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Sancionada sem vetos lei que cria o MEI Caminhoneiro

Em sua última edição de 2021, o Diário Oficial da União (DOU) publicou na sexta-feira (30)  a Lei Complementar 188/2021, que cria o chamado MEI Caminhoneiro, para incluir a categoria no modelo de microempreendedor individual. O texto foi sancionado sem vetos pelo presidente Jair Bolsonaro. 

A matéria teve origem no PLP 147/2019, aprovado pelo Senado em 16 de dezembro. Com ela, caminhoneiros podem passar a se inscrever como MEI mesmo que tenham faturamento maior do que o teto das demais categorias incluídas no regime. 

O MEI é uma modalidade simplificada de negócio. Com sua formalização, o trabalhador passa a ter o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e pode emitir notas fiscais e ter acesso a benefícios previdenciários. 

Para acesso ao MEI, as outras categorias devem ter faturamento anual de até R$ 81 mil. Para o transportador autônomo de cargas, o limite da receita bruta chega a R$ 251,6 mil ao ano. No caso de início das atividades, o teto para o MEI Caminhoneiro é de R$ 20.966,67 multiplicado pelo número de meses entre o começo da atividade e o último mês do ano. Já o valor mensal da contribuição previdenciária dos caminhoneiros que integrem o MEI será de 12% sobre o salário mínimo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Após cobrança do Senado, governo destina R$ 700 mi a regiões atingidas por fortes chuvas

Para atender as regiões brasileiras afetadas pelas fortes chuvas de dezembro, foi editada e publicada no Diário Oficial da União de sexta-feira (31) medida provisória que abre crédito extraordinário de R$ 700 milhões ao Ministério da Cidadania.

Os recursos da  MP 1.092/2021 devem ser destinados principalmente aos estados da Bahia e de Minas Gerais, mais fortemente atingidos pelas enxurradas que deixaram pelo menos 107 mil desabrigados e desalojados e 31 mortos nos dois estados.

Senadores se mobilizaram e clamaram socorro às famílias atingidas. Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco afirmou que seria fundamental a edição de uma medida provisória que liberasse imediatamente recursos para os municípios atingidos. Ele disse acreditar que isso será feito.

Os senadores Angelo Coronel (PSD), Otto Alencar (PSD) e Jaques Wagner (PT) também uniram esforços para garantir assistência imediata à população atingida na Bahia.

No twitter, o senador Jaques Wagner agradeceu recentemente a solidariedade de todos os brasileiros.

“Estamos preparando ações imediatas para dar às pessoas o mínimo para poderem se organizar até a reconstrução das cidades. Em um período em que as pessoas deviam estar renovando as esperanças, estão tendo que pensar em reconstruir o que já tinham construído”, afirmou.

Recursos

A MP direciona R$ 200 milhões a distribuição de alimentos a grupos populacionais tradicionais e específicos e o maior valor, R$ 500 milhões, para a proteção social no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (Suas).

O envio de cestas de alimentos para moradores dessas regiões será feito em parceria com o Pátria Voluntária.

O Ministério da Cidadania pretende também mobilizar a rede Suas na orientação de gestores estaduais quanto à obtenção de recursos de cofinanciamento federal que deverão atender desalojados e desabrigados.

A MP tem até 60 dias (4 de abril) para ser analisada pelos parlamentares, podendo o prazo ser prorrogado por igual período. Caso não deliberada, a medida perde a vigência.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Entra em vigor a lei que prorroga desoneração da folha de pagamento até 2023

A Lei 14.288/21, sancionada na última sexta-feira (31), prorroga até 2023 a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. A nova legislação teve origem no Projeto de Lei 2541/21, dos deputados Efraim Filho (DEM-PB) e Dagoberto Nogueira (PDT-MS), aprovado na forma do substitutivo do relator, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) em novembro.

São beneficiados os seguintes setores: calçados, call center, comunicação, confecção/vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, TI (tecnologia da informação), TIC (tecnologia de comunicação), projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.

A desoneração da folha permite às empresas dos setores beneficiados pagarem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários. A ideia é que esse mecanismo possibilite maior contratação de pessoas.

Segundo a lei, um ato do Poder Executivo definirá mecanismos de monitoramento e de avaliação do impacto da desoneração da folha de pagamentos sobre a manutenção dos empregos nas empresas afetadas.

Como forma de compensação pela prorrogação da desoneração, a nova lei prevê ainda aumento em 1% da alíquota da Cofins-Importação.

