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Bolsonaro faz discurso com clima de 'virada' a prefeitos em comício com Garcia e Zema

Por Ivan Martínez-Vargas e Guilherme Caetano — São Paulo/ O GLOBO

 

Em um comício com os governadores de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou passar um clima de "virada" a um público de aproximadamente 400 prefeitos e vereadores paulistas na tarde desta quinta-feira.

 

O comício foi realizado no ginásio da Portuguesa, na Zona Norte de São Paulo, e organizado pela campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato bolsonarista ao governo de São Paulo, com a ajuda de Garcia, candidato derrotado ao governo.

 

Tanto Bolsonaro quanto Tarcísio fizeram menções a supostos dados internos de suas campanhas apontando para um distanciamento de votos entre o presidente e Lula em estados do Sudeste e entre Tarcísio e Haddad.

 

Bolsonaro também pediu que os prefeitos convençam indecisos a voltarem nele.

 

— Não basta (ter) apenas o voto da família, tem que buscar fora dela. Nós já viramos Minas Gerais. Em São Paulo, ampliamos a vantagem — disse Bolsonaro, que disse ter crescido "em todos os estados" em intenções de voto. O presidente aparece numericamente atrás de Lula no último levantamento do Datafolha. Ambos estão empatados no limite da margem de erro.

 

Bolsonaro afirmou que “dá para virar voto de lá para cá”, em alusão a votos que no primeiro turno foram para Lula. — De cá para lá não vai, mas de lá para cá vem — disse.

 

'Eu vou saber expressar a minha gratidão'

 

Garcia mobilizou a base de prefeitos que o apoiaram no primeiro turno no intuito de auxiliar os bolsonaristas a ampliarem suas vantagens eleitorais no estado. Houve, porém, desfalque no evento. A organização esperava ao menos 500 pessoas.

 

Em seu discurso, Tarcísio de Freitas pediu o engajamento da base de prefeitos em sua campanha e na de Bolsonaro.

 

— Cada um de vocês tem uma missão — disse, ao pedir que os políticos distribuam material de campanha e “impulsionem vídeos”.

 

Segundo o advogado eleitoral Alexandre Rollo, resolução do Tribunal Superior Eleitoral determina que o impulsionamento de propaganda eleitoral só pode ser feito pelos candidatos, seus partidos e coligações, não por prefeitos da base aliada.

 

Ao pedir apoio, Tarcísio disse aos prefeitos que “saberá expressar gratidão”:

 

— Eu vou saber expressar a minha gratidão, o presidente vai saber expressar a gratidão dele — afirmou.

 

Beneficiar prefeitos por critério político fere o princípio da isonomia da gestão pública e pode ser questionado na Justiça.

 

Tarcísio disse, ainda, que “felizmente, o PT nunca governou o estado de São Paulo” e que um governo do partido no estado seria “uma chaga”.

 

— A gente tem que espantar esse mal (o PT) do Brasil. Vão faltar dois anos em que os senhores vão completar os seus mandatos. A tarefa vai ficar muito mais fácil se tiver um alinhamento do governo do estado com o governo federal. Vai ser muito mais fácil se o presidente Bolsonaro for presidente da República — afirmou Tarcísio.

 

O governador Garcia foi quem abriu o evento, com um discurso inflamado a favor de Bolsonaro. Parlamentares que o apoiaram veem o empenho do tucano como uma tentativa de obter espaço em um eventual novo governo do presidente.

Ao comentar o apoio de tucanos históricos ao ex-presidente Lula, Garcia partiu para o ataque:

— Questione os outros que tomaram outra decisão. Minha história de vida é o combate ao PT. O PT que votou contra a Constituição do Brasil, contra o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal. O PT que cometeu o maior assalto de dinheiro público deste país — disse, aos gritos.

O governador disse que “não havia outra decisão a tomar” se não apoiar Bolsonaro e Tarcísio “porque amo o Brasil”.

— Temos muito trabalho pela frente. Temos não só que virar voto, mas mostrar a verdade, a importância da reeleição do presidente Bolsonaro. Aqui ganhamos por 1,8 milhão de votos. Temos que conseguir 4 milhões de votos, tem que ser mais de 60% a 40% para a virada — afirmou.

