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Pesquisa: Wagner tem 35%, Luizianne 15% e Sarto 10%

Foi divulgada ontem (12) pesquisa do Paraná Pesquisas sobre a eleição municipal de Fortaleza, apontando, na avaliação estimulada, que 35% (pouco mais de um terço do eleitorado) tem intenção de votar em Capitão Wagner (Pros), enquanto Luizianne Lins (PT) aparece em segundo lugar, com 14,9%, e Sarto (PDT) surge logo em seguida, com 10,1% das intenções de voto. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código CE-07388/2020.


O cenário apontado pela pesquisa, do candidato do Pros no segundo turno enquanto Luizianne e Sarto batalham pela outra vaga, aponta ainda que Heitor Férrer (SD) aparece a pouca distância do postulante do PDT, com 7,3%, seguido por Renato Roseno (Psol), com 4,7%; Célio Studart (PV), com 4,5%; Heitor Freire (PSL), com 2,2%; Anizio (PCdoB), com 0,5%; Samuel Braga (Patriota), com 0,5%; Paula Colares (UP), com 0,4%; e José Loureto (PCO), com 0,3%.


Na pesquisa espontânea – isto é, aquela em que o entrevistador pergunta apenas em quem a pessoa vai votar, sem listar os nomes dos candidatos –, a ordem em que os postulantes aparecem é a mesma, mas com Wagner liderando com 12,8%, Luizianne em seguida com 5,7% e Sarto com 4,6%. Os demais não passam dos dois pontos percentuais: Heitor Férrer (SD), com 2%; Renato Roseno (Psol), com 1,4%; Célio Studart (PV), com 0,9%; e Heitor Freire (PSL) com 0,8%.


A única pesquisa que já tinha sido divulgada para a eleição deste ano, em Fortaleza, era a da empresa Zaytec Brasil, encomendada pelo PT e divulgada no dia 25 do último mês, quando ainda não havia começado o período da campanha. Naquele estudo também se constatava a dianteira de Capitão Wagner, com 34,3% – em patamar muito próximo da pesquisa divulgada esta segunda –, com as principais diferenças sendo observadas nos números de Luizianne e Sarto: Luizianne aparecia com 25,2% de intenção de voto, enquanto o candidato governista com 4,3%. Heitor Férrer (SD), por sua vez, surgia com 5,8%, despontando em terceiro lugar (enquanto na mais recente aparece em quarto). Deve-se destacar, no entanto, que pesquisas diferentes trabalham com metodologias diversas, de modo que não se pode inferir com certeza um movimento de crescimento ou decréscimo de candidaturas entre uma e outra.


O estudo da Paraná Pesquisas é apenas o primeiro de uma semana de estudos que serão divulgados sobre a disputa eleitoral na capital cearense, com a próxima sendo a do Ibope, marcada para ser divulgada amanhã (14), outra sendo a do Instituto Brasil de Pesquisas de Mercado e Opinião Pública (IBPI), com divulgação na quinta-feira (15), e ainda uma realizada pelo Datafolha, fechando a semana. A tendência é de que, com a divulgação das pesquisas e o início do programa eleitoral, a campanha entre em uma nova fase, com a postura de candidatos podendo mudar a partir do novo cenário.


Nenhum
Na pesquisa espontânea chama a atenção a proporção de eleitores que não chegaram a dizer qualquer nome como resposta: 58,8% disseram que ainda não sabem e outros 11,4% disseram que não pretendem votar em ninguém. Juntos, os dois números ultrapassam os 70%, indicando que pelo menos sete a cada dez fortalezenses hoje não têm candidato para a disputa eleitoral do mês que vem.


Isso, como é de costume, tende a se reverter em algum nível ao longo do período eleitoral, à medida que a população for se familiarizando com o clima da disputa e as candidaturas passarem a se tornar mais conhecidas. No entanto, tem peso também o impacto da pandemia da covid-19, fazendo com que uma proporção maior de eleitores fiquem afastados das ruas (e portanto menos em contato com as candidaturas, que também em algum nível têm que fazer eventos em menor escala) e o tempo reduzido de campanha, de aproximadamente um mês e meio, diferente de como se fazia alguns anos atrás, quando o período eleitoral chegava a durar três meses. JORNAL O ESTADO DO CE.

