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Um pedaço da equipe de Jair Bolsonaro já receia que o derretimento da biografia do filho mais velho do presidente, Flávio Bolsonaro, interfira na articulação para a aprovação no Congresso das reformas econômicas do governo recém-empossado, especialmente a da Previdência. O receio não é infundado. Parlamentares fisiológicos, que aguardavam na esquina pelos primeiros tropeços do capitão, começaram a esfregar as mãos.
A deterioração do ambiente político já era esperada. O que surpreende é a velocidade do processo. A atmosfera começa a se degradar antes mesmo do início da nova Legislatura. Arma-se uma emboscada em dois atos. Num, espalha-se a ameaça de empurrar o filho do presidente, que assumirá o mandato de senador, para o Conselho de Ética ou até uma CPI. Noutro, acena-se com a montagem de um sistema de blindagem capaz de proteger o mandato de Flávio Bolsonaro.
Simultaneamente, discute-se o encaminhamento das reformas. Os profissionais do fisiologismo não falam em rejeição das propostas do governo. Ao contrário. Todos se declaram a favor de reformas como da da Previdência. Difícil é achar dois congressistas que defendam o mesmo modelo de reforma. Quando se oferecerem para discutir a unificação das posições, os patriotas do Congresso levarão à mesa o preço dos seus votos.
Bolsonaro elegeu-se prometendo destruir a lógica do toma-lá-dá-cá. Não contava com a desenvoltura do Coaf, o órgão que varejou as contas do primeiro-filho e do assessor Fabrício Queiroz. De passagem por Davos, na Suíça, o governador tucano de São Paulo, João Doria, combinou com o ministro Paulo Guedes, da Economia, a organização de uma cavalgada de 22 governadores pela Esplanada dos Ministérios.
O pressuposto é o de que os governadores têm força para influir sobre deputados e senadores. O truque já foi tentado antes. Poucas vezes rendeu resultados. E quando rendeu, a conta ficou com o Tesouro Nacional. JOSIAS DE SOUZA
Planalto opta pela trapalhada na eleição do Senado...
A desarticulação política do Planalto aproxima o governo de Jair Bolsonaro da frigideira na disputa pela presidência do Senado. Numa articulação que inclui lances de egocentrismo e megalomania, o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) imprime as digitais da Presidência da República na candidatura de Davi Alcolumbre (DEM-AC). Trata-se de algo muito parecido com uma opção preferencial pela trapalhada, pois até os aliados do governo avaliam que não há milagre capaz de fazer de Alcolumbre o próximo comandante do Senado.
No seu penúltimo lance, Onyx enviou um emissário para conversar com Simone Tebet (MS), que mede forças com Renan Calheiros (AL) pela vaga de postulante do MDB ao comando do Senado. Em nome do chefe da Casa Civil, o deputado não-reeleito Leonardo Quintão (MDB-MG) propôs que Simone abdicasse de sua pretensão em favor de Alcolumbre. Em troca, o governo apoiaria uma candidatura da rival de Renan para chefiar o Senado no biênio 2021-2022. A oferta, por risível, foi refugada.
BC de Bolsonaro quer parentes dos políticos livres de monitoramento obrigatório do Coaf. Os corruptos aplaudiriam esse “novo Brasil”
Por: Reinaldo Azevedo
Publicada: 24/01/2019 - 7:22
Li o que vai abaixo na Folha. É de cair os olhos da cara. Prestem atenção. Comento em seguida:
O Banco Central quer excluir parentes de políticos da lista de monitoramento obrigatório das instituições financeiras. A autarquia propõe ainda derrubar a exigência de que todas as transações bancárias acima de R$ 10 mil sejam notificadas ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
As propostas entraram em consulta pública na quinta-feira da semana passada (17). Fazem parte de uma atualização das normas que o BC impõe aos bancos e demais instituições financeiras para combater a lavagem de dinheiro.
Pelas regras em vigor desde 2009, pais, filhos, companheiros e enteados de pessoas consideradas politicamente expostas, entre elas os políticos, são alvo de uma vigilância mais rigorosa dos bancos, com o objetivo de monitorar e coibir eventual lavagem de dinheiro com origem em desvio de recursos do Estado.
(…)
Íntegra aqui
SP tem mais um viaduto interditado por falha estrutural
SÃO PAULO — Dois meses após um viaduto da Marginal Pinheiros ceder, outra ponte, desta vez daMarginal Tietê , apresentou defeito nas vigas e foi interditadopela Prefeitura de São Paulo nesta quarta-feira. O elevado é um acesso à Rodovia Presidente Dutra, a partir da pista expressa da Marginal. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a estrutura apresentou rachaduras. Funcionários da CET estão no local para auxiliar motoristas e o prefeito Bruno Covas (PSDB) está a caminho do local. Apesar da interdição, não há diferença de nivelamento visível.
O elevado que apresentou rachaduras em novembro e cedeu por dois metros, fica a 500 metros da ponte do Jaguaré, na zona oeste, e liga a pista expressa da marginal à rodovia Castello Branco. Trata-se do mesmo tipo de estrutura do elevado da Marginal Tietê e, segundo a Prefeitura, a causa do problema também é semelhante.
No momento da ruptura de novembro, um motorista teve escoriações leves e cinco carros ficaram danificados. Não há informação de feridos da ponte interditada nesta quarta. O GLOBO
Fazendo a coisa pequena - CARLOS ALBERTO SARDENBERG
Pode parecer coisa pequena — isso de ambiente de negócios — mas consideremos o seguinte: o desenvolvimento depende da existência de boas empresas produzindo mercadorias, serviços e empregos; logo, facilitar a vida das empresas equivale a sustentar o desenvolvimento.
Óbvio. E se é óbvio, dirão, por que se ocupar desse tema?
No caso brasileiro, por uma razão muito simples: leis, normas, regras, além de uma certa cultura, são hostis ao empreendimento privado. E não deve ser por acaso que os países mais ricos e/ou que se desenvolvem mais depressa têm legislação e práticas que favorecem a vida de quem ganha dinheiro honestamente.
Aqui, a inflação está muito baixa, os juros estão caindo, o dólar comportado, há uma certa retomada, mas tente abrir uma empresa para participar dessa história. Você vai entender o que é burocracia e má vontade das autoridades.
Ao ser preso, miliciano disse que 'não vai acontecer nada': 'Meu advogado vai resolver tudo'
‘Vocês não sabem de nada’
Lembra da cena do filme “O senhor das guerras” (2005), quando o personagem Yuri (Nicolas Cage), um traficante internacional de armas, é finalmente preso pelo agente Jack (Ethan Hawke)? O bandido não se abala e diz que logo seria solto porque tinha amigos influentes em Washington.
Pois bem. Algo parecido ocorreu, terça, na operação “Os intocáveis”, que prendeu vários milicianos, alguns deles ligados a Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro.
Ao ser preso, deitado numa cama, o subtenente da PM Maurício Silva da Costa, o Maurição, 56 anos, responsável pela circulação de vans em Rio das Pedras, disse assim a um membro do MP estadual:
— Rapaz, deixa disso, não vai acontecer nada. Vai ser como em 2008: meu advogado vai resolver tudo. Vocês não sabem de nada.
Segue...
Condenado, então, a sete anos de cadeia, Maurição terminou sendo absolvido pela 6ª Câmara Criminal do Rio.