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Censo 2022 entrevistou 136 milhões de pessoas, diz IBGE

O Censo 2022 já entrevistou 136.022.192 pessoas em 47.740.071 domicílios de todo o Brasil, o que corresponde a 66% da população. Desse total, 31,69% estão na Região Nordeste, 38,45% no Sudeste, 13,99% no Sul, 8,88% no Norte e 6,99% no Centro-Oeste. Foram recenseados 70.310.113 mulheres e 65.712.079 homens. Além disso, 1.230.778 indígenas e 1.009.778 quilombolas também já entraram na pesquisa. Os dados fazem parte do terceiro balanço do Censo 2022, foi divulgado hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, informou que está mantida a data de 28 de dezembro para a entrega das informações preliminares referentes à população dos municípios para o Tribunal de Contas da União (TCU). “A gente segue ainda perseguindo a data de divulgação no final de dezembro, no dia 28 de dezembro, quando a gente vai entregar os dados para o TCU”, disse, acrescentando que a data não foi alterada porque, com acompanhamento em tempo real, este Censo é o mais tecnológico já realizado no país.

De acordo com o diretor, a quantidade de recenseadores, que está abaixo do estimado, é uma das causas do atraso da coleta de dados. Um dos motivos para a falta de procura para o trabalho como recenseador é a remuneração definida para o Censo 2022 que foi considerada baixa. Segundo Azeredo, a preferência das pessoas por trabalhar em campanhas eleitorais também influenciou a baixa na procura.

“Fizemos esse Censo em plena eleição, da qual a gente perdeu grande público que poderia atuar como recenseador. A gente acredita que pessoas que estavam como cabos eleitorais possam estar agora conosco no Censo.”

De acordo com o IBGE, atualmente, um recenseador na cidade de São Paulo recebe, em média, entre R$ 2 mil a R$ 3 mil, para 10 a 15 dias de trabalho, dependendo da área. Além da remuneração, recebe auxílio locomoção, que pode chegar a R$ 500 ou mais, se o setor for concluído em até 7 dias.

Cimar Azeredo revelou que, para tentar agilizar a coleta, o IBGE aumentou o valor das remunerações e ampliou os anúncios de contratações, que agora podem incluir os microempreendedores individuais (MEI).

“O IBGE está envidando esforços, melhorando a remuneração do recenseador, vendo formas de contratar mais pessoas, fazendo deslocamento de recenseador de um estado para outro, ou seja, todas providências estão sendo tomadas para que a gente consiga terminar o Censo dentro do prazo”, disse.

Em todo o país, o IBGE conta com 90.552 recenseadores em ação, 49,5% do total de vagas disponíveis. O estado com maior déficit de recenseadores é o Mato Grosso, com 37,1% do número de vagas. Já o Piauí está com 64% dos postos ocupados. O diretor observou ainda que lugares onde a taxa de desemprego é baixa também tem sido um desafio para a contratação de recenseadores.

Dificuldade de coleta

Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Cuiabá têm sido um grande desafio para a coleta dos dados, como também os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. “Acontece por falta de recenseadores, mas também por falta de apoio da população em atender o recenseador. Na maioria das vezes, a gente é bem recebido, a recusa, em um primeiro momento é muito baixa, mas existem síndicos e porteiros que acabam sendo barreiras para que o recenseador possa realizar o trabalho”, contou.

Outros estados têm se destacado pelo avanço na coleta dos dados. Os maiores percentuais da população recenseada são do Piauí (86%), Sergipe (83%), Rio Grande do Norte e Alagoas (80%) e Amazonas (77%). Os menos adiantados são Mato Grosso (42,72%), Amapá (51,47%) e Acre (54,07%).

“O Amazonas, um estado extremamente complexo, está arrebentando no Censo mostrando um resultado muito interessante”, disse.

O diretor alertou que os síndicos e porteiros que impedem a coleta de dados estão descumprindo o artigo 330 do Código Penal, que garante o direito do funcionário público de exercer o seu trabalho.

“Por lei, a população tem que responder o Censo. No momento em que o recenseador não tem acesso a um condomínio porque um sindico ou um porteiro não permitem, isso está sendo configurado como crime, e o IBGE está tomando todas as providências possíveis”, destacou, completando que esse tipo de ocorrência, mesmo que o número seja baixo, dificulta o trabalho do recenseador.

