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Eleições 2022: Bolsonaro e Lula crescem em ritmo parecido nas redes em agosto

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O ESTADÃO

Disputa eleitoral tem número recorde de deputados candidatos à reeleição

Por Daniel Weterman / O ESTADÃO

 

BRASÍLIA - A campanha eleitoral começou oficialmente nesta terça-feira, 16, e 446 deputados federais são candidatos a mais um mandato na Câmara. A tentativa de reeleição é a maior entre todas as eleições desde 1990, conforme levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os números são parciais e podem aumentar, em função do processamento de dados da Justiça Eleitoral, mas as candidaturas registradas até o momento já ultrapassaram os anos anteriores. Até então, a eleição que tinha o maior índice de candidaturas à reeleição era a de 1998, com 443 deputados tentando uma nova vaga. Neste ano, o índice de tentativa de reeleição na Câmara é de 87%.

“Pode significar um Congresso Nacional ‘mais do mesmo’ com esse alto índice candidatos à reeleição nestas eleições”, diz o analista político do Diap Neuriberg Dias. “Com maiores chances de reeleição por estarem em exercício do mandato, esses candidatos são mais favorecidos em relação aos novatos.”

Em 2018, dos 513 deputados federais, 274 foram reeleitos, ou seja, 53% do total da Câmara, de acordo com números do Diap. A expectativa dos próprios parlamentares agora é que a quantidade aumente e afaste o foco de “renovação” observado na última campanha.

O fundo eleitoral, de R$ 5 bilhões, é o maior financiamento público para uma eleição na história e deve privilegiar quem já tem mandato. Os atuais parlamentares também contam com o orçamento secreto, esquema bilionário revelado pelo Estadão para irrigar redutos políticos sem transparência. O governo distribuiu R$ 45 bilhões em emendas secretas nos últimos três anos.

Outra inovação da legislatura atual foi a criação das “emendas PIX”, que enviaram recursos a Estados e municípios sem nenhuma destinação específica. Esse dinheiro chega aos redutos políticos dos parlamentares mais rapidamente, em comparação com outras transferências, e dribla o controle dos órgãos de fiscalização. Foram R$ 5,9 bilhões distribuídos nessa modalidade por indicação de deputados e senadores desde 2020.

Além de remanejar mais recursos, o Congresso atual é o que mais concentrou poderes nas mãos dos presidentes da Câmara e do Senado e o que mais alterou a Constituição, algo sem comparação com outros 11 países democráticos, conforme o Estadão publicou. “Vai ser uma campanha completamente diferente. É cada um por si e Deus por todos. Não recebi emendas extras e elas trazem uma desigualdade total, mas eu já tenho a minha base consolidada, de modo que, com o pouquinho que a gente fez, vai dar certo”, afirma o deputado Mauro Lopes (PP-MG), que tentará o oitavo mandato na Câmara.

O que pode atrapalhar o plano dos deputados federais na campanha são as novas regras eleitorais. Neste ano, não há coligações para as eleições proporcionais e cada partido terá que fazer sozinho a quantidade de votos necessária para eleger representantes, um número calculado em cada Estado conforme os votos válidos e a quantidade de cadeiras. Isso explica, por exemplo, o quadro de ex-governadores e “puxadores” de votos concorrendo a uma vaga na Câmara. “O fundão eleitoral e as emendas são adicionais para a campanha dos atuais parlamentares. Os puxadores estão para garantir os votos necessários. O Congresso fez toda essa operação para garantir a reeleição”, comenta o analista do Diap.

Começa oficialmente a eleição mais importante desde a redemocratização.

Colunista do UOL

15/08/2022 10h04

Começa formalmente nesta terça-feira, dia 16 de agosto, a temporada eleitoral de 2022. Será a eleição mais importante dos últimos 37 anos, desde o início da redemocratização do país. Dessa vez, além da busca de soluções para velhos problemas —miséria, crise econômica, corrupção e tantos outros— o debate envolve o futuro da própria democracia. O país é levado a discutir problemas que imaginava não ter. Por exemplo: a confiabilidade do sistema eleitoral e o comprometimento das Forças Armadas com sua missão constitucional.

Na prática, a campanha começou faz tempo. Mas era chamada hipocritamente de pré-campanha. Agora, os candidatos à Presidência, aos governos estaduais, ao Congresso e às Câmaras Legislativas podem pedir votos abertamente, sem dissimulações. Estão formalmente autorizados comícios, carreatas, motociatas, panfletos, santinhos e vídeos nas redes sociais. A partir do dia 26, vai ao ar a campanha no rádio e na TV.

A disputa presidencial é marcada pela ultrapolarização. Segundo a última pesquisa do Datafolha, quase oito em cada dez eleitores (76%) optam por Lula ( 47%) ou Bolsonaro (29%). A menos de 50 dias para a eleição, candidatos alternativos como Ciro Gomes e Simone Tebet têm pouca margem de manobra.

