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Eleição de 2026, uma repetição da de 2022? Ou seremos devorados

Merval Pereira / o globo
 
 
A disputa pela presidência da República no ano que vem será uma repetição da de 2022, em que esquerda e direita bateram-se centímetro a centímetro para ganhar espaço na vontade do eleitor? Creio que sim, mas de uma maneira que favorece mais Lula do que o candidato de direita, seja ele quem for, mesmo que fosse Bolsonaro. A diferença mínima a favor de Lula deveu-se a uma boa campanha propagandística em torno de um governo de coalizão nacional, que acabou não acontecendo, mas que facilitou aos eleitores de centro tomar uma decisão que sempre lhes foi difícil, votar no PT.
 

Muitos votaram pela primeira vez no partido, para derrotar Bolsonaro e sua clara tendência a um golpe antidemocrático. Mesmo os que viam no PT o perigo de um governo autoritário de esquerda encontraram na proposta de um governo de união, com Geraldo Alckmin na vice-presidência e Simone Tebet no ministério uma razão para aceitar o risco de ter o PT de volta ao poder. Muitos, provavelmente a maioria, está arrependida agora, não pela derrota de Bolsonaro, que era o objetivo prioritário, mas pelo governo de coalizão nacional que não deu as caras.

 

Com o Congresso pendendo largamente para a direita, porém, não houve risco de golpe de estado, como ficou claro que houvera no governo anterior. É preciso levar em conta, porém, que Bolsonaro usou os poderes que tinha à mão como incumbente, e mais outros, ilegais, para forjar uma disputa acirrada na reta final, e perdeu por muito pouco. O problema é que também o PT sabe usar as vantagens presidenciais a seu favor e, como já disse a ex-presidente Dilma Rousseff, “faz o diabo” para ganhar a eleição, assim como Bolsonaro fez quando pôde, saindo até das quatro linhas da Constituição.

 

Estão todos condenados ou a caminho de ser, tanto que abusaram de seus poderes para se manter no governo. Se imaginarmos que o bolsonarismo, com um Congresso a favor, provavelmente reforçado nas eleições, terá espaço para tentar novamente um golpe de Estado, é preciso ter muita confiança no candidato da direita que se apresentar para disputar com Lula para não temer um desastre maior.

 

É verdade que a maioria do Congresso, formada pelo Centrão e partidos de centro-direita e outros moderados, não é compatível com uma ditadura, no mínimo porque não terá papel relevante num governo desse tipo. Para piorar, o ambiente político internacional, com Trump nos Estados Unidos, favorece governos autoritários, ao contrário do que acontecia no tempo de Joe Biden, que foi fundamental para a mensagem de que a maior democracia ocidental não aceitaria um golpe de Estado. Hoje, nem mesmo seria considerado um golpe, pois foi o mesmo que Trump tentou fazer em seu país, alegando, como aqui, que a eleição fora forjada.

 

No frigir dos ovos, como dizia minha mãe, ou “at the end of the day”, como dizem os economistas hoje, temos nós, eleitores, diante de nós a mesma decisão que tivemos em 2022, com algumas diferenças contra o bolsonarismo. Não terá um representante liberal como foi Paulo Guedes como superministro, nem Sérgio Moro, quando ainda se acreditava que o governo combateria a corrupção. Terá, ao que tudo indica, um Bolsonaro na vice, com Flávio Bolsonaro, abrindo vaga para Guedes disputar uma das vagas para o Senado.

 

Entre os governadores de direita candidatos à presidência, não há golpistas, mas há simpatizantes do bolsonarismo que tendem a usar o poder para beneficiar os golpistas, inclusive o próprio Bolsonaro. O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, o favorito entre eles simplesmente por ser o bom gestor do maior estado brasileiro, tem se jogado com tanto prazer nos braços de Bolsonaro que não deixa claro para os eleitores se é irmão siamês ou simplesmente faz um jogo de aproximação para ser o escolhido. Temos um ano para desvendar esse enigma, à direita e à esquerda, ou seremos devorados.

