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Câmara aprova alterações da PEC dos Precatórios em 2º turno e conclui votação

Daniel Weterman e Iander Porcella, O Estado de S.Paulo

15 de dezembro de 2021 | 17h09

BRASÍLIA - A Câmara aprovou as alterações da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios em segundo turno por 332 votos favoráveis, 142 contrários e 1 abstenção. Os deputados rejeitaram os destaques, que mexem no conteúdo do texto aprovado pelo Senado, e concluíram a votação em segundo turno.

Câmara
Plenário da Câmara dos Deputados; Casa aprovou a PEC dos Precatórios em segundo turno Foto: Paulo Sergio/ Agência Câmara
A única alteração aprovada, ainda no primeiro turno, reverteu uma proposta aprovada pelo Senado que garantia um repasse bilionário para quatro Estados antes das eleições do ano que vem. O dispositivo obrigava o governo federal a pagar a maior parte da parcela de precatórios do antigo Fundef até agosto, mas foi retirado na Câmara, onde os governadores beneficiados enfrentam maior oposição.

A PEC deve ser promulgada ainda nesta semana, quatro meses após ser apresentada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, e abrir um espaço fiscal de R$ 106,1 bilhões no teto de gastos em 2022. Com isso, o Congresso poderá adequar o Orçamento e garantir o Auxílio Brasil de R$ 400, programa lançado para substituir o Bolsa Família. A proposta também abre caminho para outros gastos, inclusive turbinando as emendas parlamentares, verbas de forte interesse em ano eleitoral.

Duas medidas são decisivas para a abertura da folga fiscal: a mudança no cálculo do teto de gastos públicos, que abre um espaço de R$ 62,2 bilhões, promulgada na semana passada, e o limite no pagamento dos precatórios, dívidas reconhecidas pela Justiça, uma folga de R$ 43,8 bilhões no ano que vem, aprovado definitivamente pela Câmara nesta quarta-feira, 15, após alterações no Senado.

A PEC aprovada destina os recursos para o Auxílio Brasil, despesas com saúde e benefícios previdenciários, mas há brecha para remanejamento de gastos e atendimento a outras verbas, entre elas as emendas do orçamento secreto. Parlamentares críticos à PEC, no entanto, dizem que esse "carimbo" forçará o governo a se comprometer com gastos essenciais. O Orçamento deve ser votado pelo Congresso na próxima semana, no apagar das luzes do ano legislativo.

A proposta estabelece um caráter permanente para o programa de transferência de renda, mas sem um valor específico e ainda condicionado à disponibilidade no Orçamento. Mesmo com a mudança na regra, o teto de gastos públicos ainda continua em vigor e limita o crescimento das despesas. O governo, no entanto, poderá aumentar o orçamento atual do Auxílio Brasil sem uma fonte de financiamento, driblando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Nesse caso, a compensação só será exigida se houver um novo aumento a partir de 2023.

A medida patrocinada pelo governo e pela cúpula do Congresso foi batizada de "PEC do calote" por especialistas e partidos críticos à proposta. A PEC limita o pagamento de precatórios, são dívidas reconhecidas pela Justiça que a União precisa pagar, a partir do próximo ano. Essa limitação ficará em vigor até 2026. Anteriormente, o governo e a Câmara queriam estender o limite até 2036, mas os senadores resistiram a dar aval ao subteto durante todo esse período. Os deputados se articularam para excluir a data, deixando o subteto sem prazo definido, mas voltaram atrás em função do risco de a PEC voltar ao Senado. Diminuir a vigência da limitação ao pagamento das dívidas e carimbar as despesas foram as principais mudanças feitas após impasse entre as duas casas legislativas. 

