Líder do PDT diz que partido deve fechar bloco com PPS e DEM na Assembleia
Landim entre André Figueiredo e José Sarto.
Confirmado como líder do PDT na Assembleia Legislativa, como adiantamos em nossa coluna no O POVO, Guilherme Landimpromete “trabalhar para honrar a confiança dos companheiros e replicar no legislativo todos os posicionamentos do nosso partido em nível nacional”.
Guilherme Landim também adiantou que está “praticamente definido” que o PDT formará bloco partidário com o PPS e o DEM.
O PPS é comandado por Alexandre Pereira, que reassumiu a Secretaria do Turismo na gestão do prefeito de Fortaleza, Roberto CLáudio (PDT), enquanto o DEM também ocupa cargos na Prefeitura e já é parceiro, através de João Jaime, no legislativo. COM BLOG DO ELIOMAR
ARMAS EM ALTA, MORTES EM QUEDA E A PRISÃO DE LUXO DE LULA
Dezesseis mil, duzentos e trinta e três. Em 12 anos (2007 a 2018), a polícia do Rio apreendeu 16.233 armas longas — fuzis, carabinas, espingardas, metralhadoras e submetralhadoras —, arsenal suficiente para alimentar uma guerrilha parruda, ou um pequeno exército. Foram 3.610 fuzis, 1.215 carabinas e 10.281 espingardas, segundo o Instituto de Segurança Pública. Isso sem falar nas quase 35 mil pistolas e nos mais de 47 mil revólveres. Tudo isso alimentado pelas quase 820 mil munições de variados calibres. E nem estamos contando as 4.121 granadas retiradas de circulação entre 2012 e 2018, o governo contabiliza essas apreensões como “atividade policial”, ou seja, quanto mais, melhor. Para mim, é a assustadora constatação numérica de que há alguma coisa muito errada.
BOULOS RECEBE AMEAÇAS, INTIMAÇÕES JUDICIAIS DE CASOS DO PASSADO E VÊ CLIMA POLITICO PARA COLOCÁ-LO NA CADEIA
Numa manhã de sexta-feira com tempo nublado em São Paulo, Guilherme Boulos fez algumas sobrancelhas se arquearem ao entrar acompanhado de um segurança em um café frequentado por engravatados no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. Diante dos olhares que variavam entre surpresa e pouco caso, ele sugeriu subir para o segundo piso do Café Santo Grão, que naquele horário estava praticamente vazio.
O candidato derrotado do PSOL à Presidência da República e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) está preocupado. Contou que desde novembro tem recebido uma série de ameaças pelo WhatsApp e Facebook com frases como "seus dias estão contados", “vamos pegar você e sua familia”. Por causa da ofensiva, simpatizantes do MTST, ele disse, resolveram se cotizar para a contratação do segurança.
Áudio sobre Globo é pretexto de Bolsonaro para afastar Gustavo Bebianno.
A contragosto, Jair Bolsonaro foi convencido na manhã desta sexta-feira a manter Gustavo Bebianno no cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. À tarde, entretanto, o presidente deu meia-volta. Após reunir-se com ministros e travar um diálogo encrespado com o próprio Bebianno, Bolsonaro informou aos auxiliares sobre sua decisão de exonerar o ex-amigo.
O presidente usou como pretexto não mais a suspeita de envolvimento de Bebianno no repasse de verbas para candidaturas fantasmas do PSL, mas o vazamento de áudios que trocara com o ministro. Incomodou-se especialmente com a divulgação de mensagem que envolve encontro que Bebianno teria com o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet Camargo. Alega que houve "quebra de confiança."
No início da madrugada deste sábado, o blog conversou com uma das autoridades que acompanharam a evolução da crise ao longo da sexta-feira. Vai abaixo o miolo da conversa:
Maia e militares tentaram salvar Bebianno porque sabem que ele sabe demais, e esse saber, se à luz, inviabiliza a reforma
Por: Reinaldo Azevedo
Publicada: 16/02/2019 - 7:32
Por que Rodrigo Maia (DEM-RJ), os militares e até o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tentaram salvar a cabeça de Gustavo Bebianno? (foto) Sim, num governo de discípulos de Catão, o moralista, a demissão seria uma boa escolha. Mas, como se sabe, não é o caso. O esforço é compreensível por várias razões. É ele a memória da campanha eleitoral, com toda a sua fama, falsa como uma candidatura laranja, de “espartana”. Alguém acha mesmo que o aparato que foi montado nas redes socias é coisa simples e barata? O ministro por um fio se fez presidente temporário do PSL por exigência de Bolsonaro. E sabe como se fizeram as salsichas. Parte delas pode nem ter sido produzida no Brasil.
A raiz do cálculo dos que se mobilizaram para manter Bebianno se resume nesta frase: “ele sabe demais”. E está sofrendo um processo de humilhação pública sem paralelo na história. Sei lá que entendimento ele poderá estabelecer com o presidente que compense o enxovalho — hoje, o ministro é hostilizado também pelos bolsonaristas fanáticos, que acreditem que seu líder não se deixa tocar por mundanidades. Há o risco de Bebianno evidenciar o contrário.