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Romeu Aldigueri define aliança de Ciro com bolsonaristas como 'colcha de retalhos' e 'pseudounião'

Liderança no bloco governista cearense, o deputado estadual Romeu Aldigueri (PSB), presidente da Assembleia Legislativa (Alece), minimiza a articulação da oposição para as eleições de 2026, com a adesão de nomes como o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Para ele, a aliança entre figuras de posições tão historicamente distintas no campo ideológico mostra que o grupo adversário tenta se fortalecer por meio de uma "colcha de grandes retalhos", que não passa de uma "pseudounião". 

A declaração foi dada nessa quinta-feira (11) à Live PontoPoder. "Como Ciro Gomes vai se unir com a extrema-direita e bolsonaristas? Ele passou a vida toda atacando (esses grupos), dizendo-se progressista. Como André Fernandes (PL), que teoricamente é o grande líder da oposição, que nos faz combate, que praticamente empatou a eleição em Fortaleza, vai se unir com o que ele dizia que era reacionário? E o que ele ganha verdadeiramente com isso? Ele vai perder o protagonismo de oposição?", avaliou Romeu.

"Ao nível nacional, o PL precisa de uma candidatura presidencial. Como ele (André Fernandes) vai se unir? Vai deixar de ter uma candidatura a governador no Ceará e, assim, perder a oportunidade de fazer mais deputados federais? Porque se for se unir com esse campo do Roberto Cláudio e do Ciro, eles vão perder a quantidade de deputados. Então você acredita (na União)? Eu não, porque não faz sentido, não é programática, não pensa no estado do Ceará, e para a extrema-direita e para a direita, ela não é benéfica do ponto de vista eleitoral", complementou o deputado.

Aliança na base

Na mesma ocasião, Aldigueri afirmou que o senador Cid Gomes (PSB) não impõe restrições a possíveis alianças para a disputa estadual de 2026. O deputado negou que Cid tenha vetos até mesmo ao nome do deputado federal Moses Rodrigues (União Brasil), de quem é adversário histórico em Sobral, seu berço político.

Moses passou a ter o nome ventilado como candidato ao Senado pelo Ceará em meio a uma estratégia do grupo governista para atrair o União Brasil para a base. 

“Não há veto nenhum, o senador Cid Gomes não veta absolutamente ninguém. Muito pelo contrário, ele já disse na reunião da bancada que não há veto a absolutamente ninguém. O que ele quer é que todos os partidos sentem à mesa e construam uma chapa coletiva, majoritária, vitoriosa, para continuar o crescimento do Ceará”, disse Aldigueri durante entrevista ao PontoPoder.

Questionado sobre a histórica disputa entre Moses e seu pai, o atual prefeito de Sobral, Oscar Rodrigues (União), com o grupo liderado pelos Ferreira Gomes — atualmente, rompido — Aldigueri ressaltou que há uma clara separação entre disputas locais e o projeto estadual. 

“Temos a maturidade cívica para diferenciar isso (...) Uma coisa é eleição municipal, localizada, outra coisa é eleição estadual, onde nosso adversário é a extrema-direita”, afirmou.

 

Escrito por
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 / DIARIONORDESTE

ROMEU ALDIGUERI

 

CNT/MDA: Lula tem avaliação positiva de 31% e negativa de 40% e lidera cenários para 2026

Cristiane Gercina / FOLHA DE SP

 

O presidente Lula (PT) tem avaliação positiva de 31% e negativa de 40%, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (8). Em junho, a avaliação positiva estava em 29%. A avaliação negativa se manteve com 40%.

O levantamento ouviu 2.002 pessoas entre os dias 3 e 6 de setembro, em 140 municípios de todos os estados, incluindo o Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais e para menos.

A aprovação da atuação pessoal do presidente ficou em 44%, e 49,3% desaprovam suas atitudes. Na pesquisa de junho, Lula estava com 41% de aprovação neste quesito. A desaprovação na mesma seara foi de 53% em junho para 49,3% neste mês. Em fevereiro, estava em 55%.

A aprovação de Lula é maior entre mulheres, pessoas mais velhas, com menor renda e católicos.

O presidente Lula lidera as intenções de voto no primeiro turno e venceria candidatos em seis cenários diferentes de segundo turno. A pesquisa aponta empate técnico em apenas um deles, com Ciro Gomes (PDT.).

Caso as eleições fossem hoje, Lula lidera o primeiro turno com 36,2%, Bolsonaro tem 29,7% e Ciro ficaria em terceiro lugar, com 9,6%.