Romeu Aldigueri ressalta conquista de patente de invento com cera de carnaúba pela UFC

Dep. Romeu Aldigueri ( PDT )Dep. Romeu Aldigueri ( PDT )Foto: Junior Pio

 
O deputado Romeu Aldigueri (PDT) parabenizou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (15/12), os pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) que utilizaram a cera da carnaúba para criar nanopartículas que podem ser usadas no tratamento contra o câncer. 
De acordo com o parlamentar, a invenção desenvolvida por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Química da UFC foi reconhecida, por meio de carta patente, pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Com isso, a UFC já soma 20 invenções sob sua titularidade.
"Parabenizo e reconheço o trabalho de pesquisadores e pesquisadoras e a todos que fazem a UFC, pelo incentivo e a promoção de pesquisas. E principalmente por utilizarem um produto tão nosso como a carnaúba. No próprio brasão da UFC temos três folhas de carnaúba, que está presente também na bandeira do Ceará, tamanha é sua relevância", observou.
Romeu Aldigueri destacou também a importância econômica da extração da cera da carnaúba no Nordeste. Segundo ele, a atividade como exploração comercial é economicamente viável somente na região, devido às condições favoráveis para o desenvolvimento da árvore na caatinga. Conforme apontou, além da utilização na nanomedicina, a cera de carnaúba pode ser utilizada na indústria de cosméticos, alimentos, eletrônicos, polimentos de pisos, couros e outros.
O parlamentar ressaltou ainda a assinatura do 14º memorando de entendimento para a implantação da planta de combustível limpo no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. "Nosso Estado tem grande potencial de se transformar em um grande Hub de produção de energias renováveis e de hidrogênio verde para o Brasil e para o mundo. "O objetivo é buscar reduzir a emissão de poluentes e ampliar as oportunidades de negócios e a geração de empregos no nosso Ceará", afirmou.
Outro tema abordado pelo deputado foi a entrega de mais de 201 mil tíquetes de Vale Gás Social para 184 prefeituras. O benefício consiste na recarga gratuita do botijão de gás três vezes ao ano.
Romeu Aldigueri falou da licitação para a construção de escolas em Granja, uma na sede do município, além de outras nos distritos "São quatro grandes investimentos. quatro grandes obras que irão possibilitar melhor estrutura para alunos e professores", disse.
O parlamentar registrou ainda os investimentos da Prefeitura de Granja na educação. Segundo ele, foram licitadas quatro escolas modelo no município. As escolas devem se localizar na sede de Granja e as outras nos distritos de Timonha, Boaçú, Santa Teresinha.
O deputado Carlos Felipe (PCdoB), em aparte, destacou a importância das universidades federais para o País, sobretudo na pesquisa, que gera emprego, renda e fortalece o combate a doenças. "É importante que esta Casa e o Governo do Estado, sobretudo com esse Governo Federal que tenta desmontar as universidades, encontrem caminhos para ajudar e manter as pesquisas e as instituições", sugeriu.
GS/CG

Érika Amorim realiza balanço das atividades de mandato

Dep. Erika Amorim ( PSD )Dep. Erika Amorim ( PSD )Foto: Junior Pio

A deputada Érika Amorim (PSD) realizou, no primeiro expediente da sessão plenária desta quarta-feira (15/12), um balanço das atividades do seu mandato no último ano. 
Conforme explicou a parlamentar, a pandemia causada pela Covid-19 agravou a situação vulnerável de milhares de famílias no Estado, provocando agravos significativos e trazendo desafios ainda maiores para a proteção de crianças e adolescentes. “A pobreza levou e tem levado várias famílias a cometerem crimes como exploração infantil, exploração sexual, violando direitos dos nossos meninos e meninas”, lamentou.
Nesse sentido, Érika Amorim citou algumas das proposições apresentadas pelo seu mandato em 2021, com o objetivo de intensificar a garantia dos direitos da criança e do adolescente, principal bandeira dela na Casa. “Este ano apresentamos mais de 500 requerimentos, com foco na infância, defesa da mulher, idosos, portadores de necessidades especiais, além de 25 proposições”, salientou. 
A deputada destacou uma de suas propostas já sancionada e que hoje é lei no o Ceará. “A Lei n° 17.690, de 2021, que trata da divulgação do Imposto de Renda Solidário, informando a possibilidade de destinar parte do Imposto de Renda ao Fundo Estadual para a Criança e o Adolescente do Ceará, fruto do nosso projeto de Lei n° 47/2020, em parceria com o deputado Queiroz Filho (PDT)”,  acrescenta. 
Outros projetos mencionados pela parlamentar foram o de n° 71/21, que deu origem à Lei 17 482, de 2021, instituindo no Ceará a campanha de conscientização da população sobre a leucemia e de incentivo à doação da medula óssea, denominada Fevereiro Laranja. Ela também citou o projeto de indicação n° 373/21, que cria as Salas das Margaridas, especializadas para o atendimento às mulheres vítimas de violência nas delegacias de polícia do estado do Ceará.
Érika Amorim comemorou ainda a marca atingida pelo Estado na imunização de 100% da população adulta cadastrada com a primeira dose contra a Covid-19. “A vacina é o nosso recursos mais eficaz contra o coronavírus, freando o efeito das variantes”, apontou. 
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) parabenizou a colega pelo trabalho desenvolvido de forma séria, simples, humana e ética. “Não sou de seu partido, de sua cidade, mas reconheço suas lutas na defesa de crianças, adolescentes, da mulher. Louvo sua atitude com esse projeto sobre o Imposto de Renda, pois implantamos essa ideia em 2009 no município Crateús, e o desafio era convencer as pessoas a doarem. Nos reunimos com contadores da cidade para as pessoas entenderem como esse dinheiro é usado. Ela não vai pagar a mais. O imposto que ela já paga vai para esse fundo”, elogiou.
LA/AT