Lula e Bolsonaro escolheram o Sudeste para o início formal da batalha. Essa região abriga 42,6% dos eleitores do país. Será decisiva para o resultado da disputa. Bolsonaro tenta ressuscitar o antipetismo que o impulsionou em 2018. Lula se esforça para evitar que o rival anule nos maiores colégios eleitorais a vantagem que ele leva nos nove estados do Nordeste.

Lula fará um retorno simbólico às origens, distribuindo panfletos na porta de fábricas do ABC paulista. Bolsonaro irá à cidade mineira de Juiz de Fora, onde recebeu a facada que lhe permite sustentar até hoje o lero-lero místico segundo o qual ocupa o trono como uma missão divina..

Campanha começa; logo mais, pesquisa Ipec; na 5ª, Datafolha; na 6ª, milicos.

Colunista do UOL

15/08/2022 05h24

A campanha eleitoral começa oficialmente amanhã, embora já esteja presente em todo canto. Há muito tempo Jair Bolsonaro, por exemplo, ocupa-se apenas de tentar se manter na cadeira presidencial, seja por meio de eleição, seja por meio do golpe. A semana está pontuada de eventos relevantes.

Nesta segunda, o Ipec — formado por profissionais que pertenceram ao Ibope — divulga a sua pesquisa presidencial, encomendada pela Globo. Também estão previstos levantamentos para os respectivos governos de Rio, Minas, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal.

Os números anteriores do instituto datam de dezembro do ano passado. A realidade política mudou. De lá para cá, pré-candidatos desistiram da postulação. Entre os que pontuavam, então, estavam Sergio Moro (6%), André Janones (2%), João Doria (2%) e Cabo Daciolo (1%).

Em dezembro, Lula (PT) venceria no primeiro turno, com 48% dos votos. Jair Bolsonaro (PL) vinha em segundo lugar, com 21%. Ciro Gomes (PDT) aparecia em quarto, com 5%. A desistência do ex-juiz, como ficou evidente, levou o atual mandatário a mudar de patamar, como revelaram outros institutos, chegando perto dos 30% ou ultrapassando esse limite.

Na quinta, será a vez de um novo Datafolha. Na pesquisa passada, divulgada em 28 de julho, num cenário que que não se repetirá, o petista aparecia com 48%; Bolsonaro, com 29%; Ciro com 8%, e Simone Tebet (MDB) com 1%. Janones (Avante), com 1%, passou a apoiar Lula, e Pablo Marçal (PROS), também com 1%, não será candidato caso prevaleça a decisão da Justiça de manter à frente do partido a atual direção, que declarou apoio ao petista..

As duas pesquisas são presenciais e costumam ser as principais referências dos políticos e dos analistas. Sim, há levantamentos sendo feitos o tempo todo e para todos os gostos. O noticiário está inundado de informações em off — cujas fontes não são reveladas — sobre "trackings" (levantamentos feitos por telefone, mas sem o rigor técnico de uma pesquisa) apontando o encurtamento da diferença entre Lula e Bolsonaro. Os números não são divulgados porque esses procedimentos não são registrados no TSE.

EFEITO DAS PECs ILEGAIS

O que é que ninguém, até agora, sabe ao certo? O efeito das PECs ilegais na decisão do eleitorado. Tanto a do ICMS como a dos benefícios sociais, que apelidei de "Ai, que medo do Lula!", mexem diretamente com o bolso de estratos diferentes do eleitorado -- um deles, o dos mais pobres, bastante refratário ao presidente. A redução do imposto estadual sobre combustíveis baixou sensivelmente o preço ao consumidor, e seu potencial efeito eleitoral se concentra mais na classe média. Caminhoneiros e taxistas serão diretamente impactados por uma das medidas da PEC dos benefícios. E há o pagamento suplementar de R$ 200 do Auxílio Brasil, um recurso que vai para os mais pobres. As medidas, exceção feita à redução dos impostos, têm prazo de validade: até dezembro..

CAMPANHA ELEITORAL

A campanha de rua começa nesta terça. Bolsonaro parou de trabalhar faz tempo -- se é que fez isso algum dia -- e se ocupa exclusivamente de eventos eleitorais, ainda que disfarçados, muitos deles, de cultos religiosos. A máquina do governo se dedica à propaganda do que seria um novo amanhecer econômico, o que é picaretagem.

No dia 26, começa o horário eleitoral no rádio e na televisão. Em 2018, sua interferência foi bastante reduzida. Eram outros tempos. Bolsonaro foi beneficiado pela facada — o que o tirou dos debates e do enfrentamento direito com os adversários — e pelo movimento de ódio à política fermentado pelos quatro anos de Lava Jato, que havia encarcerado Lula. O sistema político também foi surpreendido pela máquina de moer reputações e de fabricar mentiras montada pelo bolsonarismo.

O ódio ao PT e às esquerdas, que continua a ser um dos pilares da campanha de Bolsonaro, já se verificava, claro!, na eleição passada. Mas havia um outro: o combate à corrupção e ao Centrão, que hoje é o esteio da candidatura do "Mito". O país vive sob a égide, agora para valer, do modelo mais corrupto de governança da história, por intermédio do Orçamento Secreto. E o antes demonizado Centrão dá as cartas no governo.