Eleições: 350 gestores de contas rejeitadas pelo TCU seguem na disputa

Adriana Mendes, Natália Portinari, Vinicius Sassine e Marcelo Remigio / O GLOBO

 

BRASÍLIA E RIO - Ao menos 350 candidatos que já ocuparam cargos públicos e tiveram condenações pelo Tribunal de Contas da União (TCU) reprovando suas gestões nos últimos oito anos, prazo em que deveriam estar inelegíveis, estão na disputa das eleições deste ano. Em agosto, O GLOBO mostrou que a Associação de Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) levantou 11 mil nomes de gestores que tiveram as contas reprovadas e deveriam ser enquadrados na Lei da Ficha Limpa se tentassem disputar a eleição deste ano.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dois desses ex-gestores já tiveram suas candidaturas deferidas. Procurado, o TCU informou que cabe à Justiça Eleitoral fazer o juízo sobre se cada candidato é inelegível por conta de condenações passadas. Por isso, mesmo tendo as contas reprovadas e sem cumprir o prazo legal, alguns candidatos podem conseguir concorrer. “Ao TCU cabe apresentar (ao TSE) a relação das pessoas físicas que se enquadram nos requisitos”de inelegibilidade, informa o órgão.

O candidato a prefeito de Macapá pelo PT, Marcos Roberto Marques da Silva, o Professor Marcos, está na lista. Esses gestores ficam inelegíveis, mas é possível judicializar a questão, buscando garantir a candidatura. Professor Marcos era secretário de Justiça e Segurança Pública do governo do Amapá quando, em 2009, um convênio foi assinado com a União para a locação de espaços e compra de equipamentos destinados a novos Centros de Referência e Atendimento à Mulher Vítima de Violência (Cram). Segundo o TCU, os pagamentos foram feitos, e os espaços ficaram ociosos. O tribunal apontou culpa do secretário. A reprovação das contas transitou em julgado em 2016. A inelegibilidade prosseguiria, então, até 2024. O candidato alega que não foi o responsável pela aplicação irregular de recursos do convênio, acompanhado pela Procuradoria do Estado.

Mudança nas datas de votação

Candidato a prefeito de Palmas, o ex-deputado estadual Marcelo Lelis (PV) se beneficiou da decisão do TSE que permitiu candidaturas de políticos com a ficha suja até outubro. Em razão da pandemia, a eleição foi adiada de 4 de outubro para 15 de novembro. O TSE entendeu, então, que o prazo de oito anos de inelegibilidade, contado a partir do processo eleitoral de 2012, se encerrou em outubro. Lelis foi condenado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico e captação ilícita na disputa eleitoral pela prefeitura de Palmas em 2012. Em 2015, o TSE confirmou a condenação em definitivo.

Candidato ao Senado na eleição suplementar em Mato Grosso, o ex-governador Pedro Taques (Solidariedade) pode ter problema com o registro de candidatura. No final de setembro, o ministro do TSE Mauro Campbell negou um recurso a Taques que tentou suspender a anotação de inelegibilidade na Justiça Eleitoral. Taques foi condenado pelo TRE-MT por ter utilizado a “Caravana da Transformação”, um programa assistencialista, para se autopromover na campanha de 2018, quando se candidatou à reeleição ao governo estadual e perdeu.

No Rio, o Tribunal de Contas (TCE) reprovou as contas de pelo menos seis gestores que concorrem este ano: Riverton Mussi (DEM), de Macaé; Timor (Republicanos), Japeri; Max Lemos (PSDB), Nova Iguaçu; Waguinho (MDB), Belford Roxo; Neto (DEM), Volta Redonda e Washington Reis (MDB), Duque de Caxias, que enfrenta ainda condenação por improbidade.

PARTIDOS DE CENTRO ESTÃO SE SAINDO MELHOR NA ELEIÇÃO DESTE ANO, DIZ PRESIDENTE DO IBOPE

GUILHERME AMADO / ÉPOCA

1. Com base nas pesquisas já feitas neste ano, é possível traçar um perfil do comportamento do eleitor nestas eleições?

No geral, partidos de centro estão se saindo melhor. Eleição municipal é pragmática, o eleitor quer ver quem tem mais capacidade para resolver os problemas da cidade. Afeta o dia a dia do eleitor. O lixo recolhido na porta de casa, a creche, o transporte público. Os problemas são cotidianos. Tem chance menor de candidatos desconhecidos porque existe uma necessidade do conhecimento dos problemas da cidade. Os candidatos que conseguirem mostrar um domínio ou soluções que sejam factíveis entram com mais competitividade. O eleitor para prefeito não quer saber de plano salvador. Não adianta aparecer sem experiência, sem conhecimento.