Sérgio Aguiar repudia ação da Polícia Federal contra Cid e Ciro Gomes

Dep. Sérgio Aguiar ( PDT )Dep. Sérgio Aguiar ( PDT )Foto: Junior Pio

O deputado estadual Sérgio Aguiar (PDT) criticou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (15/12), realizada de forma híbrida, a ação da Polícia Federal contra o senador Cid Gomes (PDT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). A operação investiga a obra do estádio Castelão, de 2010 a 2013.
O parlamentar defendeu a postura de Ciro na vida pública e afirmou que não há margem para suspeitas. “Uma fala de excesso é o que nos dá o direito de questioná-lo, mas nunca por corrupção. Falo indignado. É uma demonstração, antes mesmo do começo do jogo das eleições de 2022, que as forças que estão à frente da União querem tentar denegrir as personalidades de uma vida pública intocável”, pontuou.
Sérgio Aguiar também lamentou a ação contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. “Ser motivo de uma operação, como o que aconteceu com o ex-presidente Lula, que foi vítima da injustiça e prepotência de um grupo que queria o poder pelo poder, como o Moro querendo hoje, disputar a Presidência da República. Toca na alma de cada um de nós vermos a injustiça ocorrer”, disse.
Durante a votação, vários parlamentares criticaram a ação da Polícia Federal e se solidarizaram com Ciro e Cid Ferreira Gomes. Manifetaram-se os deputados Osmar Baquit (PDT), Salmito (PDT), Romeu Aldigueri (PDT), Guilherme Landim (PDT), Elmano Freitas (PT), Sérgio Aguiar (PDT), Júlio César Filho (Cidadania), Marcos Sobreira (PDT), Audic Mota (PSB), Queiroz Filho (PDT), Tin Gomes (PDT) e Fernando Santana (PT).
JI/AT

AL lança nesta quarta-feira plataforma Assembleia + Transparente

AL lança nesta quarta-feira plataforma Assembleia + Transparente

 
A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará realiza, nesta quarta-feira (15/12), a partir das 15h, no auditório Murilo Aguiar, o lançamento da plataforma Assembleia + Transparente e a entrega do planejamento estratégico Alece 2030.

A solenidade, que poderá ser acompanhada pelo canal do YouTube da TV Assembleia, vai reunir o presidente da Casa, deputado Evandro Leitão (PDT); a primeira-dama do Legislativo, Cristiane Leitão; deputados estaduais; a diretora-geral da AL, Sávia Magalhães; a controladora do Poder Legislativo, Sílvia Correia; a coordenadora de Desenvolvimento Institucional da Assembleia, Heline Joyce; dirigentes; servidores da Casa e o gerente de Organizações Públicas da Fundação Dom Cabral (FDC), Fernando de Paula.

O novo Portal da Transparência do Poder Legislativo vai assegurar ao cidadão, em tempo real, o acesso a dados e informações pormenorizadas referentes aos atos da gestão orçamentária e financeira, além de informações relativas a licitações realizadas e contratos, atendendo aos requisitos legais de integridade, autenticidade e primariedade das informações. A plataforma contará com as seguintes ferramentas: Portal da Transparência, Ouvidoria Parlamentar e Classificação de Informações.

