Minha Casa Minha Vida é alvo de mais de 300 inquéritos
SÃO PAULO e NOVO HAMBURGO (RS) — Nos moldes de esquema de corrupção revelado pela Operação Lava-Jato, o maior programa de habitação popular do país, o Minha Casa Minha Vida, tem sofrido com organizações criminosas de empreiteiras de médio porte que se associam em cartéis para burlar concorrências, superfaturar obras, repassar propinas a agentes públicos e irrigar campanhas políticas com desvio de verba pública. A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União já descobriram quatro casos como esse em três estados. As fraudes ao programa, cujo orçamento já atingiu R$ 278 bilhões, são tantas que provocaram a abertura de mais de 300 ações, de acordo com um levantamento feito pelo grupo de trabalho do MPF dedicado ao tema. As denúncias envolvem ainda irregularidades na escolha de beneficiários, custo excessivo, baixa qualidade de casas, repasses de dinheiro público sem o cumprimento dos serviços ou mesmo sem garantia.
— Vemos que o programa abriu portas para a corrupção e o gasto desenfreado de dinheiro público — afirma Edilson Vitorelli, procurador-chefe do grupo de trabalho sobre o Minha Casa.
Informação, serviços e um clima de alegria no Sertão Central
A Caravana em Quixeramobim aconteceu nesta quinta-feira, 10, na sede da Uniq – Faculdade de Quixeramobim, contando com a participação de um grande público, à frente o prefeito Cirilo Pimenta, secretários municipais, vereadores, lideranças civis, militares e estudantis. Também estiveram presentes representantes dos prefeitos dos municípios de Banabuiú, Choró, Ibaretama, Ibicuitinga, Milhã, Pedra Branca, Quixadá, Senador Pompeu e Solonópole. O público que lotou parte das dependências da Uniq teve a oportunidade de conhecer de perto as ações desenvolvidas pela SPD no Ceará, em especial no âmbito da prevenção ao uso abusivo de álcool e outras drogas. Ganhou elogios a apresentação do aplicativo 'PossoAjudar', utilizável em telefone celular para facilitar o acesso a informações sobre a SPD e, especialmente, toda a rede de Atenção Psicossocial no Ceará. |
Dólar alto aumenta endividamento do setor de algodão, diz Jacobsen
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), João Carlos Jacobsen, disse nesta terça-feira (27/10) que a alta do dólar agravou o endividamento do produtor. Segundo ele, as compras ficaram descasadas. No entanto, acredita que com a colheita da próxima safra os problemas podem ser resolvidos. "A gente não tem números exatos, mas preocupa o endividamento artificial criado pela variação cambial em espaço curto de tempo. Alguma coisa há de ser feita", disse à Agência Estado, durante o Prêmio Mérito Agropecuário 2015, realizado na Câmara dos Deputados.
Jacobsen afirmou que o produtor está acostumado a trabalhar com o dólar, sobretudo porque o faturamento ocorre na divisa norte-americana. Ele disse ainda que a questão do endividamento tem solução e observou que a alta do dólar frente ao real vai permitir uma melhor remuneração, mesmo com a queda dos preços internacionais. O executivo e produtor avaliou que os agricultores estão apreensivos com o cenário político, o que tem pesado na tomada de decisão. "Neste momento, o produtor se sente apreensivo porque não temos definição do País nos próximos meses. Precisamos que as instituições sejam fortalecidas e que se retome a governabilidade e a estabilidade política", afirmou. GLOBO RURAL
El Niño pode ficar mais crítico nas próximas semanas, diz Conab
O diretor de Política Agrícola e Informações, João Marcelo Intini, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), disse nesta sexta-feira (11/12), que o efeito climático El Niño, que atrapalha a produção brasileira de grãos, se assevera e tende a ficar ainda mais crítico nas próximas semanas. "Uma melhora do El Niño é esperada só para meados de março ou abril", previu. Apesar dessa expectativa negativa e dos efeitos já vistos agora decorrentes das condições climáticas, o diretor salientou que a Conab manteve a previsão de safra recorde. "Mantemos essa tendência de safra recorde", disse. Ele comentou que o produtor tem aproveitado janelas para instalar suas lavouras e disse que não há agricultura sem a preocupação com o desempenho das chuvas. O maior temor com as precipitações, conforme Intini, se dá mais no Sul do País. "Teremos de ver o que ocorrerá com a safra de arroz, por exemplo, se houver permanência dos índices de chuva acima da média histórica", afirmou.
Até a recessão é de qualidade inferior
Não se pode confiar nem na recessão, pelo menos naquela made in Brazil. Recessões decentes são em geral acompanhadas de inflação em queda e contas externas em recuperação. O caso brasileiro é especial. Os preços ao consumidor sobem 10%, enquanto o desemprego atinge 9% da força de trabalho, a renda real das famílias diminui, o crédito se torna mais difícil e o produto interno bruto (PIB) encolhe 3,5%, segundo as estimativas correntes. Só uma parte do script convencional parece estar sendo cumprida. O superávit comercial de US$ 14,21 bilhões acumulado no ano, até a primeira semana de dezembro, é o sinal mais vistoso da melhora do balanço de pagamentos.
No ano passado, no mesmo período, o saldo havia sido um déficit de US$ 3,95 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Pelo menos as contas externas parecem refletir um efeito benigno da recessão. O mercado projeta para este ano um superávit de US$ 15 bilhões na conta de mercadorias. A última estimativa do Banco Central (BC), baseada em critério um pouco diferente, é de um saldo positivo de US$ 12 bilhões, com enorme recuperação, portanto, em relação ao resultado de 2014, quando o déficit chegou a US$ 6,53 bilhões.
A imprudência de Dilma
Em sua relação com o PMDB, a presidente Dilma Rousseff assemelha-se a um lutador que mal consegue se manter em pé de tanto apanhar, mas continua a cometer a imprudência de chamar o oponente para a briga – correndo o sério risco de, a qualquer momento, levar um nocaute.
A petista tomou outra sova dos peemedebistas no Congresso quando o partido decidiu trocar de líder na Câmara – no lugar de Leonardo Picciani (RJ) entrou Leonardo Quintão (MG). Picciani havia sido cooptado por Dilma para dividir o PMDB e, assim, sabotar os esforços de parte do partido para fazer avançar o processo de impeachment. Ele atuou de forma escancarada a favor de Dilma ao escolher os correligionários que integrariam a comissão especial da Câmara que analisará o pedido de impeachment. O deputado se negou a indicar peemedebistas que fazem oposição ao governo, gerando revolta em parte da bancada.
O contra-ataque foi imediato: além de articularem o lançamento de uma chapa paralela para a comissão do impeachment – que acabou sendo eleita –, esses peemedebistas, apoiados pelo vice-presidente Michel Temer e pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deflagraram um movimento para destituir Picciani da liderança do partido. “Agora (Picciani) vai pagar o preço de não ter sido líder da bancada, mas do governo”, disse Osmar Terra (PMDB-RS), que liderou a manobra contra o deputado que estava a serviço de Dilma.