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Genial/Quaest: Lula não vai mal, mas precisa melhorar, Tarcísio tem a pior avaliação em segurança entre quatro governadores

Por Míriam Leitão / O GLOBO

 

 

A aprovação do governo Lula pode ser vista, na pesquisa Genial/Quaest de duas formas, a primeira é você aprova ou desaprova o governo? A outra cartela é avaliação: é bom, regular ou ruim? São dois dados que conversam entre si. O interessante a observar é que a aprovação do governo até aqui, tanto no dado Brasil, quanto em São Paulo e Minas Gerais, os dois maiores colégios eleitorais, é superior à desaprovação. É 51% de aprovação no Brasil, 46% desaprovação; em São Paulo, 50% aprova e 48% desaprova e em Minas a proporção é de 52% e 47%.

 

No Paraná e em Goiás é que a desaprovação é maior do que a aprovação. Esses estados do Sul, onde o agronegócio é forte, tradicionalmente são colégios eleitorais mais desfavoráveis à Lula. No Paraná, 44% dos entrevistados aprovam o governo e 54% desaprovam, em Goiás há 49% de aprovação contra 50% de desaprovação.

 

Já a avaliação da gestão está no meio do caminho. O resultado Brasil mostra que 35% fazem uma avaliação positiva do governo Lula, 34%, negativa. Em São Paulo, os dados são piores: 32% positivo para 37 % negativo.

 

Em resumo, os números mostram que o governo Lula não vai mal, mas precisa melhorar.

 

Esses números são olhados pelos políticos já tendo em vista as eleições presidenciais de 2026, não à toa, a pesquisa foi feita em quatro estados em que há governadores que podem ser fortes candidatos ao Planalto. Os governadores certamente vão analisar com atenção essa pesquisa.

 

Em conversa com Felipe Nunes, CEO da Quest, ele me disse que, na sua avaliação, o grande competidor para 2026 é Tarcísio de Freitas, mas ele tem que melhorar no que diz respeito à segurança. O governador de São Paulo foi mal avaliado nesse ponto. Ele tem feito declarações polêmicas, estimulando uma atuação policial mais agressiva, mas entre os entrevistados apenas 33% fazem uma avaliação positiva do governo paulista ao falar de segurança. O resultado é ruim comparado aos seu pares. Em Minas Gerais, Romeu Zema obteve 43%, no Paraná, Ratinho Júnior, ficou com 48%, e, em Goiás, Ronaldo Caiado chegou a 69% de aprovação no item de segurança.

 

Nunes também se disse surpreso com os resultados de Caiado. Apesar de Goiás ser um estado pequeno do ponto de vista eleitoral, impressiona o fato que a aprovação de Caiado seja de 86%, e a avaliação positiva seja 70%.

Tarcísio, Zema, Ratinho e Caiado: quem tem a maior aprovação que Lula em seus Estados?

Por Ricardo Corrêa e Pedro Augusto Figueiredo / O ESTADÃO DE SP

 

Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo), Ratinho Júnior (PSD) e Ronaldo Caiado (União Brasil), os quatro governadores de direita que comandam as gestões de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás, respectivamente, ostentam índices de aprovação superiores aos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seus Estados. A constatação é da pesquisa Genial/Quaest, realizada nessas unidades federativas entre os dias 4 e 7 de abril.

 

Os quatro governadores cujas administrações foram avaliadas são apontados como possíveis pré-candidatos à Presidência em 2026, em eventual disputa com o próprio Lula. Ronaldo Caiado, por exemplo, já colocou publicamente que pretende concorrer. Tarcísio de Freitas tem sinalizado a intenção de concorrer mais uma vez ao governo de São Paulo, já que é o único dos quatro ainda em primeiro mandato. Romeu Zema e Ratinho Júnior têm apontado ser cedo para falar do assunto.