A controladora Sílvia Helena Correia adianta que a Ouvidoria Parlamentar será o canal responsável pela interlocução entre a sociedade e o Poder Legislativo, atuando como meio de transparência passiva, recebendo pedidos de acesso à informação, além de colher manifestações diversas dos cidadãos, tais como críticas, elogios, denúncias, reclamações e sugestões.

''Convidamos os cidadãos para conhecerem a plataforma Assembleia + Transparente, disponível no site oficial da Assembleia (www.al.ce.gov.br), bem como a participarem na melhoria contínua da ferramenta, apresentando críticas, sugestões, elogios ou reclamações, uma vez que o controle social é imprescindível para o fortalecimento do estado democrático de direito'', assinala.

PROGRAMA 2030

O programa Alece 2030 propõe a construção do Modelo de Gestão Estratégica da Assembleia Legislativa do Ceará para o período 2021-2030, de forma colaborativa, com foco na melhoria contínua das pessoas, dos seus processos e serviços e a efetiva geração de valor à sociedade.

De acordo com Heline Joyce, titular da Coordenadoria de Desenvolvimento Institucional (Codins) da AL, desde o dia 5 de março até o dia 1º de dezembro, foram realizadas várias atividades, juntamente com a Fundação Dom Cabral, para organizar e construir todo o planejamento.

''A participação e o engajamento de mais de 130 servidores da Casa foram fundamentais para a elaboração do Alece 2030. Foram momentos tão ricos de participação e discussão que, além dos workshops programados, os servidores se reuniam nos finais de semana. O mais gratificante foi perceber o interesse, participação e companheirismo dos servidores nesse processo de construção coletiva'', frisa.

Em 28 workshops, os servidores contribuíram com ideias e trocas de experiência nas suas áreas para que se definissem 18 projetos estratégicos a serem executados de 2022 até 2030. "Foram priorizadas sete áreas estratégicas da Casa: Departamento de Gestão de Pessoas (DGP), Diretoria Legislativa, Coordenadoria de Comunicação Legislativa, Coordenadoria de Tecnologia da Informação, Ouvidoria Parlamentar, Comitê de Responsabilidade Social e Comissão Permanente de Licitação", destaca. De acordo com ela, as atividades do Alece 2030 foram coordenadas pela Coordenadoria de Desenvolvimento Institucional, com a participação da Fundação Dom Cabral.

Da Redação/com Comunicação Interna / DANIEL SAMPAIO

Senado vota na quinta-feira tributação menor para caminhoneiros autônomos

O Senado pode votar na quinta-feira (16) um projeto que muda a tributação de caminhoneiros autônomos inscritos como microempreendedores individuais (MEI Caminhoneiro) no Simples Nacional (PLC 147/2019). 

O texto a ser analisado é um substitutivo da deputada Caroline de Toni (PSL-SC) a projeto do senador Jorginho Mello (PL-SC). Pelo texto, o limite de enquadramento para esses caminhoneiros como MEI passa de R$ 81 mil anuais para R$ 251,6 mil anuais. Já a alíquota a pagar para a Previdência Social será de 12% sobre o salário mínimo. 

— Por meio do MEI caminhoneiro, cerca de 600 mil motoristas terão muitos benefícios, pagando alíquotas mais baixas ao INSS e tendo acesso a crédito e à regularização da atividade — disse a deputada Caroline de Toni durante a votação do projeto na Câmara, em 17 de novembro.

Simples Nacional

O projeto original também aumenta o número de integrantes do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), incluindo um representante do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e um das confederações nacionais de representação do segmento de micro e pequenas empresas.

Dos quatro membros indicados pelo governo, três deverão ser da Receita Federal e um da Subsecretaria de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato. Já a vaga das confederações nacionais será ocupada em regime de rodízio anual entre as confederações existentes.

Codevasf

Também pode ser votado projeto que inclui cidades do Espírito Santo que fazem parte da área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) na área de atuação da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf).

Autora do PL 3.801, de 2021, a senadora Rose de Freitas (MDB-ES) lembra que essas cidades são as mais afetadas por questões de crise hídrica, "e portanto serão as mais beneficiados pela atuação da Codevasf", aponta na justificativa. A senadora acrescenta que o Espírito Santo é um estado "relativamente pequeno, cuja população — especialmente a ribeirinha — pode se beneficiar enormemente da ação da Codevasf, sem implicar um aumento proibitivo em suas despesas".

