Trajetória de Welington Landim é celebrada em solenidade na Assembleia
Homenagem ao deputado Welington Landim> Foto: Maximo Moura>
A solenidade foi aberta pelo presidente da Casa, deputado Zezinho Albuquerque (Pros). Ele exaltou a atuação do ex-parlamentar e sua contribuição ao Estado como homem público. O deputado Carlos Matos (PSDB), que ao lado da deputada Augusta Brito (PCdoB) propôs a homenagem, destacou a integridade de Welington Landim ao longo de sua vida pública e a importância da Assembleia reconhecer a sua trajetória.>
“Hoje esta Casa está resgatando a memória e a trajetória deste homem público brilhante, que partiu precocemente, mas deixou como a sua maior lição o fato de não desperdiçar o tempo na missão que temos. Em Welington, vimos a capacidade de cultivar o amor em família, da coragem para ousar e do espírito público para lutar pelo que acreditava”, salientou o parlamentar.
De acordo com Carlos Matos, a missão da família de Welington Landim ainda não foi concluída, enfatizando que “a saudade deixada pela partida do Welington nos filhos e esposa pode se converter em mais coragem na luta pelo Ceará e por Brejo Santo”, cujo prefeito é filho do ex-parlamentar.
Durante a solenidade, a viúva de Welington Landim, Maria Gislaine Santana Sampaio Landim, e os filhos Guilherme Sampaio Landim, José Welington Landim Filho, José Gilvan Leite Sampaio Neto e Bárbara Sampaio Landim, receberam placa em homenagem póstuma ao ex-deputado, em nome do presidente da Assembleia.
Em agradecimento a homenagem, o prefeito de Brejo Santo, Guilherme Sampaio Landim, anunciou que neste sábado (14/11), quando Welington Landim completaria 60 anos de idade, vai ser lançado um instituto com o nome do ex-deputado.
“Por meio deste instituto vamos tentar continuar minimamente todas as obras e sonhos dele, dando apoio e alento a todos os cidadãos carentes de Brejo Santo”, ressaltou o prefeito. Guilherme Landim relembrou ainda o pronunciamento que seu pai faria no dia 10 de junho, em solenidade que seria realizada na Assembleia alusiva ao Prêmio Prefeito Nota 10, no qual Guilherme seria homenageado.
Por que a prioridade para megaprojetos?
Parece inacreditável que só encontrem ouvidos moucos as advertências de especialistas sobre a gravidade da situação do Semiárido brasileiro, sobre a probabilidade de que os problemas continuem a agravar-se em 2016 e sobre a falta de políticas e projetos imediatos mais abrangentes para minorar o panorama. Ainda nas últimas semanas, o atento pesquisador João Suassuna, da Fundação Joaquim Nabuco(fundaj, 27/10), difundiu o alerta da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, de “baixa probabilidade de grande volume de chuvas em 2016” – o que caracterizará o quinto ano seguido de estiagem, quando, hoje, 146 dos 184 municípios cearenses, por exemplo, “já precisam de algum tipo de ajuda para fornecer água regularmente para suas populações”. Os reservatórios estão com pouco mais de 15% de sua capacidade preenchida. E 28 municípios tiveram sua situação de emergência reconhecida pelo governo federal. O ciclo de cinco anos de escassez será “o mais grave” desde 1910.
Não chega a estranhar, assim, que se fale tanto em transposição de águas do São Francisco para as regiões mais secas do Nordeste, incluído o Ceará. Mas o mesmo João Suassuna lembra (remabrasil, 30/10) que 70% dos córregos de Minas Gerais (Estado que fornece 72% dos recursos hídricos que contribuem para o São Francisco) estão secos ou com fluxo intermitente. Em boa parte isso é consequência da redução do fluxo de águas para a região do São Francisco, por causa do desmatamento no Cerrado – a impermeabilização consequente impede ou diminui a infiltração de água para o subsolo, onde nascem as águas dos rios. Esse repositório subterrâneo, que já chegou a ser suficiente para o fluxo de oito anos, tem se reduzido de ano para ano. Também a represa de Três Marias recebia no final de outubro apenas 600 milímetros por segundo e liberava 500 – seu reservatório estava com 15% de água. Sobradinho estava com menos de 4%, o menor volume acumulado desde 1979.
Lava Jato quebra sigilo da sede nacional do PT
A Operação Lava Jato quebrou o sigilo telefônico da sede nacional do PT, em São Paulo. A medida teve aval do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba (PR). Ele concedeu a quebra na ação penal que apura o envolvimento do ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto em pagamentos realizados à Editora Gráfica Atitude, ligada ao PT, com dinheiro de propina.
