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Bolsonaro tenta polarizar com Haddad e imunizar-se contra veneno de Alckmin

Num instante em que seus rivais se engalfinham no pelotão intermediário das pesquisas, a uma distância de mais de dez pontos percentuais, Jair Bolsonaro já esboça uma estratégia para o segundo turno. Expôs as linhas gerais de sua tática em timbre choroso, numa transmissão ao vivo pela internet neste domingo.

Deitado no leito da unidade de tarapia semi-intensiva do hospital Albert Einstein, Bolsonaro dobrou sua aposta na polarização com o PT. Parece preocupado em não perder terreno para Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva, que também levaram o PT à alça de mira desde que Fernando Haddad, substituto de Lula, começou a ascender nas pesquisas.

De resto, Bolsonaro soou como se estivesse empenhado em desenvolver uma vacina capaz de imunizá-lo contra o veneno de Geraldo Alckmin. O tucano vem se referindo a ele em entrevistas e sabatinas como “um passaporte para a volta do PT” ao Planalto.

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Haddad volta à cadeia para receber instruções

Uma semana depois de ser confirmado como presidenciável do PT, Fernando Haddad exercitará sua lulodependência em nova visita ao mentor-presidiário nesta segunda-feira. O hipotético cabeça da chapa petista vai receber instruções de Lula, o cérebro de sua campanha, na cela da superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

Nos últimos 40 dias, Haddad visitou a cela especial de Lula meia dúzia de vezes. Seu ingresso nas dependências da PF é assegurado por uma farsa. Advogado bissexto, Haddad revalidou seu registro profissional para ser incluído no rol de defensores de Lula. Nas suas visitas, cuida de política, não da defesa do preso.

Graças à complacência das autoridades judiciárias, a cela de Lula tornou-se o comitê central da campanha presidencial do PT. Mal comparando, Lula age como os líderes de facções criminosas. Condenado a 12 anos e um mês de reclusão por corrupção e lavagem de dinheiro, transformou a cadeia em escritório político. JOSIAS DE SOUZA

Da Coluna Política de Guálter George, o tópico “Bastidores quentes de uma campanha morna”.

Da Coluna Política de Guálter George, o tópico “Bastidores quentes de uma campanha morna”.

Têm sido dias intensos no comitê do senador Eunício Oliveira (MDB), candidato à reeleição. Parte verdade, parte fofoca, mas o certo é que sinais de resistência à campanha entre candidatos à Assembleia e Câmara Federal no arco de aliança governista criaram tensões internas, cobranças à equipe uma ordem geral de intensificar mais ainda as ações. A coisa andou tensa, muito tensa.

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País terá de conviver com a direita popular

O espectro de um inédito movimento de massas de direita ronda o Brasil. Ativou-se em 2013 como derivado silencioso das marchas dos mais ricos nas ruas.

Constitui-se de pequenos proprietários, como os caminhoneiros recém-rebelados e os empreendedores familiares dedicados a arrancar em ambiente hostil o sustento que  não vem do emprego.

Alastra-se pelo gigantesco setor de serviços de baixa produtividade. Caixas, frentistas, cobradores, motoristas, secretários, operadores de telemarketing, mecânicos, entregadores.

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A busca pelo voto útil

Eleitores começam a considerar a hipótese de preterir o candidato de sua preferência em favor de outro capaz de derrotar alguém que, na sua ótica, representa um mal maior

A busca pelo voto útil

GANHA E PERDE Alckmin e Ciro tendem a se beneficiar do voto útil. Marina pode ser prejudicada

Se o ambiente de ódio que tomou conta do país traz um risco de explosão iminente, há cenários na disputa eleitoral que mantêm aceso esse rastilho de pólvora. Desses cenários, o mais evidente é um possível segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Seria a representação da polarização que tomou conta do país. Seu resultado provavelmente geraria ressentimentos no grupo derrotado. Seria grande o potencial de manutenção da alta ebulição política que hoje aflige o país. Nesse sentido, vários eleitores começam a considerar a hipótese de, já no primeiro turno, escolherem não exatamente o candidato de suas convicções ideológicas. Mas aquele que pareça estar mais próximo delas. E, principalmente, de vencer o adversário que, na sua ótica, representa o mal maior. Em suma, o voto útil.

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