Rose ainda elogia a atuação da Codevasf, dizendo que a estatal "contribui de forma significativa para a melhoria da qualidade de vida da população nas áreas em que atua. Suas ações envolvem abastecimento de água, pavimentações, apoio a arranjos produtivos locais, recuperação de áreas degradadas e fornecimento de máquinas e equipamentos".

Também poderá ser analisado o PL 5.829/2019, da Câmara dos Deputados, que cria o marco legal de microgeração e minigeração distribuída, o sistema de compensação de energia elétrica e o programa de energia renovável social.

Com Agência Câmara

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Aprovada admissibilidade de PEC que anistia partidos que não aplicaram o mínimo em campanhas femininas

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 18/21) que anistia partidos que não tiverem utilizado os percentuais mínimos de financiamento de campanhas de mulheres e de promoção e difusão da participação política de mulheres.

De acordo com a PEC, os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% dos recursos do fundo partidário na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários. A critério das legendas, os recursos poderão ser acumulados em diferentes exercícios financeiros, podendo ser utilizados futuramente em campanhas eleitorais das respectivas candidatas.

Ainda segundo a proposta, o montante do fundo de financiamento de campanha e da parcela do fundo partidário destinados a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão a serem distribuídos pelos partidos às respectivas candidatas, deverão ser de no mínimo 30%, independentemente do número de candidatas.

Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a distribuição de recursos do Fundo Partidário destinado ao financiamento das campanhas eleitorais direcionadas às candidaturas de mulheres deve ser feita na exata proporção das candidaturas de ambos os sexos, respeitado o patamar mínimo de 30% de candidatas mulheres. A obrigação de uso de 5% do fundo partidário para a promoção da participação política das mulheres já está prevista na Lei dos Partidos Políticos.

Prestação de contas
A proposta estabelece, porém, que aos partidos políticos que não tenham utilizado os recursos destinados aos programas de promoção e difusão da participação política das mulheres ou cujos valores destinados a essa finalidade não tenham sido reconhecidos pela Justiça Eleitoral, será assegurada a utilização desses valores nas eleições subsequentes, vedada a condenação pela Justiça Eleitoral nos processos de prestações de contas de exercícios financeiros anteriores que ainda não tenham transitado em julgado até a data de promulgação da futura emenda constitucional.

Também prevê que não serão aplicadas sanções de qualquer natureza, inclusive de devolução de valores, multa ou suspensão do fundo partidário, aos partidos que não preencheram a cota mínima de gênero ou de raça ou que não destinaram os valores mínimos correspondentes a essas finalidades em eleições ocorridas antes da promulgação da emenda.

Segundo o relator na CCJ, deputado Darci de Matos (PSD-SC), trata-se apenas de colocar no texto constitucional aquilo que já está em normas infraconstitucionais, ou seja, as cotas para as mulheres.

“Essa PEC constitucionaliza o que está na lei e dialoga com a tese, com o desejo de nós incentivarmos as mulheres a participar da política”, disse.

Críticas
A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), por outro lado, citou alguns dos motivos por que é contra a proposta.

“A PEC 18, no seu art. 3º, anistia os partidos que tiveram condenação por candidaturas laranjas. Então, trata-se de anistia ampla, geral e irrestrita. Além disso, tipifica como piso o teto. Hoje há uma conquista que não veio desta Câmara, veio da luta das mulheres e da decisão do TSE de acompanhar os 30% de fundo eleitoral, os 30% de cotas de mulheres. A PEC transforma isso em piso, que fica no mínimo em 30%, inclusive se o partido tiver 50% ou 70% de candidaturas femininas”, afirmou.

A deputada Margarete Coelho (PP-PI), cotada para ser relatora da proposta na próxima instância de análise, a comissão especial, disse que deverá propor modificações no texto.

“Eu jamais colocaria a minha mão em uma PEC que anistia recursos que eram destinados a candidaturas de mulheres ou a incentivo, estímulo de candidatura de mulheres. Também jamais colocaria a minha mão e o meu CPF em uma PEC que trouxesse qualquer forma de prejuízo às candidaturas das mulheres, inclusive anistiando partidos que tenham promovido candidaturas fictícias”, disse.

