A terrível máquina de retrocesso econômico de Dilma Rousseff
"Pode ser que ele tenha sido varrido para o passado e esteja agora entre os canibais hirsutos da Idade da Pedra; ou caído nas profundezas abissais do Mar do Cretáceo; ou esteja fugindo de lagartos grotescos, gigantescos monstros reptilianos dos tempos jurássicos..."
H.G. Wells, em A Máquina do Tempo
A passagem, extraída do epílogo do famoso livro do escritor inglês de ficção científica, pinta, mais de um século depois de sua publicação, um quadro real da viagem ao passado que a presidente Dilma fez o Brasil empreender. Em raros outros momentos da história o Brasil regrediu tão rapidamente em tão pouco tempo. Em certos aspectos, foram cinquenta anos em cinco - mas de atraso! É o caso da indústria. A produção regride continuamente, e a sua participação na produção econômica do país (produto interno bruto, o PIB) desabou para 10,9% em 2014, algo não visto há mais de seis décadas. Sua importância para a economia não era tão baixa desde 1950, ano em que o Brasil festejava a realização de sua primeira Copa do Mundo e vivia o início da industrialização, com a política de substituição de importações e a instalação de fábricas de carros e eletrodomésticos. Foi quando também a televisão chegou ao país, com a TV Tupi, de Assis Chateaubriand. A derrocada da indústria, nos anos Dilma, continua a se aprofundar. A projeção é que entre 2015 e 2016 a sua fatia no PIB ficará abaixo de 10%.
Dilma faz 33% das creches prometidas
Apenas 2,9 mil de 8,7 mil unidades previstas saíram do papel; Programa Proinfância, porém, repassou 78% dos recursos para prefeituras
RIO - Promessa do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007 e de sua sucessora, Dilma Rousseff, três anos depois, o Proinfância fracassou na meta de ter, em 2014, 6 mil creches em funcionamento no País. Das 8.787 unidades planejadas no total, só 2.940 saíram do papel – cerca de 33%. Os dados foram fornecidos pelo Ministério da Educação (MEC) ao <b>Estado</b>. Em 2010, a candidata Dilma anunciara que o repasse de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para prefeituras atingiria a meta até o ano passado. Não foi o que aconteceu. Segundo balanço até 11 de novembro, das 5.847 creches que não vingaram, 3.167 estão em “ação preparatória”, 2.093, em obras, 487 paralisadas e cem foram canceladas. O Estado em pior situação é o Amapá: de 34 creches, só duas foram construídas. Atrás, vem o Rio, com 21 das 278 unidades previstas. São Paulo aparece em 23.º lugar, com 379 creches prontas das 904 prometidas.
A demora para erguer creches é inversamente proporcional à agilidade no repasse de verbas. Dos R$ 10,8 bilhões orçados, R$ 8,5 bilhões já foram repassados para prefeituras – 78%.
Temer ignora apelo de Dilma e tenta unir PMDB em torno do impeachment
Mesmo após terem selado um acordo de paz na quarta-feira, vice e a petista continuarão a trabalhar para dividir as bancadas peemedebistas no Congresso
Numa “guerra fria” em que o rompimento se mostra iminente, a presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, definiram esta semana estratégias distintas para enfrentar o processo de impeachment. No roteiro do vice – que assumirá a Presidência num eventual afastamento de Dilma – o ponto principal é a unificação da bancada do PMDB da Câmara, dividida ao meio pelos vaivéns sobre a escolha do seu líder.
No campo oposto, o Palácio do Planalto aumenta a pressão sobre os deputados da bancada peemedebista que detêm cargos do governo federal, sobretudo nos Estados. As ameaças lado a lado serão cada vez mais frequentes. Na conversa que tiveram na noite de quarta-feira, Temer e Dilma afirmaram que buscariam uma convivência “profícua”. No entanto, o vice deixou claro que vai se dedicar ao comando do PMDB. Segundo aliados do vice, se Dilma buscar fustigá-lo dentro da sigla, Temer vai promover uma convenção do partido para consolidar o rompimento com o governo.Bia, 20 anos, a nova estrela do clã Lula
Maria Beatriz da Silva Sato Rosa, nom de guerre Bia Lula, 20 anos, a neta mais velha de todos sabem quem, é uma estrela em ascensão no PT do Rio. À frente de uma comissão de quinze jovens de Maricá, cidade fluminense onde é dirigente partidária, ela foi uma das estrelas do Terceiro Congresso da Juventude do partido, realizado no mês passado em Brasília, com direito a discurso de abertura de seu avô.