 

Acompanharam Garcia ao palco aliados como o presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, e o presidente da Assembleia Legislativa, Carlos Pignatari (PSDB). Ambos eram próximos do ex-governador paulista João Doria (sem partido), notório desafeto de Bolsonaro. Doria deixou a sigla após a declaração de apoio de tucanos a Tarcísio e Bolsonaro.

Uma revista da Associação Nacional dos Prefeitos e Vice-Prefeitos do Brasil, com propaganda positiva do governo Bolsonaro e publicidade das Lojas Havan, foi distribuída aos convidados. A publicação listava a criação do Pix, que é um projeto do Banco Central idealizado na gestão Temer, e a transposição do rio São Francisco, iniciada no governo Lula, como ações do governo federal, embora tenham sido feitas em gestões anteriores.

 

 

 

 

Datafolha: Bolsonaro tem melhor patamar de aprovação e intenção de votos entre público do Auxílio Brasil

Eduardo Cucolo / FOLHA DE SP

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) alcançou numericamente os melhores patamares de intenção de votos e avaliação de governo entre pessoas que recebem o Auxílio Brasil ou moram com alguém que é beneficiário do programa, de acordo com a terceira rodada da pesquisa Datafolha feita após o primeiro turno das eleições.

Os novos números estão agora próximos do que foi verificado no primeiro levantamento feito após a votação.

A parcela dos entrevistados que afirmaram que irão votar no atual mandatário passou de 37% para 33% nos dois primeiros levantamentos e chegou agora a 40%. Considerando apenas votos válidos, foi de 40% para 35% e 42%, respectivamente.

Disseram que irão votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno 56% dos eleitores consultados, ante 62% na pesquisa anterior e 56% na primeira rodada. Nos votos válidos, o petista passou de 60% para 65% e 58%, respectivamente.

A margem de erro é de quatro pontos percentuais para esse público.

O levantamento, que ouviu 2.912 pessoas em 181 cidades entre terça (17) e quinta (19), foi contratado pela Folha e pela TV Globo e está registrado na Justiça Eleitoral sob o número BR-07340/2022.

Entre pessoas que não recebem o benefício, as intenções de votos praticamente não se alteraram nessas três semanas e estão agora em 46% para o petista e 47% para Bolsonaro.

Os eleitores beneficiados pelo auxílio representam 26% dos entrevistados.

Entre os eleitores de famílias que estão no programa, 53% responderam que "com certeza" votarão em Lula, ante 59% uma semana antes e 55% na primeira rodada. Para Bolsonaro, o percentual de certeza passou, respectivamente, de 36% para 32% e 37% nos três levantamentos.

Quando se consideram todos os entrevistados, beneficiados ou não pelo programa, Lula tem 49%, e Bolsonaro, 45% das intenções de voto neste momento.

Lula lidera por 57% a 37% no eleitorado que ganha até dois salários mínimos. Entre aqueles que ganham de dois a cinco mínimos, é Bolsonaro que tem uma vantagem: 52% a 43%. O atual presidente mantém a dianteira sobre o petista em todos os estratos de renda acima disso.

A pesquisa fotografa esta etapa da corrida eleitoral e não necessariamente prediz a votação que eles terão no dia 30, quando será realizado o segundo turno.

AVALIAÇÃO DO GOVERNO

Ainda de acordo com o Datafolha, 32% dos eleitores que recebem o benefício, ou moram com alguém que é beneficiário, consideram o atual governo ótimo ou bom, ante 29% na semana passada e 31% no primeiro levantamento após o primeiro turno.

São 39% os que consideram a gestão de Bolsonaro ruim ou péssima —eram 44% na última pesquisa e 41% na anterior. Já os que a classificam como regular somam 28%.

A avaliação negativa ficou pela primeira vez numericamente abaixo da marca de 40% nos levantamentos feitos desde maio nesse grupo. Em junho, chegou a 47%. A avaliação positiva começou em 19% em maio.

Entre os que não recebem o auxílio, os percentuais de avaliação oscilaram um ponto desde a última pesquisa para 40% de aprovação e 39% de reprovação.