Em cenário com o governador de São PauloTarcísio de Freitas (Republicanos), e sem Bolsonaro, Tarcísio tem 17,1% das intenções de voto e seria o segundo colocado no primeiro turno. Neste caso, Lula lideraria com 35,8%.

Na resposta espontânea, quando o eleitor diz o nome que lhe vem à cabeça, Lula lidera com 27,5%. Em segundo lugar vem Bolsonaro, com 21,1%. Na versão da pesquisa de junho de 2025, o atual presidente tinha 23% de intenções de voto, e Bolsonaro, 21%. Tarcísio aparece com 2,2% de intenção de votos na espontânea.

Segundo turno

O atual presidente venceria o segundo turno das eleições em seis cenários diferentes se a escolha fosse hoje. Em um deles, no entanto, teria empate técnico com Ciro Gomes (39,4% X 36%).

Lula ganharia de Bolsonaro por 45,7% a 37,7%, respectivamente, de Tarcísio (43,9% X 37,6%), Romeu Zema (45% X 30,7%), Ratinho Junior (43,4% X 36,7%) e Ronaldo Caiado (44,8% X 30,4%).

Esta é a primeira vez que o presidente Lula passa o ex-presidente Jair Bolsonaro na comparação com as duas últimas edições da pesquisa.

Lula também se sai melhor do que Bolsonaro quando a pergunta é em qual candidato não votaria de jeito nenhum. Do total, 50% disseram não votar em Lula e 58% disseram que não dariam voto a Jair Bolsonaro. Tarcísio de Freitas ficou com 47%.

Rejeição espontânea para presidente mostra Lula e Bolsonaro empatados: Lula com 40,2% e Bolsonaro com 40,1%. Tarcísio é rejeitado por 2,2% e a menor rejeição é de Eduardo Bolsonaro, com 1,1%. Não sabe/não responderam somam 11,7%.

Julgamento de Jair Bolsonaro

Segundo a pesquisa, 36% consideram que o 8 de Janeiro foi uma tentativa de golpe de estado, 29,5% acham que foi um protesto que saiu do controle, e 20% consideram que foram atos de vandalismo de forma isolada.

Sobre o desfecho de julgamento da trama golpista, que recomeça nesta terça-feira (9), 38,2% consideram que Bolsonaro vai ser condenado e que isso é o justo; 19,4% acreditam que ele vai ser condenado injustamente; 17,5% dizem que ele será absolvido e consideram isso justo; e 11,4% acham que ele será absolvido injustamente.

Agrupados, 58% acreditam que ele vai ser condenado e 29% acreditam que ele vai ser absolvido.

Em relação à Justiça, 49,6% acreditam que o correto é Bolsonaro ser condenado e 36,9% acreditam que o correto é Jair Bolsonaro ser absolvido. Do total, 32,2% acreditam que ele deve cumprir a pena em casa, e 31%, em penitenciária. Após eventual condenação, 39,4% acreditam que vai aumentar ainda mais polarização no país.

Membros do PDT apostam que impasse sobre permanência de Ciro no partido vai até 2026

Escrito por Inácio Aguiar / DIARIONORDESTE
Nos bastidores do PDT cearense, há uma dúvida incômoda que trava movimentos políticos e impede definições para 2026: afinal, Ciro Gomes vai ou não deixar o partido? A pergunta, feita com frequência na legenda, reflete um momento de transição e incerteza para o grupo político que dominou o cenário local por quase duas décadas e tenta agora uma reestruturação. 
 
Em conversas reservadas com a coluna, parlamentares confirmam esse ambiente de indefinição. Após a eleição municipal de 2024, parte significativa da sigla aderiu informalmente ao projeto do PT no Ceará. Atualmente, o apoio a Evandro Leitão, em Fortaleza, já é formal, mas a adesão ao governo Elmano ainda esbarra na postura considerada ambígua de Ciro Gomes. 
 

Segundo apurou esta Coluna, Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, afirmou aos correligionários no Estado que, em conversa recente com Ciro Gomes, ouviu do ex-ministro que ele não pretende sair do partido nem disputar qualquer cargo em 2026.  

A declaração, porém, não convenceu os aliados cearenses. Nos bastidores, a avaliação é de que Ciro age como quem já está fora da sigla, ainda que, formalmente, permaneça filiado.

Jogo travado até a janela partidária 

Vereadores pedetistas acreditam que o impasse deve se arrastar até março de 2026, prazo da chamada janela partidária.  