No evento, em que gritou "Fora Levy" e "Fora Cunha", Bia conclamou correligionários a defender o partido: "É nesses momentos difíceis que vemos os verdadeiros petistas. Se desistirmos, tudo vai piorar. Temos de ir para a rua, não fugiremos à luta". Sobre os sentenciados do mensalão e da Lava-Jato, afirmou: "O companheiro Dirceu foi condenado sendo inocente, assim como muitos do nosso partido. Sou uma eterna defensora dele e do companheiro José Genoino. São presos políticos, infelizmente".
Primogênita de Lurian Lula da Silva, a filha de Lula com a ex-enfermeira Miriam Cordeiro, Bia é a aposta do presidente do PT do Rio, Washington Quaquá, para alavancar o partido nas eleições de 2018, ocasião em que deverá disputar um cargo. Estudante de psicologia, apresenta-se também como atriz.
Em política, jogador que está no banco não pode receber cartão vermelho
Em tempos turbulentos, como os vividos atualmente no Brasil, quaisquer ideias correm o risco de prosperar, por mais desarrazoadas que possam ou devessem parecer. Uma das mais recentes, que há de merecer o pronto repúdio da comunidade jurídica, é a apresentação na Câmara dos Deputados de pedido de impeachment contra o Vice-Presidente da República. Segundo matéria jornalística[1] a acusação seria similar à que paira sobre a atual Presidente da República, ao menos no que toca à assinatura de decretos abrindo suplementação de verba, sem que houvesse amparo financeiro para tanto na então vigente lei orçamentária, popularmente conhecido como ‘pedaladas fiscais’. O argumento, tão simples quanto equivocado, é o de que se a Titular do Mandato cometera crime de responsabilidade ao agir desta forma, o Vice seguiu seus passos.
Não se pretende, nestas breves reflexões, adentrar o mérito da questão relativa aos decretos em si, mormente em razão da ulterior aprovação da revisão da meta fiscal, que teria o condão de afastar a eventual ilicitude da autorização daquelas despesas. Ao contrário, busca-se apenas tratar da impossibilidade jurídica do pedido de impeachment de Vice-Presidente, ante a mais absoluta ausência de previsão constitucional e legal.
Pedaladas bancaram mais empresários do que programas sociais -
10 de dezembro de 2015 Dyelle Menezes
A presidente Dilma Rousseff voltou a defender as chamadas pedaladas fiscais como necessárias para o pagamento de programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida. No entanto, como o Contas Abertas já divulgou, a maior parcela dos recursos oriundos das manobras foi destinada ao subsídio para as grandes empresas, por meio do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES, e empréstimos para empresas do agronegócio, por meio do Banco do Brasil. O versão de Dilma já havia sido usada pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. A nova defesa aconteceu em discurso durante a entrega de casas do programa Minha Casa Minha Vida. A presidente afirmou que uma das razões para estar sendo julgada é porque “eles acham” que parte dos recursos não deveria ser usada para o programa. “É o que eles chamam de ‘pedaladas fiscais’. O governo federal é dono da Caixa Econômica Federal. Quando o governo federal passa o dinheiro para a Caixa, a Caixa paga a empresa e, através da escolha pública, o apartamento vai para vocês. Não há nesse processo nenhum desvio, não é essa a questão que levantam contra nós”, declara Dilma Rousseff, presidente da República. De acordo com o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) a “omissão dos passivos da União decorrentes de atrasos nos repasses de recursos federais impactaram as contas da dívida pública em cerca de R$ 40 bilhões no exercício de 2014”.