Da Redação - ND
Com informações da Agência Senado

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Medida provisória estabelece salário mínimo de R$ 1.212; novo valor já está em vigor

Começou a valer no sábado (1º) o novo valor do salário mínimo, de R$ 1.212 por mês. A mudança foi oficializada na sexta-feira (31), por meio da Medida Provisória (MP) 1091/21, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.

O novo valor considera a correção monetária pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) de janeiro a novembro de 2021 e a projeção de inflação de dezembro de 2021, estimada pela área técnica do Ministério da Economia. No total, o reajuste será de 10,18% em relação ao salário mínimo anterior, que era de R$ 1,1 mil.

O valor diário do salário mínimo corresponderá a R$ 40,40, e o valor horário, a R$ 5,51.

Estados também podem ter salários mínimos locais e pisos salariais por categoria maiores do que o valor fixado pelo governo federal, desde que não sejam inferiores ao valor do piso nacional.

Efeito em benefícios
O novo mínimo altera o valor de cálculo de benefícios previdenciários, sociais e trabalhistas. No caso das aposentadorias e pensões por morte ou auxílio-doença, os valores deverão ser atualizados com base no novo mínimo. O mesmo vale para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que corresponde a um salário mínimo e é pago a idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda.

Cálculos das contribuições dos trabalhadores ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também serão reajustados. Uma portaria do Ministério da Economia deverá ser publicada, nos próximos dias, com a oficialização dos novos valores.

Tramitação
Apesar de já estar valendo, a MP precisa ser validada em sessão do Congresso Nacional em um período de até 60 dias, prorrogáveis por mais 60. O primeiro prazo termina em 2 de abril, já que o ano legislativo começa a ser contado em 1º de fevereiro.

Da Agência Senado - MO

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Governo edita MP que concede abatimento de até 92% em dívidas do Fies

Foi publicada em 30 de dezembro a medida provisória 1090/21, que beneficia os alunos que aderiram ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) até o segundo semestre de 2017. A medida permite abatimento de até 86,5% nas dívidas de estudantes. O desconto pode aumentar para 92% caso o devedor esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Os alunos com débitos vencidos e não pagos há mais de 90 dias na data da publicação da medida podem ter desconto de 12% no pagamento à vista, ou parcelar o débito em 150 meses, com perdão dos juros e das multas. Quando o débito passar de 360 dias, podem se aplicar os descontos de 86,5% e 92%.

Para aderir à renegociação da dívida do Fies, o estudante terá que procurar os canais de atendimento que serão disponibilizados pelos agentes financeiros.

A MP deve ser apreciada pelo Congresso é 2 de abril; emendas podem ser apresentadas até 2 de fevereiro. A partir de 19 de março, a matéria tramita em  regime de urgência.

Inadimplência
Segundo o governo, o objetivo é reduzir o índice de inadimplência do Fies, que aumentou em razão da pandemia da Covid-19. Calcula-se que o valor das dívidas em atraso atinja R$ 6,6 bilhões. Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), há mais de 1 milhão de estudantes com atrasos superiores a 90 dias no Fies. Também de acordo com o governo, a medida não terá impacto fiscal, pois trata de débitos que são considerados irrecuperáveis.

A Lei 14.024/21, publicada em 9 de julho, havia suspendido temporariamente as obrigações financeiras com o Fies durante o período de vigência do estado de calamidade pública causado pela pandemia, reconhecido pelo Decreto Legislativo 6, de 20 de março de 2020.

Propostas
Câmara e Senado analisam propostas de anistia ou refinanciamento das dívidas do Fies. O PL 1133/21, que prorroga até o fim de 2022 a suspensão temporária das obrigações financeiras dos estudantes beneficiários do Fies, foi aprovado no Senado e aguarda votação no Plenário da Câmara dos Deputados.

O PL 4093/21 estabelece “anistia total e irrestrita” dos débitos com o Fies. Já o PL 3403/21 estende a suspensão de pagamentos até 30 de junho de 2022. Ambos são oriundos do Senado, onde tramitam também os PLs 1841/21, 4038/21 e 4076/21.

Na Câmara, tramitam o Projeto de Lei 5510/20, que dispensa os estudantes beneficiários do Fundo, além de outras seis propostas: PL 5511/20, PL 5520/20, PL 5130/20, PL 5325/20, PL 44/21 e PL 68/21.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Parlamentares destacam expectativas para o ano de 2022

Parlamentares destacam expectativas para o ano de 2022Foto: Júnior Pio

 
Parlamentares da Assembleia Legislativa do Ceará, em entrevista à Agência de Noticias sobre suas expectativas para o ano de 2022, apontam a importância do controle da pandemia da Covid-19 a partir da vacinação e continuidade dos cuidados e alertas sobre as variantes, uma vez que as diversas áreas da sociedade e o próprio trabalho Legislativo, são diretamente impactadas pela situação sanitária.