2. O discurso de extrema-direita continua atrativo para parte do eleitorado?

A extrema-direita está sem cara. O nível do conservadorismo do eleitor brasileiro é alto, mas na eleição municipal isso pouco importa, porque as pessoas estão preocupadas com o problema do ônibus, o buraco da rua. Há mais pragmatismo.

3. O desejo da mudança ainda está forte? Porque em 2016 já víamos isso, com a eleição do outsider João Doria e de Marcelo Crivella, novato no Executivo.

Em 2018, havia o espírito da mudança, um recado de quem queria dar um “não” à política, de mudar tudo que está aí. Em 2016, arriscaram com o novo. Agora, não tem esse componente. Agora, os eleitores não estão no espírito de arriscar uma nova experiência, até porque viveram quatro anos do que foi essa experiência do novo.

4. Quais são os problemas que mais têm aparecido como área de preocupação dos eleitores?

A Saúde, que sempre foi um problema desde 1989, quando o Ibope começou a monitorar os principais problemas dos municípios. A Educação ganhou uma importância maior pelo tempo que as crianças não estão na escola. Também aparecem a Segurança Pública e o Transporte Público, este último também agravado por causa da pandemia, com ônibus lotados e os prefeitos tendo de resolver o problema do transporte coletivo sem poder haver aglomeração. A corrupção também é um ponto. No Rio de Janeiro, apareceu fortíssima. A ordem e a intensidade desses cinco pontos podem variar de um município para o outro.

5. Quanto a pandemia vai influir no voto?

Em muitos municípios, a gestão do prefeito contra a pandemia está mais bem avaliada do que a gestão em si. As pessoas estão conseguindo separar bem uma coisa da outra. Agora, vai depender da campanha de cada candidato que tenta a reeleição ou fazer o sucessor, se eles vão conseguir alavancar seus nomes usando a boa avaliação sobre o que fizeram na pandemia.

Nas urnas, de acordo com Cavallari, o eleitor é mais pragmático e busca orientar o voto com base nos problemas locais, e não em questões ideológicas. Foto: Rodolfo Buhrer / Reuters
Nas urnas, de acordo com Cavallari, o eleitor é mais pragmático e busca orientar o voto com base nos problemas locais, e não em questões ideológicas. Foto: Rodolfo Buhrer / Reuters

6. A esquerda e o PT seguem enfrentando rejeição?

Em municípios com uma esquerda organizada, os candidatos estão conseguindo se sair bem, como a Manuela D’Ávila, em Porto Alegre, o Edmilson Rodrigues, em Belém, e o Guilherme Boulos, em São Paulo. Ainda não será nesta eleição que o PT vai conseguir se recuperar em termos de imagem. A gente vê outros candidatos da esquerda ocupando esse espaço. O PT ainda tem problemas de imagem. A questão esquerda versus direita na eleição municipal não tem tanto peso.

7. O Ibope voltou a fazer as pesquisas presenciais?

Sim. Os entrevistadores usam equipamentos de proteção individual para segurança deles e dos entrevistados, levam álcool em gel e álcool em spray para higienizar discos e cartelas usados nas entrevistas, todos plastificados, e tablets para manuseio dos entrevistados. E trocam luvas e máscaras a cada entrevista realizada.

8. As redes sociais serão tão importantes nestas eleições quanto foram em 2018? E a campanha na TV?

Sim, talvez até mais, porque, com a pandemia, a campanha vai ser feita de outra forma. Não vai ter tanto corpo a corpo quanto havia. Vai ser em outro formato. A TV é sempre importante, porque é quando começa a campanha na televisão que as pessoas se dão conta de que tem campanha e buscam se informar sobre quem são os candidatos. É a organização das candidaturas. As inserções têm mais importância do que o horário eleitoral, em que há menos paciência de ficar assistindo àquilo. Mas também não adianta ter um tempo grande se o candidato não souber usar de maneira eficaz, para atingir o eleitor.

9. Qual será o peso de Bolsonaro nestas eleições?

Os presidentes geralmente não influenciam de modo direto na eleição do município. O que vemos historicamente é que, após a eleição do presidente, há uma articulação para ampliar sua base de apoio. Quando Lula foi eleito em 2002, havia pouquíssimos municípios administrados pelo PT. Depois, houve uma articulação e essa base foi ampliada. Agora, com o Bolsonaro sem partido, essa articulação para a criação da base do presidente não vai se dar. Vai ser prejudicada também pelo fato de ele mesmo dizer que só vai ter um candidato aqui ou acolá. Vai ter um peso dependendo do candidato que é e da avaliação que ele terá. Em alguns, de interior, ele tem 70% de avaliação positiva. Em outros tem 20%.

