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Lula grava vídeo para candidato adversário do PT em João Pessoa

Natalia Portinari /O GLOBO

 

BRASÍLIA — Em meio a uma disputa entre o PT Nacional e o diretório municipal do partido em João Pessoa (PB), o ex-presidente Lula gravou um vídeo em apoio ao candidato a prefeito e ex-governador Ricardo Coutinho (PSB). Ele é concorrente direto de Anísio Maia, postulante do PT no município. A informação foi antecipada pelo colunista do GLOBO Lauro Jardim.

 

 

O partido briga na Justiça para invalidar a candidatura de Anísio Maia, escolhido pelo PT municipal para disputar a Prefeitura. A direção nacional apoia Ricardo Coutinho. Por enquanto, porém, a Justiça eleitoral determinou que Maia siga como candidato e excluiu o PT da chapa de Coutinho.

No último sábado, o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) determinou que uma propaganda com o vídeo do ex-presidente fosse retirada do ar. A justificativa é que Lula, considerado um "apoiador", ocupava mais de 25% do tempo do programa, infringindo a lei eleitoral. Coutinho está liberado para usar o vídeo em um intervalo menor de tempo, porém.

— Eu conheço o Ricardo Coutinho há muito tempo. Eu já tive divergência com Ricardo Coutinho. (...) Foi prefeito duas vezes, foi governador duas vezes (...) Mas uma coisa eu posso dizer para vocês. O Ricardo Coutinho é uma das figuras mais extraordinárias e mais sérias que eu já conheci — diz Lula no vídeo.

Até 2009, era proibido usar na propaganda eleitoral declarações de pessoas filiadas a partidos políticos concorrentes ou pertencentes a coligações opostas na eleição. Hoje, só há vedação desse tipo no segundo turno.

O advogado eleitoral Marcellus Ferreira Pinto afirma que Lula pode ter violado o estatuto do PT ao gravar propaganda para um concorrente, já que o partido considera como violação ética e disciplinar "a propaganda de candidato ou candidata a cargo eletivo de outro Partido ou de coligação não aprovada pelo PT" — e formalmente, após decisão da Justiça, o candidato do partido é Anísio Maia.

Ricardo Coutinho, que deixou o cargo de governador em 2018, acumula denúncias e investigações por corrupção e lavagem de dinheiro. Acusado pelo Ministério Público de chefiar uma organização criminosa, chegou a ser preso pela Operação Calvário.

Procurado, o PT e a candidatura de Anísio Maia não se pronunciaram até o momento.

 

Comício informal de Boulos gera aglomeração no Largo da Batata

Alessandra Monnerat, O Estado de S.Paulo

 

Um evento do candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, gerou aglomeração no Largo da Batata neste domingo, 1. Fotos publicadas pela campanha nas redes sociais mostram centenas de pessoas reunidas para ouvir discursos de parlamentares do partido, artistas da periferia, líderes de movimentos sociais e do próprio Boulos, feitos de um palco improvisado. Uma parte significativa usava máscaras, mas não houve distanciamento social.

 

De acordo com a coordenação da campanha, a ideia inicial era distribuir materiais como adesivos e panfletos para apoiadores na reta final, mas a reunião teve público maior que o previsto — atraído, talvez, pela estrutura montada e avisos de que parlamentares participariam. Nos comentários das postagens, alguns apoiadores reclamaram da falta de cumprimento de medidas de distanciamento social para evitar contaminação pelo novo coronavírus.

“Foi orientado o distanciamento e tinha apoiadores distribuindo álcool gel”, afirma o coordenador da campanha de Boulos, Josué Rocha. “O evento acabou tendo um público maior que o previsto. A previsão era focar na distribuição de material de campanha”.