O IBGE estimula que o recenseador trabalhe nos fins de semana e à noite para atender as pessoas que estão ausentes do domicílio durante o dia.

Questionários

O terceiro balanço apontou ainda que 88,4% dos domicílios (42.595.922) responderam ao questionário básico e 11,6% (5.560.298) ao ampliado. O tempo médio de preenchimento tem sido de 5 minutos para o questionário básico e de 15 minutos para o questionário ampliado. A maior parte dos questionários (99,4%) foi respondida de forma presencial, sendo que 124.241 domicílios optaram por responder pela internet e 144.203 pelo telefone.

Orçamento

Para o diretor de pesquisas, apesar do aumento de valores das remunerações, até o momento, não há necessidade de pedir aumento nos recursos destinados ao Censo. “A gente está acompanhando isso semanalmente para ver a hora certa de entender se vamos precisar de mais recursos. Se precisar, vamos procurar o Ministério da Economia que vem acompanhando junto com o IBGE a execução desse Censo”.

O IBGE destaca que os recenseadores estão sempre uniformizados, com o colete e boné do Censo, crachá de identificação e o dispositivo móvel de coleta (DMC). É possível confirmar a identidade do agente no site Respondendo ao IBGE ou pelo telefone 0800 721 8181.

“Ambos constam no crachá do entrevistador, que também traz um QR code que leva à área de identificação no site. Para realizar a confirmação, o cidadão deve fornecer o nome, matrícula ou CPF do recenseador” informou.

Edição: Lílian Beraldo / AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Brasil tem 62 mortes confirmadas nas últimas 24 horas

O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (1º) que o Brasil registra, desde o início da pandemia, 688.219 mortes por covid-19. Segundo o boletim epidemiológico, o número total de casos confirmados da doença é de 34.837.035.

Em 24 horas, foram registrados 8.286 novos casos. No mesmo período, foram confirmadas 62 mortes. Ainda segundo o boletim, 34.060.670 pessoas se recuperaram da doença e 88.146 casos estão em acompanhamento. 

Estados

De acordo com os dados disponíveis, São Paulo lidera o número de casos, com 6,14 milhões, seguido por Minas Gerais (3,88 milhões) e Paraná (2,75 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (149,8 mil). Em seguida, aparece Roraima (175,5 mil) e Amapá (178,4 mil).

Em relação às mortes, de acordo com os dados mais recentes, São Paulo apresenta o maior número (175.574), seguido de Rio de Janeiro (75.871) e Minas Gerais (63.879). O menor número de mortes está no Acre (2.029), Amapá (2.164) e Roraima (2.175).

Vacinação

Até hoje, foram aplicadas 488,3 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 180,3 milhões com a primeira dose e 162,7 milhões com a segunda dose. A dose única foi aplicada em mais de 5 milhões de pessoas. 

Edição: Lílian Beraldo / AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Brasil registra 3.883 casos e 65 mortes em 24 horas

O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 688.157 mortes por covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (31) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 34.828.749.

Em 24 horas, foram registrados 3.883 novos casos. No mesmo período, foram confirmadas 65 mortes de vítimas do vírus.

Ainda segundo o boletim, 34.051.811 pessoas se recuperaram da doença e 88.781 casos estão em acompanhamento. O boletim de hoje não traz os dados atualizados de Minas Gerais, além dos óbitos atualizados de Mato Grosso do Sul.

Boletim covid-19 de 31 de outubro de 2022.
Boletim covid-19 de 31 de outubro de 2022. - Ministério da Saúde

Estados

De acordo com os dados disponíveis, São Paulo lidera o número de casos, com 6,14 milhões, seguido por Minas Gerais (3,88 milhões) e Paraná (2,75 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (149,8 mil). Em seguida, aparece Roraima (175,4 mil) e Amapá (178,4 mil).

Em relação às mortes, de acordo com os dados mais recentes disponíveis, São Paulo apresenta o maior número (175.554), seguido de Rio de Janeiro (75.858) e Minas Gerais (63.879). O menor número de mortes está no Acre (2.029), Amapá (2.164) e Roraima (2.175).