 

Eleição 2020: O que são candidaturas impugnadas?

Desde o fim de setembro, com o fim do prazo dos pedidos de registros das candidaturas, a Justiça Eleitoral passou a julgar as impugnações dos candidatos e candidatas. 

Nesse momento da campanha, começam a pipocar notícias na imprensa dos nomes que estão impugnados na Justiça. Ou melhor, que estão sendo contestados.  

Esses questionamentos podem vir do Ministério Público ou de uma pessoa física, que geralmente são os adversários políticos. 

O eleitor, no entanto, acaba confundindo o que de fato é uma candidatura impugnada. O termo pode soar confuso por inferir que o processo já foi resolvido judicialmente, mas a coluna explica. 

Quando o pedido de registro do candidato é feito, é elaborado um edital, ou seja, um documento que oficializa aquela candidatura. Abre-se, então, um prazo de até cinco dias para que aquele pedido seja contestado sob diversos aspectos. 

A partir do momento em que um pedido de registro de candidatura é reclamado judicialmente, aquele candidato ou aquela candidata passam a ser analisados como “impugnados”. O caso, no entanto, ainda será analisado pela Justiça Eleitoral.  

A legislação eleitoral determina que todas as contestações sejam julgadas pelo menos 20 dias antes da eleição. Para isso, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) decidiu, na semana passada, convocar juízes suplentes para acelerar os julgamentos no Estado.  

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WAGNER MENDES

‘Meu candidato venceu a eleição, mas não assumiu’: por que isso acontece?

Confira os motivos mais comuns das impugnações 

  • Quando o cidadão incorrer em uma causa de inelegibilidade: ou seja, quando não conseguir comprovar o alistamento militar, quando for analfabeto, quando tiver condenação por abuso de poder político e econômico, entre outros pontos previstos na Lei da Inelegibilidade;  
  • Quando o cidadão não tiver condição de elegibilidade: ou seja, quando não tiver comprovado o domicílio eleitoral, quando não tiver filiação partidária, idade mínima, entre outros pontos previstos na Constituição Federal;  
  • Quando não apresentar os documentos necessários exigidos pela Justiça Eleitoral.

Volume de impugnações

Ao fim da segunda semana de campanha, o repórter Igor Cavalcante publicou no Diário do Nordeste reportagem sobre a quantidade parcial do levantamento de candidaturas nessa condição de contestação.

A Justiça Eleitoral já contabilizava 268 reclamações. Os casos, no entanto, ainda podem aumentar tendo em vista os novos prazos que são concedidos aos partidos que precisam fazer a substituição de candidatos. 

No calendário das eleições, as impugnações podem ocorrer em até cinco dias após o pedido de registro de candidatura. Como o volume de novos pedidos de candidatura será em menor fluxo, é esperado que a quantidade final de impugnações não cresça tanto assim até o dia do pleito. DN WAGNER MENDES

CACIQUES DE PARTIDOS TÊM PREFERÊNCIA EM ACESSO A FUNDO ELEITORAL

Guilherme Caetano e Sérgio Roxo / ÉPOCA

 

As bases políticas de dirigentes e os candidatos ligados a caciques nacionais têm tido prioridade na primeira leva de repasses dos partidos na disputa eleitoral deste ano. De acordo com os dados disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as dez legendas que mais receberam recursos do Fundo Eleitoral já tinham transferido até a noite de sábado para diretórios estaduais e candidaturas um total de R$ 279 milhões. 

 

O caso mais claro de relação da cúpula partidária com o principal beneficiário por recursos ocorre até agora no Progressistas. O diretório do Piauí, estado que possui apenas 2,5 milhões de eleitores, ficou com 21% de todos os recursos já transferidos pela sigla, o que equivalente a R$ 7,7 milhões. O presidente da legenda é o senador Ciro Nogueira (PI).

São Paulo, que possui 33,6 milhões de eleitores, recebeu até agora apenas R$ 4,6 milhões do comando do partido. A direção nacional do Progressistas informou que "os recursos serão distribuídos de forma proporcional, de acordo com  o  que foi estabelecido por uma comissão formada por deputados federais e senadores". Segundo o partido, o Piauí é o estado que recebeu os maiores valores porque "agilizou a entrega dos documentos exigidos pela legenda".

