reflexo nas intenções de voto. Com isso, fica sempre a lição quando se trata de intenção de voto: quem está em reeleição segue como protagonista, mas a variável principal para uma queda ou uma retomada de preferência é a popularidade do presidente”, analisa Mauricio Moura.

Por região, Lula vence Bolsonaro no Sudeste (47% X 38%), e no Nordeste (50% X 35%). A situação se inverte, com o atual presidente em primeiro lugar, no Norte (64% X 25%), no Sul (45% X 26%), e no Centro-Oeste (42% X 34%). Vale destacar que o Sudeste concentra a maior parte do eleitorado brasileiro, por isso Lula tem uma vantagem no total de votos.

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