 

Com fundo eleitoral, Congresso mata defesa do ajuste fiscal

EDITORIAL DA FOLHA DE SP

Posar de arauto da contenção de gastos e do enxugamento da máquina pública é atividade a que se dedicam diversos deputados e senadores. Cortar despesas na prática, porém, é bem mais raro no Congresso Nacional —sobretudo quando estão em discussão verbas que beneficiam os próprios parlamentares.

O debate sobre o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o popular fundo eleitoral, constitui exemplo recente e explícito dessa hipocrisia incrustada no Legislativo. Nesse caso, os congressistas não conjugam nenhum sinônimo de "reduzir"; em vez disso, aplicam apenas variações do verbo "suplementar".

Foi com esse espírito que analisaram a rubrica do fundo eleitoral na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem. Pela proposta do governo federal, o valor reservado seria de R$ 1,13 bilhão. Líderes da Comissão Mista de Orçamento do Congresso (CMO), contudo, acharam pouco e julgaram apropriado elevar a cifra para pelo menos 4,9 bilhões.

O montante devidamente turbinado foi aprovado em votação simbólica dentro de um colegiado presidido pelo senador Efraim Filho (União Brasil-PB), que, no começo do ano, fez defesa enfática da tesourada nas despesas.

"Temos a responsabilidade de saber escolher bem e entender que a palavra da moda no Brasil, que é o equilíbrio fiscal, deve ser a premissa na discussão dessa comissão, para evitar qualquer sentimento de gastança desenfreada que causa impacto na sociedade", afirmou ao assumir a presidência da CMO.

Não fez por menos o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Em junho, em meio à queda de braço do IOF, o deputado sustentou que o governo Lula (PT) precisava fazer o dever de casa e cortar gastos, em vez de buscar o equilíbrio fiscal somente pelo aumento das receitas.

Se ambos acertam no diagnóstico, erram ao compactuar com a suplementação do fundo eleitoral ou com os valores ainda mais aviltantes das emendas parlamentares. São mais de R$ 50 bilhões em despesas obrigatórias, que os congressistas gostariam de gastar sem respeitar rudimentos da administração pública.

Com efeito, foi necessária a intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF) para que se tomassem providências básicas de eficiência e transparência, como a vinculação das verbas a um plano de trabalho que informe os detalhes da execução pelas prefeituras e governos estaduais.

Se os congressistas de fato propugnam a melhoria da qualidade do gasto, deveriam ser os primeiros a incrementar os mecanismos de controle, tanto em relação às emendas parlamentares, quanto em relação aos recursos que circulam —nem sempre de forma lícita— no período eleitoral.

Quando o Congresso fizer o dever de casa, sua defesa do ajuste fiscal se tornará mais crível —e um bom começo seria a diminuição do fundo eleitoral, reduzindo a dependência que os partidos parecem ter do dinheiro público.

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Tarcísio cozido em banho-maria

Por  Merval Pereira / O GLOBO

 

 

Cresce a percepção entre os políticos de que o ex-presidente Bolsonaro cozinha em banho-maria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para que ele não tenha condições práticas de se candidatar à Presidência da República. Está cozinhando o galo, como se diz popularmente. Como Tarcísio tem de se desincompatibilizar do cargo a partir de abril, sua escolha como candidato bolsonarista teria de ser definida ainda neste ano, para que houvesse tempo de organizar a campanha presidencial.

 

Se Bolsonaro fizer como Lula, que só indicou Fernando Haddad como seu substituto poucos dias antes da eleição — exatos 29 dias, no derradeiro prazo dado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o PT mudar de candidato, diante da derrota do último recurso possível para que a candidatura de Lula fosse aceita, mesmo ele estando na cadeia —, a eleição estará perdida.

 

A decisão petista demorou tanto porque o partido recusava-se a aceitar que Lula não participaria da eleição. Também Bolsonaro, a despeito de não ter a mínima chance de disputar, por ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo TSE, tenta uma saída até o último momento — que, aliás, já passou. O PT fez essa manobra porque não tem candidato capaz de substituir Lula e quis tentar aproveitar sua imagem até a última gota.

