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Sergio Moro atinge 11% em primeira pesquisa de intenção de voto após filiação

Ex-ministro da Justiça do governo BolsonaroSergio Moro aparece com 11% das intenções de voto em pesquisa feita pela Ponteio Política. É o primeiro levantamento feito após o ex-juiz ter se filiado ao Podemos.

Moro fica com o terceiro lugar das intenções de voto, atrás de Lula (37%) e Jair Bolsonaro (24%), deixando Ciro Gomes (8%) para trás. Foram entrevistadas mil pessoas em todo o País, entre os dias 16 e 18 de novembro.

Com margem de erro de 3 pontos percentuais, o levantamento indica que há espaço para que uma candidatura fora dos extremos – a chamada terceira via – pode chegar ao segundo turno. ISTOÉ

PSDB escolhe nas prévias quem deve perder a eleição

Por Bernardo Mello Franco / O GLOBO

 

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O PSDB escolhe no domingo o seu candidato à Presidência. Pelo que sugerem as pesquisas, o vencedor deve conquistar o direito de perder a eleição de 2022. Fora da bolha tucana, João Doria e Eduardo Leite exibem desempenho de nanicos. Oscilam entre 2% e 4% das intenções de voto.

Durante 20 anos, PSDB e PT polarizaram a política brasileira. Os tucanos venceram duas corridas presidenciais e chegaram ao segundo turno em outras quatro. Na oposição ao petismo, caminharam para a direita e apostaram na retórica moralista. Esse discurso foi pelos ares quando Aécio Neves pediu R$ 2 milhões ao dono da JBS.

O declínio do PSDB se agravou com a ascensão de Jair Bolsonaro. O capitão roubou a bandeira do antipetismo e a preferência da elite econômica. Traído pelo próprio partido, Geraldo Alckmin recebeu míseros 4% dos votos em 2018. Ao fim da campanha, precisou pedir emprego no programa do Ronnie Von.

Massacrado nas urnas, o PSDB perdeu o rumo e a identidade. Sua bancada federal virou um apêndice do Centrão. Vota com o governo em troca de cargos e emendas. Doria e Leite, que surfaram a onda bolsonarista, agora dizem fazer oposição. Mas não conseguem explicar por que demoraram tanto a notar os defeitos do presidente.

As prévias serão lembradas por momentos pitorescos. Em outubro, Doria causou constrangimento ao perguntar, no interior da Paraíba, se alguém na plateia já tinha viajado para Dubai. Nesta semana, um vereador conhecido como Cabelinho divulgou vídeo em que ensina a fraudar a eleição interna.

Os tucanos dizem que a disputa marca uma evolução da sigla, que costumava escolher candidatos em restaurantes estrelados dos Jardins. No entanto o processo virou uma guerra fratricida, em que os favoritos trocam acusações de oportunismo e uso da máquina.

O vencedor das prévias não terá vida fácil. A começar pela concorrência de Moro, nova aposta de empresários e banqueiros desiludidos com o PSDB. Se Doria for o escolhido, seu ex-padrinho Alckmin deve liderar uma revoada do ninho tucano. No caso de Leite, o risco é ganhar e não levar. Para derrotar o rival paulista, o gaúcho se associou aos correligionários mineiros. E Aécio já avisou que o “patriotismo” pode convencê-los a apoiar um presidenciável de outra legenda.

Petronegacionismo do PT expõe telhado de Lula... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2021/11/16/petronegacionismo-do-pt-expoe-telhado-de-lula

Josias de Souza
 

Colunista do UOL

16/11/2021 11h12

 

Em agosto de 2022 vai ao ar o horário de propaganda eleitoral gratuita na televisão. É quando a campanha presidencial começará a sério. Os candidatos terão de prestar contas sobre o passado e vender futuras promessas. Nesse instante, se Lula repetir o que vem dizendo Gleisi Hoffmann sobre o assalto aos cofres da Petrobras nos verões passados, arrisca-se a desacreditar os compromissos assumidos em relação a um eventual futuro governo. Presidente do PT, Gleisi emite opiniões sobre a Petrobras que não ornam com os fatos. Vinha dizendo que não houve superfaturamento nos contratos da estatal. De repente, passou a culpar Sergio Moro até pela alta do preço do gás de cozinha e dos combustíveis. 

 

Nessas versões, contrato com sobrepreço seria invenção da Lava Jato. E os derivados do petróleo estariam pela hora da morte porque a força tarefa de Curitiba desvirtuou a política de preços da estatal.

 

Moro foi ao Twitter para recordar que a Petrobras foi saqueada nos governos do PT. Mas ninguém precisa dar ouvidos ao ex-juiz para se manter conectado à realidade. Como candidato, Moro tem suas próprias explicações a dar. Melhor recuperar o balanço de 2014 da Petrobras, divulgado com atraso em abril de 2015. Nele, a estatal reconheceu que seus fornecedores organizaram um cartel que resultou em R$ 6,2 bilhões em pagamentos "adicionais" e "indevidos", eufemismos para superfaturamento e corrupção.

 

Por enquanto, beneficiado pelos desastres de Bolsonaro e pelas trombadas daquilo que se convencionou chamar de terceira via, Lula faz campanha no exterior enquanto seus operadores se excedem nas celebrações em torno das pesquisas eleitorais. Na prática, o morubixaba do PT joga parado. A essa altura, ninguém espera ouvir de alguém do PT uma admissão de culpa ou um pedido de desculpas ao povo brasileiro. Mas o petronegacionismo não é a melhor resposta à petrorroubalheira.

