Dilma desafia a Justiça e as instituições e vai a Lula
A presidente Dilma Rousseff chegou por volta das 13h30 sábado ao prédio onde mora Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo (SP), para encontro com o ex-presidente. Em frente ao prédio, militantes faziam uma vigília. Dilma, Lula e a ex-primeira-dama Marisa Letícia apareceram na varanda e acenaram para os manifestantes. O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, também integrou a comitiva da presidente que esteve no apartamento de Lula. Na pauta do encontro, mais que uma mera solidariedade ao ex-presidente, estão as estratégias do governo e do PT para reagir às denúncias da delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) e à condução coercitiva de Lula para depor na Polícia Federal. Antes da chegada de Dilma, Lula desceu de surpresa e cumprimentou os manifestantes. O ex-presidente abraçou alguns militantes e tirou fotos. Um carro de som foi levado até o local para Lula discursar. No entanto, o ex-presidente disse que não faria discurso, pois o prédio onde mora fica ao lado de um hospital. Os apoiadores se aglomeraram ao redor do ex-presidente, enquanto ele caminhava, para abraçá-lo e tirar fotos com câmeras e celulares e gritavam palavras de ordem a favor de Lula.
Dilma defende Lula num encontro com governadores e sofre uma contestação
Dilma Rousseff foi submetida a uma saia justa ao dizer, num encontro com governadores, que ficara “indignada” com o tratamento “desrespeitoso” dispensado a Lula por Sérgio Moro, juiz da Lava Jato. Um dos visitantes, Pedro Taques (PSDB), governador de Mato Grosso, retrucou a anfitriã: “Entendo que não houve desrespeito, presidente. Ninguém está acima da lei.”
Os governadores voaram até Brasília para discutir, na noite da última sexta-feira, o alongamento das dívidas dos seus Estados com a União. Horas antes, agentes da Polícia Federal haviam executado uma ordem de “condução coercitiva” de Lula, para prestar depoimento sobre a suspeita de receber vantagens de empresas pilhadas roubando a Petrobras.
Dilma enxergou na coerção ordenada por Moro um “abuso de autoridade”, pois “bastava convidar” Lula, que “não se negaria a prestar os esclarecimentos”. Ao contraditá-la, Taques chamou Dilma de “presidente”, não de presidenta, como ela prefere. Brindou-a, de resto, com um cerimonioso “vossa excelência”. Ex-procurador da República, ele sapecou:
“Eu não sairia desta sala com a consciência tranquila e não respeitaria o bom povo de Mato Grosso, que me mandou aqui, se não expressasse minha opinião. Entendo que não houve abuso ou perseguição. Ninguém está acima da lei. Todos, inclusive eu, podemos ser investigados. A lei não pode servir para beneficiar amigos nem para prejudicar inimigos.”
Ação nacional contra microcefalia é urgente
O aumento do número de casos de microcefalia põe o país diante de um desafio urgente para o qual o SUS — sinônimo de baixa eficiência — não está preparado: dar atendimento adequado às vítimas. A redução do tamanho do cérebro traz transtorno imenso às crianças e suas famílias, e, portanto, exige intervenção severa e constante, a fim de estimulá-las e garantir-lhes o mínimo de qualidade de vida.
Tanto as estimativas do que será preciso quanto iniciativas isoladas já em andamento mostram que o cuidado com os microcéfalos envolve equipes multiprofissionais e outros recursos com que o SUS não conta na escala necessária.
Incêndio em refinaria da Petrobrás em Pasadena
HOUSTON - Um incêndio de grandes proporções atingiu neste sábado a refinaria da Petrobrás em Pasadena, no Texas, deixando três pessoas feridas, uma delas em estado grave, informaram autoridades e uma fonte com conhecimento das operações de emergência no local.De acordo com o departamento de polícia de Pasadena, o incêndio foi provocado por uma explosão em um gerador da refinaria, que tem capacidade para processar 100 mil barris por dia (bpd).
Estados recorrem a ‘impostaço’ para tentar recompor as finanças
Com o agravamento da crise fiscal, a União, os Estados e alguns municípios lançaram mão de uma receita já conhecida para tentar recompor as finanças: o aumento de impostos. Desde o início do ano, 19 Estados e mais o Distrito Federal elevaram alíquotas em algum tipo de tributo. No âmbito federal, ao menos cinco produtos tiveram aumento na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), além de mudanças no Imposto de Renda para remessas ao exterior e no PIS/Cofins. O sucesso das medidas, no entanto, está ameaçado diante de uma atividade já enfraquecida.
Montadoras produzem menos da metade da capacidade, diz Anfavea
Em meio à crise, a indústria automotiva brasileira produziu menos da metade de sua capacidade neste 1º bimestre, segundo a associação das montadoras, a Anfavea. "Em janeiro e fevereiro, operamos em ociosidade de 64%", disse o presidente da entidade, Luiz Moan, na última sexta-feira (4), ao apresentar o balanço mensal. "A sustentabilidade do setor está bastante prejudicada", completou.
A crise chega à escola
Um dado da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) ilustra a gravidade dos efeitos da atual crise econômica brasileira – de 2014 para 2016, a rede privada de ensino perdeu 12% dos seus mais de 9 milhões de alunos. Estima-se que a retração econômica provocou a transferência de cerca de 1 milhão de alunos da escola particular para a escola pública. Segundo levantamento da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, as redes públicas de ensino em São Paulo – a estadual e as municipais – receberam 200 mil alunos provenientes de escolas particulares em 2015.
Queda do consumo mostra o malogro econômico
Em 2015, caiu 4% o consumo das famílias, que representou 63,4% do Produto Interno Bruto (PIB) ou R$ 3,74 trilhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo foi maior que o do PIB, que caiu 3,8%. Dada a importância relativa do indicador, a queda é reveladora da fragilidade da economia brasileira e do malogro das políticas oficiais voltadas para a ascensão social.
Vacina japonesa contra a dengue entra na última fase de testes
SÃO PAULO - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou na sexta-feira, 4, o início da última fase de testes clínicos de uma vacina contra a dengue desenvolvida pela empresa farmacêutica japonesa Takeda Pharma.
Em dezembro, a Anvisa havia autorizado o início da terceira fase dos testes clínicos da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantã, além de aprovar o registro da vacina da Sanofi-Pasteur.
De acordo com a Anvisa, o Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento enviado à agência pela Takeda Pharma foi aprovado. No documento, constam os resultados não clínicos e clínicos obtidos até agora com o produto, além dos cumprimentos das exigências técnicas realizadas pela agência reguladora para verificar a qualidade e segurança necessárias antes da realização da fase 3 dos testes clínicos, pleiteada pela empresa. Os testes consistem na última etapa necessária para que o pedido de registro possa ser feito na agência.
Dilma defende Lula e ataca 'vingança' de Delcídio na TV
A presidente da República, Dilma Rousseff, fez um pronunciamento de 10 minutos a jornalistas na tarde desta sexta-feira, transmitido por canais de televisão, para defender o ex-presidente Lula, seu antecessor e padrinho político, e rebater a delação premiada de seu ex-líder no Senado, Delcídio do Amaral. Ela afirmou que a condução de Lula à força na Operação Lava Jato era "desnecessária" e que as denúncias de Delcídio são "vingança" movida de maneira "imoral e mesquinha". Dilma foi alvo de panelaços durante a transmissão.