 

Com Bolsonaro é diferente. A direita tem grandes chances de ter em Tarcísio um candidato competitivo, desde que ele venha a contar com a indicação de Bolsonaro. Mas tudo mostra que Bolsonaro prefere perder com um dos seus a ganhar com Tarcísio. O Centrão está empenhado em convencer o PL a aceitar um vice-presidente que não tenha o sobrenome Bolsonaro, prevendo que são grandes as chances de vencer a eleição com uma chapa puro-sangue da direita reunindo Tarcísio e um dos seus líderes políticos, como o senador Ciro Nogueira ou a senadora Tereza Cristina.

 

Sem Tarcísio na disputa, todos os demais governadores de direita são iguais, não há nenhum que se destaque na busca do voto. Seria mais fácil para os Bolsonaros disputar uma eleição para perder de Lula, mas impondo-se como verdadeira liderança da direita em nível nacional. Essa estratégia de longo prazo também encontra dificuldades, pois Lula acaba de vetar a parte da mudança na Lei da Ficha Limpa que alterava a contagem da penalidade prevista na legislação para o crime pelo qual Bolsonaro foi condenado no TSE. Desse modo, a ala bolsonarista terá de se dedicar, além de à tentativa de anistia irrestrita que dificilmente passará no Senado, a derrubar o veto de Lula.

 

A oposição tem voto suficiente para obstruir a aprovação de pontos importantes para o governo, como mostrou ontem mesmo, impondo perda eventual de R$ 25 bilhões ao governo caso a Medida Provisória que taxa o mercado financeiro e alguns setores para compensar a cobrança do IOF não seja aprovada na reunião marcada para um dia antes de seu vencimento. O próprio Bolsonaro, porém, cava sua derrota ao não permitir que a direita se una em torno de um candidato competitivo.

 

Claro que qualquer candidato que vá para o segundo turno contra Lula terá apoio de todo o espectro da direita, mas é provável que o grupo do centro, que costuma decidir eleições muito equilibradas, tenha menos incentivo para ir à direita se a chapa oposicionista for extremista. Os ventos sopram para a reeleição de Lula, como já sopraram para a vitória do bolsonarismo. No ano que falta para as eleições, os dois grupos, igualmente liderados por personalidades populistas, enfrentarão altos e baixos e podem abrir caminho a um candidato fora dessa polarização.

 

Além de todos os problemas de calendário, Tarcísio enfrenta a questão da instabilidade dos Bolsonaros. Foi assim na disputa da Prefeitura de São Paulo, quando o ex-presidente quase apoiou Pablo Marçal, no momento em que ele parecia ter encontrado o caminho da vitória. Não há segurança de que Bolsonaro apoiará o candidato da direita até o final da campanha, a não ser que seja de sua famiglia.

 

 

O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos)O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos) — Foto: Bruno Rocha/Agencia Enquadrar

Aliados dizem que Bolsonaro deu aval a candidatura de Tarcísio, mas com Michelle de vice

Ranier Bragon / FOLHA DE SP

 

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) dizem que o ex-presidente afirmou que aceita apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) como seu candidato à Presidência da República em 2026, mas com duas condicionantes: a de que Michelle Bolsonaro (PL) esteja na vice e a de que o governador de São Paulo se mostre capaz de unir os partidos de centro e de direita.

Ainda há vários obstáculos nessa direção, entretanto, incluindo a resistência de siglas ao nome da ex-primeira-dama e incertezas sobre a disposição de Tarcísio.

O governador paulista visitou na segunda-feira (29) Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em Brasília e que está inelegível. Na saída, disse à imprensa que deve ser candidato à reeleição em São Paulo em 2026. O ex-presidente também tem recebido visitas de vários outros políticos aliados desde agosto. 