 

De acordo com o levantamento da Genial/Quaest, a maior discrepância se dá em Goiás. Por lá, enquanto Ronaldo Caiado é aprovado por 86% dos eleitores, Lula registra aprovação de 49%. Enquanto isso, são 12% os que reprovam o governador, e 50% os que aprovam o presidente.

 

Há também diferença expressiva no Paraná, onde a gestão de Ratinho Júnior tem 79% de aprovação e 17% desaprovação, enquanto Lula é aprovado por 44% e desaprovado por 54%.

 

Em Minas Gerais, Romeu Zema é avaliado positivamente por 62%, enquanto Lula tem taxa de aprovação de 52%. Enquanto isso, 31% reprovam o trabalho do governador e 47% dizem o mesmo da gestão do presidente.

 

Por fim, a aprovação de Tarcísio de Freitas alcança 62% em São Paulo, com 29% de desaprovação. Lula, por sua vez, é aprovado por 50% e reprovado por 48% no Estado.

 

Foram ouvidos 1.656 eleitores em São Paulo (em 84 municípios), 1.506 em Minas Grais (em 84 cidades), 1.121 no Paraná (56 unidades) e 1.127 em Goiás (47 municípios). As margens de erro são, respectivamente, de 2,4; 2,5; 2,9 e 2,9 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Bolsonaro cumpre agenda no Ceará para apoiar pré-candidatos com ato em ginásio e ida à pizzaria

Luana Barros / DIARIONORDESTE

 

Presidente do PL Ceará, o deputado estadual Carmelo Neto (PL) disse que existe a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) jantar em Caucaia nesta quinta-feira (11), após agenda em Fortaleza. O ex-mandatário desembarca no Ceará para participar do lançamento da pré-candidatura do deputado federal André Fernandes (PL) à prefeitura da Capital. 

"Dessa vez, (a visita) deve ser um pouco mais corrida. O presidente chega, vai ao Paulo Sarasate para participar do lançamento da pré-candidatura do André Fernandes. (...) Há a possibilidade do presidente ir à Caucaia, comer uma pizza", disse Carmelo Neto.

Segundo o deputado estadual, a perspectiva é de que Bolsonaro possa "fortalecer a pré-candidatura do Coronel Aginaldo" com a ida a Caucaia. Marido da deputada federal Carla Zambeli (PL), Aginaldo deve concorrer à sucessão do prefeito Vitor Valim (PSB) pelo PL. 

Além dele e de Fernandes, o PL também confirmou a pré-candidatura da deputada estadual Dra. Silvana (PL) a Prefeitura de Maracanaú. Durante o evento no Ginásio Paulo Sarasate, os três pré-candidatos devem ter destaque. "Por ser em Fortaleza, claro, André vai ter o principal destaque. Mas os outros pré-candidatos, tanto Aginaldo quanto a Silvana, também vão ter um papel importante já nesse evento", garantiu.

Depois do Ceará, o ex-presidente deve viajar para a Paraíba. A viagem está agendada para a madrugada da sexta-feira (12). "Não sei se ele vai conseguir dormir (em Fortaleza), porque a gente jantando na Caucaia, não tem hora para sair. Eu acho que vai ficar bem apertado", completou Carmelo Neto. 

BOLSONARO EM FORTALEZA E CAUCAIA

Justiça condena Boulos a multa por divulgação de ‘pesquisa Frankenstein’

Por Roseann Kennedy e Augusto Tenório / O ESTADÃO DE SP

 

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) condenou o deputado Guilherme Boulos (PSOL) a pagar multa de R$ 53,2 mil e apagar publicações nas quais o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo mistura dados de uma pesquisa eleitoral. O MDB do atual prefeito, Ricardo Nunes, e o PSB da também pré-candidata Tabata Amaral ingressaram com ações contra o parlamentar. O juiz afirma que Boulos criou uma “pesquisa estimulada ‘Frankenstein’” ao construir uma postagem a partir de recortes que, isoladamente, são verdadeiros. Procurada, a pré-campanha afirmou que vai recorrer.

