Dicas práticas para prevenir e combater a ansiedade de fim de ano
Ansiedade
"Com uma expressão bem variável, a ansiedade é marcada por preocupação excessiva, medo desproporcional e tensão antecipatória, associados a uma gama extensa de sintomas físicos", diz o neurologista Leandro Teles, da Academia Brasileira de Neurolobia. No fim de ano, isso pode se intensificar. "A aproximação do final do ano é um período de vulnerabilidade para muitas pessoas", explica. Veja dicas, apontadas pelo especialista, para combater a ansiedade de fim de ano.
Não se sobrecarregue
Muita gente acaba centralizando muito as coisas e tentando carregar o mundo nas costas antes que o ano termine, mas todo mundo tem um limite e é importante respeitar isso. "Evitar se comprometer com aquilo que não vai dar conta de fazer com qualidade evita o estresse físico e psíquico"
Gerencie seu tempo
Fazendo tudo rápido e ao mesmo tempo, perdemos a qualidade nas tarefas executadas e, assim, aumentamos a taxa de erros e frustração. Procure simplificar tudo ao máximo, priorize o que é importante, delegue atividades para as pessoas de sua confiança, antecipe tudo que for possível e evite perder tempo.
Organize-se
O cérebro ansioso traduz a expressão de um ambiente tumultuado e sem organização. Coloque no papel os afazeres importantes de final de ano, defina uma estratégia lógica e factível.
Foco no presente
"Ansiosos acabam vivendo em um mundo de expectativas e perdem o poder de execução e vivência do presente", diz. Direcione com mais frequência sua atenção para o momento vigente, para a situação em curso, para os problemas atuais. Sem dúvida, será um exercício interessante contra a ansiedade.
Aprenda a lidar com adversidade
Quer testar sua ansiedade? Coloque-se diante de uma adversidade. Alguém mais ansioso tende a amplificar a experiência, projetar com pessimismo desmedido e agir com rapidez e impulsividade, o que nem sempre é recomendado. A ansiedade torna os problemas urgentes, mesmo que a grande maioria deles não seja. Tente só tomar decisões após considerar todas as variáveis.
o estado de São Paulo.
Escolha ser grato. Isso fará você mais feliz
Arthur C. Brooks - The New York Times
05 Dezembro 2015 | 06h 00
É relativamente fácil ser grato pelas coisas mais importantes e óbvias da vida. Mas, pessoas realmente felizes encontram formas de agradecer por coisas pequenas e insignificantes
Vinte e quatro anos atrás neste mês, minha mulher e eu nos casamos em Barcelona, na Espanha. Duas semanas após nosso casamento, cheio de idealismo internacional, eu tive a brilhante ideia de compartilhar um pouco da cultura norte-americana com meus sogros espanhóis e decidi fazer um jantar de Ação de Graças.
Foi mais fácil falar do que fazer. Perus não são uma ave comum em Barcelona. O açougue local teve de pedir a ave de uma fazenda especial na França e ela chegou apenas parcialmente depenada. Nosso minúsculo forno era muito pequeno para o peru. Ninguém havia ouvido falar em Cranberries.
No que diz respeito ao jantar, minha nova família tinha muitas perguntas. Algumas eram de natureza prática como "o que este animal come para estar tão cheio de pão?". Mas outras eram filosóficas: "você deve celebrar este feriado mesmo se não se sentir grato?"
Eu tropecei na última questão. Naquela época, eu acreditava que uma pessoa deveria sentir-se grata para agradecer. Fazer outra coisa parecia de alguma forma desonesto ou falso, um tipo de insinceridade burguesa e melosa que deveria ser rejeitada. É melhor ser emocionalmente autêntico, certo? Errado.
Construir o melhor da vida não exige fidelidade a sentimentos em nome da autenticidade, mas sim rebelar-se contra impulsos negativos e agir da forma correta mesmo quando não dá vontade. Em poucas palavras, agir com gratidão pode realmente fazer de você uma pessoa grata.
Para muitas pessoas, a gratidão é difícil, porque a vida é difícil. Além da privação e da depressão, há muitas circunstâncias normais nas quais a gratidão não vem facilmente. Esta afirmação vai extrair um riso desconfiado de leitores para quem jantares de Ação de Graças são geralmente arruinados por um tio bêbado que sempre precisa compartilhar suas opiniões políticas. Obrigado por nada.
Além dessas circunstâncias extremas, algumas pessoas são simplesmente mais gratas do que outras. Um artigo de 2014 publicado na revista Social Congnitive and Affective Neuroscience identificou uma variação do gene (CD38) associado à gratidão. Algumas pessoas simplesmente herdaram uma tendência genética para a experiência de gratidão, ou, nas palavras dos pesquisadores, "satisfação global com relacionamentos, capacidade de resposta e emoções positivas (particularmente, amor)".
É isso, aquelas pessoas extremamente positivas que você conhece e que parecem ser gratas o tempo todo podem ser simplesmente mutantes.
Mas nós somos mais do que escravos de nossos sentimentos, circunstâncias e genes. Evidências sugerem que podemos escolher ativamente praticar a gratidão e que, ao fazermos isso, aumentar nossa felicidade.