O deputado Walter Cavalcante (MDB) acredita que a ampla vacinação da população dará mais tranquilidade à sociedade e ressalta o esforço do governador Camilo Santana e a participação da AL nas reuniões sobre as decisões acerca da pandemia. Ele ressalta ainda a retomada gradual das ações da Casa Legislativa, respeitando as regras sanitárias estaduais. “Tenho certeza absoluta que, em 2022, vamos poder construir mais, ter um estado muito mais transparente e a Assembleia Legislativa tem trabalhado nesse sentido”, diz.

Ao avaliar que o período segue delicado, o deputado Renato Roseno (Psol) afirma que o primeiro desafio é continuar a lutar pela vida e imunização completa para toda a população. O parlamentar aponta a importância de garantir a proteção social da população em situação de alta vulnerabilidade e apoio à população diante de um cenário de fome, carestia e crise aguda de desemprego. Somada à crise social e econômica, o deputado chama atenção ainda para a crise política e a queda do Brasil nos indicadores internacionais de democracia.

O deputado João Jaime (DEM) acredita que o próximo ano será muito difícil e depende diretamente de como a pandemia e as novas variantes da Covid-19 se comportarão no Brasil. Ele enaltece os altos índices da vacinação na população adulta, o que pode ser uma grande proteção, mas pondera a situação atual da Europa e EUA. O parlamentar afirma esperar que a dose de reforço auxilie o Brasil e comenta que áreas como a política, saúde e educação estão diretamente atreladas à crise sanitária.

O deputado Marcelo Sobreira (PDT) avalia que 2022 será um ano ainda mais atípico do que 2021, pois a perspectiva inicial é continuar com o cenário de pandemia e algumas regras de isolamento e distanciamento em decorrência de novas variantes e do processo de ‘pré-campanha política’. Sobre o trabalho na AL, o parlamentar destaca a importância de pautar projetos importantes para a sociedade, mesmo que haja um grande foco no processo das eleições.

Após um ano atípico em decorrência da pandemia, o deputado Nelinho (PSDB) acredita na melhora da situação pandêmica pelo acesso às vacinas decorrente do trabalho do governador Camilo Santana. Ele acha que, em 2022, o trabalho legislativo será mais produtivo. “Estou preparado para que, em 2022, a gente possa trabalhar cada vez mais para o estado do Ceará e, obviamente, atendendo a nossa população”, diz.

DESAFIOS E AVANÇOS

O deputado Júlio César Filho (Cidadania) espera que 2022 seja um ano muito produtivo, principalmente no cenário de pós-pandemia, com o avanço da vacinação. O parlamentar pontua que 2020 e 2021, na Assembleia, a ênfase foram para matérias referentes às medidas de prevenção e restrição, auxílios e medidas com foco na retomada de crescimento. O líder do Governo na Casa acrescenta que seguirá buscando o diálogo e o aprimoramento de propostas para a população cearense, buscando ainda que o processo eleitoral não atrapalhe os trabalhos no Legislativo.

Com expectativas positivas para 2022, o deputado Fernando Santana (PT) espera que a pandemia seja vencida e o trabalho na AL possa se intensificar ainda mais, fortalecendo as parcerias com o Governo do Estado. O 1º vice-presidente da AL afirma que as eleições impactam na rotina, mas especialmente no primeiro semestre haverá uma grande ação da AL em levar sessões para regiões do interior do Estado, garantindo diversos serviços para a população.

O deputado Jeová Mota (PDT) indica preocupação com áreas como economia, educação e saúde. Ele afirma que o presidente da República toma decisões sobre essas áreas que não são o que o País ou a população precisa,  e ressalta a importância da vacina como único instrumento para sair da pandemia.

Para a deputada Érika Amorim (PSD), 2022 será um ano de muitos desafios, elencando que as projeções na economia não apontam para crescimento e a questão da empregabilidade preocupa toda a população. A parlamentar destaca ainda a necessidade de atenção e união para a área da educação, que sofre com o aumento da evasão escolar e, por isso, precisa de força tarefa e planos conjuntos, complementando a necessidade de seguir avançando com a vacinação da população.

