Campanha de Geraldo Alckmin é a famosa casa em que falta pão
Vera Magalhães, O Estado de S.Paulo
23 Agosto 2018 | 21h58
Em casa onde falta pão, todo mundo grita e ninguém tem razão. Não raro, esse dito popular, tão gasto quanto verdadeiro, assola alguma campanha eleitoral. Quando acontece, o pão em falta se chama votos. A casa da vez é o QG de Geraldo Alckmin.
O tucano apostou tudo numa grande coligação que lhe daria muito tempo de TV e capilaridade nos Estados. Obteve. De posse de quase metade do tempo de TV e ainda patinando nas pesquisas – o que era previsto; sua aposta é crescer depois do início do horário eleitoral – começam as divergências de como usar essa arma.
Apoiadores de Alckmin se dividem entre os que acham que ele deveria ser mais incisivo em confrontar Jair Bolsonaro e se apresentar como anti-Lula – posto hoje ocupado pelo candidato do PSL – e os que afirmam que ele tem de insistir no discurso de conciliação, para se beneficiar dos votos de qualquer um dos dois lados caso vá ao 2.º turno com o outro.
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TSE apresenta previsão do tempo de propaganda no rádio e na TV para cada candidato à Presidência
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou nesta quinta-feira (23) o tempo previsto para a propaganda no rádio e na televisão de cada um dos 13 candidatos à Presidência da República, para a campanha do primeiro turno das eleições deste ano.
O horário eleitoral na TV começa no dia 31, mas os programas dos presidenciáveis começam a ir ao ar em 1º de setembro, até 4 de outubro.
Os programas dos candidatos a presidente serão veiculados aos sábados, terças e quintas-feiras, em dois blocos diários de 12 minutos e 30 segundos. No rádio, haverá um bloco às 7h da manhã e outro às 12h. Na TV, o primeiro bloco será veiculado às 13h e o segundo às 20h30.
PT perde primeiro pedido de resposta contra Alckmin
Sonia Racy / O ESTADO DE SP
23 Agosto 2018 | 16h22
O PT perdeu na quarta-feira, no TSE, o primeiro pedido de resposta que fez contra o candidato tucano à presidência, Geraldo Alckmin.
O partido, sem representante no debate da RedeTV!, no dia 17, não gostou de declarações feitas pelo ex-governador paulista, no qual ele responsabilizou os petistas pelo “descontrole das contas públicas” e disse que gestões petistas no Planalto geraram “treze milhões de desempregados”, além de ter criado a necessidade de se aprovar a “PEC do Teto”.
A representação foi movida contra o candidato tucano e contra a RedeTV!. Ambos argumentaram que as declarações feitas durante o debate não ultrapassaram os limites da liberdade de expressão.
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Mistificação
O Estado de S.Paulo
23 Agosto 2018 | 03h00
O jornal britânico Financial Times publicou no dia 21 um artigo de Fernando Henrique Cardoso no qual o ex-presidente critica duramente seu sucessor, Lula da Silva, por enxovalhar a imagem do Brasil no exterior – a mais recente estocada foi um artigo, publicado pelo New York Times, em que o petista diz, entre outras barbaridades, que sua prisão “foi a última fase de um golpe em câmera lenta destinado a marginalizar permanentemente as forças progressistas no Brasil”.
Em resposta a essa patacoada, FHC escreveu que “a maneira que Lula da Silva escolheu para se defender perante o mundo (...) tem de ser contestada”, pois “sua versão da história recente do Brasil guarda escassa relação com a realidade”. Diz também que “o ex-presidente retrata o Brasil como uma democracia em ruínas, na qual o Estado de Direito deu lugar a medidas arbitrárias destinadas a enfraquecê-lo e a seu partido”, o que “não é verdade”.