O evento foi anunciado nas redes de Boulos como o “Mutirão da Virada”. A campanha não chamou a reunião de comício, mas o candidato a prefeito, os deputados federais Sâmia Bomfim e Glauber Braga e o deputado estadual Carlos Giannazi — todos do PSOL — estiveram presentes. A Justiça Eleitoral não veta a realização de comícios ou de reuniões partidárias, mas orienta o cumprimento de medidas sanitárias e deixa claro que atos do tipo não são atualmente recomendados.

Alessandra Monnerat, O Estado de S.Paulo

02 de novembro de 2020 | 14h19

Um evento do candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, gerou aglomeração no Largo da Batata neste domingo, 1. Fotos publicadas pela campanha nas redes sociais mostram centenas de pessoas reunidas para ouvir discursos de parlamentares do partido, artistas da periferia, líderes de movimentos sociais e do próprio Boulos, feitos de um palco improvisado. Uma parte significativa usava máscaras, mas não houve distanciamento social.

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Evento de campanha de Guilherme Boulos gerou aglomeração no Largo da Batata. Foto: Reprodução

De acordo com a coordenação da campanha, a ideia inicial era distribuir materiais como adesivos e panfletos para apoiadores na reta final, mas a reunião teve público maior que o previsto — atraído, talvez, pela estrutura montada e avisos de que parlamentares participariam. Nos comentários das postagens, alguns apoiadores reclamaram da falta de cumprimento de medidas de distanciamento social para evitar contaminação pelo novo coronavírus.

“Foi orientado o distanciamento e tinha apoiadores distribuindo álcool gel”, afirma o coordenador da campanha de Boulos, Josué Rocha. “O evento acabou tendo um público maior que o previsto. A previsão era focar na distribuição de material de campanha”.

O evento foi anunciado nas redes de Boulos como o “Mutirão da Virada”. A campanha não chamou a reunião de comício, mas o candidato a prefeito, os deputados federais Sâmia Bomfim e Glauber Braga e o deputado estadual Carlos Giannazi — todos do PSOL — estiveram presentes. A Justiça Eleitoral não veta a realização de comícios ou de reuniões partidárias, mas orienta o cumprimento de medidas sanitárias e deixa claro que atos do tipo não são atualmente recomendados.

Caravanas. Nas caravanas previstas para ocorrer esta semana, a coordenação da campanha disse querer evitar uma aglomeração como a deste domingo. “Esperamos um público bem menor, porque são vários eventos ao longo do dia, em diferentes bairros, de forma descentralizada”, afirma Rocha.

A campanha planeja atividades de caminhada e panfletagem. Os bairros pelos quais Boulos vai passar foram decididos por votação online. Nesta terça-feira, 3, o candidato visitará bairros da região central, como Brás, Santa Cecília e Bela Vista. “Uma das nossas necessidades desde o início da campanha é aumentar a taxa de conhecimento do Boulos. Essas ações são importantes para conseguir dialogar com a população”, diz o coordenador da campanha.

A candidata a vice, Luiza Erundina, participará de atividades de quinta-feira, 5, em Sapopemba e São Miguel Paulista, ambos na zona leste. Com 85 anos de idade, a ex-prefeita usará uma espécie de “papamóvel”, um veículo adaptado com placas de acrílico, para comparecer aos eventos sem correr o risco de contrair covid-19.

Isolado nas capitais, PT mira retomada a partir de cidades médias

JOÃO PEDRO PITOMBO / FOLHA DE SP
SALVADOR

Com candidaturas pouco competitivas nas principais capitais, o PT mira nas cidades médias e tem chances de vitória em pelo menos oito cidades de interior com mais de 200 mil eleitores no pleito municipal deste ano.

Na maior parte das cidades médias, a estratégia foi lançar candidaturas de ex-prefeitos que chegam à campanha amparados por um reconhecimento de campanhas anteriores e pela marca da experiência.

O objetivo do partido é retomar espaço dentre os 96 maiores colégios eleitorais brasileiros, grupo que inclui as 26 capitais de estados e 70 cidades de interior com mais de 200 mil eleitores, onde há segundo turno caso nenhum candidato tenha mais da metade dos votos válidos.

