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2018 impõe ao PT desafio de preparar o pós-Lula

Ainda que Fernando Haddad vencesse Jair Bolsonaro neste domingo, hipótese que o Datafolha indica ser menos provável, o Partido dos Trabalhadores não se livraria de um desafio que a campanha de 2018 lhe impôs. A legenda terá de migrar do atual estágio de lulodependência para uma fase que pode ser chamada de pós-Lula. Não se trata de opção, mas de fatalidade.

Preso, Lula festejou neste sábado, pela segunda vez, seu aniversário de 73 anos. Com mais de 12 anos de cadeia nas costas, está na bica de colecionar uma segunda sentença criminal, dessa vez no caso do sítio de Atibaia. Na sucessão de 2022, sua veneranda figura acumulará uma existência de 77 primaveras. E continuará inelegível. Lula tornou-se um líder político com um enorme passado pela frente.

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Ascânio Seleme: chance de virada de Haddad é muito pequena

Os dados das pesquisas Ibope e Datafolha mostram que permanecem muito pequenas as chances de Haddad virar a eleição HOJE. Embora tenha encurtado mais a distância que o separava de Bolsonaro, no melhor cenário Haddad terá de tirar nas próximas horas cinco pontos percentuais do adversário. Considerando que ele conseguiu em média pouco menos de um ponto percentual por dia nos ultimos nove dias, sua situação é claramente desfavorável.

O quadro de redução de diferença pode animar a militância petista, conhecida pela sua dedicação e determinação, mas pode ser que não baste. Tudo indica que não bastará. Mas a eleição não está ganha ainda, embora Jair Bolsonaro tenha confirmado até o último minuto o seu franco favoritismo.

Fernando Haddad e Jair Bolsonaro

Ibope para presidente, votos válidos: Bolsonaro, 54%; Haddad, 46%

O Ibope divulgou neste sábado (27) a última pesquisa do instituto sobre a intenção de voto para o 2º turno da eleição presidencial. Segundo o instituto, Jair Bolsonaro (PSL) venceria se eleição fosse hoje. Mas a distância dele para Fernando Haddad (PT) diminuiu.

Vamos ver agora a pesquisa com os votos válidos, que excluem os brancos, nulos e o percentual de eleitores indecisos. Um candidato é eleito no segundo turno se conseguir cinquenta por cento dos votos válidos mais um voto.

A probabilidade de os resultados retratarem a realidade é de noventa e cinco por cento, com margem de erro de dois pontos - para mais ou para menos.

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Datafolha para presidente, votos válidos: Bolsonaro, 55%; Haddad, 45%

O Datafolha divulgou neste sábado (27) o resultado da última pesquisa do instituto sobre o 2º turno da eleição presidencial. O levantamento foi realizado na sexta-feira (26) e no sábado (27) e tem margem de erro de 2 pontos, para mais ou para menos.

O instituto afirma que, um dia antes da eleição, Jair Bolsonaro (PSL), mantém o favoritismo, mas a diferença dele para Fernando Haddad (PT) diminuiu de 18 para 10 pontos percentuais, em nove dias, nos votos válidos.

A probabilidade de os resultados retratarem a realidade é de 95%, com margem de erro de dois pontos, para mais ou para menos.

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Nova República começou com camisetas amarelas e com elas se encerra

Esta semana acumula dois dias dos mortos. A sexta-feira (2) evocará quem já se foi. Este domingo (28) enterra um sonho.

Os sinos anunciam a morte da quimera, a democracia socialmente justa. Começada com camisetas amarelas, a Nova República com elas se encerra. As de 1984 diziam: "Eu quero votar pra presidente". As de agora estampam a justiça divina e a pátria no lugar da igualdade e da liberdade.

Os perdedores dos anos 1980 aceitaram seu papel constitucional e se recolheram aos quartéis. Aos de 2018, o provável eleito escancarou outras portas: a prisão e o exílio. São as mesmas de 1964.

Por muito tempo tentaremos entender como o sonho azedou em pesadelo. Circula leitura na linha da entrada das massas na política. Gente ignorante e ressentida, de pulsões destruidoras.

A hipótese não é nova, reaparece em todas as crises, no final do século 19, nos anos 1920, nos 1940, nos 1960. E não é boa. A dimensão psicossocial tem sua relevância, mas massa xinga, quebra, lincha, não faz política institucional.

Para vencer uma eleição presidencial é preciso método, recurso e, sobretudo, capacidade de coordenação de elites sociais. A candidatura de Bolsonaro não se assenta em massa invertebrada. Desde seu lançamento, dois anos atrás, o deputado-capitão logrou inserção sólida em setores organizados.

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