Porém, segundo Margarete Coelho, vários partidos políticos não conseguiram aplicar os 5% de estímulo a candidaturas femininas durante o período da pandemia, porque os eventos foram virtuais e não houve despesas com, por exemplo, passagens, aluguel de espaços, pagamento de professores. Segundo a deputada, seu compromisso será o de reconhecer essa dificuldade que os partidos tiveram no período da pandemia para gastar regularmente os 5% e possibilitar que esses recursos que não foram aplicados em 2019 e 2020 sejam aplicados em 2022 e 2023.

A proposta que anistia partidos que não tiverem utilizado os percentuais mínimos de financiamento de campanhas de mulheres e de promoção e difusão da participação política de mulheres ainda depende de análise da comissão especial e do Plenário.

Saiba mais sobre a tramitação de propostas de emenda à Constituição

Reportagem – Paula Bittar
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

Comissão da Câmara aprova PEC que livra de punição agentes públicos que não cumprirem gastos mínimos em educação

Natália Bosco / O GLOBO

 

BRASÍLIA — A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê isenção de gestores por não cumprirem gastos mínimos em educação durante a pandemia. A votação do projeto aconteceu na manhã desta terça-feira e durou cerca de 1h30.

Saiba mais:Senado aprova em segundo turno perdão a gestores que gastaram abaixo do mínimo estabelecido para educação

O texto chancelado pelo colegiado determina que, em decorrência da pandemia da Covid-19, os agentes públicos de estados, do Distrito Federal e dos municípios do país não poderão ser responsabilizados administrativa, civil ou criminalmente pelo descumprimento do gasto mínimo de 25% dos recursos públicos em educação nos dois últimos anos, período em que o coronavírus matou mais de 600 mil brasileiros. A isenção é válida apenas para os exercícios financeiros de 2020 e 2021. A compensação financeira que não foi investido em educação nesses anos deverá ser feita até 2023.

Durante a sessão da CCJ, o deputado federal Eduardo Cury (PSDB) argumentou a favor da PEC. Em sua fala, Cury afirmou que “a realidade dos municípios foge da realidade de políticas públicas, como a educação, de longo prazo”.

— Alguns Tribunais de Contas de estados interpretam que os gastos têm que ser até janeiro. Seria impossível um município hoje fazer prioritariamente uma obra para usar os 25%. Prefeitos vão gastar de forma equivocada esses recursos ou de forma sodada — disse o deputado.

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSol) se posicionou contra a proposta e afirmou que se trata de um “precedente perigosíssimo”. A deputada argumentou que a pandemia não é motivo para diminuir os gastos na educação, uma vez que há a opção de fazer “abono salarial, empenhar reformas e, claro, buscar uma jurisprudência nos tribunais”.

— É evidente que nós tivemos uma pandemia, mas mesmo na pandemia, talvez tenha sido um dos momentos mais sensíveis da educação. Pensar em investimentos para combater a desigualdade educacional causada pela pandemia é uma responsabilidade do bom gestor.

O deputado federal Gilson Marques (NOVO) disse que “é humanamente impossível o Congresso Nacional dizer qual é a necessidade específica em determinada escola”.

— Quando se insere um percentual de gasto que infelizmente se transforma em meta mesmo sem necessidade, nós estamos dizendo que o investimento precisa sempre ser ligado a um percentual e não a uma necessidade. Gasto em investimento não pode ser ligado a um percentual ainda mais quando não se sabe quais as necessidades do município.

Outros parlamentares defensores do projeto afirmaram que é ilógico obrigar todos os gestores municipais a gastarem o mesmo percentual do orçamento na educação, visto que a pandemia fechou as escolas, o que diminuiu os gastos educacionais.

Os partidos PSL, DEM, PDT, Solidariedade, PROS, PSC, PTB, Podemos, PL, PP, PSDB, PSB, NOVO, Avante, PCdoB, Cidadania, Patriotas, PV, Rede, Republicanos e PT votaram a favor da PEC. O PSol votou contra.

A PEC é de autoria do senador Marcos Rogério (DEM) e foi aprovada no Senado Federal em setembro deste ano. Agora PEC segue para o plenário da Câmara.