 

Na eleição de 2016, na esteira das investigações da operação Lava Jato, o PT teve um de seus piores resultados em pleitos municipais e elegeu apenas um prefeito no então grupo de 93 maiores colégios eleitorais com mais de 200 mil eleitores.

A vitória foi em Rio Branco, no Acre, com a reeleição do então prefeito Marcos Alexandre. Este, contudo, deixou o mandato em 2018 para disputar o governo do estado, deixando os petistas sem governar nenhuma cidade dentre os maiores colégios eleitorais do país.

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Para mudar este quadro, o partido confia na experiência de seus quadros para reconquistar terreno em cidades médias. Por outro lado, enfrenta obstáculos como menos partidos aliados e o fato de estar na oposição ao governo federal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Dentre as capitais de porte médio, o PT lidera a corrida pela Prefeitura de Vitória (ES) com a candidatura de João Coser. O petista foi prefeito de 2005 a 2012 da capital capixaba, que tem cerca de 360 mil habitantes.

“Minha candidatura atende a um chamado das ruas. Em um período de crise como este, a cidade precisa de um gestor experiente com um projeto realista e sensibilidade para cuidar das pessoas”, afirma Coser, que elenca uma série de feitos de suas gestões nas áreas de educação, saneamento e assistência social.

Segundo pesquisa Ibope, Coser tem 22% das intenções de voto e está empatado na liderança com Gandini (Cidadania), candidato apoiado pelo atual prefeito Luciano Rezende (Cidadania).

Para Coser, ao contrário do pleito de 2016, o antipetismo não deve ser um fator determinante nas eleições municipais deste ano. Ele diz que sua candidatura terá capacidade de atrair um eleitorado para além do campo da esquerda.

“Os adversários vão querer usar isso [antipetismo] contra mim, mas não me preocupo. Estou no PT há 40 anos, a cidade me conhece e sabe que sou do partido. Ser do PT é uma qualidade, não um demérito.”

Discursos semelhantes têm sido repetidos em outras cidades de médio porte e cidades grandes que não são capitais. Em pelo menos outra seis, os candidatos são ex-prefeitos que estão tentando retomar o poder em suas cidades.

Maior colégio eleitoral do país fora das capitais, Guarulhos (SP) caminha para um segundo turno entre o prefeito Guti (PSD) e o ex-prefeito Elói Pietá (PT), que governou a cidade de 2001 a 2008.

Pietá tem destacado sua experiência como prefeito e faz críticas à atual gestão. “Estou voltando porque estou indignado com esta paralisia na nossa cidade”, disse o petista em propaganda no horário eleitoral.

mesma estratégia está sendo adotada em cidades como Contagem (MG), Santarém (PA), Anápolis (GO), Caxias do Sul (RS) e Vitória da Conquista (BA). Em todas elas, o PT disputa a eleição com ex-prefeitos que buscam resgatar a memória de suas gestões.

Em Contagem, cidade de 660 mil habitantes da Grande Belo Horizonte, a deputada estadual e ex-prefeita Marília Campos disputa o cargo na condição de favorita em uma coligação que inclui MDB, PSB e PC do B.

Na terceira maior cidade de Goiás, Anápolis, o ex-prefeito Antônio Gomide (PT) tenta voltar ao comando da prefeitura nesta eleição. Ele governou o município de 2009 a 2014, quando renunciou para disputar o governo do Estado –acabou em quarto lugar, com 10% dos votos.

Já na cidade de Vitória da Conquista, terceira maior da Bahia, o deputado estadual e ex-prefeito José Raimundo tenta voltar ao cargo. A cidade é simbólica para o PT: foram 20 anos de gestões petistas na cidade de 1997 a 2016, quando o partido perdeu para Herzem Gusmão (MDB).

