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Voto concentrado no Nordeste será desafio para o PT

BRASÍLIA

Dos 31 milhões de votos obtidos por Fernando Haddad no primeiro turno, quase metade saiu das urnas do Nordeste. A popularidade do PT na região não é nenhuma novidade, mas o partido nunca dependeu tanto de seus principais redutos quanto agora.

Seja qual for o resultado da corrida presidencial, a composição do eleitorado petista passa por uma mudança este ano. O desgaste profundo da imagem da sigla e o avanço de Jair Bolsonaro (PSL) na classe média impulsionam esse rearranjo.

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Informação e contrainformação

A situação é mais simples do que parece nessa guerra de informações, falsas ou verdadeiras, sobre a suposta – embora plausível – guerrilha ilegal de WhatsApp na campanha presidencial.

O PT está fazendo uma luta política, pois não existe possibilidade de impugnar a candidatura de Bolsonaro neste momento, a oito dias do segundo turno, e é muito difícil provar que houve abuso de poder econômico neste caso.

Não há nenhuma prova para basear o pedido de cassação de Bolsonaro, além da matéria jornalística inconclusiva da Folha de S. Paulo. Suspender a eleição, cassar Bolsonaro, ou chamar o terceiro colocado, como o PT e também o PDT querem, é fora de propósito.

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Candidatos receberam doações do Bolsa Família

Coluna do Estadão

20 Outubro 2018 | 05h30

 
 

Foto: Divulgação

 

O governo identificou que 113 beneficiários do Bolsa Família fizeram doações a candidatos no 1.º turno da eleição. Um cruzamento revelou que pelo menos 12 deles transferiram valores superiores a R$ 1 mil. O Ministério do Desenvolvimento Social também encontrou 297 pessoas que dividem a mesma casa com beneficiários do programa e que foram contratadas para trabalhar em campanhas. Desses, 160 receberam mais de R$ 5 mil. Destinado à população em situação de extrema pobreza, o Bolsa Família paga R$ 89 como benefício básico.

Castigo. O ministro Alberto Beltrame, do Desenvolvimento Social, afirmou à Coluna que todos serão suspensos do programa cautelarmente até que se expliquem. Há suspeitas de que alguns possam ter sido usados como laranjas.

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A cristianização de Haddad - istoé

Mais do que um arroubo retórico ou desajuste na dose do rivotril, segundo as piadas mais infames, o discurso contundente de Cid Gomes, em evento do PT no Ceará, constituiu a pá de cal na candidatura de Fernando Haddad à Presidência da República. Acabou. Não bastassem a vitalidade eleitoral exibida por Jair Bolsonaro, a consolidação de mais de 60% dos votos no candidato do PSL e a atração natural que um concorrente, digamos, com a “mão na faixa” exerce pela mera expectativa de poder, as cáusticas, mas sinceras palavras do político cearense representaram uma imensa janela de oportunidade para que partidos do espectro de esquerda — convocados a um cínico “pacto democrático” — cristianizassem o preposto de Lula.

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Haddad chama Bolsonaro de miliciano, trambiqueiro e destrambelhado no CE

Fernando Haddad golpeou Jair Bolsonaro abaixo da linha da cintura ao discursar num ato partidário em Fortaleza. “Modéstia à parte, o Brasil precisa mais de um professor que de um miliciano”, declarou a certa altura. Ignorando as pesquisas que colocam o adversário cerca de 19 milhões de votos à sua frente, Haddad afirmou que ganhar a eleição de Bolsonaro terá “um gosto especial, (…) porque não é ganhar de um cara razoável. É ganhar de um trambiqueiro, é ganhar de uma cara destrambelhado.”

Haddad desembarcou na capital cearense na noite desta sexta-feira (19). Do aeroporto, foi direto para o local do evento organizado pelo PT, num comitê localizado na Praia de Iracema. Mais cedo, de passagem pelo Rio de Janeiro, dissera que o voto em Bolsonaro é ''delírio''. Neste sábado, participará de uma caminhada no centro de Fortaleza. Depois, visitará outras duas cidades cearenses: Juazeiro do Norte e Crato. O senador eleito Cid Gomes (PDT) não dará as caras.

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