Câmara aprova texto principal do novo marco das ferrovias

Bruno Góes e Manoel Ventura / O GLOBO

 

BRASÍLIA — A Câmara aprovou nesta segunda-feira o texto-base do projeto que cria o novo marco legal das ferrovias. A iniciativa permitirá a construção de linhas privadas no país sem a necessidade de adesão ao regime de concessão. Deputados ainda precisam analisar, em outra sessão, destaques ao texto, que podem alterar o mérito da proposta. Caso não haja mudanças, a matéria vai à sanção do presidente Jair Bolsonaro.

Com a nova legislação, o Ministério da Infraestrutura espera autorizar a iniciativa privada a construir milhares de quilômetros de ferrovias. Estão sendo analisados os pedidos para tirar do papel 2,5 mil quilômetros de novos trilhos, com projeção de investimentos na ordem de R$ 29,8 bilhões.

A extensão se soma a contratos já assinados para a construção de outros 3,5 mil quilômetros a partir da edição de Medida Provisória (MP) sobre o assunto. Neste caso, há a estimativa de R$ 50,36 bilhões para a construção do modal.

O texto do projeto de lei traz como novidade a autorização, regime pelo qual não há necessidade de licitação para uma empresa explorar o transporte nos trilhos. Apesar da inovação, o modelo de concessão ainda continua a ser um regime existente.

A possibilidade de autorização já havia sido prevista por uma medida provisória editada em agosto. Na ocasião, o governo decidiu se adiantar ao Senado, que debatia o tema desde 2018, sem avançar. Após o movimento do Executivo, o Congresso deu andamento ao texto próprio e preferiu estabelecer o novo regramento por meio de projeto de lei. Com base na MP, os contratos atuais foram acionados.

— Esse novo marco traz instrumentos de outorga para ferrovias em regime privado, com a participação mínima do Estado. Não há necessidade da presença do Estado no seu maior investimento, quando o setor privado mostra interesse. Esse é um interesse necessário — discursou o vice-líder do governo Evair de Melo (PP-ES).

Aprovado pelo Senado em outubro, o texto é de autoria do senador José Serra (PSDB-SP). Desde a década de 1990, quando o governo Fernando Henrique privatizou a Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), até agora apenas cerca de 1,5 mil quilômetros de ferrovias foram construídos, embora o setor privado tenha atuado na manutenção e operação de ativos já existentes.

A expansão do modal ferroviário é esperada a partir da implementação do novo modelo de exploração, com menos amarras e mais facilidade de entrada de novas empresas. Até a edição da MP, havia a exigência de um leilão para definir a obrigação de investimentos.

No modelo de autorização, as empresas fazem os estudos e se comprometem a investir para construir do zero a sua ferrovia. Os contratos assinados com o Executivo preveem que as ferrovias precisam entrar em operação em dez anos.

Hoje, de tudo que é transportado no país, as ferrovias respondem por cerca de 20%. A expectativa é que, em um horizonte de até dez anos, esse número suba para até 35%.

Um dos setores que mais defendem os projetos de construção de ferrovias é o agronegócio, que prevê redução de custos de frete e mais agilidade com o modelo.

Durante o debate em plenário, partidos de oposição se posicionaram de forma contrária ao texto. Os parlamentares argumentaram que não haverá planejamento para o crescimento da malha ferroviária.

— Quem são essas empresas (que terão a autorização)? Como foi verificado isso? Qual é a garantia de que esses projetos serão realizados? Não será tudo ouro de tolo? Isso nós temos que ver. Não podemos jogar o transporte brasileiro, a infraestrutura na aventura como está fazendo o governo Bolsonaro — discursou Carlos Zarattini (PT-SP).

O modelo de concessão continua existindo para permitir, por exemplo, projetos estruturantes. Está previsto para o ano que vem o leilão da Ferrogrão, que conectará a região produtora de grãos do Centro-Oeste ao Pará, desembocando no Porto de Miritituba. O valor do investimento é de R$ 25,2 bilhões, em uma concessão de 69 anos, e o agro estima uma redução de até 40% no preço do frete.

Assembleia inaugura novo anexo com serviços de atendimento ao público

Assembleia inaugura novo anexo com serviços de atendimento ao públicoFoto: Leomar

 
O anexo III da Assembleia Legislativa do Ceará, Edifício Deputado Francisco das Chagas Albuquerque, foi inaugurado na manhã desta segunda-feira (13/12). O edifício reúne diversos serviços de atendimento aos servidores e à população.

