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Haddad diz que teme pessoas que 'sairão dos porões' se Bolsonaro ganhar

Roberta Pennafort e Denise Luna, O Estado de S.Paulo

23 Outubro 2018 | 14h00

 

O candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à presidente da República, Fernando Haddad, disse que, ao contrário do ex-adversário Ciro Gomes (PDT), não vai deixar o País se Jair Bolsonaro, candidato do PSL e líder nas pesquisas de intenção de votos vencer o pleito, mas admitiu, brincando, que também vai chorar.

Em sabatina no jornal O Globo, Haddad afirmou que mais do que a vitória de Bolsonaro, teme as pessoas que "sairão dos porões" se ele for eleito. "A gente tem medo do que vem com ele, ele próprio é um soldadinho de araque", afirmou a jornalistas. "Eu vou lutar em qualquer circunstância, mesmo sendo ameaçado", completou, afirmando não temer tanto o candidato, mas as pessoas "que vão sair dos porões" junto com o Bolsonaro, que já declarou admirar torturadores.

"Regimes autoritários criam fantasmas para vender uma vacina que não existe, temo muito o que pode acontecer se ele vencer, lamento inclusive por vocês (jornalistas) que vão perder a liberdade de expressão", avaliou.

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Em cerimônia, militares se dizem 'desrespeitados' com fala de Haddad sobre Venezuela

Tânia Monteiro, O Estado de S.Paulo

23 Outubro 2018 | 13h16

 

Oficiais generais presentes à cerimônia do Dia do Aviador, realizada na Base Aérea de Brasília, nesta terça-feira, se disseram "desrespeitados" com declarações do candidato Fernando Haddad (PT) em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira, 22.

 

Na ocasião, o candidato do PT foi questionado se não via como um erro colocar o seu partido como uma única opção para a democracia. Haddad rebateu dizendo que seu adversário "incita a morte de pessoas". "O filho dele (Eduardo Bolsonaro), na Avenida Paulista, disse que vai declarar guerra à Venezuela. Ele nem conhece a situação das Forças Armadas.

 

A Venezuela tem condições bélicas superiores a do Brasil", disse Haddad. "Para o Brasil declarar guerra e mandar jovens brasileiros morrer na fronteira com a Venezuela ou pede ajuda para um império internacional, provavelmente os americanos, para quem ele bate continência, ou nós vamos mandar jovens brasileiros pobres provavelmente para morrer em um conflito que não é o nosso", completou.

 

Os militares presentes na cerimônia, que preferiram falar na condição de anonimato, disseram se sentir "ofendidos" e "desrespeitados" com a fala do candidato.

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Na reta final, PT vê virada 'muito difícil' e aposta em estratégias repetidas

Marina Dias
SÃO PAULO

A cúpula da campanha de Fernando Haddad (PT) não conseguiu encontrar uma fórmula eficaz para conter a onda de apoio a Jair Bolsonaro (PSL) e entra na semana decisiva da campanha repetindo estratégias testadas —sem sucesso— desde a reta final do primeiro turno.

Dirigentes petistas admitem que é “muito difícil” reverter o quadro em que a vantagem de Bolsonaro sobre Haddad chega a 18 pontos, segundo o Datafolha, mas insistem que é preciso voltar à carga ao eleitor mais pobre e ser agressivo ao tentar desconstruir o capitão reformado se quiserem a virada inédita desde a redemocratização.

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Folha é a maior fake news do Brasil, diz Bolsonaro a manifestantes

José Marques / FOLHA DE SP
SÃO PAULO

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) pediu aos seus apoiadores, em vídeo ao vivo exibido em telões na avenida Paulistaneste domingo (21), que "participem das eleições ativamente" daqui a sete dias, de forma democrática e "sem mentiras, sem fake news, sem Folha de S.Paulo".

"A Folha de S.Paulo é a maior fake news do Brasil. Vocês não terão mais verba publicitária do governo", afirmou ao público, sob gritos da plateia. "Imprensa vendida, meus pêsames." Apesar dessa fala, ele afirma que apoia a imprensa livre, "mas com responsabilidade".

O candidato não estava no ato, mas falou por meio de videoconferência aos apoiadores que participavam da manifestação em São Paulo.

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Uma campanha diferente

O Estado de S.Paulo

22 Outubro 2018 | 04h00

 

Em 2015, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a doação de pessoas jurídicas para campanhas políticas, houve quem apregoasse que a decisão da Suprema Corte inviabilizaria a democracia. Segundo esses alarmistas, as campanhas eleitorais eram necessariamente muito caras, também por força das dimensões territoriais do Brasil. Sem o dinheiro das empresas, o sistema eleitoral simplesmente ruiria, num verdadeiro desastre democrático.

Agora, transcorrida a primeira eleição nacional sem o financiamento por pessoas jurídicas, ficou claro que tais prognósticos não tinham fundamento. Foi perfeitamente possível fazer campanha eleitoral sem dinheiro das empresas. Com isso, foi enterrado de vez o argumento de que as doações de pessoas jurídicas para partidos políticos seriam um mal necessário, como se o sistema eleitoral precisasse fechar os olhos para as distorções causadas pela interferência de empresas na política - as empresas não têm direitos políticos - a fim de assegurar condições econômicas para a realização das campanhas. As empresas não deram dinheiro e a campanha eleitoral transcorreu normalmente.

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