Vacinação

Foram aplicadas 488,2 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 em todo o Brasil, sendo 180,3 milhões como a primeira dose e 162,7 milhões como a segunda dose. A dose única foi aplicada em 5 milhões de pessoas. Outras 99,9 milhões já receberam a primeira dose de reforço e 35,3 milhões já foram vacinadas com a segunda dose de reforço.

Edição: Aline Leal / AGÊNCIA BRASIL

GOVERNO LULA: SIMONE TEBET E GOVERNADORA DO CEARÁ SÃO NOMES FORTES PARA O MEC

Renata Cafardo / o ESTADÃO

 

Duas mulheres disputam o cargo de ministra da Educação no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito ontem presidente da República pela terceira vez. Izolda Cela, atual governadora do Ceará e ex-secretária de Educação de Sobral, tem o apoio dos ex titulares do MEC em governos petistas Aloizio Mercadante e Fernando Haddad. Fundações e institutos de educação também indicam Izolda por sua experiência em gestão pública educacional, considerada uma das mais exitosas do País, tanto em Sobral como no Estado do Ceará. Mas Simone Tebet (MDB) deu indicações claras de que quer a pasta. A avaliação é de que, se ela bater o pé, ela leva.

 

Após ter ficado em terceiro lugar no primeiro turno das eleições, Tebet tornou-se uma das principais apoiadoras da campanha do PT e uma eficiente buscadora de votos do centro e de direita. Foi uma das primeiras a receber os agradecimentos públicos de Lula em seu discurso oficial depois de eleito. Educação e saúde eram os principais temas da campanha de Tebet; mas sua predileção é pelo MEC. Uma de suas ideias, que Lula prometeu incorporar, é a de dar uma bolsa para estudantes jovens permanecerem na escola.

 

Já o nome de Izolda se tornou quase um mantra na cabeça do presidente eleito há poucas semanas. Fora a experiência na área, acredita-se que uma mulher nordestina como titular do MEC teria um grande significado numa pasta destroçada por uma gestão ideológica e ineficiente. Outro ponto crucial é que ela teria mais condições de identificar rapidamente os problemas e as soluções para o ministério.

Lula tem pressa. Quer mostrar serviço nos primeiros 60 dias e ministros que desconhecem as políticas públicas da área devem ser preteridos.

Com esse raciocínio, Haddad aparece como uma terceira opção, já que seus sete anos como ministro da Educação os ajudaria a ser rápido em arrumar a casa. Mas o candidato derrotado ao governo de São Paulo também defende o nome de Izolda e pensa em outros planos no governo Lula para ele mesmo.

Izolda nunca foi filiada ao PT e deixou o PDT após racha este ano dos dois partidos, que foram aliados por décadas no Ceará. Nascida em Sobral, a psicóloga e mestre em gestão esteve entre 2001 e 2006 na secretaria da cidade, que então passou a ser considerada o maior exemplo de política educacional de sucesso no Brasil. Depois, levou as experiências com alfabetização de crianças para todo o Ceará, quando se tornou secretária estadual em 2007. O governo, na época do PDT, passou a dar incentivos materiais e financeiros para que municípios melhorassem a aprendizagem dos alunos.

A política foi continuada por Camilo Santana, eleito governador pelo PT em 2014, quando ela assumiu a cadeira de vice. O Ceará tem há anos alguns dos melhores resultados em educação pública do País, no ensino fundamental e médio. Izolda se tornou governadora quando Camilo resolveu se candidatar a senador este ano; ele foi eleito no dia 2.

“Já ouviu a revolução da educação no Ceara? Foi essa moça que fez”, disse Lula ao lado de Izolda em um vídeo gravado durante o segundo turno. “Se prepare que vai ter muito trabalho para nós”, concluiu o hoje presidente eleito. Entre os desafios da pasta estão lançar um grande programa de recuperação do déficit de aprendizagem por causa do período de pandemia, a reorganização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de outras avaliações, a recuperação do orçamento, que sofreu cortes sucessivos. Izolda no MEC teria se tornado até uma das “missões” do deputado federal André Janones (Avante) que costumava usar o termo durante a campanha para comandos repassados aos influenciadores nas redes sociais.

