Comissão aprova venda de milho subsidiado para produtor em área da Sudene
A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia aprovou projeto (PL 515/15) do deputado Kaio Maniçoba (PHS-PE) que obriga o governo federal a fornecer, a preço subsidiado, milho em grãos aos produtores de regiões afetadas pela seca na área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
O benefício abrange apenas as áreas em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo governo federal.
A proposta recebeu parecer favorável do deputado Vitor Valim (PMDB-CE). Ele lembrou que o milho é um dos principais insumos da alimentação dos rebanhos. Em períodos de estiagem, o produto sofre elevação de preço, prejudicando os pequenos produtores rurais. “A proposta permite que se agilize o socorro, ao menos em relação ao fornecimento de milho, aos pequenos criadores das regiões da jurisdição da Sudene”, disse Valim.
Os reacionários no Brasil de Lula, Dilma e do PT
Diante da radicalização das posições políticas no país, acentuada desde a aceitação do pedido de impeachment da presidente Dilma pela Câmara dos Deputados, e da truculência das patrulhas ideológicas contra quem não conjuga o pensamento das esquerdas, decidi republicar aqui um post que escrevi sobre o tema (leia a íntegra abaixo). Publicado originalmente no site de ÉPOCA em março de 2013, o post parece mais pertinente do que nunca. Embora a chamada “direita” tenha se fortalecido de forma significativa no Brasil desde aquele período – alavancada pela bandalheira promovida pelo PT e por seus aliados e pelo fracasso do modelo de capitalismo de compadrio implantado por Lula e Dilma –, as patrulhas ideológicas estão com a corda toda. Para enfrentá-las, nada melhor do que recorrer à sabedoria do grande Nelson Rodrigues.
Leia a seguir o post original Os reacionários no Brasil de Lula e do PT.
PF investiga negócios de Bumlai com BR distribuidora
Pecuarista ganhou contrato de R$ 157 milhões e fez transações com um dos operadores de propina na estatal. DANIEL HAIDAR / ÉPOCA
Desde que foi preso pela Polícia Federal, no final de novembro, o pecuarista José Carlos Bumlai prestou apenas um depoimento, por insistência de seus advogados. Na ocasião, negou ter se aproveitado de qualquer tipo de proximidade com o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, para fazer negócios suspeitos com empresas estatais. Agora, após a análise de mais de 3 gigabytes do material apreendido com Bumlai e seus ex-sócios da família Bertin, os investigadores vão ouvi-lo com maior insistência. ÉPOCA teve acesso ao baú digital dos arquivos apreendidos. O acervo de fotografias, agendas e muitos documentos revela que Bumlai tem elos com outros episódios investigados pela Operação Lava Jato, além dos já conhecidos. Bumlai, já se sabia, é suspeito de ter participado de um esquema na Petrobras para ajudar a pagar uma dívida do PT e de receber comissão por um negócio com a Sete Brasil que nem mesmo se concretizou. Pelo material apreendido, Bumlai também pode ter operado com a BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras.
PT muda de posição sobre janela partidária
Líder do partido ligou para Rui Falcão e informou que bancada estava encurralada. Sigla teme debandada de filiados. RICARDO DELLA COLETTA / ÉPOCA
Eunício defendia o projeto e se irritou com o PT que, temendo uma debandada de filiados, havia liberado a sua bancada. Dado o recado, o líder petista Humberto Costa teve que ligar para o presidente da sigla, Rui Falcão, e informá-lo que, para não abrir mais um flanco de desgaste com o PMDB, mudaria a orientação da bancada para "sim". Dito e feito.
Ciro: Temer integra o ‘lado quadrilha do PMDB’
Horas depois de jantar com Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, Ciro Gomes declarou em entrevista: “Eu tenho dito a ela e ao Lula, há anos, que é um erro grosseiro, que beira a irresponsabilidade, colocar esse lado quadrilha do PMDB na linha de sucessão.”
Perguntou-se a Ciro se ele inclui o vice-presidente Michel Temer no “lado quadrilha” do PMDB. E ele, categórico: “Ah, mas sem dúvida nenhuma.” Por quê? “Porque eu conheço Michel Temer bastante bem, de longa data. Hoje, o Michel Temer é homem do Eduardo Cunha.”
A entrevista de Ciro foi concedida à Rádio Gaúcha, nesta sexta-feira (11). Na noite da véspera, o ex-ministro, hoje um potencial presidenciável do PDT, jantara com Dilma. Estavam à mesa também o ministro petista Ricardo Berzoini, coordenador político do governo e Luiz Fernando Pezão, governador do Rio e membro do pedaço do PMDB que ainda dedica fidelidade a Dilma.
Durante a entrevista, Ciro Gomes alvejou também o ex-ministro Eliseu Padilha, um amigo de Michel Temer que acaba de deixar a pasta da Aviação Civil: “O Eliseu Padilha […] era o homem que, no governo do Fernando Henrique, era chamado pela crônica política de Eliseu Quadrilha. Então, a Dilma tem um erro: botou esse homem dentro, indicado pelo Michel Temer. Mas esse é homem do Michel Temer.” Sob FHC, Padilha foi ministro dos Transportes.
“Valor Econômico” explica como a dupla Dilma-Arno Augustin pedalaram de modo consciente rumo ao abismo
Há reportagens que evidenciam como o bom jornalismo é essencial à democracia, à verdade, à transparência. Reportagem de Leandra Peres no jornal “Valor Econômico”, sobre as pedaladas fiscais demole, sem chance para reconstrução, as justificativas esfarrapadas do governo. Leandra não escreveu com o intuito de demolir nada. Escreveu para contar o que aconteceu. E o que aconteceu está em desacordo com a versão oficial — o que evidencia, e isto digo eu, os crimes de responsabilidade cometidos por Dilma.
Destaco trechos da reportagem do Valor, que evidencia o passo a passo de um desastre, produzido de maneira consciente e determinada.
A reportagem do Valor reproduz os interiores do governo Dilma, com a sua rotina de tacanhice ideológica, arrogância, intimidação e até assédio moral — sem contar o desprezo pela matemática.
O AVISO Dois anos e meio antes de as “pedaladas fiscais” justificarem a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e pelo menos um ano antes do início da campanha pela reeleição, técnicos do Tesouro Nacional elaboraram, em julho de 2013, um diagnóstico de 97 páginas sobre a situação fiscal e econômica do país. Mantido sob sigilo até agora, o relatório, ao qual o Valor teve acesso, continha um claro alerta à cúpula do governo: “O prazo para um possível ‘downgrade’ é de até 2 anos”; “Ao final de 2015 o TN [Tesouro Nacional] estaria com um passivo de R$ 41 bilhões” na conta dos subsídios em atraso; “Contabilidade ‘criativa’ afeta a credibilidade da política fiscal”.