A Val de Flávio Dino
Com um discurso centrado no combate à corrupção e privilégios, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, vem cortando um dobrado para explicar por que tinha uma funcionária em seu gabinete, Walderice Santos da Conceição, que vende açaí na Vila de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ), na hora do expediente — popularmente conhecida como Wal do Açaí.
No Maranhão, ISTOÉ localizou outra Val, que deverá dar dor de cabeça a outro candidato, o governador Flávio Dino (PCdoB), aspirante à reeleição. Valquíria dos Santos é personagem de uma representação contra Dino que tramita na Procuradoria Geral da República (PGR). De acordo com a denúncia, Dino teria utilizado uma empresa de fachada para dissimular a destinação de R$ 1,3 milhão recebidos na sua campanha para governador em 2014.
As notas fiscais para justificar o pagamento foram emitidas por uma produtora de vídeo que funcionaria num modesto sobrado de um bairro da periferia de São Luís. No local, não funciona nem nunca funcionou produtora de vídeo. O que lá existe é uma pequena quitanda, que vende alimentos e onde, à noite, Valquíria, a Val de Flávio Dino, vende mingau de milho. De dia, comercializa picolés.
Alckmin visita Nordeste pela primeira vez e tem teste no "quintal" de Lula
A primeira agenda de Geraldo Alckmin no Nordeste foi em Pernambuco, terra de Lula (PT) e onde possui 3% das intenções de voto, segundo pesquisa JC/Ibope/Rede Globo divulgada no último dia 21. Para não correr riscos no primeiro teste de popularidade, nada de ousadia. O tucano foi a Petrolina, no Sertão, recebido pelo grupo político que administra a cidade, liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB). Visitou fábrica de processamento de frutas da região, conferiu plantação de uvas, foi à beira do rio São Francisco e se reuniu com empresários locais.
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Bolsonaro defende uso de força para impedir ocupações
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO — O candidato Jair Bolsonaro (PSL) defendeu na manhã desta sexta-feira, em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, que os donos de terras usem a força para impedir tentativas de ocupações em suas propriedades e não sejam processados por isso. O presidenciável afirmou que a sua proposta de excludente de ilicitude para policiais, popularmente conhecida como "licença para matar em serviço", seja ampliada para os produtores rurais.
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Traições agravam a anemia eleitoral de Alckmin
Já debilitada pela pulverização eleitoral, a candidatura de Geraldo Alckmin enfrenta uma das moléstias mais antigas e insidiosas da política: a traição. A fuga de supostos aliados agrava o quadro de anemia que mantém Alckmin na exasperante zona de um dígito no termômetro das pesquisas.
Oportunista, a traição instala-se de mansinho. Quando a vítima cai em si, há feridas abertas em toda parte. Num único dia, quinta-feira (23), Alckmin sentiu a ponta do punhal espetar-lhe as costas um par de vezes.
Na cidade paulista de Glicério, o prefeito tucano Ildo de Souza, o Ildo Gaúcho, subiu no palanque de Jair Bolsonaro, um filho da terra. Eleito em 2016 com o apoio de Alckmin, o alcaide agora espinafra o ex-aliado.
Ildo Gaúcho ataca Alckmin por ter encostado sua candidatura nos partidos tóxicos do centrão. O jornal Valor registrou sua fala: “Cada um faz suas escolhas e coligações, mas depois colhe os votos do que plantou”, disse, em meio a elogios a Bolsonaro.
Como o PT sobrevive
Em sua coluna na revista Época desta semana, Helio Gurovitz cita o livro Partisans, antipartisans, and nonpartisans (Partidários, antipartidários e não partidários), de David Samuels e Cesar Zucco, para entender a força que o PT mantém no Brasil, mesmo após o mensalão, o petrolão e o impeachment.