REJEIÇÃO

A rejeição a Bolsonaro está em 53% entre os beneficiados pelo programa e em 46% entre os demais eleitores entrevistados. Rejeitam Lula 37% e 45%, respectivamente.

Entre os que recebem o Auxílio Brasil, 24% dizem confiar sempre no que o presidente diz. Antes do primeiro turno, eram 18%.

Segundo o levantamento, 50% dos beneficiários dizem nunca confiar nas falas de Bolsonaro, ante 55% na rodada anterior e 49% uma semana antes.

AUXÍLIO E FGTS

Auxílio Brasil recebeu reajuste para R$ 600 dois meses antes da eleição e teve seu alcance ampliado às vésperas do segundo turno. Na semana passada, a Caixa iniciou a contratação do empréstimo consignado para esses beneficiários. Neste mês, o calendário de pagamentos foi antecipado para o período de 11 a 25 de outubro, antes do segundo turno.

reajuste do valor do benefício foi uma das principais apostas de Jair Bolsonaro nesta eleição. De 19 a 30 de setembro, a renda foi paga a 20,65 milhões de famílias, 450 mil a mais do que em agosto, quando 20,2 milhões tiveram direito. Segundo o Ministério da Cidadania, o Auxílio Brasil é pago a 21,1 milhões de famílias em outubro, após a inclusão de 480 mil novos beneficiários.

No primeiro turno, contudo, a expansão do programa não conseguiu reverter a tendência de votos no PT entre os mais pobres.

O presidente lançou uma ofensiva adicional para tentar cooptar o eleitorado que ganha até dois salários mínimos ofertando um adiantamento de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ainda não recebidos pelo trabalhador para uso em casa própria.

Eleição vai ser decidida na moedinha e na guerra da abstenção

Vinicius Torres Freire / folha de sp

 

"Vai ser na moedinha", diz um amigo cientista social a respeito das pesquisas do segundo turno da eleição. Isto é, a eleição está tão apertada que o Imponderável da Silva das estatísticas nos diz que não se pode descartar um resultado próximo do empate entre Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Não é possível fazer projeções sobre o número de abstenções e votos válidos, o que vai ser relevante e provavelmente decisivo. A batalha do transporte público grátis (ou não) vai se intensificar. O assédio eleitoral está sendo denunciado aos montes, mas também não sabemos a extensão dessa violência em empresas, serviço público e, quem sabe, em áreas controladas por milícias e outras facções criminosas.

Vai aumentar ou diminuir? Quem tem medo de punição? Os crimes eleitorais são julgados tardiamente, quando o são. Há gente que perde mandato quase no final do governo.

A abstenção no segundo turno costuma ser maior. Em média, o número de pessoas que vai às urnas na segunda rodada de votação é 2,6% menor do que na primeira. Pelo menos tem sido assim desde 2006, para ficar apenas em eleições mais recentes (e lembrando que em 1994 e 1998 não houve segundo turno na disputa presidencial). O ambiente político-eleitoral mudou tanto que as eleições anteriores parecem ter acontecido em outro país —na verdade, foi esse o caso.

Se o aumento médio de abstenção entre os dois turnos se repetisse nesta eleição de 2022, seriam 3,2 milhões de eleitores a menos. Pode bagunçar totalmente o resultado das pesquisas.

Mas esses números servem apenas para indicar o quão imprevisível se tornou a disputa. Note: a diferença entre Lula e Bolsonaro anda agora em torno de 4 pontos percentuais na pesquisa Datafolha. A diferença no primeiro turno ficou entre 4 e 5 pontos, a depender do modo que se faça a conta com os resultados do TSE.

Enfim, esse aumento médio de abstenção é apenas isso: médio. Variou de no mínimo 1,2% no segundo turno da eleição de 2018 (Bolsonaro contra Fernando Haddad, PT) até 4,3% em 2010 (Dilma Rousseff, PT, contra José Serra, PSDB). O que vai ser neste 2022?