O PT também tem candidaturas competitivas em Juiz de Fora (MG) e Feira de Santana (BA), cidades onde os candidatos são deputados que já disputaram a prefeitura em outras oportunidades, mas nunca venceram.

Na cidade mineira, a deputada federal Margarida Salomão disputa a prefeitura pela quarta vez consecutiva. Nas eleições de 2008, 2012 e 2016, ela chegou a ir para o segundo turno, mas perdeu as três eleições.

Em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, o deputado federal Zé Neto vive situação semelhante. Ele vai para a sua quinta tentativa de eleger-se prefeito –disputou o cargo em 1996, 2004, 2012 e 2016.

Nesta campanha, ele tem como âncoras a popularidade do governador Rui Costa e obras realizadas na cidade pelo governo federal durante as gestões petistas. E diz que, desta vez, está mais otimista para uma possível vitória.

“Fui candidato à prefeito em 2016 e sei o que o PT viveu. Enfrentamos uma onda antipetista muito forte. Mas o PT enfrentou a tormenta, resistiu e está se recompondo. Somo um partido muito enraizado na sociedade”, diz o petista.

Eleições João Pessoa: ex-governador e radialista disputam liderança

Natalia Portinari / o globo

 

BRASÍLIA — Dois expoentes da “velha política”, um radialista filiado ao MDB e um deputado estadual que garante em sua propaganda ter “mãos limpas” despontam na disputa pela prefeitura em João Pessoa. Na última pesquisa Ibope, de 22 de outubro, é o ex-governador e ex-prefeito Cícero Lucena (PP) o primeiro colocado, com 21%. Em segundo lugar, com 15%, está Nilvan Ferreira (MDB), radialista líder de audiência, defensor de pautas bolsonaristas e firme crítico dos governos locais.

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Lucena quase foi impedido de se candidatar. Ele foi julgado inelegível pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por irregularidades em um contrato com a Embratur quando era prefeito de João Pessoa. A Justiça Federal derrubou a inelegibilidade. O ex-governador e ex-senador tem histórico com o Judiciário: em 2005, foi preso pela suspeita de desviar R$13 milhões de obras públicas através de licitações fraudulentas quando era governador. Foi inocentado em 2019.

— Passei muito tempo buscando o esclarecimento de fatos que pesavam sobre mim de forma injusta — disse Lucena ao GLOBO.

Ele vê sua posição nas pesquisas como algo natural, já que, durante uma pandemia, o eleitor procura “quem tem mais experiência, história, serviço prestado”.

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Já Nilvan Ferreira, em 2017, foi alvo de uma batida em suas lojas por vender produtos falsificados, fato hoje sob investigação criminal e citado sempre pelos opositores. O candidato diz que a operação foi armada pelo ex-governador Ricardo Coutinho (PSB).

— A cidade precisa, nesse momento, de mudança. Não sou político, sou outsider.

No terceiro lugar do Ibope, com 10%, está Coutinho, que deixou o cargo de governador em 2018 e acumula denúncias e investigações por corrupção e lavagem de dinheiro. Já o deputado estadual Wallber Virgolino (Patriota), também com 10%, rivaliza com Nilvan pelo eleitorado de direita, apostando na bandeira da renovação. As candidaturas conseguiram pulverizar a intenção de voto até agora, e muitos se preparam para surpresas na reta final.

Na esquerda, o PT trava uma batalha com o diretório municipal para impedir que o deputado estadual Anísio Maia se candidate. O partido queria compor uma chapa com Coutinho, mas os dirigentes municipais discordam. A última decisão da Justiça Eleitoral permite que Anísio siga como candidato. Ele só tem 1% das intenções de voto no Ibope, no entanto.

Os padrões do comportamento civilizado

O ESTADO DE SP

Numa democracia saudável, a luta pelo poder, por mais acirrada que seja, não pode servir de pretexto para que se violentem os padrões básicos de comportamento civilizado. Em outras palavras, todos, candidatos e eleitores, devem respeitar esses limites ditados pela decência – que, ao fim e ao cabo, é requisito fundamental para o reconhecimento mútuo da legitimidade dos que disputam o poder.