Mas Tebet corre por fora. E com chances. Não se sabe se ela vai insistir ou aceitar outra pasta, desde que de relevância semelhante. Advogada e professora universitária, a ex-candidata tem “a educação no coração”, como dizem algum aliados de Lula. O nome não é rejeitado na comunidade educacional, principalmente pela função crucial que ela assumiu na campanha e pelo seu interesse genuíno pelo tema, mas não há predileção por ela no cargo. O argumento é o de que falta conhecimento técnico para abrir a caixa preta do MEC de Bolsonaro e atender rapidamente aos anseios de governadores, prefeitos, professores, estudantes, famílias e ainda, das universidades federais.

Brasil tem 8,1 mil casos confirmados de covid-19 em 24 horas

O Ministério da Saúde informou, nesta quinta-feira (27), que o Brasil registrou, desde o início da pandemia, 687.962 mortes por covid-19. Segundo boletim epidemiológico divulgado pela pasta, o número total de casos confirmados da doença é de 34.815.258.

Em 24 horas, foram registrados 8.183 novos casos. No mesmo período, foram confirmadas 55 mortes de vítimas do vírus. Ainda segundo o boletim, 34.038.995 pessoas se recuperaram da doença e 88.301 casos estão em acompanhamento.

Estados

De acordo com os dados divulgados, São Paulo lidera o número de casos, com 6,14 milhões, seguido por Minas Gerais (3,88 milhões) e Paraná (2,75 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (149,7 mil). Em seguida, aparecem Roraima (175,4 mil) e Amapá (178,3 mil).

Conforme os dados mais recentes, até agora, São Paulo é o estado com maior número de motes em consequência da covid-19 (175.504), seguido de Rio de Janeiro (75.850) e Minas Gerais (63.876). O menor número de mortes foi registrado no Acre (2.029). Em seguida, aparecem o Amapá (2.164) e Roraima (2.175).

Vacinação

Até hoje, foram aplicadas 487,9 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, das quais 180,2 milhões foram primeiras doses e 162,6 milhões, segundas doses. A dose única foi aplicada em mais de 5 milhões de pessoas.

Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL

Governo Central tem superávit primário de R$ 10,95 bilhões em setembro

O pagamento de dividendos da Petrobras e a arrecadação recorde fizeram as contas públicas registrarem, em setembro, o segundo maior resultado positivo da série histórica para o mês. No mês passado, o Governo Central - Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - registrou superávit primário de R$ 10,954 bilhões, divulgou hoje (27) o Tesouro Nacional.

Em valores nominais, esse é o segundo maior superávit para o mês desde o início da série histórica, só perdendo para setembro de 2010. Ao descontar a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o resultado foi o sexto melhor da série histórica, em 1995.

O resultado veio melhor que o esperado pelas instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Economia, os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 847,6 milhões em setembro.

Com o resultado de setembro, o Governo Central fechou os 9 primeiros meses do ano com resultado positivo de R$ 33,775 bilhões. Ao corrigir os valores pela inflação, esse é o melhor resultado para o período desde janeiro a setembro de 2013.

O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Apesar da possibilidade de déficit nos próximos meses, a equipe econômica estima que o Governo Central fechará o ano com superávit primário de R$ 13,548 bilhões, o primeiro resultado positivo anual desde 2013.

Segundo o Tesouro Nacional, o superávit poderia chegar a R$ 37,45 bilhões em 2022 não fosse o acordo sobre o controle do Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista. Por meio do acordo, a União pagou R$ 23,9 bilhões à Prefeitura de São Paulo em troca da extinção do processo judicial que questionava o controle do Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista.

A previsão de superávit ocorre mesmo com a emenda constitucional que aumentará gastos sociais em R$ 41,25 bilhões no segundo semestre e com as desonerações de R$ 71,56 bilhões que entraram em vigor em 2022. A estimativa foi divulgada na última edição do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.

Receitas

As receitas continuam crescendo em ritmo maior do que as despesas. No último mês, as receitas líquidas cresceram 14% em relação a setembro do ano passado em valores nominais. Descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o crescimento atingiu 6,4%. No mesmo período, as despesas totais subiram 6% em valores nominais, mas caíram 1,1% após descontar a inflação.

Em relação ao pagamento de impostos, houve crescimento de R$ 2,9 bilhões acima da inflação no Imposto de Renda, motivado principalmente pelo aumento do lucro das empresas. Em grande parte, essa alta reflete o aumento do lucro das empresas e energia e de petróleo no início do ano, o que ajuda a compensar parcialmente as desonerações para a indústria e para os combustíveis.