O deputado Bruno Pedrosa (PP) demonstra preocupação com o cenário nacional em decorrência do acirramento das questões políticas partidárias e os impactos para a economia e geração de emprego. Apesar disso, o parlamentar afirma que o Ceará deve seguir mantendo o nível de investimento que gera emprego, avança na qualidade da educação, fortalecendo a saúde pública e ampliando a segurança pública e infraestrutura.

O deputado Audic Mota (PSB) destacou os debates macroeconômicos que foram retomados com o arrefecimento da pandemia e como isso impacta na capacidade de investimentos e possibilidade de geração de emprego. No Ceará, o parlamentar aponta para a necessidade de destravar a burocracia e utilizar bem os recursos garantidos para induzir também a economia dos pequenos municípios. Audic Mota alertou ainda para grandes desafios na área da educação que, ressalta, foi muito afetada pela pandemia nos últimos dois anos.

GM/JI/PE/GS/LA/SA/CG = AGÊNCIA DE NOTICIAS DA ALCE/ DANIEL SAMPAIO

Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, testa positivo para Covid-19

O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), deputado Evandro Leitão (PDT), anunciou na tarde desta quarta-feira (29) que testou positivo para a Covid-19.

Em uma publicação nas redes sociais, ele disse estar bem e isolado. Além do parlamentar, outros políticos cearenses anunciaram também ter positivado para a doença nos últimos dias.

Na segunda-feira (27), o vereador de Fortaleza Léo Couto (PSB), também através das redes, informou que um exame de rotina havia apontado o resultado positivo pada a Covid-19.  "A pandemia não acabou, continuem se cuidado", escreveu o vereador, que disse também estar assintomático.

Nesta quarta, a prefeitura de Pedra Branca, em canais oficiais, publicou que o prefeito Matheus Gois (PSD) realizou teste e também contraíu o vírus causador da doença.

"Matheus apresentou sintomas leves e seu quadro é estável, pois, além de tomar os devidos cuidados, está vacinado com as duas doses", informou através de nota. COM DIARIONRDESTE.

Por que partidos de esquerda querem se juntar em federações em 2022

André Shalders e Julia Affonso, O Estado de S.Paulo

28 de dezembro de 2021 | 10h06

BRASÍLIA  — Nas últimas semanas, partidos de esquerda passaram a discutir a possibilidade de criar federações partidárias a partir de 2022. Diferentemente das coligações, as federações vão muito além da disputa eleitoral: criam uma “fusão” temporária entre as siglas envolvidas, que precisa durar pelo menos quatro anos. Para legendas menores, como a Rede Sustentabilidade e o PCdoB, o objetivo da federação é escapar das punições aplicáveis a quem não cumprir a chamada cláusula de barreira nas próximas eleições. Já partidos com mais representação no Congresso, como o PT e o PSB, veem no mecanismo uma possibilidade de obter mais cadeiras no Legislativo.

As federações partidárias serão uma das novidades das disputas de 2022. Foram criadas pelo Congresso em setembro deste ano, e regulamentadas por uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicada no último dia 14 de dezembro, sob a relatoria do presidente da Corte eleitoral, o ministro Luís Roberto Barroso. Assim como as coligações, a federação permite que os partidos atuem em conjunto no período eleitoral, inclusive somando os votos para conquistar mais vagas na Câmara e nas assembleias. Mas as semelhanças acabam por aí: a federação exige que as siglas continuem juntas, por, no mínimo, mais quatro anos.

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Dirigientes de partidos de esquerda acreditam que é possível alcançar o número de 200 deputados se o bloco incluir todas as siglas do campo, inclusive o PDT Foto: Dida Sampaio/Estadão

Hoje, os partidos de esquerda somam 131 deputados federais, considerando as bancadas do PT (53 nomes), do PSB (31), do PC do B (8), do PSOL (9), do PDT (25), do PV (4) e da Rede (1). Por enquanto, a discussão mais avançada é sobre um bloco com PT, PSB, PC do B e PV; outra possibilidade é a união de PSOL, Rede e PCdoB. Dirigentes dessas legendas consideram que é possível alcançar o número de 200 deputados se o bloco incluir todas as siglas do campo, inclusive o PDT – que por enquanto está fora das conversas.