Moro autorizou a quebra do sigilo de sete linhas telefônicas móveis e fixas supostamente ligadas a Vaccari e de duas que seriam vinculadas ao diretor da Editora Gráfica Atitude, Paulo Salvador. O Ministério Público suspeita que ele tenha usados diferentes telefones para "contatos profissionais" nos últimos cinco anos, período que abrange as datas dos pagamentos à Atitude, entre 2010 e 2013.
O repasse parcelado teria sido de 2,5 milhões de reais, conforme revelou o delator do petrolão Augusto Ribeiro Mendonça, em acordo de colaboração premiada. Ele disse que fechou um contrato fictício para comprar anúncios em revistas da editora a pedido de Vaccari, como forma de quitar parcelas de propina em contratos com a Petrobras. Mendonça apontou dois números telefônicos que discava para conversar com Vaccari.
STF derruba doações ocultas de campanha
Depois de ter vetado a possibilidade de financiamento empresarial para campanhas políticas, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou nesta quinta-feira, por unanimidade, a possibilidade de candidatos receberem doações ocultas para disputas de campanha. O mecanismo consistia em autorizar doações a partidos políticos, que, na sequência, repassavam os recursos aos candidatos sem identificar o doador original. Com o veredicto de hoje, as doações ocultas não podem mais ser realizadas e os maiores efeitos práticos começarão a ser vistos nas eleições municipais de 2016.
Apesar de as doações ocultas terem sido, anos a fio, colocadas em prática pelos partidos políticos, esse tipo de repasse financeiro reduzia a transparência das contas eleitorais e era duramente combatido pelo Ministério Público e por entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), autora do processo julgado hoje no STF. Na prática, essa espécie de doação impedia que o dinheiro desembolsado por pessoas físicas para financiar campanhas eleitorais fosse rastreado nas prestações de contas. Depois de chegar ao caixa das legendas, os valores eram novamente transferidos para os candidatos, mas a origem do dinheiro passava a ser o próprio partido político, impedindo que o eleitor soubesse realmente quem era o financiador de cada candidato.
Canindé: cidade com dois prefeitos
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De um lado Celso Crisóstomo com uma liminar e uma certidão do Tribunal de Justiça onde diz que ele é o prefeito. Do outro, Paulo Justa, com uma decisão da Comarca de Canindé, que afirma ser ele o prefeito.
Depois de muita conversa, prefeito e vice chegaram a um acordo. Ambos serão os prefeitos até a próxima semana. Os gestores vão comandar os destinos do município até o posicionamento da Justiça.
O pátio da prefeitura foi tomando por membros do grupo político do vice-prefeito Paulo, e o interior da prefeitura foi preenchido pelo grupo do prefeito Celso. Paulo Justa deixou a prefeitura e Celso Crisóstomo ficou no gabinete do prefeito.
Muitas pessoas ainda não estão entendendo o que está acontecendo, enquanto isso, a crise foi está se instaurado na cidade. Os serviços estão parados, servidores e fornecedores sem saber se irão receber, ninguém quer vender ou prestar serviço para um município que vive mudando de prefeito, ou melhor, agora são dois prefeitos, mas que juntos não dão um, pois ninguém sabe quem manda.
colaboração de Wellington Lima / CEARÁAGORA
Acintosamente parcial
É evidente que o poder público não pode se omitir diante de manifestantes que desejam criar o caos no País como forma de impor suas demandas políticas. Entre as funções primordiais do Estado está o dever de assegurar à população a paz social e, obviamente, o direito de ir e vir.
Como é lógico, o governo federal deve utilizar os meios de que dispõe para estabelecer a ordem pública diante das manifestações de caminhoneiros que vêm interditando diversas rodovias pelo Brasil afora. Num Estado de Direito, bloquear estradas não é um meio legítimo para reivindicações políticas.
Isso é uma coisa. Outra coisa bem diversa – e não legítima – é a absoluta diferença de tratamento que o governo de Dilma Rousseff dispensa às manifestações, dependendo da sua cor ideológica. Tolera de uma forma acintosa toda e qualquer movimentação de João Pedro Stédile e seu exército, como Lula diz – ainda que violenta, ainda que destrua a propriedade privada, ainda que atrapalhe a vida de milhares de pessoas. Tolera greves políticas, como a que vem ocorrendo na Petrobrás – e causa não pequeno prejuízo à estatal e ao País.
No entanto, não há qualquer tolerância para manifestações não alinhadas aos pendores ideológicos da presidente da República. Fica evidente que no Palácio do Planalto vige a máxima: “Aos amigos, tudo. Aos inimigos, a lei”. E se a lei não existe, basta criá-la.