A alta do petróleo no mercado internacional também contribuiu para o pagamento recorde de dividendos da Petrobras, que somaram R$ 12,6 bilhões em setembro. Os dividendos são a parcela do lucro que a empresa paga aos acionistas. No caso das estatais, o Tesouro Nacional recebe a maior parte dos dividendos, por ser o principal controlador.

Com o encarecimento do petróleo no mercado internacional, as receitas com royalties cresceram R$ 1,653 bilhão (31,5%) acima da inflação no mês passado na comparação com setembro de 2021. Atualmente, a cotação do barril internacional está em torno de US$ 90 por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Despesas

Do lado das despesas, houve queda de R$ 7,9 bilhões com créditos extraordinários e de R$ 2,3 bilhões nos gastos com saúde, principalmente as despesas associadas ao combate à pandemia da covid-19. No entanto, esse recuo foi compensado pelo aumento de outros gastos.

Subiram os gastos com programas sociais após a emenda constitucional que aumentou o valor do Auxílio Brasil e criou os Auxílios Taxista e Caminhoneiro. Apenas com o Auxílio Brasil, o impacto do reajuste do valor mínimo do benefício para R$ 600 correspondeu a R$ 5 bilhões em setembro.

No acumulado do ano, o aumento nas despesas discricionárias (não obrigatórias) com controle de fluxo chega a R$ 48,487 bilhões (43%) acima do IPCA. Essa categoria abrange os programas sociais, como o Auxílio Brasil.

Em contrapartida, os gastos com o funcionalismo federal caíram 7,3% no acumulado do ano descontada a inflação. A queda reflete o congelamento de salários dos servidores públicos que vigorou entre julho de 2020 e dezembro de 2021 e a falta de reajustes em 2022.

Em relação aos investimentos (obras públicas e compra de equipamentos), o governo federal investiu R$ 29,453 bilhões nos 9 primeiros meses do ano. O valor representa queda de 15,4% descontado o IPCA em relação ao mesmo período de 2021.

Edição: Fernando Fraga / agência brasil

 

Desemprego tem sétima queda seguida e fica em 8,7% em setembro

Por Daniela Amorim / o estadão

 

RIO - A taxa de desemprego desceu de 8,9% no trimestre terminado em agosto para 8,7% no trimestre encerrado em setembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a sétima queda seguida no desemprego no País.

O País registrou uma abertura de 1 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre, fazendo o total de ocupados alcançar novo recorde, 99,269 milhões de pessoas. Já a população desempregada diminuiu em 621 mil pessoas em um trimestre, totalizando 9,460 milhões de brasileiros em busca de uma vaga no trimestre até setembro, menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015.

“A queda do desemprego é reflexo dos dados positivos de atividade econômica registrados nos trimestres anteriores, pois o mercado de trabalho costuma sentir o impacto da economia com alguma defasagem de tempo. É por isso que ainda vemos dados positivos, apesar da atividade já sinalizar desaceleração”, ponderou Felipe Salles, economista do C6 Bank, em nota. “Essa situação muda de figura a partir do ano que vem, quando o mercado de trabalho começa a sentir os efeitos defasados da desaceleração da economia global e dos juros altos.”

Salles prevê que a taxa de desemprego encerre 2022 em 8,1%, mas volte a subir “moderadamente”, terminando 2023 em 9,2%.

No terceiro trimestre deste ano, a expansão da ocupação ocorreu fundamentalmente via formalidade, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. Houve geração de vagas com carteira assinada no setor privado e abertura de postos de trabalho no setor público.

A taxa de informalidade no trimestre encerrado em setembro foi de 39,4%. No mesmo trimestre de 2021, estava em 40,6%. A queda é um resultado positivo apresentado pela pesquisa de setembro, avaliou o economista Lucas Godói, da GO Associados.

“Historicamente, temos uma informalidade estruturalmente alta e mais um resultado para baixo indica que temos uma tendência de queda bem forte”, considerou Godói.

O setor privado abriu 482 mil vagas com carteira assinada em apenas um trimestre. O setor público absorveu 291 mil trabalhadores, alcançando um recorde de 12,156 milhões de ocupados.