A permanência de Ciro no PDT, até lá, seria uma estratégia para frustrar o desejo de muitos aliados que gostariam de aderir formalmente ao governo Elmano de Freitas (PT). 

O impasse afeta diretamente a reorganização política que o grupo comandado por André Figueiredo, presidente Estadual, e Iraguassu Filho, que comanda a legenda na Capital, pretendem acelerar. A presença de Ciro freia as negociações com o PT e a atração de novos nomes para a legenda em 2026. 

PT observa de perto e trata o assunto nos bastidores 

Enquanto o PDT vive o impasse, o PT e o grupo governista cearense observa o cenário. Dirigentes do grupo esperam uma definição mais clara de Ciro para sacramentar uma aproximação formal com o grupo majoritário do PDT.  

Enquanto isso, já tratam da possível ida de novas lideranças para a legenda. 

PDT Bancada

 

Tasso Jereissati reúne oposicionistas de Fortaleza e discute cenário de 2026

Escrito por Bruno Leite / DIARIONORDESTE
 
 

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) reuniu representantes do bloco de oposição ao governador Elmano de Freitas (PT) e ao prefeito Evandro Leitão (PT) com base eleitoral em Fortaleza, na última sexta-feira (29). O encontro ocorreu em seu gabinete e, segundo alguns dos presentes, teve como pauta a conjuntura política visando a Eleição de 2026.

Nos registros, divulgados somente nessa segunda-feira (1º), aparecem, numa mesa junto ao líder tucano, o deputado estadual Pedro Gomes (Avante) e os vereadores fortalezenses Inspetor Alberto (PL), Marcelo Mendes (PL), Priscila Costa (PL), Jorge Pinheiro (PSDB) e PP Cell (PDT).

Nessa segunda, ao PontoPoder, Inspetor Alberto afirmou que, apesar de ter ocorrido na última semana, “o grupo só decidiu para divulgar hoje”. Segundo o político, o encontro rendeu “muito assunto” e “foi das 17h às 20h30”, tendo como foco questões “sobre o governo” e o pleito que se aproxima.

Para Priscila Costa, líder da oposição na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), a reunião “demonstra o reconhecimento que o ex-governador tem que a oposição municipal de Fortaleza tem um protagonismo definidor para o futuro da cidade e do estado”.

“Nossa oposição é multipartidária e reconhecemos a importância do diálogo e da relevância que é ouvir e caminhar perto de pessoas com o nível de experiência e conhecimento sobre o estado que é o ex-senador Tasso Jereissati”, afirmou Costa.

Aliança e disputa pelo Governo do Estado

Marcelo Mendes, por sua vez, disse que ele e os colegas foram procurar Tasso porque estão “articulando e trabalhando essa união”. “Queremos que essas forças todas estejam reunidas”, comentou o parlamentar, se referindo a uma composição de siglas do centro, da centro-direita e direita.

Mendes reforçou que o rol de temas discutidos foi amplo: “Tratamos de tudo, desde o impacto das sanções do Governo Trump na política e economia brasileira, tratamos da política nacional e depois viemos para a eleição no Ceará”.

“Ficou certo que marcharemos, que torna energia será dedicada a marcharmos juntos”, desenvolveu, revelando uma “natural atenção” ao nome do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) para o Palácio da Abolição.

Especialmente sobre a participação de Ciro na eleição para o Governo do Estado, o deputado estadual em exercício Pedro Gomes também enfatizou o nome do membro do clã Ferreira Gomes.

“O que a gente tem visto é o nome do Ciro Gomes crescido em termos de adesão, tanto na população como com lideranças políticas. É quem acabará sendo um dos mais cotados para essa candidatura ao nível estadual”, citou.

Quanto a formação de um projeto político comum entre as siglas que demarcam oposição, o parlamentar mencionou que é “bem provável que exista uma união entre os partidos”. “Isso foi posto na mesa, com o objetivo comum de derrotar o PT em 2026. Há mais convergências do que divergências [no grupo de oposição]”, classificou.

Jorge Pinheiro considerou o momento como “excelente”. “Conversamos sobre os diversos cenários políticos do ano que vem e sobre os próximos movimentos que iremos tomar juntos. Falamos sobre os possíveis nomes para 2026, entre eles o nome de Ciro Gomes e do Roberto Cláudio foram pautados como excelentes opções”, admitiu. 

Ele ponderou: “Não tratamos da filiação do Ciro Gomes ao PSDB ou outro partido, pois o Ciro não estava presente”. “Esperamos contar com PSDB, PL, União, Progressistas e outros partidos e políticos que também vêm conversando regularmente”, finalizou.