Bolsonaro precisa de um partido forte

Em 2018, Bolsonaro saiu de um partido nanico, o PSL, e o transformou na segunda bancada da Câmara. Mas hoje, com tanta crítica contra ele e tanta coisa para se defender, precisa de um partido forte, que seja enraizado em todo o país, com coligações para sustentar sua candidatura. E essa é a dificuldade. Assim como ele não tem qualquer lógica em suas articulações políticas, os partidos que o apoiam também não têm, muitas vezes dependem de acordos regionais. O PL do Nordeste, por exemplo, quer apoiar Lula, e em algum outro estado pode haver uma situação regional específica. Mas o PL analisou bem a situação e acredito que vá se acertar com Bolsonaro. O maior problema é São Paulo. Caso João Doria perca a prévia do PSDB, aí então Valdemar Costa Neto fica livre para apoiar outro candidato, como deseja Bolsonaro. De qualquer maneira, vai ser um acerto malfeito, desarrumado e vai dar brecha ao partido de abandoná-lo se, por volta de março ou abril, Bolsonaro não aparecer com chances de vitória. Da mesma maneira que aconteceu em 2018, quando as candidaturas de Alckmin e Marina foram abandonadas. Na prática, ele não tem nenhuma segurança de que será apoiado.

 

Costa Neto recebe ‘carta branca’ de diretórios estaduais do PL para filiar Bolsonaro

Lauriberto Pompeu, O Estado de S.Paulo

17 de novembro de 2021 | 19h48

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, informou ter recebido “carta branca” dos diretórios estaduais, nesta quarta-feira, 17, para mexer em alianças regionais e facilitar a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao partido.

Um dos principais pontos de divergência entre a cúpula do PL e Bolsonaro é justamente São Paulo, o maior colégio eleitoral do País.  Foi por causa da aliança do PL com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e também pela disposição do partido em apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Estados do Nordeste que Bolsonaro decidiu adiar a filiação à sigla comandada por Costa Neto. 

O PL compõe a base aliada que dá sustentação a Doria na Assembleia Legislativa e tem cargos importantes na área de infraestrutura. Integrante do Centrão, o partido tem compromisso de apoiar o vice-governador Rodrigo Garcia, pré-candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes, mas Bolsonaro quer lançar para essa cadeira, em 2022, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, avalia rever alianças regionais para viabilizar filiação de Bolsonaro Foto: Dida Sampaio/Estadão

Em reunião realizada nesta quarta-feira, 17, com dirigentes dos diretórios estaduais e parlamentares, Costa Neto comunicou que a configuração dos palanques nos Estados sofrerá mudanças. Segundo o senador Wellington Fagundes (MT), o presidente do PL disse que o apoio ao PSDB paulista  “pode ser revisto de acordo com as condições de agora”.

Mesmo assim, ainda não há definição sobre quais arranjos estaduais serão mudados.  "O partido definiu, homologou e entregou carta branca ao presidente Valdemar para que, em nome do diretório nacional, junto com os membros do diretório, possa ver caso a caso", disse Fagundes.

Vice-líder do governo, o senador Jorginho Mello (PL-SC) também demonstrou confiança na filiação de Bolsonaro. "O partido, unanimemente, entregou uma procuração ao presidente Valdemar para que ele trate com o presidente Bolsonaro e todo mundo vai receber o presidente de braços abertos", disse Mello.

Bolsonaro está em viagem por países árabes e só retornará ao Brasil nesta quinta-feira, 18. Apesar das declarações otimistas, a entrada do presidente no PL não está certa e ainda haverá um encontro entre ele e Costa Neto. A filiação estava marcada para o dia 22, mas foi adiada após troca de mensagens entre os dois, nos últimos dias, nas quais houve até xingamentos.

Ao chegar à reunião desta quarta-feira, o ex-senador e presidente do PL no Espírito Santo, Magno Malta, aliado de Bolsonaro,  minimizou as divergências entre o partido e o presidente. “Temos que resolver problemas paroquiais. Nada além disso”, afirmou.

No Nordeste, porém, o PL também tem alianças que esbarram nos planos de Bolsonaro. No Piauí, por exemplo, o partido está aliado ao governador Wellington Dias (PT). Na Bahia, embora o PL planeje se aliar a ACM Neto (DEM) para o governo estadual, há uma ala do partido que mantém proximidade com o governador Rui Costa (PT).  

Já em Pernambuco, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), tem compromisso firmado com a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), para uma dobradinha com vistas à eleição ao governo estadual. Isso inviabiliza os planos eleitorais do ministro do Turismo, Gilson Machado, que é citado por Bolsonaro como candidato ao governo ou ao Senado no Estado.

Integrantes do PL rejeitam o ministro para a eleição majoritária e sugerem o nome dele para deputado federal.   Tanto no caso do Piauí, quanto em Pernambuco, Costa Neto emitiu comunicados oficiais na semana passada garantindo a autonomia dos diretórios. Nesta quarta-feira, Anderson, que também é presidente do PL em Pernambuco, evitou comentar os planos eleitorais do ministro do Turismo, mas disse que "o partido está muito alinhado para receber bem o presidente Bolsonaro".

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