Adriana Beringuy lembra que o setor público vinha de perdas de trabalhadores na área de educação, “bastante afetada durante a pandemia”. Segundo ela, diante de um represamento na demanda, houve recentemente uma recomposição da estrutura necessária para oferecer saúde e educação públicas. No entanto, houve elevação nas contratações também de funcionários para a administração pública em si, além de admissões temporárias de recenseadores pelo IBGE, para atuarem na coleta do Censo Demográfico 2022.

“Então o IBGE está dando sua contribuição no processo de expansão da ocupação”, disse a pesquisadora. “São milhares de pessoas envolvidas (no Censo), mexeu no indicador sim.”

O vínculo que mais cresceu no setor público foi o de trabalho sem carteira assinada, não estatutário, porém formal.

“Ele (recenseador) não é estatutário nem é celetista, ele tem um enquadramento específico, tem lei específica que determina a forma da contratação”, explicou Beringuy.

A geração de vagas por atividades econômicas mostrou 315 mil trabalhadores a mais atuando no setor de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais em apenas um trimestre. O segmento abrange também a educação e saúde privadas.

“O que ajuda bastante no crescimento da formalidade é esse movimento da administração pública, saúde e educação. Tanto a parte pública quanto o setor privado para saúde e educação”, acrescentou.

Segundo Adriana Beringuy, enquanto alguns setores iniciaram antes as contratações depois do choque inicial provocado pela crise sanitária, agora os destaques são os serviços não essenciais e a administração pública, que também recuperam as admissões pós-covid.

Apesar da melhora na qualidade do emprego, ainda havia 39,145 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no trimestre até setembro. Em um trimestre, 142 mil pessoas deixaram de atuar como trabalhadores informais, queda de 0,4% nesse tipo de ocupação, variação considerada estatisticamente não significativa, ou seja, dentro da margem de erro da pesquisa. Em relação a um ano antes, o contingente de trabalhadores informais cresceu 3,8%, 1,436 milhão de pessoas a mais atuando nessa condição.

Massa de renda

Com mais trabalhadores empregados, a massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 24,045 bilhões no período de um ano, para R$ 266,731 bilhões, uma alta de 9,9% no trimestre encerrado em setembro de 2022 ante o trimestre terminado em setembro de 2021. Na comparação com o trimestre terminado em junho, a massa de renda real subiu 4,8% no trimestre terminado em setembro, com R$ 12,194 bilhões a mais.

O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma elevação real de 3,7% na comparação com o trimestre até junho, R$ 97 a mais, para R$ 2.737. Em relação ao trimestre encerrado em setembro do ano passado, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 2,5%, R$ 67 a mais.

Segundo o IBGE, o crescimento do rendimento médio real está relacionado à deflação registrada nos últimos meses, que proporciona ganhos reais. Segundo Adriana Beringuy, o rendimento nominal já vinha crescendo em 2022, enquanto o real registrava queda. Quando houve retração da inflação, houve crescimento no rendimento real.

“A reversão está bastante relacionada à trajetória da inflação. A gente já vinha registrando ganhos no rendimento nominal, mas não em termos reais”, lembrou Beringuy.

A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 3,2% no trimestre terminado em setembro ante o trimestre encerrado em junho, R$ 85 a mais. Já na comparação com o trimestre terminado em setembro de 2021, houve elevação de 11,3% na renda média nominal, R$ 277 a mais.

O cenário de atividade econômica mais aquecida também ajuda, assim como uma composição mais favorável da ocupação no mercado de trabalho, com mais trabalhadores formais.

“Por eu ter na minha base de ocupados menos informalidade e mais formalidade, um aporte maior de carteira no setor privado e trabalhadores do setor público, que, de modo geral, têm rendimentos maiores, associado a uma retração da inflação, então o conjunto desses fatores contribui para esse aumento do rendimento”, explicou Beringuy. / COLABOROU ITALO BERTÃO FILHO

Covid-19: Brasil registra 7,7 mil casos e 197 mortes em 24 horas

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (26) indicam que, em 24 horas, foram registrados 7.751 novos casos e 197 mortes por covid-19 no país. Desde o início da pandemia, o Brasil contabiliza 34.807.075 casos confirmados e 687.907 óbitos pela doença.

Ainda segundo o boletim, 34.034.039 pessoas se recuperaram da infecção (97,8% do total) e 85.129 pacientes estão em acompanhamento.