Ciro em 2026 foi tema destacado

Interlocutores ligados aos envolvidos no encontro político informaram ao Diário do Nordeste que a eventual candidatura de Ciro foi um dos temas de maior atenção na reunião. O lançamento dele estaria condicionada à sua filiação a um dos partidos do bloco oposicionista e o desdobramento de alianças com o União Brasil e o Progressistas.

“Ciro está na dependência do PSDB e a oficialização da federação do União com o PP”, descreveu uma fonte, que também falou sobre a possibilidade do Partido Liberal, que passará a ser liderado pelo deputado federal André Fernandes (PL) a partir de setembro, compor uma frente de oposição no Ceará.

Outra fonte alegou que o postulante será Ciro e que isso tem sido considerado pelo PSDB como algo concreto. A decisão, pelo que argumentou o interlocutor, teria até mesmo o apoio do ex-prefeito Roberto Cláudio (sem partido), prestes a se filiar ao União.

União e Progressitas formalizaram, no mês passado, uma federação. As siglas, entretanto, ainda negociam a saída da base do Governo Lula nacionalmente e a definição sobre apoios nos estados. No Ceará, por exemplo, o Progressistas ocupa cargos no Governo Elmano e apoia a gestão em votações na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).

Já a oficialização de Ciro em um dos partidos de oposição é dada como certa no Partido da Social Democracia Brasileira — o que seria um retorno, uma vez que ele esteve na legenda entre 1990 e 1997 — e envolveria justamente a sua participação como postulante ao cargo de governador do Ceará.

A reportagem acionou todos os que participaram da reunião, incluindo o ex-senador Tasso Jereissati (por meio da sua assessoria de imprensa), não houve outras respostas até a publicação desta matéria. O conteúdo será atualizado caso haja alguma nova devolutiva.

 

Tasso e oposicionistas 1

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Os riscos previsíveis da politização do IR

Reformar o Imposto de Renda é tarefa das mais delicadas politicamente. Trata-se de um tributo de custo evidente para cada contribuinte, à diferença dos incidentes sobre o consumo e incorporados aos preços de bens e serviços. Assim, qualquer aumento de cobrança gera reação imediata, ainda mais quando afeta setores influentes.

Não por acaso, o governo Luiz Inácio Lula da Silva, de base frágil no Congresso Nacional, abandonou os planos iniciais de uma reforma ampla e ambiciosa do IR —tarefa que o petista não levou adiante nem quando desfrutava de grande popularidade e apoio partidário em seus dois primeiros mandatos. Em vez disso, optou por um atalho, ainda assim arriscado.

Em busca de índices maiores de aprovação, Lula seguiu uma promessa eleitoral reciclada da campanha do adversário Jair Bolsonaro (PL) e propôs a isenção do imposto para rendimentos até R$ 5.000 por mês. Para evitar a perda de receita, previu-se uma cobrança mínima sobre ganhos a partir de R$ 50 mil mensais.

O projeto tem méritos ao mirar a progressividade dos impostos, onerando os mais ricos e beneficiando estratos que, embora não possam ser considerados pobres, não estão no topo da pirâmide social. A administração petista, no entanto, não faz segredo de que essa é também, ou sobretudo, uma aposta político-eleitoral.

Não surpreende, portanto, que haja má vontade da oposição e de boa parte do centrão com o texto —por mais difícil que seja rejeitar uma medida de claro apelo popular. Como era de esperar, a tramitação corre o risco de ser contaminada por demagogia e irresponsabilidade orçamentária.

Basta o exemplo do líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), que candidamente defende estender a isenção do IR para rendimentos até R$ 10 mil e acabar com a tributação compensatória sobre os mais ricos. A primeira parte do plano visa rebater a acusação de ser contra a benesse do projeto; a segunda atende a interesses de alcance suprapartidário.

Desnecessário dizer que alterações no texto nesse sentido seriam nefastas para o Tesouro e, em consequência, para a economia do país. Calcula-se que o alívio tributário vá custar em torno de R$ 30 bilhões no próximo ano. O que não for coberto pela receita adicional será somado ao déficit federal, projetado em R$ 23 bilhões na proposta de Orçamento divulgada na sexta (29).

A esta altura, a politização do tema parece irreversível. Resta esperar que o impacto fiscal não seja desastroso —e que se possa fazer uma reforma mais criteriosa do IR no próximo governo.

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