Como dizia Manuel Bandeira sobre outro assunto de vida e morte, esse "cálculo das probabilidades é uma pilhéria". Além de não podermos prever que tipo de eleitor vai deixar de votar no dia 30 de outubro, não sabemos também se o voto do segundo turno vai ser tão decidido como no primeiro. Isto é, não temos como saber da quantidade de nulos e brancos, que foi a mais baixa desde 1989.

Na primeira rodada de 2022, a parcela de votos inválidos foi de apenas 4,4%, ante uma média de quase 9% desde 2006. É uma diferença brutal. Outra vez: é tão grande quanto a diferença de Lula e Bolsonaro no Datafolha divulgado nesta quarta-feira.

De 2006 a 2014, o número de votos inválidos diminuiu no segundo turno. Na eleição passada, em 2018, aumentou. Sinal de rejeição maior aos dois finalistas? É um chute. O fenômeno vai se repetir neste ano? É um chute piorado.

A diferença entre Lula e Bolsonaro seria quase zero, no limite improvável da margem de erro da pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira. Mas há outros erros. A camuflagem do eleitor bolsonarista mais militante, o voto enrustido ou a recusa de responder à pesquisa, ainda é uma hipótese sobre a mesa, entre outros possíveis problemas. Pode ser que os novos adeptos de Bolsonaro, que votaram em outros candidatos no primeiro turno, sejam menos propensos a recorrer à camuflagem. Mas a campanha contra as pesquisas eleitorais pode ter engajado novos eleitores.

Estamos bem no escuro.

Datafolha chega em clima de empolgação no QG bolsonarista na reta final do 2º turno

Por Rafael Moraes Moura — Brasília / o globo

 

Na reta final do segundo turno destas eleições, o QG do presidente Jair Bolsonaro passou a ter dias de entusiasmo e otimismo com os rumos da campanha eleitoral. Levantamentos dos principais institutos de pesquisa apontam um encurtamento da vantagem de Lula sobre Bolsonaro.

 

A última pesquisa Datafolha, divulgada nesta quarta-feira (19), mostra Lula com 52% dos votos válidos, ante 48% de Bolsonaro – os dois estão próximos no limite da margem de erro, que é de dois pontos percentuais.

 

Para integrantes do núcleo duro da campanha bolsonarista, esse movimento se deve aos efeitos do Auxílio Brasil, da recuperação da economia e da queda de preços – e do aumento à rejeição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), resultado da estratégia do PL de resgatar a memória dos escândalos de corrupção do mensalão e do petrolão.

 

O QG bolsonarista também tem se empolgado com a expectativa de vitória do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Freitas aparece com larga vantagem sobre o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) – 55% a 45% dos votos válidos, segundo a pesquisa mais recente do Datafolha.

 

Nesta quinta-feira, Bolsonaro se reúne com Tarcísio e o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), em evento com prefeitos e vereadores no ginásio do Canindé para convocar os aliados para aumentar a vantagem de Bolsonaro em São Paulo, maior colégio eleitoral do país.

 

À noite, Bolsonaro será recebido com pompa e tapete vermelho no hall nobre do Palácio dos Bandeirantes, onde está prevista uma “pizzada” com aliados.

 

Derrotado na disputa pela reeleição, Garcia pretende angariar mais votos para Bolsonaro nas cidades de maior parte da grande São Paulo, como São Bernardo e São Caetano, já que o presidente teve bom desempenho no interior no primeiro turno.

 

Os bolsonaristas mais entusiasmados avaliam que é possível ampliar a vantagem do atual ocupante do Palácio do Planalto sobre Lula para ao menos 15 pontos percentuais no Estado – no primeiro turno, o placar foi Bolsonaro com 47,71% dos votos, ante 40,89% do petista.

 

Aliados do presidente também têm comemorado que, em trackings encomendados pela própria campanha, o chefe do Executivo aparece à frente de Lula pela primeira vez desde o início da disputa eleitoral, conforme a equipe da coluna apurou com dois integrantes do núcleo duro do QG bolsonarista e um terceiro aliado do mandatário no Congresso.

 

A diferença entre Bolsonaro e Lula, nesses levantamentos, ainda é pequena – de cerca de dois pontos percentuais. É um placar apertado, mas que já foi suficiente para melhorar o ânimo de bolsonaristas, que foram obrigados nos últimos dias a apagar o incêndio provocado no episódio do “pintou um clima” com meninas venezuelanas.