Estados

O estado de São Paulo lidera o número de casos, com 6,1 milhões, seguido por Minas Gerais (3,8 milhões) e Paraná (2,7 milhões). Já o menor número de casos é registrado no Acre (149,7 mil), seguido de Roraima (175,4 mil) e Amapá (178,3 mil).

Os dados mostram ainda que São Paulo apresenta o maior número de mortes provocadas pela doença (175.479), seguido pelo Rio de Janeiro (75.845) e por Minas Gerais (63.876). Acre (2.029), Amapá (2.164) e Roraima (2.175) registram o menor número de óbitos.

Vacinação

De acordo com o ministério, até o momento, foram aplicadas 487.920.614 doses de vacinas contra a covid-19, sendo 180 milhões com a primeira dose e 162 milhões com a segunda dose. A dose única foi aplicada em mais de 5 milhões de pessoas.

Boletim da covid-19 de 26 de outubro de 2022
Boletim da covid-19 de 26 de outubro de 2022 - Divulgação/Ministério da Saúde

Edição: Maria Claudia / agência brasil

Arrecadação federal é de R$ 166,28 bilhões em setembro

A União arrecadou R$ 166,28 bilhões em impostos em setembro, de acordo com dados divulgados hoje (25) pela Receita Federal. Na comparação com setembro do ano passado, houve um crescimento real de 4,07%, descontada a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O valor é o maior desde 2000, tanto para o mês de setembro quanto para o período acumulado.

No acumulado do ano, a arrecadação alcançou R$ 1,63 trilhão, representando um acréscimo pela inflação de 9,52%. Os dados sobre a arrecadação de setembro estão disponíveis no site da Receita Federal.

Quanto às receitas administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado, em setembro, foi de R$ 159,60 bilhões, representando um acréscimo real de 2,65%, enquanto no período acumulado de janeiro a setembro a arrecadação alcançou R$ 1,53 trilhão, alta real de 7,64%.

A alta pode ser explicada, principalmente, pelo crescimento dos recolhimentos do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incide sobre o lucro das empresas. Segundo a Receita, eles são importantes indicadores da atividade econômica, sobretudo o setor produtivo.

O IRPJ e a CSLL totalizaram uma arrecadação de R$ 28,42 bilhões, com crescimento real de 9,85% em relação ao mesmo mês de 2021. Esse resultado é explicado pelo acréscimo real de 13,28% na arrecadação da estimativa mensal de empresa não financeiras. Na apuração por estimativa mensal, o lucro real será apurado anualmente, sendo que a empresa está obrigada a recolher mensalmente o imposto, calculado sobre uma base estimada.

A Receita observa ainda que houve pagamentos atípicos de IRPJ e CSLL de, aproximadamente, R$ 2 bilhões, por empresas ligadas ao setor de commodities, associadas à mineração e extração e refino de combustíveis.

No acumulado do ano, o IRPJ e a CSLL totalizaram R$ 371,72 bilhões, com crescimento real de 20,48%. Esse desempenho é explicado pelos acréscimos de 82,41% na arrecadação relativa à declaração de ajuste do IRPJ e da CSLL, decorrente de fatos geradores ocorridos ao longo de 2021, e de 19,81% na arrecadação da estimativa mensal.

“Destaca-se crescimento em todas as modalidades de apuração do lucro. Além disso, houve recolhimentos atípicos da ordem de R$ 37 bilhões, especialmente por empresas ligadas à exploração de commodities, no período de janeiro a setembro deste ano, e de R$ 31 bilhões, no mesmo período de 2021”, informou a Receita.

Já as receitas extraordinárias foram compensadas pelas desonerações tributárias. Apenas em setembro, a redução de alíquotas de PIS/Confins sobre combustíveis resultou em uma desoneração de R$ 3,75 bilhões. No ano, chega a R$ 14,60 bilhões. Já a redução de alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados custaram R$ 1,9 bilhão à Receita no mês passado e R$ 11,50 bilhões no acumulado de janeiro a setembro.

“Sem considerar os fatores não recorrentes, haveria um crescimento real de 9,02% na arrecadação do período acumulado e de 6,37% no mês de setembro de 2022”, informou o órgão.

