Na Copa, presidenciáveis são estraga-prazeres
Começou a Copa do Mundo. Nas próximas semanas, a plateia, que já olha com má vontade para a política, tende a desligar a realidade da tomada. Enquanto a seleção brasileira estiver na disputa, Lula, Bolsonaro, Marina, Ciro e Alckmin farão parte de um time de estraga-prazeres. O recesso compulsório é uma oportunidade para que os candidatos reflitam sobre sua incapacidade de oferecer esperança aos brasileiros que planejam jogar o voto no lixo em outubro: 34% do eleitorado, segundo o Datafolha.
FHC: Bolsonaro é autoritário e Ciro Gomes, imprevisível e errático
Em entrevista exclusiva à ISTOÉ, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse considerar um atraso para o desenvolvimento do País a polarização entre Jair Bolsonaro, que para ele representará a volta do autoritarismo, e Ciro Gomes, considerado como “imprevisível” por não ser possível caracterizá-lo nem como direita nem como esquerda. Por isso, o ex-presidente, que nesta segunda-feira 18 completa 87 anos, defende com vigor a união dos sete candidatos do centro em torno de uma única candidatura que, necessariamente, não precisa ser a do PSDB. “Eu não posso dizer: só caso se for com a Maria”. FH afirma que até às convenções a negociação em busca da unidade será importante para a consolidação de um “projeto progressista e democrático”. Alegou estar convencido, porém, que Geraldo Alckmin é o melhor candidato e que o PSDB “não tem plano B”.
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uso da maconha”
Na história recente do País, o remédio mais eficaz contra as crises econômicas não foi encontrado nas prateleiras das farmácias, mas nas gôndolas da família Campos Meirelles, natural de Anápolis (GO). Atende pelo nome de Henrique Meirelles e não há genéricos capazes de substituí-lo à altura. Exagero ou não, é dessa maneira que o ex-presidente do Banco Central do governo Lula e ex-ministro da Fazenda de Michel Temer pretende se apresentar na campanha eleitoral.
A exterminação do social
*PAULO DELGADO, O Estado de S.Paulo
13 Junho 2018 | 03h00
O Brasil não é uma cômoda em que candidatos a presidente possam encher ou esvaziar suas gavetas. Basta alguém se achar importante que se autoriza a incomodar e ficar livre para trair o primeiro que nele confiar. Triste tempo em que as piores qualidades é que fazem alguém falado.
Há uma sobra de notícias que circula para um canto da sociedade onde a energia social é considerada baixa e pode ser tratada como resíduo. Bolsões frios se destacam no clima geral dos deserdados que julgam a democracia um resto. A gestão periódica desses resíduos é o que se costuma chamar campanha eleitoral.