Durante a solenidade de inauguração, o presidente da Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), ressaltou que o equipamento vai além de uma simples edificação. "Neste prédio contamos com uma equipe multidisciplinar formada por médicos, terapeutas, enfermeiros e fisioterapeutas. Criamos e trouxemos para este edifício o Centro de Inclusão de Atendimento e Desenvolvimento Infantil (Ciadi), além de outros serviços, como emissão de documentos pela Casa do Cidadão; atendimento do Procon Assembleia, que hoje completa vinte anos de existência; Escritório Frei Tito e a Sala do Empreendedor, que inauguramos hoje”, pontuou.

O parlamentar informou ainda que a iniciativa da compra do terreno e início das obras foi na gestão do ex-presidente da Casa e atual secretário das Cidades, Zezinho Albuquerque. O trabalho teve continuidade na gestão do ex-presidente da AL e atual prefeito de Fortaleza, José Sarto. “Tenho a honra de, juntamente com minha equipe e colegas deputados, finalizar esse equipamento que presta um grande serviço não apenas à Assembleia, mas para a comunidade. Estamos transcendendo a questão de legislar e fiscalizar, estamos aqui tendo a sensibilidade de atender anseios dos servidores, colabores e da comunidade”, afirmou.

O governador do Estado, Camilo Santana, parabenizou a inauguração do anexo III da Casa. “Esse equipamento vai além porque acolhe com carinho os servidores que fazem a AL no dia a dia e seus familiares. São diversos serviços voltados para a população focando no acolhimento e bem-estar dos servidores e comunidade do entrono. A Assembleia extrapolou expectativas, atendendo desde as crianças, que são o nosso futuro, até a população carente. A Casa está fazendo valer o real papel de servidor público, servindo as pessoas com sinceridade e transparência”, assinalou.

Camilo Santana parabenizou o presidente da Casa, deputado Evandro Leitão, e a primeira-dama do Legislativo, Cristiane Leitão, pelas realizações e serviços implantados na Assembleia, além da parceria com o Executivo. “Estamos superando essa pandemia que afetou a vida de milhões de brasileiros e cearenses, e o papel da Assembleia tem sido sempre decisivo, participando desde o início do comitê que reúne cientistas, especialistas, sempre seguindo a ciência, procurando preservar e proteger a vida do povo cearense”, apontou.

O secretário das Cidades e ex-presidente da Casa, Zezinho Albuquerque, agradeceu a homenagem prestada ao seu pai, deputado Francisco das Chagas Albuquerque. “Esse prédio leva o nome do meu pai e fico muito feliz de ver o seu legado sendo lembrado. É por isso que estou na política e que ele estava na política: para servir ao povo, para servir aos mais humildes. Meu pai teve uma vida pública brilhante, e sou grato a todos que fizeram o sonho desse prédio ser concretizado”, salientou.

A primeira-dama do Legislativo, Cristiane Leitão, também comemorou a inauguração do anexo e destacou a implantação do equipamento de saúde e de assistência social na gestão do presidente da Casa, Evandro Leitão. “Os vários núcleos de saúde, assim como o Comitê de Responsabilidade Social, vêm para aproximar a população do Legislativo”, frisou.

O diretor do Departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia Legislativa do Ceará, Luís Edson, destacou que o equipamento trouxe excelentes condições de trabalho e estrutura para a saúde dos servidores e população que é atendida. “Esse prédio é moderno e abriga importantes serviços para a população. O nosso presidente tem focado não só na qualidade da estrutura, mas na qualidade do serviço prestado”, comemorou.

O Edifício Deputado Francisco das Chagas Albuquerque abriga o Comitê de Responsabilidade Social; Comitê de Prevenção e Combate à Violência; Núcleo de Mediação e Gestão de Conflitos; Departamento de Saúde e Assistência Social; Centro Inclusivo de Atendimento e Desenvolvimento Infantil (Ciadi); Movimento das Mulheres do Legislativo Cearense (MMLC); Núcleo de Saúde Mental e Núcleo de Práticas Sistêmicas Restaurativas e o Procon Assembleia, Casa do Cidadão e Escritório Frei Tito de Alencar.

Estavam presentes no evento deputados estaduais e federais, secretários de Governo, colaboradores e servidores da Casa.

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