O Bolsonaro anticomunista e antediluviano está aí, como sempre. Aquele que supostamente enfrentaria os corruptos da República perdeu discurso. Vamos ver que tratamento seus adversários darão à questão e como se vai tentar traduzi-la no rádio e na televisão.

Mesmo os benefícios advindos da queda do preço de combustíveis e energia, o que levou a uma deflação, são desigualmente percebidos. O preço dos alimentos, por exemplo, continua a subir. Essa deflação de que o governo tanto se orgulha é, obviamente, artificial e tem peso acentuado para os consumidores de mais alta renda. É um flanco que certamente será explorado pelos adversários do governo..

A MILICADA

Na sexta, no dia seguinte à pesquisa Datafolha, a comissão formada pelos militares dará o seu veredito sobre a fiscalização do código-fonte das urnas eletrônicas. Esse é outro segredo de Polichinelo. Enquanto as ditas-cujas não confessarem o que eles querem ouvir, manterão a sombra da suspeição porque é o que Bolsonaro quer ouvir. Afinal, caso ele seja derrotado, quer manter um pretexto para contestar o resultado. Não lhe bastam as PECs inconstitucionais que lhe permitiram dar o golpe eleitoral. Se não surtirem o efeito desejado, ele pretende flertar com o golpe antieleitoral.

Michelle Bolsonaro tem ‘boom’ de popularidade nas redes e supera presidenciáveis, Lula e Janja

Por Johanns Eller / O GLOBO

Michelle Bolsonaro tem ‘boom’ de popularidade nas redes e supera presidenciáveis, Lula e Janja
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, durante a convenção do PL no Maracanâzinho, no Rio Gabriel de Paiva/O GLOBO
 

A insistência do núcleo político da campanha de Jair Bolsonaro à reeleição em dar protagonismo a Michelle Bolsonaro está se mostrando justificada. A popularidade da primeira-dama explodiu nas redes sociais no último mês, período em que assumiu protagonismo na campanha de reeleição de Jair Bolsonaro.

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Nos últimos 30 dias, Michelle ganhou 160 mil novos seguidores somente no Instagram, indica um levantamento da consultoria Bites obtido pela equipe da coluna. No mesmo período, o interesse por Michelle nas buscas do Google foi 24 vezes maior do que o de Rosângela da Silva, a Janja, esposa do ex-presidente Lula.

Só o crescimento do perfil da primeira-dama no Instagram supera a soma dos novos seguidores dos presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) no mesmo período, e não só no Instagram, mas também no Twitter, YouTube e Facebook. Os dois passaram a ser acompanhados por mais 45 mil e 55 mil usuários

 

em todas as plataformas, respectivamente.

Para Manoel Fernandes, da Bites, o crescimento de Michelle se explica pela linguagem adotada nas suas redes, distante da polarização alimentada por Jair Bolsonaro.

"Michelle tem uma narrativa mais leve do que a que o bolsonarismo costuma usar nas redes sociais. Ela fala de maneira mais acessível e menos agressiva do que o próprio marido e se mantém longe da polarização, não entra em discussões contra o sistema e as instituições", afirma Fernandes.

Michelle, que não está presente no Twitter e no Facebook, agora tem 3,3 milhões de seguidores apenas no Instagram. Ciro Gomes tem 1,2 milhão de seguidores na mesma rede, e Simone Tebet tem 190 mil.

 

Só na comparação do desempenho em buscas no Google, a primeira-dama não alcança Simone e Ciro. O interesse nas buscas pelo seu nome foi 1,5 vezes menor do que o de Simone e 2,7 vezes menor do que o de Ciro.

Já no âmbito das interações - ou seja, curtida, comentários e compartilhamentos nas plataformas -, Michelle ficou até mesmo à frente de Lula: a primeira-dama somou 88 mil, quase o dobro de Lula (46 mil) e pouco atrás do marido, com 118 mil.

No relatório elaborado para clientes da Bites, a consultora diz que esses números reforçam que Michelle é “um dos principais ativos digitais” de Bolsonaro na corrida eleitoral. O núcleo político da campanha à reeleição do presidente aposta em Michelle para pavimentar a aproximação de Bolsonaro com as mulheres e o eleitorado evangélico e a convenceu a gravar inserções de TV e a participar de eventos ao lado do marido.

As redes sociais não estão dissociadas dessa estratégia: mais da metade (55%) dos 160 milhões de usuários da internet no Brasil são mulheres.

No período em que amealhou novos seguidores, Michelle enfatizou atos de governo do marido voltados para as mulheres, à comunidade cristã, e à saúde, como a aprovação do piso salarial da enfermagem. O vídeo de seu discurso na convenção que lançou Bolsonaro como candidato à reeleição, no último dia 24, acumula quase 1 milhão de visualizações.

A primeira-dama também falou de temas como o lançamento do programa Caixa para Elas, da Caixa Econômica Federal, a autorização da realização de empréstimos e consignado para beneficiários do Auxílio Brasil por Bolsonaro e até mesmo eventos ligados ao agronegócio.

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