Até pouco tempo atrás Bolsonaro resistia à ideia de revelar apoio a Tarcísio, sob o argumento de que poderia ser deslocado para um segundo plano em meio ao julgamento da trama golpista, além de também demonstrar contrariedade com a ideia de colocar a esposa na chapa presidencial.

De acordo com relatos, porém, o ex-presidente quer ver o seu sobrenome na chapa e diz acreditar que Michelle representaria bem o papel de percorrer o país e manter viva a militância em torno dele.

Caso se dê essa configuração, o compromisso é que Tarcísio troque o Republicanos pelo PL até dezembro.

Um dos obstáculos na articulação de uma chapa ao Planalto é que Michelle tem sido cotada para uma candidatura ao Senado no Distrito Federal. Nem ela nem outro familiar de Bolsonaro agradam, no papel de vice, à maioria dos partidos de centro e de direita que o ex-presidente manifestou querer ver ao redor de Tarcísio.

Políticos desse grupo sempre torceram por uma candidatura de Tarcísio com o apoio de Bolsonaro, como forma de angariar seu capital eleitoral, mas sem alguém da família na chapa para tentar amenizar a também alta rejeição associada ao sobrenome.

O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), é um dos que trabalham para ser vice em eventual candidatura de Tarcísio. Políticos do centrão dizem, entretanto, que cresce na bolsa de apostas o nome da ex-ministra e senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Além da disputa de bastidores no centrão e no entorno de Bolsonaro, a própria candidatura de Tarcísio a presidente é colocada em dúvida.

A pessoas próximas ele tem citado que acontecimentos recentes, como a oposição de Eduardo Bolsonaro à sua candidatura e a atuação do presidente Lula diante do tarifaço de Donald Trump, tem lhe dado desânimo em embarcar na disputa nacional, até pelo amplo favoritismo na eventual tentativa de se reeleger em São Paulo.

Após a visita a Bolsonaro, Tarcísio disse que deve disputar a reeleição. Segundo relatos do encontro, afirmou que está bem em São Paulo e discutiu com o ex-presidente as candidaturas ao Senado no estado no próximo ano.

Embora políticos digam avaliar que isso pode ser uma estratégia para Tarcísio sair dos holofotes e da artilharia governista por ora, há também o fato de que Lula conseguiu surfar uma maré positiva que aplacou o clima de governo em frangalhos observado poucos meses atrás.

O Datafolha mostrou que em meio ao julgamento da trama golpista e dos ataques de Trump, a aprovação do governo subiu no mês passado para 33%, melhor índice do ano, se aproximando da reprovação, de 38%.

Em fevereiro, mês em que ele atingiu a pior marca de suas três gestões, só 24% aprovavam o governo, contra rejeição de 41%.

Além disso, Lula tem conseguido avançar com sua agenda eleitoral no Congresso. Na quarta-feira, por exemplo, a Câmara aprovou uma das apostas de carro-chefe para a campanha do ano que vem, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. O texto, que chegou a ficar sob ameaça de desfiguração, acabou chancelado por unanimidade, com votos até do PL de Bolsonaro.

 
MICHELE E TARCISIO

Oposição analisa cenário de Ciro ao Governo, nomes ao Senado e avalia possível divisão na direita

Escrito por Marcos Moreira / DIARIONORDESTE
 

Em mais um encontro visando 2026, parte da bancada de oposição na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) reforçou a estratégia em torno da possibilidade do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) disputar o Governo do Estado e de nomes que devem concorrer ao Senado, mas ainda avaliam como evitar a divisão de forças internas. O assunto foi pauta da reunião do grupo na manhã desta terça-feira (30), na Alece. 

A ala opositora ao governador Elmano de Freitas (PT) vê um “cenário muito favorável” para Ciro Gomes. A partir de pesquisas internas, o grupo já vem trabalhando com o nome do ex-ministro como o mais competitivo na disputa pelo Palácio da Abolição e vê margem para crescimento, ao alegar que os índices da segurança pública e da economia do Estado podem desgastar a imagem do Executivo.