As projeções feitas pelos partidos consideram, por um lado, que o conjunto das agremiações passaria a ocupar um número maior das chamadas “sobras” partidárias, que são as cadeiras restantes no Legislativo depois da divisão feita por meio do quociente eleitoral. Por outro, há a ideia de que atuando em conjunto os partidos poderão concentrar recursos (dos fundos Partidário e Eleitoral) nos candidatos com mais chance em toda a coligação; e se beneficiar dos “puxadores de votos” em cada Estado. Alguns políticos consideram também que há um “efeito psicológico” em reunir todas as siglas em uma frente ampla contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

A disputa de 2022 será a primeira eleição geral sem coligações para os cargos de deputado estadual e federal. O advogado especialista em direito eleitoral Fernando Neisser explica que uma diferença muito marcante em relação às coligações é que a federação implica em que as partidos sejam consideradas uma legenda só em todas as instâncias do Legislativo, inclusive assembleias estaduais e câmaras municipais. “É uma liderança só; uma orientação só”, observa ele, que preside a comissão de direito político e eleitoral do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP).

Para valer nas eleições de 2022, as federações precisam ser formalizadas na Justiça Eleitoral até seis meses antes da disputa, isto é, até 2 de abril do ano que vem. Ou seja: os partidos terão de decidir se formarão ou não a federação antes das convenções partidárias, nas quais as candidaturas são oficializadas. Em 2022, o período das convenções vai de 20 de julho a 5 de agosto, conforme calendário aprovado pelo TSE na semana passada. As candidaturas precisam ser registradas até o dia 5 de agosto.

“A aliança vale para o Brasil todo; e a partir daí eles estarão juntos em todas as eleições. Tanto na eleição geral, quanto nas nacionais dali a dois anos”, diz Neisser. “A Federação também tem que ter um estatuto comum, registrado no TSE, e um programa político comum”, afirma. “E se um partido sai da federação antes dos quatro anos, a punição é muito dura. Fica sem dinheiro do Fundo Partidário e não pode entrar em outra federação. Isso é para impedir que a federação seja usada como uma coligação disfarçada”, afirma o advogado.

Cláusula de barreira. Para partidos com bancadas pequenas no Congresso, como a Rede e o PV, a federação é uma forma de escapar das punições da chamada “cláusula de barreira”, uma regra segundo a qual só partidos com um determinado desempenho nas eleições terão acesso a dinheiro do Fundo Partidário e tempo de rádio e TV. Em 2022, o requisito é conseguir pelo menos 2% dos votos para a Câmara dos Deputados em todo o País, ou eleger o mínimo de 11 deputados federais em pelo menos nove Estados – desempenho muito superior ao destes partidos em 2018.

Líder da bancada do PT na Câmara, o deputado Bohn Gass (RS) afirma que a formação de uma federação de esquerda permitirá a apresentação de um programa de ao menos quatro anos, com identificação programática. “Vamos despersonalizar a política, tratando de compromissos mais coletivos”, diz ele. “Ao mesmo tempo tem uma questão prática, formal, que é o fato de cada partido, individualmente, ter as suas sobras. Somadas, elas dão condições de a gente ter mais parlamentares”, afirma.

Ele evita fazer estimativas de números, mas diz que uma das vantagens da federação é ocupar um espaço maior nas cadeiras da Câmara que vão para as chamadas “sobras”, isto é, os assentos remanescentes depois que a divisão das vagas é feita entre os partidos que alcançaram quociente eleitoral. Este é o número de votos exigidos para que um partido obtenha uma vaga numa eleição proporcional. Em outubro deste ano, o Congresso aprovou uma lei que muda os critérios de distribuição das “sobras”, excluindo da divisão os partidos que não obtiveram um número mínimo de votos.

O cálculo não é tão simples. “Imagine que você tem três partidos (num determinado Estado) e cada um tenha conquistado votos o suficiente para eleger 1,3 deputado. Se eles estiverem juntos (numa federação), isto significa que eles contam como um partido só, com 3,6 deputados. Terão três cadeiras e uma sobra. Na hora de comparar com a sobra dos outros partidos, a chance dessa federação ocupar a cadeira 'da sobra' é maior", detalha o advogado Fernando Neisser.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, diz que há “amplíssima maioria” na bancada socialista no Congresso pela formação da federação com o PT – também há maioria entre os presidentes estaduais do PSB, e a proposta em discussão entre os dois partidos foi formulada pelos socialistas. “Tudo indica que estamos encaminhando no sentido de formar (a federação). Achamos que as perspectivas são boas”, disse ao Estadão o presidente do PSB, Carlos Siqueira. Além do PT, as negociações são para o grupo incluir, a princípio, o PCdoB e o PV. 