Moro é tão confiável quanto Lula, Serra
O que têm em comum o juiz Sergio Moro, o ex-presidente Lula, o senador José Serra e o governador Geraldo Alckmin? Os quatro têm a mesma confiança da população, de acordo com pesquisa Datafolha publicada nesta sexta-feira (4/12). Em uma escala de 0 a 10, eles ganharam a nota 4,7. O levantamento foi feito entre os dias 25 e 26 de novembro e entrevistou 3.541 pessoas em 185 municípios brasileiros. Nenhuma das personalidades que figuraram no levantamento teve média superior a 6. O mais bem avaliado foi o ministro aposentado Joaquim Barbosa, que deixou o Supremo Tribunal Federal em 2014, com nota 5,9. Ele é seguido por Marina Silva (5,3) e por Aécio Neves (5).
Saída de Padilha — Temer mandou um recado: não forcem a corda porque arrebenta
O que significa a saída de Eliseu Padilha do Ministério da Avião Civil? Ora, o óbvio: que o PMDB de Michel Temer não aceita, e não tem por que aceitar, imposições. Mais: não é bom puxar muito a corda. Ou arrebenta. Desde que Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, admitiu a denúncia contra a presidente, Temer tem sido alvo de um assédio ensandecido para atrelar o seu destino ao da presidente. Trata-se de uma estupidez autoritária. Afinal, caso ocorra o impeachment, é ele a alternativa de poder. Se, do ponto de vista político, não se pode cobrar de ninguém que cometa suicídio, do ponto de vista institucional, é uma temeridade queimar os navios.
Chamei atenção aqui para o fato: Jaques Wagner, ministro da Casa Civil, ousou até botar palavras da boca do vice, sem sua expressa autorização, como se este também não tivesse sido eleito e não tivesse seu próprio espaço de trânsito político.
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Uma coisa é esperar que o vice atue para acalmar tensões; outra, distinta, é querer que ele seja mero instrumento da eventual sobrevivência de Dilma. Isso não existe em política. Ah, sim: ele também não é do PT. Não creio que haverá uma debandada do PMDB. Acho apenas que o partido respondeu ao jogo agressivo do governo movendo uma peça do tabuleiro, obrigando Dilma e seus fanáticos a recuar. Não custa lembrar: em agosto, os palacianos botaram Temer fora da coordenação política. Acharam que o governo ficaria melhor sem ele. Querer que ele se converta em camicase em homenagem a Dilma é realmente de uma incompetência e de uma arrogância que honram esse governo. REINALDO AZEVEDO
Depoimento de Pessoa deixa claro que é uma sorte Dilma poder ser impichada apenas por crimes fiscais
Publiquei há pouco um post sobe a absurda entrevista de Edinho Silva, ministro da Comunicação Social, e afirmei ser um acinte que seja ele um dos homens fortes de Dilma e ministro da Comunicação Social. Pois é… Nesta sexta, veio a público o conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da Constran e da UTC. Está tudo lá — inclusive por que Edinho está sendo investigado e não poderia ser ministro.
Pessoa contou que, além da conta corrente mantida para abastecer o partido com o dinheiro da corrupção — e quem cuidava dessa área era João Vaccari Neto —, o partido queria um extra de R$ 10 milhões. Quem cuidou do assunto? Edinho. Foram três reuniões. Numa delas, o agora ministro lembrou a Pessoa: “O senhor tem obras no governo e na Petrobras, então o senhor tem que contribuir. O senhor quer continuar tendo?”.
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Pessoa diz que nem entendeu como ameaça, ora vejam… Ela só compreendeu que, na vigência do segundo mandato de Dilma, a sem-vergonhice continuaria. Combinou R$ 10 milhões, que seriam doados por dentro, com registro. Repassou R$ 7,5 milhões e foi preso antes de pagar o resto.
Pessoa contou mais. O pagamento foi acertado num restaurante árabe da rua Haddock Lobo, em São Paulo. Quem pegou o cheque foi Manoel de Araújo Sobrinho, que era, pasmem!, gerente macrorregional da Região Sudoeste da Presidência da República, cargo da Secretaria de Relações Institucionais”.
É a hora da sociedade civil
O Estado Democrático de Direito está gravemente ferido. É necessário reconstruir a democracia, da qual um dos alicerces consiste na confiança da população nos agentes políticos que elege. Hoje, justificadamente, essa confiança inexiste no Brasil.
A democracia destaca-se por viver e conviver com as divergências, a serem superadas pelo diálogo e pela persuasão para a formação de uma maioria parlamentar legítima, respeitada pelas minorias. Todavia o confronto de ideias e de perspectivas, próprio da democracia, desapareceu do cenário político, substituído por entendimentos promovidos graças a arranjos financeiros com dinheiro público subtraído de empresas como Petrobrás, Sete Brasil, BR Distribuidora, Angra 3, Belo Monte.
Não se fez política, nem se praticou a democracia. Apenas se transitou num bazar de venda de apoios por dinheiro vivo ou graças à ocupação de cargos na administração, colocando apaniguados em postos estratégicos para obtenção de vantagens ou para demonstração de prestígio. Instalou-se a desabusada prática de exercer o poder para institucionalizar a ação corrosiva da corrupção como normalidade. A democracia foi corroída por dentro ao se obter uma maioria marrom, enlameada pela compra de consciências e do convencimento.
O poder econômico privado aliou-se a administradores públicos venais, abocanhando serviços superfaturados cujos frutos reverteram em parte para deputados e senadores, bem como para seus partidos, visando a assegurar ao Executivo uma maioria comprada. Os partidos da base governista fizeram caixa para enfrentar, com muitos recursos, as futuras eleições.