Por outro lado, o grupo ainda aguarda a própria definição da candidatura de Ciro, que depende de deliberações nacionais e até mesmo do futuro partidário dele. O ex-ministro deve deixar o PDT e seguir para o PSDB até o final do ano, segundo o presidente estadual da sigla, Ozires Pontes (PSDB).

Além disso, a oposição busca o equilíbrio entre nomes do PL, do PSDB e do União Brasil e discute como não dividir forças nas disputas majoritárias. Atualmente, o senador Eduardo Girão (Novo) já é pré-candidato ao Governo do Ceará, o que pode atrair votos do grupo, principalmente no campo da direita. 

Questionado sobre o assunto, o deputado Sargento Reginauro (União) lembrou que o senador não abriu mão da candidatura pela Prefeitura de Fortaleza em 2024, mas apoiou André Fernandes (PL) no segundo turno. Agora, no pleito para governador, o parlamentar espera que o senador dialogue com o grupo. 

Nesta manhã, também participaram do “Café da Oposição” os deputados estaduais Lucinildo Frota (PDT) — anfitrião do encontro em seu gabinete na Alece —, Cláudio Pinho (PDT), David Vasconcelos (PL), Queiroz Filho (PDT), Felipe Mota (União) e Antônio Henrique (PDT).

Café da oposição desta terça-feira (30) não contou com convidados, mas reforçou estratégias para 2026
Legenda: Café da oposição desta terça-feira (30) não contou com convidados, mas reforçou estratégias para 2026
Foto: Marcos Moreira/SVM

DISPUTA PELO SENADO

Até a semana passada, o deputado estadual Alcides Fernandes (PL) era o único postulante do bolsonarismo anunciado para a disputa pelo Senado. A pré-candidatura dele havia sido lançada pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em março de 2025. 

No entanto, na última quarta-feira (24), a vereadora de Fortaleza, Priscila Costa (PL), foi anunciada como pré-candidata ao Senado Federal. O lançamento ocorreu na sede do partido em Brasília, e contou com a presença de Michelle Bolsonaro, e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Suplente em exercício, devido à licença de Carmelo Neto, o deputado David Vasconcelos (PL) considera que o partido ainda precisará avaliar os cenários para definir o melhor caminho na corrida eleitoral. Na semana passada, o parlamentar participou da posse de André Fernandes como presidente do PL Ceará, em Brasília, onde os integrantes da sigla também discutiram o cenário para 2026.

“Nós participamos de uma reunião (em Brasília), da qual foi falado o nome do candidato ao Senado, o Alcides Fernandes, e quando a gente voltou para o Estado, apareceu essa candidatura da Priscila. Eu fico feliz que o PL tem nomes fortes para concorrer ao Senado. Mas eu acredito que o PL vai sentar, vai se organizar”, frisou Vasconcelos.

Outro participante do encontro e prestes a migrar para o PL, Lucinildo Frota (PDT) também enfatizou que a única candidatura tratada na reunião foi a de Alcides, mas elogiou Priscila. Mesmo assim, o parlamentar entende que é importante pensar em todas as siglas da oposição para fechar os nomes das chapas. 

“Na hora da reunião, não se falou em candidatura da Priscila, mas como eu falei, a Priscila é um excelente quadro do partido sem sombra de dúvida. Iria somar bastante, mas o que eu entendo é que hoje temos um pré-candidato assinado pelo PL. E nós temos um arco de partidos aí, temos o União Progressista, temos o PSDB que também podem indicar nomes para fazer essa dupla de senadores da nossa chapa”
Lucinildo Frota
Deputado estadual pelo PDT

“O Valdemar (Costa Neto) já definitivamente me nomeou como pré-candidato ao Senado, todo mundo viu. Então recebi isso com muita humildade e vamos para cima”, resumiu Alcides Fernandes, na semana passada. Questionado sobre o tema nesta terça-feira (30), o deputado preferiu não se manifestar. 

PontoPoder tentou contato com a vereadora Priscila Costa, mas não conseguiu retorno.

 

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