Em dezembro, o Diretório Nacional do PT autorizou a Executiva do partido a negociar os termos da federação com o comando do PSB. Ao final de uma reunião de quase dez horas, 72 integrantes do Diretório petista se pronunciaram a favor de uma resolução que permite o início das negociações formais. Outras duas propostas contrárias à federação tiveram, juntas, 10 votos. A partir de agora, as negociações serão conduzidas pela presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR); pelo vice, o deputado José Guimarães (CE); e pelo secretário-geral, o também deputado Paulo Teixeira (SP). Ao fim, o Diretório Nacional terá de aprovar novamente a federação.

Uma decisão parecida já tinha sido tomada na semana passada pela Executiva Nacional do PSOL, que aprovou a abertura de conversas com os partidos Rede Sustentabilidade e PCdoB para analisar a possibilidade de formar uma federação. Ao Estadão, dias antes da reunião, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou que a Rede tem “muita identidade” com as posições de sua sigla sobre questões ambientais. “O PCdoB é um tradicional partido de esquerda que também vê no diálogo com o PSOL uma possibilidade”, disse. “São sondagens informais até agora, mas ambas no sentido positivo de mostrar interesse em federar com o PSOL.”

Em nota, após a decisão da Executiva, o PSOL informou que a bancada do partido na Câmara “apoiou o projeto que cria as federações partidárias”. “Reconhecemos que essa é uma medida democrática diante das novas restrições da legislação eleitoral. Consideramos que as federações permitem, ainda, o enfrentamento da cláusula de barreira, medida antidemocrática criada para asfixiar os partidos ideológicos com a justificativa de combater a “pulverização” do sistema partidário brasileiro”, afirmou a sigla.

O acordão do Centrão com a esquerda

Líderes do Centrão e de partidos de esquerda voltaram a dar as mãos, seguindo o nem sempre saudável princípio de que em política as coisas nunca são, as coisas sempre estão sendo. Dessa vez, o entendimento teve o objetivo de enterrar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autoriza a prisão do réu e o início do cumprimento da pena logo após a condenação em segunda instância. A grande maioria dos parlamentares é contra essa proposta, e, convenhamos, não é difícil à leitora e ao leitor adivinharem a razão. Mas não nos custa, também, ser claros: muitos deles são investigados por corrupção e temem passar uma temporada na cadeia. Assim, na correria e em surdina, o bloco fisiológico do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e siglas como PT, PSB e PDT uniram-se para urdir um golpe no dia em que a Comissão Especial analisaria o projeto, que tem a relatoria de Fábio Trad (PSD-MS). Em 24 horas, lideranças atuaram nos bastidores e substituíram na comissão dezenove integrantes que votariam a favor da PEC por outros que são contrários a ela. A manobra não só empurrou a análise para fevereiro de 2022, como reduziu praticamente a zero a chance de seu avanço na Casa. “Eu fiquei muito frustrado, porque trabalhamos exaustivamente para aprová-la. Só pautamos porque tínhamos maioria”, disse Aliel Machado (PSB-PR), presidente da Comissão Especial, composta por trinta e quatro parlamentares. “O que aconteceu não é ilegal, mas e feio”. Na verdade, Machado foi suave demais: feio é colocar em público o dedo no nariz, o que ocorreu é totalmente antirrepublicano e antiético. Ao ver que os membros da comissão haviam sido trocados, Trad retirou o relatório.

O movimento que afundou a PEC foi orquestrado por Arthur Lira, um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro. No início de dezembro, ele recebeu Machado em seu gabinete e foi avisado de que seria marcada a data de votação. Lira pediu-lhe mais tempo para que se buscasse um acordo com outras lideranças partidárias. Pouco tempo passou, e a composição de mais da metade do colegiado sofreu alteração — sem qualquer justificativa. “Antes da manobra, era garantido que a PEC seria aprovada. Agora muda a perspectiva. Minha esperança é de que haja mobilização popular”, afirmou Trad, sem atinar que em plena pandemia e surto de gripe, e em pleno sol de verão, ninguém está a fim de ir às ruas segurar faixa por segunda instância. Ele foi avisado da mudança repentina por um consultor da Câmara, na véspera da votação. Ao analisar as trocas, percebeu que estava sendo vítima de uma armação e que o mais sensato era retirar a proposta. Raciocínio fechado, projeto retirado: “ele não tem cunho personalista ou persecutório. É apenas um instrumento para fazer com que a Justiça brasileira não seja a única do mundo que, para se efetivar uma decisão, deva percorrer três instâncias”. O projeto aguardava análise desde 2019, ano em que o STF decidiu que condenados só cumprirão pena após trânsito em julgado (quando esgotados todos os recursos) e jogou a regulamentação no colo no Legislativo.