 

Na publicação, Boulos expõe que tem 34% de intenção de voto na pesquisa Real Time Big Data contra pré-candidatos ligados ao bolsonarismo: Nunes, o deputado Ricardo Salles (PL) e o senador Marcos Pontes (PL). O problema, apontou o juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz na decisão, é que não foi testado um cenário com esses nomes.

 

Além disso, o magistrado entendeu que Boulos excluiu os demais pré-candidatos: Tabata Amaral, Kim Kataguiri (União), Marina Helena (Novo) e Padre Kelmon (PRD) não aparecem no recorte feito pela publicação do pré-candidato pessolista.

 

Antonio Maria afirma que há “divulgação irregular de dados com indução do eleitor a erro” tanto por causa da mistura de cenários, pela inclusão no mesmo ranking de Salles e Pontes (que não poderiam concorrer ao mesmo tempo por serem do mesmo partido) e por ignorar os demais candidatos.

O Juiz ainda determinou a remoção do conteúdo das redes sociais, onde já não pode mais ser encontrado.

 

Vice evangélico pode ser bala de prata do PT para 2026

Juliano Spyer

Antropólogo, autor de "Povo de Deus" (Geração 2020), criador do Observatório Evangélico e sócio da consultoria Nosotros / FOLHA DE SP

 

Vamos traçar uma linha imaginária de hoje até o segundo turno da eleição presidencial de 2026.
A menos que algum evento extraordinário aconteça, estarão no segundo turno o presidente Lula como candidato do governo e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, representando a oposição.

Esse cenário lembra o da eleição de 2018, quando Lula estava preso e indicou o hoje ministro Fernando Haddad para concorrer representando-o. Na próxima disputa, o ex-presidente Bolsonaro poderá estar preso, disputando o pleito indiretamente apoiando Tarcísio.

Mas Tarcísio será mais competitivo do que Haddad foi; talvez mais competitivo do que o próprio Bolsonaro seria em 2026, por conta dos escândalos que vieram à tona e que a Polícia Federal investiga. Tarcísio terá o apoio de bolsonaristas, mas, por ter uma postura moderada, mobilizará também conservadores que, por motivos variados, se distanciaram do ex-capitão.

PT escolheu lidar com evangélicos como um problema no campo da comunicação. É uma atitude preguiçosa: enterrar a cabeça no chão torcendo para o problema desaparecer. O que, então, restará na mesa como fichas de jogo, para o presidente e para seu partido, caso essa estratégia falhe nas eleições municipais deste ano e evangélicos continuem rejeitando o governo?

Em 2001, Lula enfrentava uma situação parecida à que hoje vive com o campo evangélico. Na época era o segmento empresarial que estava receoso. Eles tinham medo do que um militante do movimento sindical faria caso se tornasse presidente do país. E eles foram positivamente surpreendidos pela escolha de José Alencar, empresário de sucesso, sem experiência prévia na política, para o posto de vice-presidente da candidatura do PT.

Lula não precisa ter a maioria dos votos de evangélicos, mas precisa defender aqueles que já conquistou em eleições passadas e manter moderados em dúvida, sabendo que há mais de uma alternativa na mesa para eles. Eleitores evangélicos precisam continuar acreditando, ao contrário do que o bolsonarismo prega, que é compatível ser de esquerda e ser evangélico.

Interlocutores evangélicos com quem conversei —conservadores nos costumes— concordaram que um candidato a vice evangélico pode funcionar como uma bala de prata para o governo. Demonstra a disposição de Lula de governar o país junto com esse grupo.

Para a estratégia funcionar, o presidente deve primeiro identificar lideranças conservadoras, mas democratas, amplamente respeitadas dentro de um campo muito diverso. Há nomes com esse perfil. O maior desafio do PT será convencer um deles a aceitar o convite.

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