No PL, o ex-ministro Alfredo Nascimento, candidato à prefeitura de Manaus e presidente de honra da legenda, recebeu 36% da verba. Foram R$ 6 milhões repassados ao candidato, de um total de R$ 16,7 milhões. Procurada, a assessoria de comunicação do partido não retornou.

Ex-prefeito Cesar Maia é vereador no Rio Foto: Leo Martins / Agência O Globo
Ex-prefeito Cesar Maia é vereador no Rio Foto: Leo Martins / Agência O Globo

O vereador pelo Rio Cesar Maia, que tenta a reeleição, aparece em sexto lugar no ranking de principais beneficiários de repasses da direção nacional do DEM. Ele recebeu R$ 600  mil, o maior valor transferido a postulantes a uma vaga em câmaras municipais dentro da sigla. Cesar Maia, que já foi prefeito do Rio por três mandatos, é filho do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. A direção do DEM não retornou os contatos para comentar os critérios de distribuição de recursos do partido.

João Campos, candidato a prefeito de Recife e filho do ex-governador Eduardo Campos, levou 10% dos R$ 71,5 milhões distribuída pelo PSB, ficando em segundo lugar no ranking interno. O diretório pernambucano é o terceiro maior beneficiado (8%). O primeiro é São Paulo , com 12%. Governador de Pernambuco por dois mandatos, o pai de João Campos, que morreu em 2014 num acidente de avião durante a campanha presidencial de 2014, foi também presidente nacional do PSB.

João Campos, deputado Foto: Divulgação
João Campos, deputado Foto: Divulgação

Carlos Siqueira, atual presidente da legenda, diz que, pelo critério definido, São Paulo ficará com mais recursos ao final do primeiro turno porque foi o local onde os candidatos do PSB obtiveram mais votos para a Câmara dos Deputados na eleição de 2018. Ele afirma que a direção do estado pediu para receber os recursos em duas parcelas. Já João Campos, segundo o dirigente, só foi beneficiado porque o comando da sigla em Pernambuco solicitou.

“Estou passando para os estados. Quando o estado pede para passar para a conta do candidato, que foi o caso dele, eu passo”, disse Siqueira.

No PDT, Martha Rocha, candidata à prefeita do Rio, e José Sarto, candidato a prefeito de Fortaleza, foram os que mais receberam, cada um com R$ 4 milhões, o equivalente a 19% do total transferido pela legenda. O Rio tem mais do que o dobro de eleitores do que a capital do Ceará, estado de Ciro Gomes, candidato presidencial pedetista em 2018.

Canddiata do PDT, Martha Rocha, fez campanha em feira na Penha ao lado da casa da mãe Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo
Canddiata do PDT, Martha Rocha, fez campanha em feira na Penha ao lado da casa da mãe Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

No PT, partido que mais recebeu recursos do Fundo Eleitoral (R$ 201 milhões), a maior fatia do repasse até agora ficou com o diretório de Minas, que recebeu R$ 8,5 milhões. A quantia equivale a 16% dos R$ 52,6 milhões já transferidos pelo partido. O diretório da Bahia aparece em segundo, com R$ 6,4 milhões. O candidato a prefeito de São Paulo, Jilmar Tatto, é o terceiro, com R$ 4,3 milhões. A tesoureira do partido, Gleide Andrade, diz que o diretório de São Paulo ficará com a maior fatia dos recursos, mas a transferência para o estado ainda não ocorreu por causa da dificuldade na regularização da conta.

A deputada federal Joice Hasselmann, candidata do PSL à prefeitura, participou de um ato fechado à meia-noite deste domingo, com candidatos a vereador e filiados. Foto: Reprodução/Redes sociais
A deputada federal Joice Hasselmann, candidata do PSL à prefeitura, participou de um ato fechado à meia-noite deste domingo, com candidatos a vereador e filiados. Foto: Reprodução/Redes sociais

O PSL, segundo colocado no ranking de partidos beneficiários pelo fundo (R$ 199,4 milhões), passou mais recursos para o diretório de São Paulo: R$ 3,5 milhões, o equivalente a 17%. Entre os candidatos a prefeito, Joice Hasselmann, que concorre à prefeitura de São Paulo, foi a maior beneficiária. Ela recebeu R$ 1 milhão, apenas R$ 100 mil a mais do que a segundo colocada, a candidata a prefeita de Juiz de Fora (MG), Delegada Scheila. Enquanto Joice faz parte da ala do partido que rompeu com Jair Bolsonaro, a candidata da cidade mineira é fiel ao presidente.

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