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“Eu fiquei muito frustrado. Trocar membros da Comissão Especial não é ilegal, mas ficou feio” Aliel Machado, presidente da Comissão (Crédito:Jair Marques/ascom)

Acordos como esse, de partidos de esquerda com o Centrão, e vice-versa, não são raros. O PT sabe disso porque passeia bem no vaivém de laços rompidos, laços reatados. E não somente o PT. Na votação da PEC dos Precatórios, por exemplo, muitos parlamentares do PDT e PSB votaram de forma contrária à orientação partidária, seguindo bolsonaristas do Centrão, favoráveis à proposta. Em outubro, esquerda e Centrão também trabalharam juntos na votação de outra PEC: a que ameaçava o poder de investigação do Ministério Público. O PT e o grupo de Lira atuaram em conjunto, ainda, quando se aliaram para alterar a Lei da Ficha Limpa, impondo a necessidade de condenação em segundo grau para que um político seja impedido de disputar eleições. A Câmara dos Deputados é mais ou menos assim: os ideais e programas são tudo quando os riscos de prisão são nada. Não sem motivo, portanto, apenas 10% dos brasileiros, segundo o Datafolha, consideram bom ou ótimo o Congresso. Mas façamos importante ressalva: ainda que nenhum brasileiro goste dele, Câmara e Senado têm de funcionar porque é um Poder vital à democracia e não podem sofrer ameaças de cerceamento.

“Houve um desconforto por parte de alguns que se surpreenderam com a minha posição. Porque queriam votar para rejeitar o projeto. Agora, vamos tentar votar só em fevereiro de 2022”, disse o relator. A expectativa dele e de Machado era de que a votação acontecesse até o fim deste ano. Nenhum deles foi comunicado pelas lideranças de que fariam alterações na composição do colegiado. Nem pelas dos seus próprios partidos.

Contrário à proposta, o Centrão manobrou para alterar vários parlamentares da comissão. O deputado Pastor Gil (PL-MA), por exemplo, foi substituído por Júnior Mano (PL-CE). Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) deu lugar a Gilberto Abramo (Republicanos-MG). Cacá Leão (PP-BA) e Fausto Pinato (PP-SP) também foram indicados a ocupar as vagas do partido no colegiado. Em um movimento casado com outras legendas, o PT indicou Paulo Teixeira (SP) para ocupar a cadeira de titular.

Antes suplente, o petista é contra à PEC. O PSB, de Machado, substituiu Mauro Nazif (RO) por Milton Coelho (PE) na suplência, assim como fez o PDT, que indicou Mário Heringer (PDT-MG). A estratégia para enterrar a PEC contou ainda com a participação de congressistas do PSDB, do DEM e do MDB. Questionado sobre a mudança ter contemplado congressistas do PSB, Machado afirmou que não acredita que a troca promovida pela legenda interferiria na aprovação da proposta.

Um dos maiores defensores da PEC, o pré-candidato Podemos à Presidência, criticou Sergio Moro, criticou a estratégia atribuída a “partidos da base do governo”. “Foi um movimento do partido da base do governo, incluindo o próprio partido do presidente, o PL. É muito ruim, porque esse tema é fundamental para reduzir a impunidade no combate à corrupção”, disse o ex-juiz da Lava Jato. Vários políticos que passaram pelas de Moro acabaram presos por terem tido condenações confirmadas em segunda instância. É o caso, por exemplo, do ex-presidente Lula, preso depois após decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Ricardo Chapola / ISTOÉ

Congresso ignora pauta de costumes e aprova só 37% dos projetos prioritários do governo

Daniel Gullino e Dimitrius Dantas /  O GLOBO

 

BRASÍLIA - Mesmo tendo intensificado sua aliança com o Centrão, sacramentada no final do ano com a filiação ao PL, o presidente Jair Bolsonaro seguiu tendo dificuldades no Congresso em 2021. O governo federal não aprovou a maior parte dos projetos que escolheu como prioritários, e viu diminuir as taxas de medidas provisórias (MP) convertidas em lei. As pautas de costumes, tão caras a Bolsonaro, não andaram. Já propostas na área econômica conseguiram aprovação, mas são minoria na lista de três dezenas de projetos enviados pelo Poder Executivo com carimbo de prioridade.