Outros destaques

Outro destaque da arrecadação de setembro foi a Receita Previdenciária, que alcançou R$ 45,77 bilhões, com acréscimo real de 4,84%, em razão do aumento real de 8,50% da massa salarial. No acumulado do ano, o resultado chega a R$ 393,36 bilhões, alta real de 6,19%. Esse último item pode ser explicado pelo aumento real de 6,43% da massa salarial e pelo aumento real de 18,72% na arrecadação da contribuição previdenciária do Simples Nacional de janeiro a setembro deste ano, em relação ao mesmo período de 2021.

Além disso, houve crescimento das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da Lei 13.670/18, que vedou a utilização de créditos tributários para a compensação de débitos de estimativas mensais do IRPJ e da CSLL.

O Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) - Rendimentos de Capital teve arrecadação de R$ 6,73 bilhões no mês passado, com acréscimo real de 86,41%. De janeiro a setembro, o valor chega a R$ 62,58 bilhões, alta real de 62,80%. Os resultados podem ser explicados em razão da alta da taxa Selic, que influenciou os recolhimentos dos rendimentos dos fundos e títulos de renda fixa.

O IRRF - Rendimentos do Trabalho apresentou uma arrecadação de R$ 13,25 bilhões em setembro, crescimento real de 6,71%.

Indicadores macroeconômicos

A Receita Federal apresentou ainda os principais indicadores macroeconômicos que ajudam a explicar o desempenho da arrecadação, tanto no mês quanto no acumulado do ano. Entre eles está a venda de serviços, com crescimento de 8% em agosto (fator gerador da arrecadação de setembro e 8,63% no ano) e a massa salarial, que mantém crescimento significativo de 17,96% no mês (17,91% no ano), em relação ao mesmo mês de 2021.

O valor em dólar das importações também cresceu 24,83% em relação a agosto do ano passado (27,10% no ano).

A produção industrial teve crescimento de 4,11% em agosto, mas apresentou queda de 1,48% no acumulado do ano, comparado ao período de janeiro a agosto de 2021. Já a venda de bens teve queda de 0,70% no mês e 1,16% no ano.

Edição: Fernando Fraga / AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Brasil registra 92 mortes e 9,5 mil casos em 24 horas

As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram mais 9.523 casos de covid-19 em 24 horas em todo o país e confirmaram 92 mortes por complicações associadas à doença. O balanço divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Ministério da Saúde não inclui, porém, dados dos estados de Mato Grosso do Sul e do Ceará. 

Com as novas informações, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia de covid-19 soma 34.793.309.

O número de casos em acompanhamento está em 86.011. O termo é usado para designar casos notificados nos últimos 14 dias em que não houve alta, nem resultaram em óbito.

Com os números de hoje, o total de óbitos alcançou 687.666, desde o início da pandemia. Ainda há 3.190 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a definição da causa da morte ainda demanda exames e procedimentos complementares.

Até agora, 34.019.632 pessoas recuperaram-se da covid-19. O número corresponde a 97,8% dos infectados desde o início da pandemia.

Aos sábados, domingos e segundas-feiras, o número de registros tende a ser menor pela dificuldade de alimentação dos bancos de dados pelas secretarias municipais e estaduais de Saúde. Às terças-feiras, o quantitativo, em geral, é maior pela atualização dos casos acumulados nos fins de semana.

Boletim epidemiológico da covid-19
Boletim epidemiológico da covid-19 - Ministério da Saúde

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (175.434), Rio de Janeiro (75.820), Minas Gerais (63.870), Paraná (45.413) e Rio Grande do Sul (41.178).

Os estados com menos óbitos resultantes da doença são Acre (2.029), Amapá (2.164), Roraima (2.175), Tocantins (4.205) e Sergipe (6.441).

Vacinação

Até esta segunda-feira, o vacinômetro do Ministério da Saúde registra a aplicação de 487.468.284 doses de vacinas contra covid-19 desde o início da campanha de imunização. Deste total, 180,2 milhões foram de primeira dose, 162,6 milhões, de segunda, e 5 milhões, de dose única.

A dose de reforço já foi aplicada em mais de 99,7 milhões de pessoas e a segunda dose extra, ou quarta dose, em pouco mais de 35 milhões. O painel registra ainda 4,8 milhões de doses como "adicionais", que são aquelas aplicadas em quem tinha recebido o imunizante da Janssen, de dose única.

Edição: Nádia Franco / ag~ENCIA BRASIL

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