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O erro número um é presumir que todo eleitor de Bolsonaro é racista e autoritário

Mala Htun

Brasil está à beira de eleger como presidente um homem que muita gente define como misógino, racista, homófobo e autoritário.

Jair Bolsonaro, que serviu por sete mandatos como deputado federal, fez declarações públicas que insultam a dignidade das mulheres, dos afrodescendentes, das pessoas que não se enquadram às normas de gênero; que parecem endossar a tortura e elogiam a ditadura; e que oferecem justificação a execuções extrajudiciais pela polícia.

O mundo está horrorizado. Como é que vocês podem estar elegendo um bárbaro como esse para a Presidência? Por que estão permitindo que sua democracia desça pelo ralo?

Se tudo isso soa familiar, é porque é familiar. Os Estados Unidos passaram por coisa parecida dois anos atrás, com a eleição de DonaldTrump. Brasileiros: prestem atenção aos nossos erros. Se vocês aprenderem com nossos fracassos, podem ter a chance de salvar a democracia. 

Leia mais:O erro número um é presumir que todo eleitor de Bolsonaro é racista e autoritário

É fácil propor espelhismo entre Bolsonaro e Haddad, mas seria à base de sofismas

Um leitor solicita que eu produza a "carta que Bolsonaro não escreverá", como complemento da "carta que Haddad não escreverá" (Folha, 13/10). Fazê-lo, porém, seria sugerir uma simetria que não existe. 

Há simetria se uma figura no plano pode ser dividida em partes de tal modo que elas coincidam exatamente, quando sobrepostas. A simetria perfeita é uma construção matemática. Na biologia, na arquitetura e na arte registram-se simetrias quase perfeitas. Em política, existem simetrias estruturais, mas não simetrias formais. 

Leia mais:É fácil propor espelhismo entre Bolsonaro e Haddad, mas seria à base de sofismas

PGR pede inquérito sobre fake news relacionadas a Bolsonaro e Haddad

Amanda Pupo, Fabio Serapião e Breno Pires, O Estado de S.Paulo

 

BRASÍLIA - A procuradora-geral da RepúblicaRaquel Dodge, pediu nesta sexta-feira, 19, que a Polícia Federal investigue suspeitas de que empresas de tecnologia da informação têm "disseminado, de forma estruturada, mensagens em redes sociais" relacionadas a Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), que disputam a Presidência da República. A nove dias da eleição, é a primeira ação concreta do órgão contra a divulgação em massa de notícias falsas e outros tipos de informação sobre os candidatos.

Leia mais:PGR pede inquérito sobre fake news relacionadas a Bolsonaro e Haddad

Qual o poder das fake news?

Longe de mim sugerir que as fake news não são um problema, mas me parece que estão superestimando o tamanho da encrenca. Para início de conversa, fake news é só um nome novo para um contratempo antigo: a falsidade. E, das pintas da onça ao camaleão que muda de cor para enganar predadores, o logro está inscrito na própria natureza. Antecede o ser humano em centenas de milhões de anos.

Mentiras, rumores e boatos sempre assombraram eleições. A novidade agora é que, com as redes sociais, eles circulam com muito mais rapidez e atingem muito mais gente. Em algumas circunstâncias, em especial quando a disputa é apertada e a corrente de desinformação surge nos últimos instantes, fake news podem definir o resultado do pleito. Não devemos, porém, atribuir poderes mágicos à manipulação eleitoral.

Leia mais:Qual o poder das fake news?

TSE abre ação sobre compra de mensagens anti-PT no WhatsApp

Amanda Pupo e Breno Pires, O Estado de S.Paulo

19 Outubro 2018 | 20h47

 

BRASÍLIA - O corregedor-nacional da Justiça Eleitoral, ministro Jorge Mussi, decidiu nesta sexta-feira, 19, abrir ação de investigação judicial pedida pelo Partido dos Trabalhadores (PT) para que sejam investigadas as acusações de que empresas compraram pacotes de disparos em larga escala de mensagens no WhatsApp contra a legenda e a campanha de Fernando Haddad (PT) à Presidência da República. Também nesta sexta, a PGR pede inquérito sobre fake news relacionadas aos dois presidenciáveis.

Leia mais:TSE abre ação sobre compra de mensagens anti-PT no WhatsApp

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