 

Na guerra dos “trackings”, até mesmo a campanha do PT tem em mãos números que mostram que encurtou radicalmente a vantagem de Lula sobre Bolsonaro em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do País.

 

No primeiro turno, Lula obteve 560 mil votos a mais que Bolsonaro entre os mineiros – 48,29% a 43,60%, um resultado muito parecido com o nacional, que foi de 48,43% a 43,20%.

 

Tanto lulistas quanto bolsonaristas consideram Minas peça-chave no mapa eleitoral, já que desde a redemocratização, todos os presidentes escolhidos pelo voto popular venceram no Estado.

 

Apesar da euforia por ora, até os bolsonaristas mais radicais estão convencidos de que a eleição vai ser definida por um placar apertadíssimo – há quem estime uma diferença de apenas 3 milhões de votos, inferior à vantagem de Dilma Rousseff (PT) sobre Aécio Neves (PSDB), em 2014, de 3,6 milhões de votos.

 

“Vai ser uma carnificina”, resume um senador bolsonarista.

 

Datafolha em SP no segundo turno: Tarcísio tem 49% das intenções de voto; Haddad, 40%

Por Levy Teles / o estadão

 

O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) continua à frente na disputa ao Palácio dos Bandeirantes e tem 49% das intenções de voto, nove pontos porcentuais acima do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que aparece com 40%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira, 19.

 

Há 8% de paulistas que irão votar branco ou nulo e 3% indecisos. Os votos válidos, que não contabilizam os brancos e nulos, apontam Tarcísio com 55% e Haddad, 45%.

 

Tarcísio venceu o primeiro turno da eleição para governo do Estado de São Paulo.
Tarcísio venceu o primeiro turno da eleição para governo do Estado de São Paulo. Foto: Alex Silva/Estadão

Nos votos totais, o ex-ministro do governo Bolsonaro oscilou negativamente um ponto porcentual para baixo em comparação à pesquisa anterior, do dia 7, enquanto o petista manteve os mesmos 40%. Nos votos válidos, o cenário se mantém o mesmo.

Haddad lidera no índice de rejeição, com 49% da reprovação dos paulistas, ante 42% de Tarcísio.

A porcentagem de paulistas que já decidiram em que candidato votar par ao governo do Estado oscilou um ponto para baixo. Agora, 87% da amostra estão do com o voto decidido e 13% consideram mudar.

Contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, a pesquisa divulgada nesta quarta-feira foi realizada entre 17 e 19 de outubro e entrevistou 1.806 eleitores presencialmente em 74 cidades. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01542/2022. A margem de erro é dois pontos para mais ou para menos.

Pesquisas eleitorais

No primeiro turno, o candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, teve 9,8 milhões de votos (42,3%), enquanto o petista recebeu 8,3 milhões de votos, 35,7% do total contabilizado pela Justiça Eleitoral. Os números foram divergentes com os dados divulgados na véspera do primeiro turno por parte de pesquisas.

“A gente não pode dizer que houve erro. A pesquisa não prevê acertar resultados, não é prognóstico”, disse a diretora do Datafolha, Luciana Chong, em entrevista à GloboNews, um dia depois da realização do primeiro turno.

Após a eleição do dia 2 de outubro, o ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu à Polícia Federal para que investigue os institutos de pesquisa. No dia 6, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos de pesquisa de intenção de voto.

Na quinta-feira, 14, o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Cordeiro, determinou a abertura de um inquérito para investigar as empresas Datafolha, Ipec e Ipespe, sob o argumento de haver indícios de que os institutos de pesquisa atuaram “na forma de cartel” para “manipular” as eleições, cometendo o mesmo erro sobre o resultado da votação do último dia 2 para escolher quem vai comandar o País nos próximos quatro anos, a partir de 2023.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, suspendeu as investigações abertas. Moraes pediu para a Corregedoria-Geral Eleitoral e a Procuradoria-Geral Eleitoral investigarem se houve abuso de autoridade e de poder para favorecer candidatura do presidente Jair Bolsonaro.

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