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Em fevereiro, dois dias após serem eleitos, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), visitaram Bolsonaro no Palácio do Planalto e receberam uma lista com 35 projetos que o governo considerava prioritários. Destes, apenas 13 foram aprovados nas duas Casas (37%), todos da área econômica. Cinco foram aprovados apenas pela Câmara ou pelo Senado, e 17 não foram aprovados por nenhuma das duas.

Neste ano, Bolsonaro consolidou sua aliança com o Centrão, que já vinha sendo construída desde o ano passado: apoiou a eleição de Lira à Presidência da Câmara; nomeou integrantes do grupo para três ministérios, entre eles a Casa Civil; e se filiou ao PL, comandado por Valdemar Costa Neto, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no esquema do mensalão. Não houve, no entanto, um reflexo claro em vitórias parlamentares para o Planalto.

Para o deputado Rogério Correia (PT-MG), a aliança com o Centrão rendeu ao governo mais força na Câmara, mas não funcionou da mesma forma no Senado. Bolsonaro até tentou solucionar essa questão colocando um senador, Ciro Nogueira, do PP, na Casa Civil, mas os resultados ainda não vieram. Nesta semana, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), entregou seu cargo.

— Ele privatizou muito menos do que pretendia privatizar. Além disso, projetos do próprio governo, que eles chamam da pauta bolsonarista, não aprovaram na extensão que queriam — afirma o parlamentar.

Menos MPs

Foram essas pautas de costumes e armamentistas, dois dos principais pilares da campanha de Bolsonaro em 2018, que ficaram completamente paradas. Entre elas, está o texto que cria excludente de ilicitude para militares que participam de operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). No ano passado, Bolsonaro disse esperar que o projeto fosse votado após a eleição no Congresso. Há ainda na lista de projetos bolsonaristas sem qualquer sinal de que voltarão a andar o que regulamenta a educação domiciliar, a proposta que altera o estatuto do índio com relação ao infanticídio e o que trata da posse e o porte de armas por caçadores, atiradores e colecionadores.

Para o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), vice-líder do governo no Congresso, a pandemia foi um dos principais fatores que impactaram na atuação do governo na Câmara e no Senado. Segundo ele, o Palácio do Planalto adotou uma estratégia pragmática e precisou lançar mão de diversas medidas emergenciais.

— Grande parte delas foram respostas à pandemia: cumpriram seu papel, são coisas pontuais que são aprovadas dentro de um momento de excepcionalidade — afirma Melo. — Estamos aprovando coisas com voto do MDB, PSB, PSDB, PDT. A Câmara tem chamado para si mais responsabilidade. Tem se mostrado mais proativa do que o Senado, que perdeu tempo e dinheiro com a CPI (da Covid).

Todas as 13 propostas prioritárias aprovadas ao longo do ano são de temas econômicos, como a autonomia do Banco Central, a PEC Emergencial e o novo marco regulatório do gás. Outro indicador do desempenho do governo federal no Congresso é a quantidade de MPs que o governo conseguiu converter em lei. Essa taxa caiu em 2021: de 40 editadas neste ano, 17 foram aprovadas pela Câmara e pelo Senado (42%). O índice foi de 52% em 2019 e de 54% em 2020.

Os dados sobre a aprovação de medidas provisórias são particularmente simbólicos para o governo. Até o momento, Bolsonaro publicou 209 MPs, já ultrapassando o número de normas desse tipo que foram editadas durante todo o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo levantamento feito pelo GLOBO, Bolsonaro é o presidente que publica MPs com mais frequências desde Lula: em média, uma é editada a cada cinco dias.

Em paralelo a isso, o governo federal tem reduzido gradativamente o número de projetos de leis ou emendas à Constituição enviados ao Congresso, e sofre para aprová-los. Em 2019, das 31 propostas apresentadas, três foram aprovadas naquele ano; outras duas foram aprovadas posteriormente. Em 2020, de 22 projetos, apenas um foi aprovado: o que estabeleceu regras para o enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Em 2021, foram apenas 18 projetos enviados ao Congresso, o menor número durante o mandato, e apenas dois aprovados, entre eles a PEC dos Precatórios, que abriu caminho para o pagamento do Auxílio Brasil.

De acordo com a cientista política Silvana Krause, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, os números refletem a imagem de uma relação em que o governo é muito mais dependente do Centrão do que o contrário.

— Essas siglas cobram caro. E o preço do Centrão vai aumentando conforme aumenta a rejeição popular ao governo — afirma.

 

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