Há algum tempo, contudo, a democracia brasileira vem sendo rebaixada por alguns a uma briga de rua, em que vence aquele que desafia os paradigmas morais que, sempre se acreditou, viabilizam a vida em sociedade. A briga de rua premia os que tratam o oponente de forma desumana, sem qualquer freio ditado pelos princípios éticos; já os que nutrem respeito pelo adversário, no mínimo por honradez, são tratados como fracos.

Quando Celso Russomanno, candidato à Prefeitura de São Paulo, sugere que seu principal adversário na disputa, o prefeito Bruno Covas, pode não terminar o mandato caso seja reeleito, revela por inteiro a ausência de limites morais que tão mal tem feito à democracia no País.

Como se sabe, o prefeito Bruno Covas sofreu de câncer. Segundo seus médicos, o tratamento a que o prefeito vem sendo submetido controlou a doença e lhe deu condições não apenas de continuar à frente do cargo, como também de concorrer à reeleição. É absolutamente repugnante que um candidato explore a doença grave de um adversário para tentar lhe tomar votos.

Ao contrário do que pensam os bolsonaristas como o sr. Russomanno, há uma linha de dignidade que não pode ser cruzada em nenhuma hipótese, pois eleição não é uma disputa terminal, de vida ou morte, que, ao menos para os amorais, justificaria toda sorte de barbaridades.

Não faz muito tempo, a presidente Dilma Rousseff, de triste memória, reconheceu que ela e seus correligionários faziam o “diabo” em época de eleição. Tal admissão causou na ocasião uma compreensível repulsa por parte dos cidadãos de bem, já bastante agastados com as artimanhas tinhosas do lulopetismo, mas ao mesmo tempo foi útil para revelar até onde estavam dispostos a ir o sr. Lula da Silva e seus discípulos para se agarrar ao poder.

Rasgada a fantasia de campeão da ética, com a qual o lulopetismo enganou muitos incautos por décadas, ficou claro para todos que a política, conforme concebida pelo PT, não era mais uma disputa de ideias, mas guerra aberta em que o adversário devia ser aniquilado.

Nisso o PT encontrou em Jair Bolsonaro seu inimigo ideal. Desde os tempos de deputado do baixo clero, o hoje presidente se notabilizou por defender nada menos que a destruição – física, até – de seus oponentes. Bolsonaro elegeu-se presidente criando e explorando fake news em redes sociais para desmoralizar seus concorrentes, atualizando o conceito de “fazer o diabo” na campanha. 

Uma vez na Presidência, Bolsonaro não perde seu tempo governando, coisa que, de resto, seria incapaz de fazer; concentra suas energias em sua campanha antecipada pela reeleição e, para esse fim, não se constrange em explorar a pandemia de covid-19 e seus cerca de 160 mil mortos para tentar ganhar votos. Estimula aglomerações, menospreza a vacina e incentiva os cidadãos a tomar remédio sem eficácia comprovada, tudo para se livrar do fardo de liderar o País neste momento tão difícil e para atribuir a terceiros – seus adversários políticos – a responsabilidade pela crise. 

O sucesso eleitoral de Bolsonaro inspirou muitos outros oportunistas a apostar na imoralidade como estratégia de campanha. Assim, uma verdadeira malta de arruaceiros políticos, a exemplo do mestre, investe na confusão e na truculência como ativo eleitoral.

Resta torcer para que a rejeição a candidatos apoiados tanto por Bolsonaro como por Lula, detectada em algumas pesquisas, se confirme, pois assim ficará claro que nem todos os eleitores se sentem confortáveis em viver numa sociedade desprovida de solidariedade e respeito ao próximo, que é a sociedade idealizada pelos liberticidas bolsonaristas e lulopetistas.

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